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LEO PESSINI
Membro da Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica
(CNRCEM)
Princípios
Enunciam valores ou metas de caráter amplo e genérico, expõem
os grandes conceitos e os principais critérios pelos quais se
orientam qualquer prática profissional ética.........................................
Normas
Linguagem: “o médico deve“. Enunciam regras de comportamento
inspiradas em princípios teleológicos. Descrevem situações fáticas
e prescrevem condutas intersubjetivas. Se o principio enuncia valor
ou meta valiosa, a norma declara como o princípio deve ser
aplicado em situações específicas, ou seja, representa o
instrumento objetivo, deontológico, para orientar moralmente a
prática profissional.
ÉTICA MÉDICA
Esta expressão não existe antes de 1803!
Obra:
Medical Ethics:
Ethics Or a Code of Institutes and Precepts. Adopted
to the Professional Conduct of Physicians and Surgeons.
Cultura Latina
•Ética do mandato e obediência
•Em toda a tradição antiga o homem é servo da lei natural e não ..tem
autonomia para mudá-la
Definição:
Edmund Pellegrino
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
• Ética da Deliberação
ÉTICA DAS VIRTUDES
(juramento hipocrático)
Comentário:
Autonomia do paciente
É vedado ao médico...
• art.46:
art.46 ”Efetuar qualquer procedimento sem o
esclarecimento e o consentimento prévios do paciente...”
• art.48:
art.48 ”Exercer sua autoridade de maneira a limitar o
direito do paciente de decidir livremente...”
• art.56:
art.56 ”Desrespeitar o direito do paciente de decidir
livremente sobre a execução de práticas diagnósticas e/ou
terapêuticas...”
• art.59:
art.59 ”Deixar de informar ao paciente o diagnóstico,
prognósticos, riscos e objetivos do tratamento...”
REVISÃO DO CÓDIGO.....
Princípio: Proposta....
XXI Da autonomia do paciente
No processo de tomada de decisões
profissionais, considerando-se seus ditames
de consciência, o médico privilegiará as
escolhas de seus pacientes referentes às
propostas diagnosticas e terapêuticas por
eles expressadas, desde que adequadas ao
caso e cientificamente reconhecidas.
CONSENTIMENTO INFORMADO
Definição:
................................................................................Diego Gracia
CONSENTIMENTO INFORMADO
- Liberalismo e Utilitarismo
- Privilégio da autonomia do ser humano e de suas ações morais
- Ética Contratualista
- Ética Libertária
- Pluralismo:
Pluralismo amigos e estranhos morais (Engelhardt)
Dados essenciais:
•Intencionalidade.
•autonomia do paciente
•manifestação de vontade racional
•tomada de decisões clínicas razoáveis e prudentes
...com amparo nas melhores evidências científicas
"LO MÁS IMPORTANTE DEL CURSO [MÉDICO] ES
ENSEÑAR A DELIBERAR"
……………………………………………………….Diego Gracia.
SÍNTESE DOS MODELOS
• PATERNALISTA:
PATERNALISTA Médico protagonista heteronomia ;
....ética das virtudes
• AUTONOMISTA:
AUTONOMISTA Paciente protagonista autonomia
....solitária ; ética do dever
Uma constatação:
“É um fato comprovado que quando a autonomia é levada ao
extremo é convertida num princípio absoluto e sem exceções
conduz à aberrações não menos menores do que as do
paternalismo beneficientista. O paternalismo está para a
beneficência, como o anarquismo para a autonomia. O bem
comum exige por limite às decisões livres dos indivíduos. Por
isso, só com o princípio de autonomia não se pode construir
uma ética coerente. A razão, as vezes está do lado da
beneficência e não do lado da autonomia. E, muitas outras
vezes, encontra-se entre estes dois princípios, entre a pura
beneficência e a pura autonomia. Daí a necessidade de um
terceiro princípio que, qual novo Salomão, faça a mediação
entre ambos. Este princípio é o da justiça”.
Diego Gracia – Fundamentos de Bioética, p.259
QUE FUTURO VAMOS CONSTRUIR?
Relação médico-paciente:
“Contrato jurídico”
entre estranhos?
ou
“Aliança terapêutica”
em que temos frente à frente, uma confiança perante uma
consciência?
OBRIGADO!
pessini@saocamilo-sp.br