Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Sistema imunitário

Protege os organismos de Resposta

doenças causadas por agentes imunitária
patogénicos

É capaz de Os agentes patogénicos Não Específica

identificar os atacam as células e específica
organismos afectam a integridade
patogénicos, dos tecidos e órgãos,
Protecção geral Protecção contra um
distinguindo provocando falhas no
das próprias funcionamento do
contra os agentes determinado agente
células sistema imunitário. patogénicos patogénico
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

De que forma pode o organismo humano

defender-se das agressividades
externas?

As barreiras mecânicas, químicas e celulares

defendem o corpo contra os invasores
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS
Os leucócitos emitem As enzimas hidrolíticas
Os antigénios permitem aos pseudópodes que destroem o organismo
leucócitos identificar os englobam os invasores. patogénico.
agentes patogénicos.

Quando ocorre uma invasão por agentes patogénicos, o Da digestão intracelular resultam
organismo reage aumentando a produção de leucócitos, substâncias que podem ser expulsas ou
que realizam a fagocitose. aproveitadas pela célula.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS
A ocorrência de uma ruptura Determinadas células afectadas (ex: mastócitos e basófilos)
na pele permite a entrada libertam histaminas, que activam a quimiotaxia, com a
de agentes patogénicos. libertação de sinais químicos que atraem mais leucócitos.

As histaminas aumentam o fluxo Os leucócitos deslocam-se para o local O Pus é constituído por
sanguíneo, responsável pelo rubor, de infecção, atravessando, por células mortas e plasma.
edema e calor. diapedese, os capilares sanguíneos.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Os linfócitos T
reconhecem os
Os linfócitos B
agentes patogénicos
produzem anticorpos
ligados aos anticorpos
específicos que se ligam
e procedem à sua
aos antigénios dos
eliminação, pela
agentes patogénicos –
indução da lise celular,
imunidade humoral.
libertando, para tal,
substâncias químicas
nocivas.

Os fagócitos
reconhecem os agentes Após o ataque dos
patogénicos ligados aos linfócitos T, os
anticorpos, e procedem microrganismos
à sua eliminação, por podem ser
fagocitose. conduzidos para os
fagócitos.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Cada tipo de linfócito B produz um

anticorpo específico, e a sua
multiplicação é explicada pela expansão
clonal dos linfócitos B.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO
DE DOENÇAS

A estrutura das imunoglobulina

permite a ligação aos
determinantes antigénicos.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS Como se explica a existência de
mecanismos de memória imunitária?

Como o organismo já
possui células de
memória reage de
uma forma mais intensa
e rápida, impedindo o
aparecimento dos
sintomas de doença.
Assim, algumas doenças
só nos afectam um vez
na vida.

Como a produção de anticorpos requer a

multiplicação de um determinado linfócito B, demora Todo o processo inicia-se novamente quando
alguns dias até que atinja os valores máximos; em contacto com um novo antigénio,
entretanto, desenvolve-se um estado infeccioso. desconhecido para o organismo.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS Como induzir a imunidade?

A imunidade pode ser induzida de uma forma

activa ou passiva:
• Imunização passiva – confere imunidade
temporária pela administração de anticorpos
para combater um organismo invasor, em que a
duração da imunidade é determinada pela
quantidade de anticorpos e a frequência da
administração.
• Imunização activa – visa a administração de
antigénios de agentes patogénicos, ou mesmo
estes organismos, mas sob a forma não viral,
tendo sido previamente atenuados.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Os antigénios (de O contacto com os

agentes que antigénios provoca a
usualmente não são diferenciação de
patogénicos) são plasmócitos específicos
considerados pelo que produzem
organismo como anticorpos para os
moléculas ou corpos antigénios.
estranhos e perigosos.

Os anticorpos ligados
As histaminas induzem aos antigénios activam
uma resposta os mastócitos que
inflamatória, que libertam histaminas
bloqueia as vias que se difundem pelo
respiratórias, com o organismo, podendo
aparecimento dos originar uma reacção
sintomas de alergia ao nível de todo o
perante um agente organismo.
alergénico.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS Que situações poderão comprometer o
funcionamento eficaz do sistema
imunitário?

Grãos de pólen, ácaros, e

alimentos (como os
mariscos e os morangos),
podem ser agentes
alergénicos, podendo
mesmo causar problemas
de saúde e, nos casos
mais graves, a morte.

Podem ser realizados testes para determinar quais os agentes

responsáveis pelas reacções alérgicas, que se podem classificar
em hipersensibilidade imediata (efeitos graves e rápidos) e
hipersensibilidade tardia (quando os efeitos surgem algum
tempo após a exposição ao antigénio).
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

As alergias correspondem a desequilíbrios do sistema imunitário, pois este reage de uma

forma muito intensa e exagerada a antigénios comuns.

Na auto-imunidade o organismo reage contra as células do próprio organismo, provocando a

destruição dos tecidos, com o aparecimento de inflamações e outras patologias associadas.

Lúpus Artrite reumatóide

Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO
DE DOENÇAS

Ciclo de vida do HIV, com

identificação dos
principais meios de
combate à doença.
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Embora o organismo humano reaja numa Em consequência da destruição dos linfócitos, o

primeira fase, à destruição dos linfócitos T sistema imunitário deixa de ser capaz de reagir,
acaba por ser muito intensa, acompanhada pelo com o aparecimento de infecções causadas por
aumento do número de vírus, num processo que organismos oportunistas, que podem causar a
pode demorar vários anos. morte do indivíduo.
 Como obter anticorpos laboratorialmente?
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Células de mieloma
(cancro) possuem a
capacidade de se
multiplicarem
indefinidamente em
cultura.

Os antigénios do agente
patogénico são injectados
em ratos, que passam a
produzir os linfócitos B
capazes de sintetizarem
os anticorpos específicos
contra os antigénios que
lhe foram injectados.

A fusão Os hibridonas produzem Os anticorpos produzidos

laboratorial dos anticorpos monoclonais, podem ser facilmente
dois tipos de mantendo-se facilmente recuperados e aplicados em
células forma um em cultura laboratorial. vacinas, tratamento de
hibridoma. mordeduras de serpente, etc.
 Quais são as aplicações dos anticorpos
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS
monoclonais?

• A detecção de doenças, testes de gravidez, obtenção de

imagens precisas quanto à forma, distribuição e dispersão de
tumores.
• Permitem um acompanhamento mais preciso da evolução dos
tumores, e a elevada especificidade entre os anticorpos e os
antigénios permite realizar testes precisos e fiáveis.

• A produção de anticorpos monoclonais específicos para os

antigénios presentes em venenos, permite combater eficazmente os efeitos
negativos das mordeduras de organismos venenosos.
• A administração dos anticorpos pode ser feita de imediato,diminuindo os
impactes negativos e os efeitos do veneno.

• Alguns tratamentos recentes permitem sintetizar anticorpos

contra células cancerosas contendo elementos radioactivos.
• Os anticorpos ligam-se às células cancerosas, que são
destruídas pela radioactividade, sem afectar as células normais,
e que não expressam os antigénios das células cancerosas.