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a
Guilherme Carey era um menino muito
ativo. Morava em Paulerspury, uma
pequena vila na Inglaterra.
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Todos os dias, Guilherme ia para a
escola, onde seus colegas o apelidaram
de “Colombo”, porque, assim como o
descobridor Cristóvão Colombo – seu
grande herói, ele gostava muito de
aventuras.
Certa vez,
ao tentar
pegar um
ninho de
passarinho
em cima de
uma árvore,
Carey
sofreu uma
grande
queda.
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Carey teve que concordar com o seu pai.
Ele tinha 14 anos e precisava obedecer aos
mais velhos. Passou, então, a trabalhar com
o Sr. Nicholls, um sapateiro que morava em
Piddington, uma vila distante de sua casa.
Na época do Natal, o
primeiro que iria
passar fora de casa,
Guilherme teve uma
experiência ruim,
mas que teve um
final feliz.
Ao tentar enganar o
Sr. Nicholls, ele foi
descoberto.
A enorme vergonha
que sentiu ensinou-
lhe uma lição.
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Os pastores jovens não tinham muitas
oportunidades para falar nas reuniões
por serem considerados inexperientes.
Contudo, certa vez, um pastor idoso,
querendo dar a vez para alguém mais
jovem, perguntou com autoridade:
– Quem gostaria de sugerir um
assunto para debate?
Guilherme Carey
colocou-se de pé e,
tremendo, fez a
seguinte pergunta:
– Será que a ordem de
pregar o evangelho a
todas as nações não
deve ser obedecida
também por nós?
O velho pastor que
dirigia a reunião
ficou muito irritado.
Olhou para Carey
e, quase gritando,
assim falou:
– Jovem, sente-se!
Quando Deus
quiser salvar os
povos de outras
nações não vai
precisar da sua
nem da minha
ajuda.
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Para divulgar suas ideias acerca de
missões, Carey publicou um artigo em
forma de folheto. Dessa maneira, vários
crentes puderam ser orientados sobre a
necessidade do trabalho missionário.
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Um pouco mais tarde, Carey leu seu artigo
diante de um grupo de pastores. Não o
mandaram sentar-se dessa vez. Disseram:
– Devemos estudar o assunto.
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Em 1792, durante a primavera, Carey
recebeu um convite para pregar perante
a associação batista, reunida em
Nottingham.
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A mensagem central do seu sermão era
esta: “Esperem grandes coisas de Deus,
tentem fazer grandes coisas para Deus.”
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O sermão impressionou a todos.
Finalmente, Carey havia conseguido
abrir os olhos dos outros líderes batistas
para a importância da obra missionária.
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Com alegria, decidiram organizar uma
junta missionária.
O evangelho chega à Índia
Pouco tempo depois de
chegar à Índia, para
sustentar sua família,
Carey trabalhou numa
fábrica de anil.
Apesar dos obstáculos,
ele prosseguia firme em
seu trabalho. Continuava
estudando o bengalês,
língua falada na Índia, e
começou a traduzir o
Novo Testamento, a fim
de que os hindus
pudessem ler a Palavra
de Deus.
Com o passar do
tempo, Carey pôde
constatar que, de
fato, apesar de
demonstrar
interesse, os
indianos
demoravam a
aceitar a salvação
em Jesus Cristo.
Lutas e vitórias
a
Carey ficou profundamente chocado com a
prática do Sati, uma cerimônia em que as
viúvas eram queimadas vivas ao lado de
seus esposos recém-falecidos, dentro do
próprio caixão.
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Aparentemente, não eram obrigadas a fazer
isso. Muitas até se ofereciam para morrer,
pois achavam que assim estariam
demonstrando sua santidade e lealdade ao
marido. Mas, se mudassem de ideia,
morreriam do mesmo modo, porque,
quando a fogueira era acesa, eram
amarradas em paus de bambu.
Certa ocasião,
Carey presenciou
uma cena dessas
e, sentindo horror,
virou o rosto e
prometeu a si
mesmo que
combateria tal
costume com todas
as suas forças,
custasse o que
custasse.
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Em 1799, quando Carey estava quase
terminando de traduzir o Novo Testamento
para o bengalês, teve uma agradável
surpresa. Um jovem tipógrafo chegou para
trabalhar ao seu lado. Chamava-se Ward.
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Assim, no dia 1º de janeiro de 1800, os
missionários partiram de barco para
Serampore.
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Ali, juntaram-se a três famílias que haviam
chegado à Índia, com Ward e passaram a
morar todos juntos, formando uma espécie
de comunidade cristã.
Montar a tipografia foi a primeira preocupação de
Carey ao chegar a Serampore. Para isso, contou
com a ajuda de um ferreiro indiano. O trabalho foi
cansativo e demorado.
Mas, para a alegria geral, no dia 18 de março de
1800, foi impressa a primeira folha da Palavra de
Deus na língua do povo que desejavam
ardentemente ganhar para Jesus.
Um ano mais tarde, os missionários iriam consagrar
solenemente o primeiro Novo Testamento em bengalês.
E em dezembro de 1800, em Serampore, Carey realizou
o primeiro batismo na Índia.
O trabalho progride
Certa manhã, durante
a primavera de 1801,
Carey ficou surpreso
ao receber uma carta,
convidando-o para ser
professor de bengalês
num importante
colégio do governo,
em Calcutá, capital da
Índia. Ele teria que
lecionar dois dias por
semana, e Calcutá
ficava a duas horas
apenas de Serampore.
Tudo ia muito bem, até que, um dia...
– Fogo! – gritou Ward, assustado.
Marshman saiu correndo do seu quarto para ver o que
estava acontecendo.
Uma coluna de fogo de sete metros de altura subia de
um armazém empilhado de papel. Em pouco tempo, as
chamas aumentaram muito de tamanho e todos ficaram
com medo que o fogo se espalhasse e destruísse as
outras casas.
Graças a Deus, de repente, o vento, que estava
espalhando as chamas, parou e o incêndio foi controlado.
Ninguém ficou ferido, mas as perdas materiais foram
grandes. Alguns textos que Carey tinha escrito e parte de
suas traduções da Bíblia ficaram totalmente queimados.
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Em 1813, os missionários
alcançaram uma grande vitória: o
governo assinou um decreto,
legalizando a obra missionária na
Índia.
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Num domingo de manhã, enquanto
preparava seu sermão, Carey
recebeu uma carta que lhe trouxe
muita alegria. Era um comunicado
urgente do governador, proibindo a
prática do Sati.
No dia 9 de junho de
1834, dia em que Carey
foi sepultado, as
bandeiras dos prédios
do governo indicavam
luto oficial. Todos
estavam tristes.
Guilherme Carey foi
alguém que,
verdadeiramente,
aceitou a sua
responsabilidade diante
da grande comissão.
Num tempo em que
poucas pessoas
estavam preocupadas
em obedecer à ordem
de Jesus, Carey viu o
mundo. Por isso, figura
na História como:
“O Pai das
Missões
Modernas”