Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
EDUARDO COSTA SÁ
HCFMUSP
CAMADAS DO OLHO HUMANO
LISTA DE DOENÇAS DO OLHO E ANEXOS RELACIONADAS AO
TRABALHO, DE ACORDO COM A PORTARIA/MS N.º 1.339/1999
• Blefarite (H01.0)
• Conjuntivite (H10)
• Catarata (H28)
• medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal,
recursos para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser
garantidos os recursos adequados para o atendimento de situações de emergência, uma
vez que o contato ou respingos de substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão,
como chuveiros ou duchas lava-olhos em locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores
devem estar treinados para proceder imediatamente à lavagem dos olhos, com água
corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados para avaliação
especializada por oftalmologista;
5 PREVENÇÃO
A prevenção da conjuntivite relacionada ao trabalho consiste na vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde.
QUERATITE E QUERATOCONJUNTIVITE (CID-10 H16)
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Queratite ou ceratite é uma inflamação da córnea, que pode ser provocada por
bactérias, fungos, vírus, clamídias, protozoários, drogas (medicação antiviral e
antibióticos de amplo espectro ou específicos, antiprotozoários e
antiinflamatórios), avitaminose A e a exposição a certos agentes químicos e
físicos presentes nos ambientes de trabalho.
2 EPIDEMIOLOGIA
Os mecanismos básicos de produção das ceratites podem ser inflamatórios ou
degenerativos.
A ceratite de exposição pode ocorrer em situações nas quais a córnea perde sua
cobertura e umidade, provocando dessecação e exposição a traumatismos, em
decorrência da lesão do nervo facial (VII par craniano). As ceratites provocadas
pela exposição a agentes físicos e químicos no ambiente de trabalho podem ser
agrupadas em tóxicas e alérgicas. O arsênio e o berílio podem ser responsáveis
por quadros de natureza alérgica. A seiva ou o suco de algumas plantas podem
ser venenosos ou tóxicos, provocando blefarite e conjuntivite.
Nas ceratites tóxicas, o elemento tóxico, às vezes um colírio, deve ser removido.
Nas ceratoconjuntivites alérgicas, devem ser pesquisados os alérgenos e
utilizados antialérgicos.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da ceratite e ceratoconjuntivite relacionadas ao trabalho consiste na
vigilância dos ambientes, dos processos de trabalho e dos efeitos ou danos para a
saúde.
CATARATA (CID-10 H28)
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Catarata é uma opacificação do cristalino, parcial ou completa, em um ou ambos
os olhos, que interfere na visão, podendo causar cegueira.
Os traumas oculares decorrentes da exposição aos raios X, calor e frio extremos,
choque elétrico, contusão ocular e ferimentos penetrantes também podem
produzir catarata.
2 EPIDEMIOLOGIA
A ocorrência da catarata na população geral está, usualmente, associada à idade,
podendo ser esperada a partir dos 60 anos. Na maioria dos casos, é bilateral,
embora apresentando uma progressão assimétrica. Estudos epidemiológicos têm
mostrado que a exposição à radiação ultravioleta é um fator importante para a
ocorrência da catarata senil.
5 PREVENÇÃO
No que se refere à catarata relacionada ao trabalho, a prevenção deve incluir a
vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a
saúde.
INFLAMAÇÃO CORIORRETINIANA (CID-10 H30)
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O termo inflamação coriorretiniana abrange a inflamação da retina e do trato
uveal.
2 EPIDEMIOLOGIA
O quadro tem sido descrito em trabalhadores expostos ao manganês.
Nas formas graves podem ser observados edema da retina e diversos graus de
inflamação ou degeneração em torno das áreas necrosadas. A coróide apresenta
alterações vasculares, hemorragia, infiltrado inflamatório e edema.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Sendo a etiologia das uveítes freqüentemente desconhecida e na ausência de
tratamento específico, as medidas terapêuticas inespecíficas incluem:
• corticosteróides, midriáticos e ciclopégicos;
• drogas imunossupressoras (agentes alquilantes, como ciclofosfamida e
clorambucil, antimetabólicos, como azatioprina, metotrexate e a ciclosporina A);
• antiinflamatórios não-esteróides;
• crioterapia e fotocoagulação.
Outras medidas adotadas são o uso de antivirais na presença de AIDS, infecção pelos
vírus herpes (simples e zoster), citomegalovírus e de antibióticos, como nos casos de
tuberculose, sífilis e hanseníase, além de antiparasitários, como na toxoplasmose.
5 PREVENÇÃO
Entre as medidas gerais de prevenção da inflamação coriorretiniana estão: campanhas
de esclarecimento, objetivando evitar os traumas oculares que podem produzir uveíte
traumática e endoftalmite; controle de doenças infecciosas, como tuberculose, sífilis e
hanseníase; estudos objetivando melhorar os conhecimentos sobre os mecanismos
genéticos e imunológicos envolvidos na gênese das uveítes e drogas mais eficazes
para o seu tratamento; medidas gerais de higiene e orientação sexual.
4 PREVENÇÃO
A prevenção da neurite óptica relacionada ao trabalho consiste na vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde.
Doe seus olhos
OBRIGADO!
eduardocs@hcnet.usp.br
INSS
20/20 - 1 100%
20/25 - 0,8 95%
20/30 - 0,66 91,4%
20/40 - 0,5 83,6%
20/50 - 0,4 76,5%
20/60 - 0,3 69,9%
20/70 - 0,28 63,8%
20/80 - 0,25 58,5%
20/100 - 0,2 48,9%
20/200 - 0,1 20%
20/400 - 0,05 10%
Oftalmopatias
• Categoria A ●
AV:0.8 olho de melhor
visão;compatível com visão
monocular 6 meses após a perda;
• Categoria B ●
AV:0.66 em AO ou 0.8 em um
olho;compatível com visão
monocular 6 meses após a perda;
• Categoria C ●
AV:0.66 em AO; incompatível com
• Categoria D visão monocular.
• Categoria E
Cegueira Profissional
• Cegueira Profissional Relativa: é a deficiência
visual que incapacita o exercício profissional
para uma determinada função;