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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA


DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA E GENÉTICA
As bases morfológicas da Medicina

Neurofibromatose

tipo I
Karin Mitiyo Correa
Karla Gomes
Karl Richard Busse Filho
Kevin Yun Kim
Definição
A neurofibromatose é uma anomalia que afeta primariamente o

crescimento das células do tecidos neurais, determinando o


aparecimento de tumores benignos que se instalam nos locais mais
variados e que podem surgir em qualquer etapa da vida.

Obs. Há indícios de que os portadores de NF desenvolvem neoplasias


com mais freqüência.


Classificação
TIPO I TIPO II
Síndrome de von Neurofibromatose acústica

Recklinghausen ou bilateral ou neurofibromatose


Neurofibromatose periférica; central.
Responsável por 90% dos

casos.
Histórico
Em 1882, Frederich Daniel von Recklinghausen relatou, em sua

monografia, dois novos casos de neurofibromatose, mas na época já


existiam outras publicações anteriores.

Também no século XIX, Joseph Carey Merrick, o homem-elefante, foi o


grande responsável pela divulgação [errônea] da NF, pois era apresentado


em circos desde a infância. Hoje se sabe que Merrick, na realidade, era
portador da síndrome de Proteus.
Prevalência
A NF 1 é o distúrbio genético dominante mais freqüente, ocorrendo 1 vez

em cerca de 3000 indivíduos (Rubestein et al., 1990; Riccardi, 1992; Shen


et al., 1996).

Tem sido observada em diferentes partes do mundo, incidindo em todas


as raças e possuindo uma correlação idêntica entre homens e mulheres.


NF 1
A neurofibromatose tipo I é um distúrbio genético caracterizado,

essencialmente, pela presença de importantes manifestações cutâneas:


q manchas café-com-leite
q efélides
q neurofibromas
q
 Outras características:

q presença de nódulos de Lisch


q displasia de ossos longos
q glioma de nervo óptico
q neurofibromas plexiformes
Obs. Em crianças com NF1, os tumores mais freqüentes (excetuando os
neurofibromas benignos) são os gliomas ópticos e os tumores cerebrais.
Manchas café-com-leite
Múltiplas manchas café-com-leite ocorrem praticamente em todos os

pacientes. Podem estar presentes desde o nascimento e, posteriormente,


multiplicam-se, sobretudo na puberdade.

Manchas café-com-leite
Manchas café-com-leite
Manchas café-com-leite
Efélides
São pequenas máculas pigmentadas
encontradas em áreas da pele não
expostas ao sol (axilar, inguinal e
inframamária).
Costumam se manifestar na
adolescência.
Efélides
Neurofibromas
São tumores benignos da cobertura do
nervo. Constituem-se em nódulos de
tamanho e número variáveis.
Normalmente não interferem com a
função nervosa, a não ser nos casos
em que haja compressão ou invasão
dos nervos com conseqüente paralisia.
Os tumores cutâneos e subcutâneos,

em sua maioria, aparecem durante a


puberdade.
Histologicamente, são benignos e
caracterizados pelo crescimento
irregular das células de Schwann,
associados ao aumento de reticulinas
nervosas.

Neurofibromas
Neurofibromas
SCHWANNOMA
NEUROFIBROMA

O schwannoma cresce deslocando os axônios do nervo e no tumor


propriamente dito não há axônios. Axônios podem ser observados na periferia
do tumor ou na cápsula. Já no neurofibroma as células neoplásicas proliferam
entre os axônios, divulsionando-os.
Neurofibromas plexiformes
Surge como uma massa de tecido mole sob a pele e costuma seguir o
curso do plexo braquial ou plexo lombar, sendo muitas vezes congênito.
Além de ser desconfigurante, são responsáveis por uma substancial

morbidade, comprometimento funcional, chegando a representar um risco


de vida para o paciente.
Raramente se desenvolve depois da adolescência.
Neurofibromas plexiformes
Neurofibromas plexiformes
Nódulos de Lisch
Trata-se de lesões hamartomatosas, bilaterais e bem definidas. Consistem

em elevações gelatinosas da superfície da íris, de forma arredondada,


variando em coloração de transparente a amarelo ou marrom.
Glioma de nervo óptico
Os pacientes que apresentam glioma óptico têm um enfraquecimento do

nervo óptico devido à presença do excesso anormal de tecido glial,


podendo chegar até a cegueira.
Outras complicações
q Alterações ósseas (deformidade da coluna, pseudo-artrose de osso
longo, displasia da asa do esfenóide e anormalidades no
desenvolvimento ósseo)
q Estatura abaixo da média
q Perímetro cefálico acima da média para a idade cronológica
q Hipertensão (podendo se desenvolver em qualquer idade)
DISPLASIA DA GRANDE ASA DO ESFENÓIDE
Etiopatogenia

A NF1 é um distúrbio genético


autossômico dominante. Como


costuma acontecer nas doenças
hereditárias de um modo geral, o
mapeamento e a clonagem do gene
possibilitaram uma melhor
compreensão a respeito da
patogenia desse distúrbio.
Etiopatogenia
O gene da NF1 foi mapeado em 1987 por pesquisadores de Salt Lake
City, que, através da análise de ligação, conseguiram localizá-lo no braço
longo do cromossomo 17, mais precisamente 17q11.2.

Esse gene é constituído de 59 éxons e possui 350kb de DNA, o que


justifica a elevada taxa de mutação espontânea. Possui uma das mais
altas taxas de mutação espontânea conhecida no ser humano, alcançando
cerca de 1 em 10.000 por geração. Aproximadamente 50% dos casos de
NF1 são resultantes de mutações novas.

A proteína transcrita por NF1 é chamada neurofibromina. Observações


em tumores esporádicos e associados com NF1 indicam que a


neurofibromina funciona como um supressor tumoral.

Relação com a mielina: o gene para a glicoproteína da mielina de


oligodendrócitos está embutido no íntron 27b do gene NF1, o que se


relacionaria às freqüentes anormalidades da mielina nos pacientes com
NF1. A neurofibromina é necessária à mielinização normal pelas células
de Schwann.

Diagnóstico
O diagnóstico de NF costuma basear-se exclusivamente em critérios

clínicos:

1) 6 ou mais manchas café-com-leite


2) 2 ou mais neurofibromas de qualquer tipo ou 1 ou mais neurofibromas
plexiformes
3) Sardas axilares ou inguinais
4) Tumor na via óptica
5) 2 ou mais nódulos de Lisch
6) Lesão óssea característica
7) Um parente de primeiro grau afetado (com um parente cumprindo 2
dos critérios acima)
Prognóstico
Os indivíduos portadores de NF1 apresentam expectativa de vida normal,

atividades acadêmicas e profissionais produtivas.


A expectativa de vida pode diminuir caso estejam presentes alguns


agravantes, como malignidade decorrente de neurofibromas ou


hipertensão arterial.
Orientação familiar
A NF1 representa um dos distúrbios genéticos mais importantes do

contexto de supervisão de saúde e orientação antecipatória de distúrbios


nitidamente da faixa etária pediátrica.

Após realizada a avaliação clínica, os tratamentos paliativos a serem


instituídos devem considerar a presença de complicações.
Avaliação do paciente
 Conduta a ser seguida deve incluir:
q História do paciente e familiares com atenção especial para a
presença de características de NF1

q Exame clínico com destaque para pele, esqueleto e sistema


neurológico

q Avaliação oftalmológica consulta anual



avaliação do desenvolvimento na infância

q Acompanhamento do pacientemonitorizacãoregular da pressão arterial



Tratamento
Atualmente, não existe cura para a NF, porém existem medidas paliativas

que melhoram bastante as perspectivas de vida útil dos indivíduos


afetados pelo distúrbio.

 Indicações cirúrgicas:
q Cirurgia ortopédica (corretiva)
q Cirurgia plástica para remoção de tumores
q Neurocirurgia para prevenir sérias complicações decorrentes do
desenvolvimento de tumores
Bibliografia
 Doenças Genéticas em Pediatria, Carakushansky - Guanabara Koogan, 2001

 Neurofibromatose tipo 1, Disciplina de Cirurgia Plástica UNIFESP/EPM - Revista


Diagnóstico & Tratamento, 2001

 Associação de neurofibromatose

 Site didático de Anatomia Patológica, Neuropatologia e Neuroimagem do


Departamento de Anatomia Patológica da FCM/UNICAMP
ANEXOS
Neurofibroma lombar gigante
Descrito pelo Serviço de Patologia da Coluna Vertebral do Departamento

de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FM/UFGO.


Fotografia do paciente. Observar a grande mancha “café-com-leite”.
Tomografia computadorizada mostrando a lesão ao nível da coluna lombar.
Imagem do intra-operatório mostrando o volumoso hematoma no interior da lesão.
Aspecto pós-operatório da ferida cirúrgica.
Homem-elefante

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