Sunteți pe pagina 1din 246

TEMAS AVANÇADOS

EM
LICITAÇÕES PÚBLICAS
Ronny Charles L. de Torres
Bom dia!
• Advogado da União
• Mestre em Direito Econômico
• Pós-graduado em Direito tributário /Pós-graduado em Ciências Jurídicas
• Membro da Câmara Nacional de Uniformização da Consultoria-Geral da
União.
• Coordenador da Câmara Permanente de Licitações e Contratos da AGU.
• Autor de diversos livros jurídicos, entre eles:
• Leis de licitações públicas comentadas (9ª Edição. Ed. JusPodivm);
• Direito Administrativo (8ª Edição. Ed. Jus Podivm);
• RDC: Regime Diferenciado de Contratações (Ed. Jus Podivm);
• Terceiro Setor: entre a liberdade e o controle (Ed. Jus Podivm)
• Improbidade administrativa (3ª edição. Ed. Jus Podivm).
• Procedimento prévio de seleção por
meio do qual a Administração,
mediante critérios previamente
CONCEITO DE estabelecidos, isonômicos, abertos ao
LICITAÇÃO público e fomentadores da
competitividade, busca escolher a
melhor alternativa para a celebração
de um contrato.
Art. 22. “Compete privativamente à
União legislar sobre:
 XXVII – normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades,
para as administrações públicas diretas,
FUNDAMENTOS autárquicas e fundacionais da União,
CONSTITUCIONAIS Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e
para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos
termos do art. 173, § 1.º, III”.
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS

Competência da União e normas específicas

Competência da União e regulamentação

Competência da União e normas gerais exclusivas


• Art. 37.
• XXI – “ressalvados os casos
especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade
de condições a todos os concorrentes,
FUNDAMENTOS com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitirá
as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações”.
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS

“Obrigações de pagamento” e ordem cronológica

“Condições da proposta” e equilíbrio econômico

Habilitação e “cumprimento das obrigações”


Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Igualdade

Publicidade
Princípios Probidade administrativa
licitatórios Vinculação ao instrumento convocatório

Julgamento objetivo

Eficiência

Razoabilidade/proporcionalidade

Economicidade
Regras

Regime
Jurídico
Administrativo

Princípios
PLANEJAMENTO DA LICITAÇÃO
Súmula 177 do TCU
A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui
regra indispensável da competição, até mesmo como
pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes,
do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que
envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais das
condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese
particular da licitação para compra, a quantidade
demandada uma das especificações mínimas e essenciais à
definição do objeto do pregão.
DOCUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Projeto básico

Projeto Executivo

Termo de referência

Anteprojeto de engenharia
DIVISÃO DA PRETENSÃO CONTRATUAL

Pretensão contratual x objeto da licitação

Aglutinação x Fracionamento

Parcelamento da licitação (adj. por itens)


Súmula 247 do TCU
É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço
global, nos editais das licitações para a contratação de obras,
serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível, desde que
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de
economia de escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla
participação de licitantes que, embora não dispondo de capacidade
para a execução, fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto,
possam fazê-lo com relação a itens ou unidades autônomas,
devendo as exigências de habilitação adequar-se a essa
divisibilidade.
PARCELAMENTO DA LICITAÇÃO

Lote Item Grupo


PARCELAMENTO DA LICITAÇÃO

Lote Item Grupo


Decreto federal nº 7.892/2013
Art. 8º O órgão gerenciador poderá dividir a quantidade total do
item em lotes, quando técnica e economicamente viável, para
possibilitar maior competitividade, observada a quantidade
mínima, o prazo e o local de entrega ou de prestação dos serviços.
Ponderações importantes
Divisão do objeto
ECONOMICAMENTE
VIÁVEL?

AMPLIA A TECNICAMENTE
COMPETITIVIDADE? VIÁVEL?

APROVEITA MELHOR HÁ PERDA DE


O MERCADO ESCALA?
Acórdão nº 2.743/2015-Plenário
• (...)avaliação se a solução é divisível ou não, levando em
conta o mercado que a fornece e atentando que a solução
deve ser parcelada quando as respostas a todas as quatro
perguntas a seguir forem positivas:
• É tecnicamente viável dividir a solução?
• É economicamente viável dividir a solução?
• Não há perda de escala ao dividir a solução?
• Há o melhor aproveitamento do mercado e ampliação da
competitividade ao dividir a solução?
Locação de imóvel aglutinada com serviços

Licitação que tenha por objeto a locação de bem imóvel juntamente


com serviços de segurança, manutenção, limpeza e conservação
(solução imobiliária completa), contidos na taxa condominial, não
representa, por si só, violação ao art. 23, § 1º, da Lei 8.666/1993, haja
vista que esse dispositivo não traz regra absoluta, devendo ser
avaliado, caso a caso, se o parcelamento é vantajoso ou não para a
Administração. Acórdão 2020/2017 Plenário, Representação, Relator
Ministro-Substituto Weder de Oliveira.
PROBLEMAS ENVOLVENDO A DIVISÃO DA PRETENSÃO
CONTRATUAL
PROBLEMAS ENVOLVENDO A DIVISÃO DA PRETENSÃO
CONTRATUAL
1. Divisão do objeto e habilitação

2. Aglutinação de itens e motivação

3. Adjudicação global e aquisição por itens


Divisão do objeto e habilitação
TCU
Os requisitos de habilitação, quando o objeto estiver
dividido em lotes, devem ser exigidos para cada lote
individualmente, não em relação ao total de lotes. O edital
deve estabelecer critérios objetivos a fim de assegurar que
somente sejam adjudicados a uma mesma empresa os lotes
para os quais esta demonstre ter os requisitos mínimos
necessários para garantir o cumprimento das obrigações
assumidas. (Acórdão 2895/2014-Plenário, relator Ministro
Bruno Dantas, 29.10.2014).
TCU
À luz do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e do art.
3º da Lei 8.666/93, para cada lote em disputa em dada
licitação as regras licitatórias aplicam-se como se fossem
certames distintos, não se justificando a exigência de
acumulação de atestados de capacidade técnico-
operacional. (Acórdão 1516/2013-Plenário, relator
Ministro Valmir Campelo, 19.6.2013)
Aglutinação de itens e motivação
TCU
• A adjudicação por grupo ou lote não é, em princípio, irregular,
devendo a Administração, nesses casos, justificar de forma
fundamentada, no respectivo processo administrativo, a vantagem
dessa opção. (Acórdão 5134/2014-Segunda Câmara, relator
Ministro José Jorge, 23.9.2014).

• A adjudicação por grupo ou lote não é, em princípio, irregular. A


Administração, de acordo com sua capacidade e suas necessidades
administrativas e operacionais, deve sopesar e optar,
motivadamente, acerca da quantidade de contratos decorrentes da
licitação a serem gerenciados. (Acórdão 2796/2013-Plenário,
relator Ministro José Jorge, 16.10.2013).
TCU
É legítima a adoção da licitação por lotes formados com elementos
de mesma característica, quando restar evidenciado que a licitação
por itens isolados exigirá elevado número de processos licitatórios,
onerando o trabalho da administração pública, sob o ponto de vista
do emprego de recursos humanos e da dificuldade de controle,
colocando em risco a economia de escala e a celeridade processual e
comprometendo a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração. (Acórdão 5301/2013-Segunda Câmara, relator
Ministro-Substituto André Luís de Carvalho, 3.9.2013.)
Adjudicação global e aquisição por itens
TCU
Em licitação para registro de preços, é irregular a adoção de
adjudicação por menor preço global por grupo/lote,
concomitantemente com disputa por itens, sem que estejam
demonstradas as razões pelas quais tal critério,
conjuntamente com os que presidiram a formação dos
grupos, é o que conduzirá à contratação mais vantajosa,
comparativamente ao critério usualmente requerido de
adjudicação por menor preço por item. (Acórdão 4205/2014-
Primeira Câmara, relator Ministro-Substituto Weder de
Oliveira, 29.7.2014).
TCU
• A adoção de critério de adjudicação pelo menor preço global
por lote em registro de preços é, em regra, incompatível com a
aquisição futura por itens, tendo em vista que alguns itens
podem ser ofertados pelo vencedor do lote a preços
superiores aos propostos por outros competidores. (Acórdão
2695/2013-Plenário, relator Ministro-Substituto Marcos
Bemquerer Costa, 02.10.2013)

• Nas licitações por lote para registro de preços, mediante


adjudicação por menor preço global do lote, deve-se vedar a
possibilidade de aquisição individual de itens registrados para
os quais a licitante vencedora não apresentou o menor preço.
(Acórdão 343/2014-Plenário, relator Ministro Valmir
Campelo, 19.2.2014.)
TCU
• É indevida a utilização da ata de registro de preços
por quaisquer interessados – incluindo o próprio
gerenciador, os órgãos participantes e eventuais
caronas, caso tenha sido prevista a adesão para
órgãos não participantes – para aquisição separada
de itens de objeto adjudicado por preço global de
lote ou grupo para os quais o fornecedor convocado
para assinar a ata não tenha apresentado o menor
preço na licitação. Acórdão 1893/2017 Plenário,
Representação, Relator Ministro Bruno Dantas
PONTOS DE REFLEXÃO
 Aglutinação ou divisão como medida gerencial

Aglutinação e motivação

 Gestão do contrato e economia de escala


ESTIMATIVA DE CUSTOS
ESTIMATIVA DE CUSTOS
OBJETIVO:

• Trazer para o processo o preço mais fidedigno


possível.
36
SOLTA A
POITA!!

37
A estimativa de custos nas licitações e nos contratos

Funções da estimativa de preços

A estimativa de custos na prática administrativa


A PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES
Lei 8.666/1993
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
(...)
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades
da Administração Pública.
(...)
§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.
(...)
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante
do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço
vigente no mercado.
A PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES

Lei 8.666/1993
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em
série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a
modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção
de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início
da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:
[...]
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global,
conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e
vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou
faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o
disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48;
A PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES
Lei 8.666/1993
Art. 40:
§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte
integrante:
[...]
II - orçamento estimado em planilhas de
quantitativos e preços unitários;
A PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES

Lei 8.666/1993
Art. 43:
[...]
IV - verificação da conformidade de cada proposta
com os requisitos do edital e, conforme o caso, com
os preços correntes no mercado ou fixados por órgão
oficial competente, ou ainda com os constantes do
sistema de registro de preços, os quais deverão ser
devidamente registrados na ata de julgamento,
promovendo-se a desclassificação das propostas
desconformes ou incompatíveis;
A PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES
Lei 8.666/1993
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará
em consideração os critérios objetivos definidos no edital
ou convite, os quais não devem contrariar as normas e
princípios estabelecidos por esta Lei.
[...]
§ 3o Não se admitirá proposta que apresente preços
global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero,
incompatíveis com os preços dos insumos e salários de
mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que
o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido
limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais
e instalações de propriedade do próprio licitante, para os
quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da
remuneração.
FUNÇÃO DA ESTIMATIVA DE PREÇOS

Por que fazer pesquisa de preços?


UTILIDADE DA PESQUISA DE PREÇOS

Balizar a execução do orçamento


 Proposta orçamentária, Plano de contratações, adequação de
despesa, etc.
Orientar o Pregoeiro/Comissão
 Análise das propostas
Planejar a contratação
 Estudos preliminares
Justificar contratações
 Dispensa, Inexigibilidade
 Adesão a atas de RP
 “Vantajosidade” da manutenção e prorrogação de contratos
 Alterações de contratos
45
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NA PRÁTICA ADMINISTRATIVA

“Gargalo” burocrático

Imprecisão da estimativa de custos

Orçamento sigiloso

46
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NA PRÁTICA ADMINISTRATIVA

Atende à recomendação do inciso V do artigo 15,


da Lei nº 8.666/93, a pesquisa de preços através
de cotação com fornecedores?

47
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NA PRÁTICA ADMINISTRATIVA

“9.7.1. a realização de pesquisa de preços para elaboração


de orçamento básico de licitação com respaldo apenas em
consulta a empresas privadas não atende o art. 15, inciso V,
da Lei 8.666/1993, que estabelece que as compras devem
balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e
entidades da Administração Pública, os quais, no caso de
medicamentos e correlatos, estão disponíveis no Banco de
Preços em Saúde, do Ministério da Saúde, entre outros
bancos de dados;” (Acórdão nº 247/2017 - TCU - Plenário)
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NAS OBRAS E SERVIÇOS DE
ENGENHARIA
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NAS OBRAS E SERVIÇOS DE
ENGENHARIA
Decreto federal nº 7.983/13

Art. 3o O custo global de referência de obras e serviços de engenharia,


exceto os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a
partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que
integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus
correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema Nacional
de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados
os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser
considerados como de construção civil.
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica
Federal - CEF, segundo definições técnicas de engenharia da CEF e de
pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NAS OBRAS E SERVIÇOS DE
ENGENHARIA
Decreto federal nº 7.983/13

• Art. 4º O custo global de referência dos serviços e obras de


infraestrutura de transportes será obtido a partir das composições
dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de
licitação, menores ou iguais aos seus correspondentes nos custos
unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras -
Sicro, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, excetuados os itens
caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser
considerados como de infraestrutura de transportes.
A ESTIMATIVA DE PREÇOS NAS OBRAS E SERVIÇOS DE
ENGENHARIA
E quando esses sistemas não possuem referência
para parte dos custos que estou estimando?
AUSÊNCIA DE REFERÊNCIA NOS SISTEMAS OFICIAIS

“12. Por oportuno, impende trazer à colação o seguinte excerto


do Voto condutor do Acórdão nº 1266/2011-Plenário: (...) No
caso de não ser possível obter preços referenciais nos sistemas
oficiais para a estimativa de custos que antecederem os
processos licitatórios, deve ser realizada pesquisa de preços
contendo o mínimo de três cotações de
empresas/fornecedores distintos, fazendo constar do
respectivo processo a documentação comprobatória
pertinente aos levantamentos e estudos que fundamentaram
o preço estimado.” (ACÓRDÃO Nº 2.531/11 - TCU –
PLENÁRIO)
A ESTIMATIVA DE PREÇOS TRADICIONAL
ACÓRDÃO TCU Nº 980/05 – PLENÁRIO
“8.2.4. proceda nas licitações, dispensas ou
inexigibilidades, à consulta de preços correntes no
mercado, ou ainda, constantes do sistema de
registro de preços, em cumprimento ao disposto no
art. 43, inciso IV da Lei 8.666/93, consubstanciando-
a em, pelo menos, três orçamentos de
fornecedores distintos, os quais devem ser
anexados ao procedimento licitatório.”
A ESTIMATIVA DE PREÇOS TRADICIONAL

E se não for possível obter número mínimo de 03


cotações?
A ESTIMATIVA DE PREÇOS TRADICIONAL

E se não for possível obter número mínimo de 03


cotações?
COTAÇÃO E IMPOSSIBILIDADE DE NÚMERO MÍNIMO

“[...] no caso de não ser possível obter preços referenciais nos


sistemas oficiais para a estimativa de custos que antecederem
os processos licitatórios, deve ser realizada pesquisa de preços
contendo o mínimo de três cotações de
empresas/fornecedores distintos, fazendo constar do
respectivo processo a documentação comprobatória
pertinente aos levantamentos e estudos que fundamentaram
o preço estimado. [...] caso não seja possível obter esse
número de cotações, deve ser elaborada justificativa
circunstanciada.” (ACÓRDÃO Nº 2.531/11 - TCU – PLENÁRIO)
COTAÇÃO E IMPOSSIBILIDADE DE NÚMERO MÍNIMO

Ementa: o TCU deu ciência à (...) sobre impropriedade


caracterizada pela ausência nos processos de licitação,
dispensa ou inexigibilidade, de consulta de preços
correntes no mercado, ou fixados por órgão oficial
competente ou, ainda, constantes do sistema de registro
de preços, consubstanciada em, pelo menos, três
orçamentos de fornecedores distintos, ou justificativa nos
casos em que não foi possível obter número razoável de
cotações...” (ACÓRDÃO Nº 1.305/2014-2ª CÂMARA)
OUTRAS FORMAS EFICIENTES
OUTRAS FORMAS EFICIENTES PARA PESQUISA DE PREÇOS

ACÓRDÃO TCU Nº 1.163/08 – TCU – PLENÁRIO

“[...]9.3.7. instrua os processos de contratação


referentes à prestação de serviços de tecnologia da
informação, com pesquisa de preços fundamentada
e detalhada, utilizando, para isso, consulta, por
exemplo, a fornecedores, outros órgãos da
Administração Pública e contratações anteriores
com objeto similar, em conformidade com o
disposto nos arts. 40, § 2º, II, e 43, IV, da Lei nº
8.666/1993;”
OUTRAS FORMAS EFICIENTES PARA PESQUISA DE PREÇOS

ACÓRDÃO Nº 2857/2017 - TCU - 2ª CÂMARA

“1.7.1. ao Departamento-Geral do Pessoal do Exército


Brasileiro, que adote providências internas que previnam a
ocorrência de outras impropriedades semelhantes, visto que,
a pesquisa de preços que deu suporte à formação do custo
estimado do Pregão nº 8/2015 mostrou-se frágil, vez que não
houve a realização de consultas a fontes variadas, como
licitações similares realizadas por outros órgãos públicos,
atas de registros de preços, contratações realizadas por
entes privados em condições semelhantes, entre outras, o
que contrariou a jurisprudência deste Tribunal (v.g.: Acórdãos
2.170/2007, 868/2013 e 853/2014, do Plenário);”
OUTRAS FORMAS EFICIENTES PARA PESQUISA DE PREÇOS

ON AGU nº 17

A razoabilidade do valor das contratações


decorrentes de inexigibilidade de licitação poderá ser
aferida por meio da comparação da proposta
apresentada com os preços praticados pela futura
contratada junto a outros entes públicos e/ou
privados, ou outros meios igualmente idôneos.
FONTES DE PESQUISA
Orçamentos com empresas
Bancos de preços (NP, FGV, etc.)
Contratos recentes ou vigentes do próprio órgão ou de outros órgãos
Preços registrados em atas de RP
Preços praticados em corporações privadas
Sites de busca (Buscape, Bondfaro, Jacotei, Decolar, Zoom...)
Sistemas referenciais para obras (SINAPI, SICRO, ORSE, PINI)
Sistemas eletrônicos
Sites especializados (Webmotors, wimoveis, imoveisweb)
Sites de referência (americanas, submarino)
Tabelas de referência (ANP, Serviços clínicos, medicamentos, livros...)

64
RISCOS
 Preços de internet
 Preços promocionais
 Compras coletivas
 Preço de quem não vende para Órgão Público
 Disparidade das cotações
 Cotação sem conhecimento do mercado
 Contrato com preço defasado
 Comparações com Órgãos de estrutura diferente
 Objetos distintos
 Quantidades discrepantes

65
CESTA DE PREÇOS
CESTA DE PREÇOS
ACÓRDÃO TCU Nº 5.323/2010 – 1ª CÂMARA

“1.7.1.1. ausência de orçamento do objeto a ser contratado com base


em uma "cesta de preços aceitáveis", oriunda, por exemplo, de
pesquisas junto a cotação específica com fornecedores, pesquisa em
catálogos com fornecedores, pesquisa em bases de sistemas de
compras, avaliação de contratos recentes ou vigentes, valores
adjudicados em licitações de outros órgãos públicos, valores registrados
em atas de RP e analogia com compras/contratações realizadas por
corporações privadas, expurgados os valores que, manifestamente não
representem a realidade do mercado e, ainda, devidamente detalhado a
ponto de expressar a composição de todos os seus custos unitários;”

68
ESTIMATIVA DE PREÇOS, A IN 05/2014 E A 03/2017
IN 05/2014 IN 03/2017
Art. 2º A pesquisa de preços será realizada mediante a utilização de um dos “Art. 2º A pesquisa de preços será realizada mediante a utilização dos seguintes
seguintes parâmetros:". parâmetros:
I - Portal de Compras Governamentais - www.comprasgovernamentais.gov.br; I - Painel de Preços, disponível no endereço eletrônico
II - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou http://paineldeprecos.planejamento.gov.br;
de domínio amplo, desde que contenha a data e hora de acesso; II - contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos
III - contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços;
nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços; ou III - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados
IV - pesquisa com os fornecedores. ou de domínio amplo, desde que contenha a data e hora de acesso; ou
§ 1º No caso do inciso I será admitida a pesquisa de um único preço. IV - pesquisa com os fornecedores, desde que as datas das pesquisas não se
§ 2º No âmbito de cada parâmetro, o resultado da pesquisa de preços será a diferenciem em mais de 180 (cento e oitenta) dias.
média ou o menor dos preços obtidos (Alterado pela IN 07, de 29 de agosto de §1º Os parâmetros previstos nos incisos deste artigo poderão ser utilizados de
2014). forma combinada ou não, devendo ser priorizados os previstos nos incisos I e II e
§ 3º A utilização de outro método para a obtenção do resultado da pesquisa de demonstrada no processo administrativo a metodologia utilizada para obtenção
preços, que não o disposto no § 2º, deverá ser devidamente justificada pela do preço de referência.
autoridade competente §2º Serão utilizadas, como metodologia para obtenção do preço de referência
§ 4º No caso do inciso IV, somente serão admitidos os preços cujas datas não se para a contratação, a média, a mediana ou o menor dos valores obtidos na
diferenciem em mais de 180 (cento e oitenta) dias. pesquisa de preços, desde que o cálculo incida sobre um conjunto de três ou mais
§ 5º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será preços, oriundos de um ou mais dos parâmetros adotados neste artigo,
admitida a pesquisa com menos de três preços ou fornecedores. desconsiderados os valores inexequíveis e os excessivamente elevados.
§ 6º Para a obtenção do resultado da pesquisa de preços, não poderão ser §3º Poderão ser utilizados outros critérios ou metodologias, desde que
considerados os preços inexequíveis ou os excessivamente elevados, conforme devidamente justificados pela autoridade competente.
critérios fundamentados e descritos no processo administrativo. §4º Os preços coletados devem ser analisados de forma crítica, em especial,
quando houver grande variação entre os valores apresentados.
§5º Para desconsideração dos preços inexequíveis ou excessivamente elevados,
deverão ser adotados critérios fundamentados e descritos no processo
administrativo.
§6º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será
admitida a pesquisa com menos de três preços ou fornecedores." (NR)
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
PESQUISA DE PREÇOS E PRORROGAÇÃO CONTRATUAL

Será obrigatória a realização de pesquisa de preços,


para as prorrogações contratuais?
PESQUISA DE PREÇOS E PRORROGAÇÃO CONTRATUAL
ACÓRDÃO TCU Nº 1.214/2013 - PLENÁRIO
Em seu voto, o relator, diante das informações apresentadas, sugeriu que se entendesse
desnecessária a realização de pesquisa junto ao mercado e a outros órgãos/entidades da
Administração Pública para a prorrogação de contratos de natureza continuada, desde que
as seguintes condições contratuais estejam presentes, assegurando a vantajosidade da
prorrogação:
a) previsão de que as repactuações de preços envolvendo a folha de salários serão efetuadas
somente com base em convenção, acordo coletivo de trabalho ou em decorrência de lei;
b) previsão de que as repactuações de preços envolvendo materiais e insumos (exceto, para
estes últimos, quanto a obrigações decorrentes de acordo ou convenção coletiva de trabalho
e de Lei), serão efetuadas com base em índices setoriais oficiais, previamente definidos no
contrato, a eles correlacionados, ou, na falta de índice setorial oficial específico, por outro
índice oficial que guarde maior correlação com o segmento econômico em que estejam
inseridos ou adotando, na ausência de índice setorial, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo - IPCA/IBGE. Para o caso particular dos serviços continuados de limpeza,
conservação, higienização e de vigilância, o relator adicionou ainda a aderência de valores a
limites fixado em ato da SLTI/MP. Nos termos do voto do relator, o Plenário manifestou sua
anuência.
PESQUISA DE PREÇOS E PRORROGAÇÃO CONTRATUAL
IN 05/2017 - ANEXO IX (Da vigência e da prorrogação)
7. A vantajosidade econômica para prorrogação dos contratos com mão de obra exclusiva
estará assegurada, sendo dispensada a realização de pesquisa de mercado, nas seguintes
hipóteses:
a) quando o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo a folha de
salários serão efetuados com base em Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou
em decorrência de lei;
b) quando o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo insumos
(exceto quanto a obrigações decorrentes de Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de
Trabalho e de lei) e materiais serão efetuados com base em índices oficiais, previamente
definidos no contrato, que guardem a maior correlação possível com o segmento econômico
em que estejam inseridos tais insumos ou materiais ou, na falta de qualquer índice setorial, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE); e
c) no caso dos serviços continuados de limpeza, conservação, higienização e de vigilância, os
valores de contratação ao longo do tempo e a cada prorrogação serão iguais ou inferiores aos
limites estabelecidos em ato normativo da Secretaria de Gestão do Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
PESQUISA DE PREÇOS E PRORROGAÇÃO CONTRATUAL
PARECER n. 00004/2018/CPLC/PGF/AGU
EMENTA: ADMINISTRATIVO. LICITAÇÕES E CONTRATOS. AFERIÇÃO DO PREÇO ESTIMADO
DA CONTRATAÇÃO. NECESSIDADE DE PESQUISA DE PREÇOS. OBSERVÂNCIA DA IN Nº
05/2014 /SLTI/MP COM AS ALTERAÇÕES IMPLEMENTADAS PELA IN Nº 03/2017-
SEGES/MPDG PRIORIZANDO-SE OS PARÂMETROS CONTIDOS NOS INCISOS I E II.
NECESSIDADE DE ANÁLISE CRÍTICA DOS VALORES PELO GESTOR. VANTAJOSIDADE
ECONÔMICA DO CONTRATO NA PRORROGAÇÃO. POSSIBILIDADE DE DISPENSA DA
PESQUISA DE PREÇOS NOS CONTRATOS COM E SEM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE
OBRA. REVISÃO DO ENTENDIMENTO CONTIDO NO PARECER Nº
12/2014/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU.
(...)
IV. A vantajosidade da prorrogação nos contratos de serviços continuados sem dedicação
exclusiva de mão de obra estará assegurada quando houver previsão contratual de índice
de reajustamento de preços, o que não impede que o gestor, diante das especificidades
do contrato firmado, da competitividade do certame, da adequação da pesquisa de
preços que fundamentou o valor de referência da licitação, da realidade de mercado,
bem como da eventual ocorrência de circunstâncias atípicas no setor da contratação,
decida, de maneira fundamentada, pela realização da pesquisa de preços.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

Características do SRP
• Dispensa prévia dotação orçamentária
• Adoção facultativa*
• Modalidades concorrência e pregão
• Facultatividade da contratação
• Preferência para o preço registrado
• Atendimento de diversas pretensões contratuais
• Ata de Registro de preços

Órgão gerenciador ↔ Órgão participante ↔ Órgão carona


ÓRGÃOS DO SRP
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

SRP

Participante
Gerenciador Participante Aderente de compra
nacional
APLICAÇÃO DO SRP
APLICABILIDADE (Objeto)
Necessidade de contratações frequentes;

Aquisição de bens com previsão de entregas parceladas

Serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa

Atendimento a mais de um órgão ou entidade

Atendimento a programas de governo

Quando não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado


SRP e serviços contínuos

SRP e serviços de engenharia

SRP e obras
• Cabe registro de preços para serviços contínuos?
• Cabe registro de preços para serviços contínuos?
• É lícita a utilização do sistema de registro de preços para
contratação de serviços contínuos, desde que configurada
uma das hipóteses delineadas nos incisos I a IV do art. 2º do
Decreto 3.931/2001” (Acórdão nº. 1737/2012-Plenário).

• Obs: Acórdão 1391/2014-Plenário, relatora Ministra Ana


Arraes, 28.5.2014.
Observação: SRP e serviços contínuos

A utilização do sistema de registro de preços para contratação


imediata de serviços continuados e específicos, com quantitativos
certos e determinados, sem que haja parcelamento de entregas do
objeto, viola o art. 3º do Decreto 7.892/2013. Acórdão 1604/2017
Plenário, Representação, Relator Ministro Vital do Rêgo.
• Cabe SRP para serviços de engenharia?
• Cabe SRP para serviços de engenharia?
• É ilícita a utilização do sistema de registro de preços, por falta de
observância aos comandos contidos nos incisos do art. 2º do Decreto
nº 3.931, de 19/9/2001, quando as peculiaridades do objeto a ser
executado e sua localização indicam que só será possível uma única
contratação. (Acórdão n.º 113/2012-Plenário)

• A utilização do sistema de registro de preços para contratação de


serviços técnicos especializados de consultoria, engenharia e
arquitetura não encontra amparo na legislação vigente. (Acórdão n.º
2006/2012-Plenário)
• Cabe SRP para serviços de engenharia?
• É admissível a contratação, mediante registro de preços, de serviços
de reforma de pouca relevância material e que consistam em
atividades simples, típicas de intervenções isoladas, que possam ser
objetivamente definidas conforme especificações usuais no
mercado, e possuam natureza padronizável e pouco complexa
(Acórdão 3419/2013-Plenário, 4.12.2013).

• É possível a contratação de serviços comuns de engenharia com


base em registro de preços quando a finalidade é a manutenção e a
conservação de instalações prediais, em que a demanda pelo objeto
é repetida e rotineira. (Acórdão 3605/2014-Plenário, 9.12.2014)
• Cabe registro de preços para obras?
• Cabe registro de preços para obras?
SIM. (...)O regime de licitações por registro de preços foi ampliado
pelos Decretos Regulamentadores 3.931/2001 e 4.342/2002,
sendo extensivo não só a compras mas a serviços e obras. (...) (STJ
- ROMS 15647. Min. Eliana Calmon, DJ 14/02/2003).

NÃO. 9.3. determinar (...) que, com respeito à utilização do Sistema


de Registro de Preços (SRP), observe o seguinte: 9.3.1. não há
amparo legal para adoção desse procedimento para contratação
de obras de engenharia (TCU - Acórdão nº. 296/07 - Segunda
Câmara Relator: Benjamin Zymler);
• Cabe registro de preços para obras?
É possível a contratação de serviços comuns de engenharia com
base em registro de preços quando a finalidade é a manutenção e a
conservação de instalações prediais, em que a demanda pelo objeto
é repetida e rotineira. Contudo, o sistema de registro de preços não
é aplicável à contratação de obras, uma vez que nesta situação não
há demanda de itens isolados, pois os serviços não podem ser
dissociados uns dos outros. (Acórdão 3605/2014-Plenário, relator
Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, 9.12.2014).
• Cabe registro de preços para obras?
É possível a adoção do registro de preços nas licitações de
obras, sob o regime do RDC, em que seja demonstrada a
viabilidade de se estabelecer a padronização do objeto e
das propostas, de modo que se permitam a obtenção da
melhor proposta e contratações adequadas e vantajosas às
necessidades dos interessados. (Acórdão 2600/2013-
Plenário, relator Ministro Valmir Campelo, 25.9.2013.)
FASE INTERNA DO SRP
IRP e dificuldades operacionais
Art. 4º Fica instituído o procedimento de Intenção de Registro de Preços - IRP, a ser operacionalizado por módulo do Sistema de
Administração e Serviços Gerais - SIASG, que deverá ser utilizado pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços
Gerais - SISG, para registro e divulgação dos itens a serem licitados e para a realização dos atos previstos nos incisos II e V do
caput do art. 5º e dos atos previstos no inciso II e caput do art. 6º.
§ 1º A divulgação da intenção de registro de preços poderá ser dispensada, de forma justificada pelo órgão gerenciador.
(Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)
§ 2º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão editará norma complementar para regulamentar o disposto neste artigo.
§ 3º Caberá ao órgão gerenciador da Intenção de Registro de Preços - IRP: (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)
I - estabelecer, quando for o caso, o número máximo de participantes na IRP em conformidade com sua capacidade de
gerenciamento;
II - aceitar ou recusar, justificadamente, os quantitativos considerados ínfimos ou a inclusão de novos itens; e
III - deliberar quanto à inclusão posterior de participantes que não manifestaram interesse durante o período de divulgação da
IRP.
§ 4º Os procedimentos constantes dos incisos II e III do § 3º serão efetivados antes da elaboração do edital e de seus anexos.
§ 5º Para receber informações a respeito das IRPs disponíveis no Portal de Compras do Governo Federal, os órgãos e entidades
integrantes do SISG se cadastrarão no módulo IRP e inserirão a linha de fornecimento e de serviços de seu interesse.
§ 6º É facultado aos órgãos e entidades integrantes do SISG, antes de iniciar um processo licitatório, consultar as IRPs em
andamento e deliberar a respeito da conveniência de sua participação.
IRP e dificuldades operacionais

Fundamentos

Papel do órgão gerenciador

IRP e conveniência de participação


A assessoria jurídica do órgão participante
deve “aprovar” a minuta do edital e do
contrato?

96
Art. 9º O edital de licitação para registro de preços observará o
disposto nas Leis nº 8.666, de 1993, e nº 10.520, de 2002, e
contemplará, no mínimo:
(...)
§ 4º O exame e a aprovação das minutas do instrumento
convocatório e do contrato serão efetuados exclusivamente pela
assessoria jurídica do órgão gerenciador. (Incluído pelo Decreto
nº 8.250, de 2.014)
A assessoria jurídica do órgão não
participante (carona) deve “aprovar” a
minuta do edital e do contrato?

98
AGU

DIREITO ADMINISTRATIVO. LICITAÇÕES E CONTRATOS. ATA DE


REGISTRO DE PREÇOS. ANÁLISE DA MINUTA DO CONTRATO
APROVADA PELO ÓRGÃO GERENCIADOR. ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE.
NÃO OBRIGATORIEDADE (Parecer nº 09/2015/DECOR/CGU/AGU)
ATA DE REGISTRO DE PREÇOS
Natureza jurídica da Ata

Vigência da Ata

Início da validade da Ata


TCU
A ata de registro de preços caracteriza-se como um
negócio jurídico em que são acordados entre as partes,
Administração e licitante, apenas o objeto licitado e os
respectivos preços ofertados. A formalização da ata gera
apenas uma expectativa de direito ao signatário, não lhe
conferindo nenhum direito subjetivo à contratação.
(Acórdão 1285/2015-Plenário, relator Ministro
Benjamin Zymler, 27.5.2015).
Da validade da ata
“alertando que a suspensão dos procedimentos de contratação ocorridos em face da ação
acautelatória não autoriza, por si só, a extrapolação do prazo de validade da ata, limitado a
doze meses contados a partir da data da publicação” (Acórdão 1401/2014-Plenário,
relator Ministro Augusto Sherman Cavalcanti, 28.5.2014)

Na contagem do prazo de validade da ata de registro de preços, computa-se o período em


que vigorou medida cautelar suspensiva adotada pelo TCU. Ultrapassados doze meses (art.
12 do Decreto 7.892/13), a própria vantagem da contratação pode estar prejudicada, seja
qual for o adquirente (gerenciador, participante ou "carona"). A proteção ao valor
fundamental da licitação – obtenção da melhor proposta - se sobrepõe à expectativa do
vencedor da licitação. (Acórdão 1285/2015-Plenário, relator Ministro Benjamin Zymler,
27.5.2015).
DA ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE PREÇOS
Natureza jurídica da adesão

Aspectos positivos e negativos

Limitações à adesão
INDIVIDUAL

FORMAL TEMPORAL

LIMITES

LÓGICO GLOBAL

SUBJETIVO
Pode um órgão federal aderir à ARP de um órgão municipal?
E o contrário, é possível?
Pode um órgão federal aderir à ARP de um órgão municipal?
E o contrário, é possível?

Decreto nº 7.892/2013
• Art. 22. In omissis.
• § 8º É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal
a adesão a ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidade
municipal, distrital ou estadual.
• § 9º É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou
estaduais a adesão a ata de registro de preços da Administração
Pública Federal.
• É possível adesão federal a Atas de Registro de Preços de
entidades do “Sistema S”?
• É possível adesão federal a Atas de Registro de Preços de
entidades do “Sistema S”?

• (...)não há viabilidade jurídica para a adesão por órgãos da


Administração Pública a atas de registro de preços relativas a
certames licitatórios realizados por entidades integrantes do
Sistema "S“ (...) (TCU - Acórdão nº 1.192/2010 - Plenário).

• É vedada aos órgãos públicos federais a adesão à ata de


registro de preços quando a licitação tiver sido realizada pela
administração pública estadual, municipal ou do distrito
federal, bem como por entidades paraestatais. (ON AGU N.
21)
As federais que adotam o regime da Lei nº
13.303/2016 podem aderir a atas da administração
direta e das autarquias? E os órgãos e autarquias
podem aderir às atas essas estatais?
LEI Nº 13.303/2016
Art. 66. O Sistema de Registro de Preços especificamente
destinado às licitações de que trata esta Lei reger-se-á pelo
disposto em decreto do Poder Executivo e pelas seguintes
disposições:
§ 1o Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer
órgão ou entidade responsável pela execução das atividades
contempladas no art. 1o desta Lei.
• É possível adesão a uma ata de registro de preços em
licitação exclusiva para ME/EPP? Quais os limites?
PROCEDIMENTO PARA A ADESÃO

 Confirmação da validade da ata (identificar se ela ainda não expirou).


 caracterização do objeto a ser adquirido, diagnóstico da necessidade de contratação,
adequação do objeto aos interesses da Administração, justificativas pertinentes, tudo
demonstrado através do respectivo documento de planejamento da contratação (ex: termo de
referência);
 justificativa indicando a vantajosidade da contratação (adesão);
 pesquisa de preço com vistas a verificar a compatibilidade dos valores registrados com os
preços de mercado;
 anuência do órgão gerenciador;
 aceitação do fornecedor;
 cumprimento aos limites impostos pelo regulamento para a adesão.
PROCEDIMENTO PARA A ADESÃO

JURIS TCU
“ao aderirem a atas de registro de preço, os órgãos e entidades da
Administração devem atentar para:
a) obrigatoriedade do planejamento da contratação;
b) demonstração formal da vantajosidade da adesão; e
c) compatibilidade das regras e condições estabelecidas no certame
que originou a ata de registro de preços com as necessidades e
condições determinadas na etapa de planejamento da
contratação.” (Acórdão 3137/2014-Plenário, relator Ministro-
Substituto Augusto Sherman Cavalcanti, 12.11.2014.)
Como justificar a
“vantajosidade” na adesão?

116
VANTAJOSIDADE NA ADESÃO
A mera comparação dos valores constantes em ata de registro
de preços com os obtidos junto a empresas consultadas na
fase interna de licitação não é suficiente para configurar a
vantajosidade da adesão à ata, haja vista que os preços
informados nas consultas, por vezes superestimados, não
serão, em regra, os efetivamente contratados. Deve o órgão
não participante (“carona”), com o intuito de aferir a
adequação dos preços praticados na ata, se socorrer de outras
fontes, a exemplo de licitações e contratos similares realizados
no âmbito da Administração Pública.(Acórdão 420/2018
Plenário, Recurso de Reconsideração, Relator Ministro
Walton Alencar Rodrigues.)
• É necessário justificar a previsão de adesão no edital?
Juris TCU
 O órgão gerenciador do registro de preços deve justificar eventual
previsão editalícia de adesão à ata por órgãos ou entidades não
participantes (“caronas”) dos procedimentos iniciais. A adesão
prevista no art. 22 do Decreto 7.892/13 é uma possibilidade anômala
e excepcional, e não uma obrigatoriedade a constar necessariamente
em todos os editais e contratos regidos pelo Sistema de Registro de
Preços. (Acórdão 1297/2015-Plenário, 27.5.2015).
Juris TCU
Licitação. Registro de preços. Adesão à ata de registro de
preços. Edital de licitação. Justificativa. A inserção de cláusula
em edital licitatório prevendo a possibilidade de adesão a ata
de registro de preços por órgãos ou entidades não
participantes do planejamento da contratação (“carona”) exige
justificativa específica, lastreada em estudo técnico referente
ao objeto licitado e devidamente registrada no documento de
planejamento da contratação. (Acórdão 311/2018 Plenário.
Representação, Relator Ministro Bruno Dantas)
O órgão gerenciador deve aferir ou conferir a vantajosidade da
adesão, pelo órgão não participante?
Juris TCU

No Sistema de Registro de Preços, não cabe ao órgão gerenciador a


verificação da vantagem da adesão de cada interessado. Compete ao
órgão ou entidade não participante utilizar os preços previstos na ata
combinados com os quantitativos da contratação que pretende realizar
para avaliar e demonstrar a economicidade de sua adesão. (Acórdão
1151/2015-Plenário, 13.5.2015.)
CADASTRO DE RESERVA
O cadastro de reserva
Função do cadastro de reserva

Ausência de previsão legal para o instituto

Convocação e análise da habilitação


CONVOCAÇÃO E ANÁLISE DA HABILITAÇÃO

Art. 11 . Após a homologação da licitação, o registro de preços observará,


entre outras, as seguintes condições:
(...)
§ 3º A habilitação dos fornecedores que comporão o cadastro de reserva a
que se refere o inciso II do caput será efetuada, na hipótese prevista no
parágrafo único do art. 13 e quando houver necessidade de contratação de
fornecedor remanescente, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21.
(Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)
NEGOCIAÇÃO DOS PREÇOS REGISTRADOS
É possível revisão econômica
da Ata de registro de preços?

127
NEGOCIAÇÃO DOS PREÇOS REGISTRADOS
Art. 17. Os preços registrados poderão ser revistos em decorrência de eventual redução dos preços praticados no mercado ou de fato que
eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador promover as negociações junto aos fornecedores,
observadas as disposições contidas na alínea “d” do inciso II do caput do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
Art. 18. Quando o preço registrado tornar-se superior ao preço praticado no mercado por motivo superveniente, o órgão gerenciador
convocará os fornecedores para negociarem a redução dos preços aos valores praticados pelo mercado.
§ 1º Os fornecedores que não aceitarem reduzir seus preços aos valores praticados pelo mercado serão liberados do compromisso
assumido, sem aplicação de penalidade.
§ 2º A ordem de classificação dos fornecedores que aceitarem reduzir seus preços aos valores de mercado observará a classificação
original.
Art. 19. Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor não puder cumprir o compromisso, o órgão
gerenciador poderá:
I - liberar o fornecedor do compromisso assumido, caso a comunicação ocorra antes do pedido de fornecimento, e sem aplicação da
penalidade se confirmada a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados; e
II - convocar os demais fornecedores para assegurar igual oportunidade de negociação.
Parágrafo único. Não havendo êxito nas negociações, o órgão gerenciador deverá proceder à revogação da ata de registro de preços,
adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.
REDUÇÃO E LIBERAÇÃO DOS PREÇOS REGISTRADOS
Preços de mercado < Preços registrados = REDUÇÃO NEGOCIADA

Preços de mercado > Preços registrados = LIBERAÇÃO SOLICITADA


REDUÇÃO E LIBERAÇÃO DOS PREÇOS REGISTRADOS
Preços de mercado < Preços registrados = REDUÇÃO NEGOCIADA
Art. 18. Quando o preço registrado tornar-se superior ao preço praticado no mercado por
motivo superveniente, o órgão gerenciador convocará os fornecedores para negociarem a
redução dos preços aos valores praticados pelo mercado.
Preços de mercado > Preços registrados = LIBERAÇÃO SOLICITADA
Art. 19. Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor
não puder cumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá:
I - liberar o fornecedor do compromisso assumido, caso a comunicação ocorra antes do pedido
de fornecimento, e sem aplicação da penalidade se confirmada a veracidade dos motivos e
comprovantes apresentados; e
II - convocar os demais fornecedores para assegurar igual oportunidade de negociação.
Negociação da Ata Revisão econômica

Natureza jurídica Natureza jurídica

Competência Competência

Instrumento Instrumento
PARECER n. 00001/2016/CPLC/CGU/AGU
I - Administrativo. Licitação. Ata de registro de preços. Reajustabilidade. Incidência dos institutos de manutenção do
equilíbrio econômico. Impossibilidade.
II - Distinção entre a manutenção do equilíbrio econômico e o procedimento negocial previsto pelos os artigos 17 a
19 do Decreto federal nº 7.892/2013. Distinção de natureza jurídica. Distinção de efeitos. Distinção de
competências.
III - O procedimento de negociação dos valores registrados na Ata, previsto nos artigos 17 a 19 do Decreto federal nº
7.892/2013, não se confunde com o reconhecimento do direito da parte contratante à alteração do valor contratual,
para manutenção do equilíbrio econômico do contrato.
IV - O procedimento de negociação dos valores registrados na Ata, previsto nos artigos 17 a 19 do Decreto federal nº
7.892/2013, afeta o preço registrado na Ata e deve ser conduzido, a priori, pelo órgão gerenciador.
V - Não cabe reajuste, repactuação ou reequilíbrio econômico (revisão econômica) em relação à Ata de registro de
preços, uma vez que esses institutos estão relacionados à contratação (contrato administrativo em sentido amplo).
VI - O fato gerador de manutenção do equilíbrio econômico (reajuste, repactuação ou reequilíbrio econômico)
deve ser reconhecido no âmbito da relação contratual firmada, pela autoridade competente, sem necessária
interferência na Ata de registro de preços.
SANÇÕES NO SRP
Aplicações de sanções no SRP.

Competências sancionatórias no SRP

Aplicação de sanções e os efeitos sobre a Ata


de Registro de Preços
Lei nº 8.666/93 Lei nº 10.520/02

• Advertência • Multa

• Multa • Impedimento de licitar e


contratar
• Suspensão temporária
• Descredenciamento no
• Declaração de SICAF ou outro sistemas
inidoneidade de cadastramento de
fornecedores
Cabe sancionamento da empresa, pela
recusa de fornecimento ao órgão
“carona”?

136
O fornecimento a órgão “carona”, em quantitativo
previsto no edital da licitação, pode ser recusado
pela empresa com preço registrado?

137
JURIS TCU
 Nas licitações para registro de preços direcionadas apenas para aderentes, é obrigatório aos vencedores
do certame contratar a integralidade dos quantitativos registrados na ata, conforme o mens legis
estabelecido no art. 96 c/c o art. 99 do Decreto 7.581/11. (...) o relator questionou cláusula que permitira
aos fornecedores beneficiários da ata “optar pela aceitação ou não do fornecimento aos interessados que
ainda irão aderir à Ata de Registro de Preços, independentemente dos quantitativos registrados ...”.
(...)Explicou que, em um processo convencional, as quantidades editalícias são o somatório das
necessidades do gerenciador e dos diversos participantes, sendo esse quantitativo de fornecimento
obrigatório. No caso peculiar da licitação em questão, em razão de ela ser concebida unicamente para a
adesão dos municípios, inexistem necessidades do gerenciador, nem mesmo participantes. Assim, as
quantidades são estimadas em função apenas das necessidades dos aderentes. Como consequência, “o
fornecedor, considerando que existem apenas ‘aderentes’, pode tender a contratar apenas a ‘boa fatia’
da licitação. Para aqueles lotes mais onerosos, pode decidir não contratar", o que afastaria o alcance da
"boa proposta". Nesse sentido, concluiu o relator, "para assegurar o objetivo dessa licitação (...) o
fornecimento não pode ser optativo, para a vencedora. Tem de ser obrigatório... Tal condição tem de
estar estampada nos instrumentos convocatórios nesse modelo, como condição para garantia da melhor
proposta“(...)". Acórdão 2600/2013-Plenário. Relator Ministro Valmir Campelo, 25.9.2013.
Aplicação da sanção suspensão gera
cancelamento do registro do fornecedor
em ARP de outro órgão federal?

139
Art. 20. O registro do fornecedor será cancelado quando:
I - descumprir as condições da ata de registro de preços;
II - não retirar a nota de empenho ou instrumento equivalente no
prazo estabelecido pela Administração, sem justificativa aceitável;
III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese deste se
tornar superior àqueles praticados no mercado; ou
IV - sofrer sanção prevista nos incisos III ou IV do caput do art. 87
da Lei nº 8.666, de 1993, ou no art. 7º da Lei nº 10.520, de 2002.
Parágrafo único. O cancelamento de registros nas hipóteses
previstas nos incisos I, II e IV do caput será formalizado por
despacho do órgão gerenciador, assegurado o contraditório e a
ampla defesa.
ASPECTOS POLÊMICOS NAS
LICITAÇÕES PARA ME/EPP
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS
 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas
sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

 Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-
las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por
meio de lei.
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA
 Lei 7.256/1984
 Lei 8.864/1994 (Normas gerais para ME e EPP)
 Lei 9.841/1999 (Estatuto da ME e EPP)
A política de compras governamentais dará prioridade à ME e à EPP,
com processo especial e simplificado, nos termos da regulamentação
desta Lei.
Omissão do Decreto 3.474/2000.
 LC 123/2006
Tratamento de preferência nas contratações públicas
TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA ME/EPP NAS LICITAÇÕES

LC 123/2006
E LICITAÇÕES

Benefícios nas Benefício Licitações


licitações creditício diferenciadas
(arts 42 a 45) (art. 46) (arts 47 a 48)
ENQUADRAMENTO COMO ME/EPP
• Art. 3º (...)consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário (...) devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
• I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
• II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais).
• § 1º Considera-se receita bruta(...) o produto da venda de bens e serviços nas operações de
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não
incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
• § 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput
deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de
pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses.
ENQUADRAMENTO COMO ME/EPP
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum
efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no
exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de
outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa
não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite
de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput
deste artigo;
ENQUADRAMENTO COMO ME/EPP
• VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
• VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
• VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento,
de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de
crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e
câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização
ou de previdência complementar;
• IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento
de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
• X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
• XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.
Pode uma ME e EPP participar de um certame cujo valor da
contratação seja superior aos limites de enquadramento,
inclusive com os benefícios da legislação?
BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELA LC 123/06
Benefícios nas licitações • Regularidade fiscal postergada
• Desempate ficto
(arts 42 a 45)

Benefício creditício
• Cédula de crédito microempresarial
(art. 46)

• Licitações exclusivas
Licitações diferenciadas • Subcontratação obrigatória
• Cota de 25%
(arts 47 a 48)
• Prioridade de contratação

149
REGULARIDADE FISCAL POSTERGADA
• Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da
participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a
documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e
trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição.

150
REGULARIDADE FISCAL POSTERGADA
• § 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e
trabalhista, será assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial
corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor
do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração
pública, para regularização da documentação, para pagamento ou
parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou
positivas com efeito de certidão negativa.
• § 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste
artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das
sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo
facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem
de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.

151
REGULARIDADE FISCAL POSTERGADA

Condições e regularização posterior

Não regularização e aplicação de penalidades

Indicação “das sanções previstas no artigo 81...”

152
DESEMPATE FICTO
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate,
preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno
porte.
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas
apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais
ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o
deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.

153
DESEMPATE FICTO
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o
empate, proceder-se-á da seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá
apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame,
situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado;
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte,
na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que
porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e
empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§
1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para
que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.

154
DESEMPATE FICTO
Art. 45. (...).
§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste
artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente
vencedora do certame.
§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta
inicial não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno
porte.
§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais
bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo
máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão.

155
DESEMPATE FICTO

Empate ficto e procedimento de desempate

Desempate ficto e o Pregão

Desempate ficto e tipo licitatório

156
Como a inabilitação pode refletir
no desempate ficto?
Qual o percentual a ser adotado no RDC,
para a aplicação do desempate ficto?
LICITAÇÕES DIFERENCIADAS

LC 123/2006
E LICITAÇÕES

Benefícios nas Benefício Licitações


licitações creditício diferenciadas
(arts 42 a 45) (art. 46) (arts 47 a 48)
LICITAÇÕES DIFERENCIADAS PARA ME/EPP
Licitações
exclusivas

Subcontratação
obrigatória
LICITAÇÕES
DIFERENCIADAS
Cota

Prioridade de
contratação
LICITAÇÕES DIFERENCIADAS PARA ME/EPP

Obrigatoriedade relativa

Fim do limite quantitativo individual de 25%

Omissão do edital e reconhecimento do direito


LICITAÇÕES DIFERENCIADAS PARA ME/EPP
Lei Complementar 123/2006
• Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e indireta,
autárquica e fundacional, federal, estadual e municipal, deverá ser concedido
tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de
pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e
social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas
públicas e o incentivo à inovação tecnológica. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
• Parágrafo único. No que diz respeito às compras públicas, enquanto não
sobrevier legislação estadual, municipal ou regulamento específico de cada
órgão mais favorável à microempresa e empresa de pequeno porte, aplica-se a
legislação federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
É constitucional o parágrafo único do artigo 47
da LC 123/2006, com a alteração feita pela LC
147/2014?
LICITAÇÕES EXCLUSIVAS PARA ME/EPP
LICITAÇÕES EXCLUSIVAS PARA ME/EPP
Lei Complementar 123/2006
• Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei
Complementar, a administração pública:
• I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à
participação de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens
de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil
reais);

Decreto federal nº 8.538/2015


• Art. 6º Os órgãos e as entidades contratantes deverão realizar processo
licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e
empresas de pequeno porte nos itens ou lotes de licitação cujo valor
seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
LICITAÇÕES EXCLUSIVAS PARA ME/EPP

Licitação exclusiva e adjudicação por itens

Pesquisa de preço para licitações exclusivas

Item da licitação exclusiva e adoção do SRP


O que é o item espelho? Como adotá-lo em meu
edital? Quais as vantagens de adoção deste
procedimento?
É possível licitações exclusivas para ME/EPP em
certames para SRP? E como ficam as adesões?
Licitações exclusivas e adesão

As licitações processadas por meio do Sistema de Registro de Preços, cujo valor


estimado seja igual ou inferior a R$ 80.000,00, podem ser destinadas à
contratação exclusiva de microempresas e empresas de pequeno porte,
competindo ao órgão que gerencia a ata de registro de preços autorizar a
adesão à referida ata, desde que cumpridas as condições(...)e respeitado, no
somatório de todas as contratações, (...)tanto as realizadas pelos patrocinadores
da ata quanto as promovidas pelos aderentes, o limite máximo de R$ 80.000,00
em cada item da licitação. Acórdão n.º 2957/2011-Plenário
Em caso de serviços contínuos licitados, como
deve ser estabelecido o limite para exclusividade
em favor de ME/EPP?
AGU
• "A definição do valor da contratação levará em conta o período de
vigência do contrato e as possíveis prorrogações para:
a) a realização de licitação exclusiva (microempresa, empresa de
pequeno porte e sociedade cooperativa);
b) a escolha de uma das modalidades convencionais (concorrência,
tomada de preços e convite); e
c) o enquadramento das contratações previstas no art. 24, inc. I e II,
da Lei nº 8.666, de 1993.“ (Orientação Normativa nº 10)
REDAÇÃO ANTIGA
Licitações exclusivas e SRP

No caso de serviços de natureza continuada, o limite de contratação no valor de


R$ 80.000,00, de que trata o art. 48, inciso I, da LC 123/2006, refere-se a um
exercício financeiro, razão pela qual, à luz da Lei 8.666/1993, considerando que
esse tipo de contrato pode ser prorrogado por até sessenta meses, o valor total
da contratação pode alcançar R$ 400.000,00 ao final desse período, desde que
observado o limite por exercício financeiro (R$ 80.000,00). (Acórdão 1932/2016
Plenário).
AGU
• "PARA FINS DE ESCOLHA DAS MODALIDADES LICITATÓRIAS
CONVENCIONAIS (CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇOS E
CONVITE), BEM COMO DE ENQUADRAMENTO DAS
CONTRATAÇÕES PREVISTAS NO ART. 24, I e II, DA LEI Nº
8.666/1993, A DEFINIÇÃO DO VALOR DA CONTRATAÇÃO LEVARÁ
EM CONTA O PERÍODO DE VIGÊNCIA CONTRATUAL E AS POSSÍVEIS
PRORROGAÇÕES. NAS LICITAÇÕES EXCLUSIVAS PARA
MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE E SOCIEDADES
COOPERATIVAS, O VALOR DE R$ 80.000,00 (OITENTA MIL REAIS)
REFERE-SE AO PERÍODO DE UM ANO, OBSERVADA A RESPECTIVA
PROPORCIONALIDADE EM CASOS DE PERÍODOS DISTINTOS.“
(Orientação Normativa nº 10/2009, alterada em 19/04/2017)
NOVA REDAÇÃO
SUBCONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA
SUBCONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA

Lei Complementar 123/2006


• Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47
desta Lei Complementar, a administração pública:
• II - poderá, em relação aos processos licitatórios
destinados à aquisição de obras e serviços, exigir dos
licitantes a subcontratação de microempresa ou
empresa de pequeno porte;
SUBCONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA
• DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
• * O edital deve estabelecer percentual mínimo e máximo admitido, vedada a
sub-rogação completa ou da parcela principal da contratação;
• * a ME/EPP subcontratadas devem ser indicadas e qualificadas pelos
licitantes com a descrição dos bens e serviços a serem fornecidos e seus
respectivos valores;
• * no momento da habilitação e ao longo da vigência contratual, as
subcontratadas devem demonstrar regularidade fiscal (postergada);
• * a empresa contratada pode ser substituída, no prazo máximo de trinta dias,
na hipótese de extinção da subcontratação, exceto quando a substituição for
inviável.
SUBCONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA
DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
NÃO SERÁ APLICÁVEL A SUBCONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA
• * quando a licitante for ME/EPP ou consórcio composto totalmente por
ME/EPP; e
• * consórcio composto por ME/EPP com participação igual ou superior
ao percentual exigido de subcontratação;
• * para o fornecimento de bens, exceto quando estiver vinculado à
prestação de serviços acessórios.
• * para as parcelas de maior relevância técnica;
• * de ME/EPP que esteja participando da licitação;
• * de ME/EPP que tenha um ou mais sócios em comum com a empresa
contratante.
O edital pode determinar a subcontratação de
itens ou parcelas determinadas ou de empresas
específicas?
Os empenhos e pagamentos referentes às parcelas
subcontratadas podem ser destinados diretamente às
microempresas e empresas de pequeno porte
subcontratadas?
É possível subcontratação para
fornecimento de bens?
SUBCONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA
DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
• Art. 7º (...)
• § 2º Não se admite a exigência de subcontratação para o fornecimento de
bens, exceto quando estiver vinculado à prestação de serviços acessórios.
• (...)
• § 4º É vedada a exigência no instrumento convocatório de subcontratação
de itens ou parcelas determinadas ou de empresas específicas.
• § 5º Os empenhos e pagamentos referentes às parcelas subcontratadas
serão destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno
porte subcontratadas.
COTA RESERVADA PARA ME/EPP
COTA RESERVADA PARA ME/EPP

Lei Complementar 123/2006


• Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47
desta Lei Complementar, a administração pública:
• III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de
bens de natureza divisível, cota de até 25% (vinte e
cinco por cento) do objeto para a contratação de
microempresas e empresas de pequeno porte.
COTA RESERVADA PARA ME/EPP

Definição de natureza divisível

Reserva de item x reserva no item

Limites REGULAMENTAR e SISTEMÁTICO


COTA RESERVADA PARA ME/EPP
DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
• Art. 8º Nas licitações para a aquisição de bens de natureza divisível , e
desde que não haja prejuízo para o conjunto ou o complexo do objeto, os
órgãos e as entidades contratantes deverão reservar cota de até vinte e
cinco por cento do objeto para a contratação de microempresas e empresas
de pequeno porte.
• § 1º O disposto neste artigo não impede a contratação das microempresas ou
das empresas de pequeno porte na totalidade do objeto.
• § 2º O instrumento convocatório deverá prever que, na hipótese de não
haver vencedor para a cota reservada, esta poderá ser adjudicada ao
vencedor da cota principal ou, diante de sua recusa, aos licitantes
remanescentes, desde que pratiquem o preço do primeiro colocado da cota
principal.
COTA RESERVADA PARA ME/EPP
DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
• Art. 8º (...)
• § 3º Se a mesma empresa vencer a cota reservada e a cota principal, a
contratação das cotas deverá ocorrer pelo menor preço.
• § 4º Nas licitações por Sistema de Registro de Preço ou por entregas
parceladas, o instrumento convocatório deverá prever a prioridade de
aquisição dos produtos das cotas reservadas, ressalvados os casos em que a
cota reservada for inadequada para atender as quantidades ou as condições
do pedido, justificadamente.
• § 5º Não se aplica o benefício disposto neste artigo quando os itens ou os
lotes de licitação possuírem valor estimado de até R$ 80.000,00 (oitenta mil
reais), tendo em vista a aplicação da licitação exclusiva prevista no art. 6º.
PRIORIDADE DE CONTRATAÇÃO
PRIORIDADE DE CONTRATAÇÃO
Lei Complementar 123/2006
• Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei
Complementar, a administração pública:
• (...)
• § 3º Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão,
justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação para
as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local
ou regionalmente, até o limite de 10% (dez por cento) do
melhor preço válido.
PRIORIDADE DE CONTRATAÇÃO
DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
• Art. 9º (...)
• II - poderá ser concedida, justificadamente, prioridade de contratação de
microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou regionalmente, até
o limite de dez por cento do melhor preço válido, nos seguintes termos:
• a) aplica-se o disposto neste inciso nas situações em que as ofertas apresentadas
pelas microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou
regionalmente sejam iguais ou até dez por cento superiores ao menor preço;
• b) a microempresa ou a empresa de pequeno porte sediada local ou regionalmente
melhor classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela
considerada vencedora da licitação, situação em que será adjudicado o objeto em
seu favor;
• c) na hipótese da não contratação da microempresa ou da empresa de pequeno
porte sediada local ou regionalmente com base na alínea “b”, serão convocadas as
remanescentes que porventura se enquadrem na situação da alínea “a”, na ordem
classificatória, para o exercício do mesmo direito;
PRIORIDADE DE CONTRATAÇÃO
DECRETO FEDERAL Nº 8.538/2015
• d) no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de
pequeno porte sediadas local ou regionalmente, será realizado sorteio entre elas (...);
• e) nas licitações a que se refere o art. 8º, a prioridade será aplicada apenas na cota reservada
para contratação exclusiva de microempresas e empresas de pequeno porte;
• f) nas licitações com exigência de subcontratação, a prioridade de contratação prevista neste
inciso somente será aplicada se o licitante for microempresa ou empresa de pequeno porte
sediada local ou regionalmente ou for um consórcio ou uma sociedade de propósito específico
formada exclusivamente por microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou
regionalmente;
• g) quando houver propostas beneficiadas com as margens de preferência (...) a prioridade de
contratação prevista neste artigo será aplicada exclusivamente entre as propostas que fizerem
jus às margens de preferência(...)observado o limite de vinte e cinco por cento estabelecido
pela Lei nº 8.666, de 1993; e
• h) a aplicação do benefício previsto neste inciso e do percentual da prioridade adotado,
limitado a dez por cento, deverá ser motivada, nos termos dos arts. 47 e 48, § 3º, da Lei
Complementar nº 123, de 2006
NÃO APLICAÇÃO DAS
LICITAÇÕES DIFERENCIADAS
NÃO APLICAÇÃO DAS LICITAÇÕES DIFERENCIADAS
Lei Complementar 123/2006
• Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando:
• I - os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e
empresas de pequeno porte não forem expressamente previstos no instrumento
convocatório; (Revogado);
• II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como
microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e
capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento convocatório;
• III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de
pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou representar
prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
• IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993, excetuando-se as dispensas tratadas pelos incisos I e
II do art. 24 da mesma Lei, nas quais a compra deverá ser feita preferencialmente de
microempresas e empresas de pequeno porte, aplicando-se o disposto no inciso I do
art. 48.
HIPÓTESES DE NÃO APLICAÇÃO
1. quando não houver mínimo de três fornecedores competitivos

2. quando o tratamento diferenciado não for vantajoso para a administração pública (preço acima da estimativa ou
incompatibilidade do objeto)

3. quando o tratamento diferenciado representar prejuízo ao conjunto ou ao complexo do objeto a ser contratado

4. quando a licitação for dispensável ou inexigível

5. quando o tratamento não for capaz de alcançar, justificadamente, pelo menos um dos seguintes objetivos:
promover o desenvolvimento econômico e social no âmbito local e regional; ampliar a eficiência das políticas
públicas ou incentivar a inovação tecnológica
PROBLEMAS PRÁTICOS
Como definir a receita bruta, para fins de
enquadramento nas categorias de ME/EPP?
ENQUADRAMENTO COMO ME/EPP

A definição de receita bruta para fins de enquadramento de licitante


nas categorias de microempresa ou empresa de pequeno porte deve
corresponder à soma das receitas oriundas das atividades
empresariais, não se restringindo à venda de bens e à prestação de
serviços em sentido estrito (Acórdão 2446/2016 Plenário)
ENQUADRAMENTO COMO ME/EPP

Licitações com participação de microempresas e empresas de


pequeno porte: para o fim do uso do benefício de desempate
constante do § 9º do art. 3º da Lei Complementar 123/2006 deverão
ser somadas todas as receitas obtidas pela empresa pleiteante,
inclusive as auferidas no mercado privado. O uso indevido de tal
benefício implica fraude, justificante da aplicação da sanção da
declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a
Administração Pública (Acórdão n.º 1172/2012-Plenário)
ENQUADRAMENTO COMO ME/EPP

Para efeito de enquadramento na definição de microempresa ou


empresa de pequeno porte a que alude a LC 123/2006, a receita bruta
a ser considerada é a referente à atividade efetivamente exercida
como fato gerador dos tributos, não importando para tanto a natureza
jurídica da empresa ou a descrição de suas atividades no cadastro de
pessoas jurídicas. Acórdão 1702/2017 Plenário, Pedido de Reexame,
Relator Ministro Walton Alencar Rodrigues.
É obrigatório o parcelamento do objeto da licitação
exclusivamente para permitir a participação de
microempresas e empresas de pequeno porte?
PARCELAMENTO E LICITAÇÕES PARA ME/EPP

Não há obrigação legal de parcelamento do objeto da licitação


exclusivamente para permitir a participação de
microempresas e empresas de pequeno porte. O
parcelamento do objeto deve visar precipuamente o interesse
da Administração (Acórdão 1238/2016 Plenário)
O que fazer quando há dúvida sobre o
enquadramento da ME/EPP?
DÚVIDA NO ENQUADRAMENTO DE ME/EPP

Havendo dúvidas sobre o enquadramento da licitante na condição de


microempresa ou de empresa de pequeno porte, segundo os
parâmetros estabelecidos no art. 3º da Lei Complementar 123/06,
além de se realizar as pesquisas pertinentes nos sistemas de
pagamento da Administração Pública Federal, deve ser solicitado à
licitante a apresentação dos documentos contábeis aptos a
demonstrar a correção e a veracidade de sua declaração de
qualificação como microempresa ou empresa de pequeno porte para
fins de usufruto dos benefícios da referida lei. (Acórdão 1370/2015-
Plenário)
Pode ser sancionada a empresa que se declara
falsamente como ME/EPP, mas não usufrui de
qualquer dos benefícios licitatórios?
DECLARAÇÃO FALSA COMO ME/EPP

A participação em processo licitatório expressamente


reservado a microempresas e a empresas de pequeno porte,
por sociedade que não se enquadre na definição legal
reservada a essas categorias e que apresentou declaração
com informações inverídicas a respeito de sua situação
jurídica leva à aplicação da sanção de declaração de
inidoneidade. (Acórdão n.º 2756/2011-Plenário)
DECLARAÇÃO FALSA COMO ME/EPP

Para fins de configuração de ilicitude, basta a utilização


indevida do benefício de desempate previsto no art. 44 da Lei
Complementar 123/2006, destinado à empresa de pequeno
porte ou microempresa, não sendo necessária a efetiva
contratação para que seja declarada a inidoneidade da
empresa. (Acórdão n.º 2101/2011)
DECLARAÇÃO FALSA COMO ME/EPP

A simples participação de licitante como microempresa ou


empresa de pequeno porte, amparada por declaração com
conteúdo falso, configura fraude à licitação e enseja a
aplicação das penalidades da lei. Não é necessário, para a
configuração do ilícito, que a autora obtenha a vantagem
esperada. (Acórdão 1797/2014-Plenário)
É possível que o edital admita alterações nos valores
de propostas de licitantes, com o intuito de conformá-
las às alíquotas de tributos efetivamente aplicáveis ao
contrato?
Alteração das alíquotas da proposta

A previsão editalícia que permite à Administração promover


alterações nos valores de propostas de licitantes, com o
intuito de conformá-las às alíquotas de tributos efetivamente
aplicáveis ao contrato, encontra amparo no ordenamento
jurídico. (Acórdão n.º 2517/2012-Plenário)
Com base na promoção do desenvolvimento
econômico e social no âmbito municipal e regional
(art. 47), é possível realizar certame exclusivo para
ME/EPP sediadas no Estado?
Certame exclusivo para ME/EPP no estado

Nas licitações em que for conferido a microempresas e a


empresas de pequeno porte o tratamento diferenciado
previsto no inciso I do artigo 48 da Lei Complementar nº
123/2006 e no art. 6º do Decreto nº 6.204/2007 não se deve
restringir o universo de participantes às empresas sediadas no
estado em que estiver localizado o órgão ou a entidade
licitante (Acórdão n.º 2957/2011-Plenário)
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
E
REVISÃO ECONÔMICA
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Espécies de “Contratos da Administração”

Paradigmas e contratos administrativos

Desafios na execução
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Características
Formalismo

Publicidade

Natureza de contrato de adesão

Mutabilidade

Cláusulas de privilégio (exorbitantes)


CLÁUSULAS EXORBITANTES E SEUS LIMITES
• É possível retenção de pagamento, pela não
manutenção da regularidade fiscal?
STJ
• EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONTRATO. ECT. PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DE TRANSPORTE. DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE
MANTER A REGULARIDADE FISCAL. RETENÇÃO DO PAGAMENTO DAS
FATURAS. IMPOSSIBILIDADE. 1 (...) o descumprimento de cláusula
contratual pode até ensejar, eventualmente, a rescisão do contrato
(art. 78 da Lei de Licitações), mas não autoriza a recorrente a
suspender o pagamento das faturas e, ao mesmo tempo, exigir da
empresa contratada a prestação dos serviços. (...) (STJ - REsp
633432 / MG – Rel. Ministro LUIZ FUX (1122) DJ 20.06.2005 p. 141
RNDJ vol. 69 p. 94)
ALTERAÇÕES CONTRATUAIS
• a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos
seus objetivos;
• b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
Unilaterais

• a) substituição da garantia de execução;


• b) modificação do regime de execução ou do modo de fornecimento,;
• c) modificação da forma de pagamento, por circunstâncias supervenientes, mantido;
• d) para restabelecer a relação pactuada inicialmente, para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
Por acordo inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso
das partes fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.
Alterações contratuais e fatos supervenientes

As alterações contratuais devem estar embasadas em


pareceres e estudos técnicos pertinentes, nos quais reste
caracterizada a superveniência dos fatos motivadores das
alterações em relação à época da licitação. Acórdão 170/2018
Plenário, Auditoria, Relator Ministro Benjamin Zymler.
Alterações contratuais e justificativa dos preços novos

Alterações contratuais, mesmo com efeito financeiro nulo,


desacompanhadas de justificativas técnicas e jurídicas das
composições de preços novos e da demonstração da
manutenção do desconto advindo da licitação caracterizam
infração ao art. 65 da Lei 8.666/1993 e ao art. 3º, c/c arts. 14
e 15, do Decreto 7.983/2013 e podem sujeitar os responsáveis
a pena de multa. (Acórdão 2203/2017 Plenário, Auditoria,
Relator Ministro Vital do Rêgo.)
Aditivos acima do limite legal e nulidade do ato

Embora a celebração de aditivo em percentual superior a 25%


do valor original do contrato seja irregularidade grave, por
infringência direta à Lei 8.666/1993, o que deveria implicar a
nulidade do ato e de suas consequências jurídicas, não há
dano se o objeto do aditivo tiver sido executado
adequadamente, sob pena de enriquecimento ilícito da
Administração. Acórdão 51/2018 Plenário, Monitoramento,
Relator Ministro-Substituto Augusto Sherman.
VIGÊNCIA
• Regra Geral
• Respectivos créditos orçamentários. (Regra geral)

• Exceções
• Projetos incluídos em planos plurianuais
• Execução de serviço de natureza contínua
• Aluguel de equipamento de informática
• Hipóteses dos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 (Lei
12.349/2010)
Prorrogação
sem aditivo

Vigência
indeterminada Vigência Contratos de
locação

Contratos por
escopo
Prorrogação sem aditivo
• A retomada de contrato cujo prazo de vigência encontra-se
expirado configura recontratação sem licitação, o que infringe
os arts. 2º e 3º da Lei 8.666/93 e o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal (Acórdão 1936/2014-Plenário).

• Ementa: na análise dos processos relativos à prorrogação de


prazo, cumpre aos órgãos jurídicos verificar se não há
extrapolação do atual prazo de vigência, bem como eventual
ocorrência de solução de continuidade nos aditivos
precedentes, hipóteses que configuram a extinção do ajuste,
impedindo a sua prorrogação (Orientação Normativa AGU Nº
3, de 01 abril de 2009)
CONTRATO DE LOCAÇÃO
• A vigência do contrato de locação de imóveis em que a
Administração Pública é locatária, rege-se pelo art. 51
da Lei nº 8.245/91, não estando sujeita ao limite
máximo de sessenta meses, estipulado pelo inc. II do
art. 57, da Lei nº 8.666/93 (ON AGU Nº 6/2009).
CONTRATO DE LOCAÇÃO
a) pelo disposto no art. 62, § 3º, inc. I, da Lei nº 8.666/1993, não se
aplicam as restrições constantes do art. 57 da mesma Lei;
b) não se aplica a possibilidade de ajustes verbais e prorrogações
automáticas por prazo indeterminado, condição prevista no artigo
47 da Lei nº 8.245/1991, tendo em vista que (i) o parágrafo único
do art. 60 da Lei nº 8.666/93, aplicado a esses contratos conforme
dispõe o § 3º do art. 62 da mesma Lei, considera nulo e de
nenhum efeito o contrato verbal com a Administração e (ii) o
interesse público, princípio basilar para o desempenho da
Administração Pública, que visa atender aos interesses e
necessidades da coletividade, impede a prorrogação desses
contratos por prazo indeterminado;
c) a vigência e prorrogação deve ser analisada caso a caso, sempre
de acordo com a legislação que se lhe impõe e conforme os
princípios que regem a Administração Pública, em especial quanto
à verificação da vantajosidade da proposta em confronto com
outras opções, nos termos do art. 3º da Lei nº 8.666/1993 (TCU –
Acórdão nº 1.127/2009 – Plenário).
CONTRATOS DE ESCOPO

• Nos contratos por escopo, inexistindo motivos para sua


rescisão ou anulação, a extinção do ajuste somente se
opera com a conclusão do objeto e o seu recebimento
pela Administração, diferentemente dos ajustes por
tempo determinado, nos quais o prazo constitui
elemento essencial e imprescindível para a consecução
ou a eficácia do objeto avençado. (Acórdão 1674/2014-
Plenário).
VIGÊNCIA INDETERMINADA
"A Administração pode estabelecer a vigência por prazo
indeterminado nos contratos em que seja usuária de serviços
públicos essenciais de energia elétrica e água e esgoto, desde
que no processo da contratação estejam explicitados os
motivos que justificam a adoção do prazo indeterminado e
comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de
consumo e a existência de previsão de recursos
orçamentários.“ (Orientação Normativa AGU nº 36, de 13 de
dezembro de 2011)
Serviços continuados

Com / Sem dedicação exclusiva de mão de obra

Diferenças e repercussão jurídica

Responsabilização trabalhista
É possível retenção de pagamento, em
razão de inadimplência das obrigações
trabalhistas?

228
É lícita a previsão contratual de retenção pela Administração de pagamentos
devidos à contratada em valores correspondentes às obrigações trabalhistas e
previdenciárias inadimplidas, incluindo salários, demais verbas trabalhistas e
FGTS, relativas aos empregados dedicados à execução do contrato (TCU.
Acórdão 3301/2015-Plenário).

Podendo a Administração arcar com as obrigações trabalhistas tidas como não


cumpridas (quando incorre em culpa in vigilando), é legítimo que ela adote
“medidas acauteladoras do erário, retendo o pagamento de verbas devidas a
particular que, a priori, teria dado causa ao sangramento de dinheiro público”
(STJ - REsp 1241862/RS, SEGUNDA TURMA, DJe 03/08/2011)

229
REVISÃO ECONÔMICA
REVISÃO
ECONÔMICA

Álea
Álea ordinária
extraordinária

Reajuste Repactuação Reequilíbrio


estrito econômico
REVISÃO ECONÔMICA NUANCES

• Fundamento econômico
• a) Reajuste estrito • Fato gerador
• Anualidade
• b) Repactuação • Previsão editalícia
• Instrumento
• c) Reequilíbrio • Forma de cálculo
econômico • Revisões subsequentes
QUESTÕES PRÁTICAS
Sem previsão no edital, é possível reconhecer o
direito ao reequilíbrio econômico? E ao
reajuste?
REAJUSTE SEM PREVISÃO CONTRATUAL
• (...)Conquanto o mencionado Contrato tenha sido estipulado para
viger durante 360 (trezentos e sessenta) dias, houve a celebração de
Termo Aditivo prorrogando esse prazo por mais quatro meses.
Restando atendido, pois, o interregno estabelecido na legislação
(vigência por mais de um ano), há de se reconhecer o direito ao
reajuste, mesmo considerando não haver previsão editalícia ou
contratual fixando os critérios a serem observados para tanto. É que a
ausência de previsão nesse sentido deve-se ao prazo inicialmente
estipulado para o término do contrato, qual seja, 360 (trezentos e
sessenta) dias, lapso este inferior aquele constante do mencionado
art. 2º, parágrafo 1º, da Lei nº 10.192/01, dispositivo legal que não
tem aplicação à hipótese em tela (TRF5. PROCESSO:
08041620420134058300, AC/PE, DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO
MACHADO CORDEIRO, 3ª Turma, JULGAMENTO: 22/09/2015)
235
É possível a concessão de reajuste em
contrato com vigência inferior a um ano?
É possível previsão, no edital, de repactuação
cumulada com reajuste em sentido estrito?
Como se dá a contagem da
anualidade na repactuação?
Qual o termo inicial para a contagem da
anualidade na repactuação, quando temos mais
de uma categoria profissional envolvida?
Pode ser concedida repactuação de ofício?
Há preclusão ao direito de repactuação?
O aumento voluntário, dado pelo
empregador, gera direito à repactuação?
Pode ser concedido reajuste ou repactuação, em
contratos que, sem previsão no edital, suplantem
a anualidade, por culpa da Administração?
Na situação em que, após atualização pelo Governo Federal,
o novo valor dado ao salário mínimo suplanta a
remuneração indicada nas planilhas de custo, há direito à
repactuação?
Agradecimento
Home Page
www.ronnycharles.com.br

E-mail
ronnycharles@hotmail.com

Twitter:
@ronnycharlesadv

S-ar putea să vă placă și