CUNHA, J.A. et al Psicodiagnóstico-V. 5 ed. Revisada e
ampliada. Porto Alegre:Artmed, 2000. Cap. 1e 2, p. 19 -31. Definição É um processo científico, limitado no tempo que utiliza técnicas e testes psicológicos, de forma individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos ou para classificar o caso e prover seu curso possível, comunicando os resultados. Objetivos Classificação simples (avaliação do nível intelectual) Descrição (desempenho do paciente do ponto de vista intelectual) Classificação nosológica (exames do estado mental, dados da história clínica e da história pessoal quando o paciente não é “testável”) Diagnóstico diferencial (investigação de irregularidades e inconsistências do quadro sintomático e/ou dos resultados do teste) Avaliação compreensiva (mais global; determina o nível de funcionamento da personalidade) Objetivos Entendimento dinâmico (nível mais elevado de interferência clínica; maior aprofundamento com investigação de fatores psicodinâmicos, identificando conflitos, chegando a conclusões com base em um referencial teórico) Prevenção (identificar problemas precocemente; avaliar riscos) Prognóstico (avalia condições que possam ter influência no curso do transtorno) Perícia forense (procura resolver questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidade ou comprometimentos psicopatológicos associados a infrações da lei) Responsabilidade Psicólogo clínico (exclusivamente) – modelo psicológico Psiquiatra com vários objetivos e sem fazer uso de testes e técnicas psicológicas (privativas do psicólogo clínico) – modelo médico Equipe multiprofissional – modelo próprio de cada profissional Operacionalização Modelo psicológico de natureza clínica ◦ COMPORTAMENTOS ESPECÍFICOS ◦ PASSOS DO DIAGNÓSTICO ◦ MÉTODOS E TÉCNICAS Comportamentos específicos a) Determinar motivos do encaminhamento (queixas e outros problemas iniciais) b) Levantar dados de natureza psicológica, social, médica, profissional e/ou escolar etc. c) Colher dados sobre a história clínica e pessoal, tentando reconhecer denominadores comuns com a situação atual (ponto de vista patológico e dinâmico) d) Realizar o exame do estado mental do paciente (exame subjetivo), complementado por outras fontes, se necessário (exame objetivo) e) Levantar hipóteses iniciais e definir os objetivos do exame Comportamentos específicos f) Estabelecer um plano de avaliação g) Estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito ou responsável h) Administrar testes e técnicas psicológicas i) Levantar dados quantitativos e qualitativos j) Selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos para os objetivos do exame k) Comunicar resultados (entrevista devolutiva, relatório, laudo, parecer e outros informes) l) Encerrar o processo Passos do Diagnóstico 1. Levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais 2. Seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico 3. Levantamento quantitativo e qualitativo dos dados 4. Formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos da exame 5. Comunicação de resultados e encerramento do processo Métodos e técnicas Quanto ao método quantitativo Quanto ao método clínico Quanto ao método organizacional Métodos e técnicas quanto ao método quantitativo Testes psicométricos de inteligência Técnicas expressivo-gráficas psicométricas Inventários de personalidade Inventários de traços ou estados afetivos Inventários de sintomas específicos Escalas Questionários estruturados Métodos específicos quanto ao método clínico Entrevistas Técnicas de associação Técnicas de construção Técnicas de completamento Técnicas expressivo-gráficas Técnicas expressivo-lúdicas Técnicas de ordenação Questionários de personalidade Métodos e técnicas quanto ao método organizacional Observação livre ou sistemática (diretamente ou com a utilização de recursos teóricos)