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INTRODUCCIÓN A LAS CIENCIAS
DEL ESPIRITO: EM QUE SE TRATA DE FUNDAMENTAR EL
ESTUDIO DE LA SOCIEDAD E DE LA HISTORIA. [LIBRO
PRIMERO)
Wilhelm Dilthey , nasceu em
BiebrichMosbach, Alemanha
em 1833.
Faleceu em Schlem, Itália, no
dia 1 de outubro de 1911.
Filho de um teólogo da Igreja Reformada;
Estudou Teologia na Universidade de Heidelberg e
Filosofia na Universidade de Berlim, onde fez seu
doutorado;
Em 1866 foi nomeado para uma cadeira de Filosofia na
Universidade da Basiléia, na Suíça;
Em 1868 conquistou a cátedra de Filosofia na
Universidade de Berlim, antes ocupada por Hegel.
Estudos história da Filosofia e da Literatura,
Sociologia, Etimologia e Psicologia. Elaborou uma
teoria do conhecimento para as ciências do humanas,
criando um sistema que foi chamado de historicismo.
CONTEXTO
Séc. XIX – A epistemologia: o problema da
história.
O homem é um ser na história, condição existencial
tempo e espaço e nossa transição em meio a isso (Ex:. A
Revolução Francesa);
Kant e Hegel pensam a história em período de ruptura;
Pensamento liberal: justifica a mudança
revolucionária;
Historicismo: história como um fim – Hegel e Marx.
Hegel, um historicista da matriz racional cristã. É uma
corrente de pensamento universalista com base na
razão, pensa a história a partir de universais. Matriz
de pensamento liberal e socialista.
Historismo alemão pensa diferente: os universais
são destruidores das culturas, pois pregam um
progresso abstrato, não incorporam valores aos
homens (contra o iluminismo). Só a hermenêutica tem
condições de ir ao homem concreto; usa conceitos reais
referentes à vida. Não existe cultura universal mas
cultura alemã, francesa, etc. Ex. Os impérios
português, britânico, napoleônico invadem em nome da
civilização universal (Para refletir: hoje se invade em
nome de quê? Quais os universais de hoje?).
Problema epistemológico: como compreender
(Verstehen) a história de forma objetiva, como as
ciências da natureza o fazem que se tornaram
paradigmáticas.
Hermenêutica:
Schleiermacher: her. está no campo da literatura (her.
regional);
Dilthey: a her. deixa de ser técnica de interpretação de
textos para compreender o homem, passa a ser um
método científico das c. humanas (desregionalização).
A compreensão é psicológica, das significações,
impulsos, etc. do homem que se insere no mundo;
Lança as bases da reflexividade que continuaram
Heidegger, Gadamer, Weber (Geertz), Simmel, Paul
Ricoeur, etc.
A OBRA
O sonho de Dilthey: fazer valer a independência das C.E.,
dentro da formação do pensamento filosófico, frente ao
domínio das C.N.
Na Alemanha o nascimento da ciência histórica, a cultura
é um tecido de nexos finais. Cada um deles, linguagem,
direito, mito, religiosidade, poesia, filosofia possui uma
legalidade interna que condiciona sua estrutura e está
determinada seu desenvolvimento. Por isso, se
compreende a índole histórica dos mesmos.
Me coloquei a investigar a natureza e a condição da
consciência histórica: uma crítica da razão histórica;
Quando o espírito científiconatural se converteu em
filosofia, como os enciclopedistas e Comte, tratou o
espírito como produto da natureza e deste modo o
mutilou.
O mundo espiritual é conexão de realidade, molde de
valores e reino de fins, de uma riqueza infinita no qual
se plasmou o eu pessoal em nexo efetivo com o todo;
os grandes poetas me ensinaram a compreender o
mundo sob este ponto de vista e a estabelecer um ideal
da vida sobre este terreno. Compreender a vida em si
mesma.
Para que a captação objetiva da vida não seja
duvidosa ... tem que se mostrar a validez objetiva do
pensar. Existem no pensamento conteúdos que nos
conduzem a outros conteúdos que se podem demonstrar
na percepção e na vivência. É obvio que nada sabemos
do mundo real como existe fora da nossa consciência...
Aqui se encontra a possibilidade de fundar o
conhecimento do mundo espiritual.
Objetivo do livro:
fazer uma crítica à razão histórica;
Resolver a questão dos fundamentos filosóficos das
C.E.
Gnosiologia:
Emancipação das ciências particulares em relação à
metafísica; mas caíram na servidão do conhecimento
natural.
crítica aos fundamentos filosóficos da razão histórica: a
escola histórica na sua valoração dos fenômenos
históricos faltava a conexão com a análise dos feitos da
consciência. Por isso, não conseguiu um método
explicativo, nem autonomia das C.E, nem conexão com
a vida. Assim Comte, Stuart Mill e Buckle quiseram
decifrar o enigma do mundo histórico transladando a
ele os princípios e os métodos da C.N. O que deu
insegurança aos fundamentos das C.E. que resultou em
concepções subjetivas e engenhosas, metafísicas, de
princípios e teorias abstratas que teriam a força de
transformar a vida prática.
Assim, surgiu a necessidade de fundamentação das C.E.
A teoria: a natureza se oferece como mera imagem e
sombra lançada por uma realidade que se oculta,
enquanto que a realidade autêntica temos unicamente
nos fatos de consciência que só nos dão a consciência
interna. A análise desses fatos constitui o centro das C.E.
o conhecimento dos princípios do mundo espiritual
permanece dentro deste mesmo mundo e as C.E.
constituem esta sorte de sistema autônomo.
O sujeito cognoscente: Locke, Hume e Kante: sujeito sem
sangue nas veias, a razão como única atividade
intelectual. Dilthey: sujeito é histórico e psicológico, o
homem inteiro que sente, representa e conceitua.
Portanto, o conhecimento da realidade é perceber,
representar e pensar. Processos reais e vivos do
querer, do sentir, e do representar. Tudo isso é
exterioridade.
O conjunto das ciências que têm por objeto a realidade
históricosocial tem o título de Ciências do Espírito.
Englobam os fatos da vida espiritual e da unidade
psicológica que pe a natureza humana. A
independência desse mundo espiritual em
contraposição às mudanças mecânicas do mundo
natural (São Tomás: seres espirituais que não são
compostos de matéria; e Descartes: a natureza como
um mecanismo, o mundo exterior, e o mundo interior
não tratado empiricamente).
A vida espiritual de um homem é parte da unidade
psicofísicia da vida, parte que percebemos por
abstração. O sistema dessas unidades de vida constitui
a realidade objeto das ciências históricos sociais.
O material dessas ciências é constituído pela realidade
históricosocial na medida em que se observa na
consciência dos homens como consciência histórica;
A complexidade do mundo social – as unidades que
cooperam no conjunto da história e da sociedade são
indivíduos, todos psicofísicos, cada um dos quais se
distingue dos demais, cada um é um mundo.
Nas sociedades se distinguem os sistemas culturais,
as organizações externas que os homens fizeram:
estados e associações, tramas de vinculações
permanentes das vontades segundo relações
fundamentais de senhorio, dependência, propriedade,
comunidade que se caracterizam como sociedade;
Cada sistema se desenvolve dentro do todo da
realidade histórico social.
A filosofia da história e a sociologia não são
verdadeiras ciências. A F.H presume expressar com
suas fórmulas toda a essência do curso universal,
oferecer uma conexão causal, ou seja, seu valor e meta.
INFLUÊNCIAS NO PENSAMENTO
SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER
A hermenêutica: é método e recurso das C.H. Nova
regionalização.
Contra o positivismo, iluminismo e a filosofia da história
de Marx.
Não existem abstrações: a “sociedade”, a “comunidade”, as
“classes sociais”, etc.;
O mundo social não é extrair a verdade com o seu olhar,
mas construir a verdade com o seu olhar;
A objetividade não é dada mas construída como os valores
do pesquisador;
Ele prega a neutralidade axiológica, de valores. O que é
impossível segundo ele mesmo. A pesquisa é pautada na
irracionalidade dos valores (é uma escolha pessoal, não é
racional).
Não deu a saída psicologizante, elabora os tipos
ideais que são constructos criados a partir da
realidade, criações racionais, não é a realidade, pois é
impossível chegar à verdade mas ela existe. A ética
protestante, o espírito do capitalismo não existem, ele
quer entender o impacto da religião no capitalismo, a
religião não queria desenvolver o capitalismo: o
paradoxo da consequência.