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As crise financeira e econômica

global
Organização da aula

1. A metamorfose da crise

2. A natureza da crise

3. Da crise subprime à crise sistêmica


Metamorfose da Crise
 BIS em seu relatório anual, divulgado em junho de
2009, identificou 5 etapas no desenrolar da crise
atual:
1. Prelúdio: antes de março de 2008
2. Em direção à falência do Lehman: meados de
março a meados de setembro de 2008
3. Crise de confiança global: meados de setembro a
final de outubro de 2008
4. Reversão econômica global: final de outubro de
2008 a meados de março de 2009
5. Crise econômica + 1os sinais de estabilização
dos mercados financeiros globais: entre meados
de mar.e jun/2009
Metamorfose da Crise

Fonte: BIS – 79nd Annual Report, p. 16, June, 2009. extraído de Carta IEDI, nº 373, julho de 2009.
Notas:
1 - Índice Morgan Stanley Internacional, em dólares; 1º de junho de 2007 =100.
2 - Média equiponderada dos diferenciais de CDS (em pontos básicos) para 18 grandes bancos internacionais; inclui Lehman
Brothers até 15 de setembro de 2008 e Merrill Lynch até 31 de dezembro de 2008.
3 - Taxas Libor para o dólar a três meses menos as taxas de swaps sobre os índices overnight, em pontos básicos.

Fundap – Grupo de Conjuntura Panorama das Economias Avançadas – 17/10/2008


Metamorfose da Crise
 Na atualização aqui proposta
 5ª etapa estendeu-se até 10tri. de 2010.
 progressiva melhora da situação nesses mercados
 recuperação da economia global
 6ª etapa: a partir de maio/2010 com a crise da
área do Euro
 7ª etapa ou fim da crise? a partir de meados
de 2012, quando o presidente do BCE, Mario
Draghi, declara que fará “whatever it takes”
para salvar o euro
 Mai/2013: anúncio do tapering
Metamorfose da Crise

6a etapa: crise do euro


Crise 5a etapa
sistêmica Breve
Crise recuperação 7a etapa ?
subprime
Natureza da crise
 “Síntese e convergência de um longo
processo” (Belluzzo) => “finance-led
capitalism” (Guttman & Plihon, 2008),
ancorado nas finanças globalizadas e
securitizadas sob liderança dos Estados
Unidos
 Dinâmica macroeconômica dominada pelo ciclo de
ativos
 Crise estrutural (Guttmann, 2012) => crise do
“finance-led capitalism” (1982-2007) ???
Natureza da crise: capitalismo finance-led
 Sistema monetário e financeiro internacional
ancorado no dólar “flexível, financeiro e
fiduciário”
 Emissor da divisa-chave sem restrição externa
 Globalização financeira
 Proliferação de inovações financeiras

 Globalização produtiva
 Financeirização
 Desequilíbrios globais
Natureza da crise: capitalismo finance-led
 Ciclos de ativos na economia americana
 1983 e 1991: queda dos juros; junk bonds, entrada de
capitais externos; crash da bolsa em 1987 => crise cíclica
 1992 a 2002: inovações tecnológicas; “nova economia”;
crescente endividamento privado; estouro da bolha das
empresas de alta tecnologia em 2000 e crise de confiança
em 2002 => crise cíclica
 2003-2007, puxada pelo crescimento dos preços dos
imóveis, pela proliferação de inovações financeiras e pela
redução da taxa de juros => crise financeira sistêmica X
crise estrutural
Natureza da crise
 « We thus have a credit cycle (of rapidly growing debt
during the upswing phase and deleveraging during the
downturn phase) superimposed on our business cycle
of production and employment, and the two are actively
intertwined in mutually reinforcing fashion. The point
when boom turns to crisis is thus typically associated
with a sudden incidence of financial instability – a
failure of a key firm, a run on banks, a stock-market crash
– which reveals clearly a hitherto hidden degree of
overextension of debts, prices, and income-generation
commitments « (Guttman, 2012:6)
Natureza da crise
 Papel-central dos bancos nas economias
capitalistas
 Moeda enquanto bem público X bem privado =>
controle e supervisão do estado

 Posição particular dos bancos  evolução


histórica do sistema bancário => arranjo
institucional articulado, integrado e
hierarquizado em torno de um banco central
(Keynes,1930; Minsky,1986).
Natureza da crise
 Chick (1986,1991): 6 estágios de desenvolvimento
do sistema bancário (SB)
1. Passivos bancários não utilizados como meios de pagamento =>
capacidade de emprestar depende da existência prévia de depósitos
2. Depósitos bancários utilizados como meio de pagamento
3. Desenvolvimento do mercado interbancário
4. Banco Central como LLR => aumento da capacidade de expansão do
crédito pelos bancos e redução das crises bancárias
5. Administração dos passivos => libera os bancos da necessidade de
reservas não-compulsórias, mas aumento dos riscos
6. Securitização + Operações fora do balanço (meados dos anos 1980)
=> modelo de originar e distribuir.
Natureza da crise

 No início do século XXI, modelo de


“originar e distribuir” => mudanças
quantitativas e qualitativas.

 Transformação da natureza da atividade


bancária => 70 estágio de
desenvolvimento do SB, cuja dinâmica
conduziu à crise
Natureza da crise: fatores estruturais
 70 estágio: interpenetração, de modo quase
inextrincável, entre os balanços do SB e do
chamado shadow banking system (SBS)

 Nova fase do Money Manager Capitalism


(MMC) => ”money managers” se transformam em
”shadow banks”

 4ª fase da globalização financeira: emergência


do Global Shadow Banking System (GSBS)
Natureza da crise: fatores estruturais

4ª etapa

Assimetria
financeira

Extraído de The Economist. Taming the beast. Oct 9th 2008


Natureza da crise: fatores estruturais

7º estágio e nova fase


do MMC
Natureza da crise: fatores estruturais

Mercados
Mercados de balcão (OTC)

Instrumentos
• Securities ”padrões” (ABS) Instituições
• Structure finance (MBS, • Bancos
CDO) • SBS
• Derivativos de crédito (CDS) • Agências de rating
• Sintetic finance (CDO
sintético)
Da crise subprime à crise sistêmica

Crise
sistêmica
Crise
subprime
A formação do boom e da bolha
 Intensificação do processo de arbitragem regulatória em
um ambiente de taxas de juros historicamente baixas e
relaxamento dos controles sobre instituições e mercados
financeiros
Evolução da meta da taxa básica de juros dos EUA
7,0

6,0 Resposta ao estouro


da bolha acionária
5,0

4,0
%
Fator
3,0 Resposta ao
conjuntural estouro da bolha
2,0
imobiliária
1,0

0,0
nov/99

nov/00

nov/01

nov/02

nov/03

nov/04

nov/05

nov/06

nov/07
jul/99

jan/00

jul/00

jan/01

jul/01

jan/02

jul/02

jan/03

jul/03

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jul/04

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jan/06

jul/06

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jan/08

jul/08
set/99

set/00

set/01

set/02

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set/07

set/08
mar/99
mai/99

mar/00
mai/00

mar/01
mai/01

mar/02
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mar/03
mai/03

mar/04
mai/04

mar/05
mai/05

mar/06
mai/06

mar/07
mai/07

mar/08
mai/08
Fonte: Fed.
A formação do boom e da bolha
A formação do boom e da bolha
 Bancos universais (ou com carteira comercial) nos países centrais
(especialmente nos EUA) => forte expansão do crédito, em particular
do crédito hipotecário

Escândalo
contábil => GSEs

Fonte: Federal Reserve Bank of New York, disponível


em:<http://www.newyorkfed.org/householdcredit/index.ht
A formação do boom e da bolha
 Capacidade limitada de expansão do segmento prime
 Sistema de credit score facilitou a avaliação e precificação dos riscos,
 Alterações na regulamentação do setor: empréstimos imobiliários com taxas de juros
ajustáveis e vendas das hipotecas pelas instituições “originadoras” a vários intermediários
ou “securitizadores”)

. “Originação” das hipotecas subprime e FHA1 (fluxos)

Extraído de Kiff & Mills (2007), p. 4.


Nota:
1. Hipotecas FHA são empréstimos imobiliários concedidos para tomadores de
renda baixa e média e contam com a garantia da Federal Housing Administration.
A formação do boom e da bolha
A formação do boom e da bolha
A formação do boom e da bolha
 Interação entre os bancos e SBS => expansão do crédito numa
dimensão muito superior à permitida pelos acordos de Basileia e
pela renda corrente das famílias (estagnação dos salários)
 SBS: IF não bancárias assumiram a contraparte das operações
realizadas pelos bancos

 Investidores institucionais (seguradoras, fundos de pensão, fundos


de investimento, hedge funds)
 Veículos especiais de investimento (SIV, conduits ou SIV-lites),
 Grandes bancos de investimento
 Bancos regionais dos EUA (especializados em hipotecas, sem
acesso ao redesconto)
 GSE (Fannie Mae e Freddie Mac)

You can’t throw credit risk to the trash!


A formação do boom e da bolha
 Definição “oficial” de SBS (McCulley, 2007;
Pozsar et al.): instituições financeiras não bancárias que
adotaram um modelo de negócio semelhante aos bancos =>
transformam termos, grau de liquidez e o nível de risco de crédito,
mas
 não têm acesso aos seguros de depósitos,
operações de redesconto e empréstimos de última
instância dos bancos centrais
 não estão sujeitas às regras prudenciais dos Acordos
de Basileia

 Definição Prates & Farhi (2015)


A formação do boom e da bolha
 Como os bancos retiraram os riscos de
crédito dos balanços?
 Lócus: opacos e desregulamentados mercados
de balcão
 Desenvolvimento e negociação em grandes
volumes de 2 inovações financeiras
 Produtos estruturados (MBS, CDO)
+
 Derivativos de crédito (CDS)

Processo de alquimia
O processo de alquimia

Extraído de Torres (2008)


O processo de alquimia
Instrumentos financeiros
lastreados nas mortgage
backed-secutiries
Securitização 1 Securitização 2
• collateralized mortgage
Mortgage backed obligation (CMO),
Hipotecas secutiries • collateralized debt obligation
(hipotecas securitizadas) (CDO)

Empréstimos imobiliários
de alto risco concedidos
por:

• Bancos comerciais
• Inst. de poupança e
emprést.  Papéis compostos por várias tranches, classificadas pelas
• Cias hipotecárias agências de rating de acordo com o risco dos ativos incluídos em
independentes sua composição.
• Corretores  Alguns desses ativos classificados como de excelente risco =>
aquisições pelos investidores institucionais que observam regras
de prudência, como os fundos de pensão
 Tranches de maior risco (“toxic waste”) => adquiridas pelos
veículos de investimento especiais (SIVs e conduits)
%

0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
mar/99
mai/99
jul/99
set/99
nov/99

Fonte: Fed.
jan/00
mar/00
mai/00
jul/00
set/00
nov/00
jan/01
mar/01
mai/01
jul/01
básica de juros

set/01
nov/01
jan/02
mar/02
mai/02
jul/02
set/02
nov/02
jan/03
mar/03
mai/03
A eclosão da crise

jul/03
set/03
nov/03
jan/04
mar/04
mai/04
jul/04
set/04
nov/04
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/05
nov/05
Evolução da meta da taxa básica de juros dos EUA

jan/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/06
nov/06
jan/07
mar/07
mai/07
jul/07
set/07
nov/07
jan/08
mar/08
mai/08
jul/08
set/08
• A partir do final de 2004, contínua elevação da taxa
A eclosão da crise
• Aumento da participação das hipotecas subprime no total das novas
hipotecas
A eclosão da crise
 A partir de meados de 2006: sinais de encolhimento do mercado imobiliário
americano (preços e quantidades) num contexto de desaceleração da
economia
A eclosão da crise
 Nos termos de Minsky: estrutura financeira
extremamente frágil, com elevado risco,
reduzidas margens de segurança e baixa
capacidade de fornecer liquidez.
 Seu funcionamento dependia do aumento dos
preços dos imóveis, do fluxo de novas
hipotecas e da queda das taxas de juros.
A crise financeira sistêmica

Extraído de FMI. Global Finance Stability Report, Oct 2008, p 10


A crise financeira sistêmica: desalavancagem

Extraído de FMI. Global Finance Stability Report, Oct 2008, p 10


A crise financeira sistêmica: comparação

Extraído de FMI. Global Finance Stability Report, Oct 2008, p. 9


A crise financeira sistêmica: comparação

Mercado de ações mundial

Extraído de: Eichengreen e O´Rourke. A tale of two depressions, march 2010


A crise econômica: comparação
Produção industrial mundial

Extraído de: Eichengreen e O´Rourke. A tale of two depressions, march 2010


A crise econômica: comparação

Comércio mundial

Extraído de: Eichengreen e O´Rourke. A tale of two depressions, march 2010


It can’t happen again: política monetária contra-cíclica

Taxa de juros básicas (média 7 países)

Extraído de: Eichengreen e O´Rourke. A tale of two depressions, march 2010


It can’t happen again: big bank
EVIDÊNCIAS
Cronologia da crise
A eclosão da crise
 A partir de fev/2007, cadeia de eventos começou a revelar a
fragilidade dos instrumentos e das estruturas financeiras:
 aumento da inadimplência das famílias subprime, com hipotecas
com taxas de juros ajustadas ou flutuantes

Taxa de Inadimplência das Hipotecas (em % do estoque de empréstimos em atraso)

Extraído de Kiff & Mills (2007), p. 9


A eclosão da crise

Mudança do regime dos empréstimos do


tipo 2/28 ou 3/27
Eclosão da crise
 Com a divulgação dos resultados trimestrais dos grandes bancos no início de novembro de 2007, aumento
das incertezas e desconfianças em relação ao volume das perdas e nova onda de deterioração das
condições do mercado de crédito nos Estados Unidos, com reflexo nos mercados globais.
 Alta do TED spread, indicador do risco de crédito do mercado financeiro internacional
 Forte injeção de liquidez pelos BCs em dezembro aliviou a tensão no interbancário
 acordos de trocas de moedas (swaps) entre o Fed e outros bancos centrais (BCE e Banco Nacional
da Suiça)
 Fed instituiu em 11/12/2007 uma nova linha de assistência financeira à liquidez: Term Auction
Facility (TAF); dois leilões mensais de dinheiro com prazo de 28 dias, tendo como colateral um
espectro mais amplo de títulos com excelente grau de risco.

2,75
2,50 Evolução do TED spread1
2,25
2,00 Eclosão
da crise
1,75
1,50
1,25
%

1,00
Injeção de
0,75
0,50
liquidez
0,25
0,00
29/6/2007
6/7/2007
13/7/2007
20/7/2007
27/7/2007
3/8/2007
10/8/2007
17/8/2007
24/8/2007
31/8/2007
7/9/2007
14/9/2007
21/9/2007
28/9/2007
5/10/2007

2/11/2007
9/11/2007

7/12/2007

4/1/2008
11/1/2008
18/1/2008
12/10/2007
19/10/2007
26/10/2007

16/11/2007
23/11/2007
30/11/2007

14/12/2007
21/12/2007
28/12/2007
Fonte: Federal Reserve Board.
A eclosão da crise
• Preços dos imóveis começam a cair no segundo tri. de 2007,
Da crise subprime à crise sistêmica

Crise
sistêmica
Crise
subprime
A evolução da crise
 Após um período de relativa calmaria em fevereiro, nova “onda” de em março
 Aperto da liquidez nos mercados interbancários
 Aumento da inadimplência nas hipotecas subprime e em outras modalidades de
financiamento
 Divulgação de problemas em instituições financeiras (Bear Sterns e Lehman Brothers)

2,5
TED spread

2,0 Aperto de
liquidez =>
alta do Ted
1,5
spread

1,0

0,5
Alívio nos
mercados
0,0
1/8/07
7/8/07

6/9/07

4/1/08

3/2/08
9/2/08

4/3/08
13/8/07
19/8/07
25/8/07
31/8/07

12/9/07
18/9/07
24/9/07
30/9/07
6/10/07
12/10/07
18/10/07
24/10/07
30/10/07
5/11/07
11/11/07
17/11/07
23/11/07
29/11/07
5/12/07
11/12/07
17/12/07
23/12/07
29/12/07

10/1/08
16/1/08
22/1/08
28/1/08

15/2/08
21/2/08
27/2/08
Fonte: Federal Reserve
A evolução da crise e as ações dos BCs
 Introdução de novos instrumentos de assistência financeira de liquidez
 Federal Reserve (além da ampliação do limite da TAF):
√ Term Securities Lending Facility (TSLF) – 11/03/2008
√ Primary Dealers Lending Facility (PDLF) – 13/03/2008
√Refinanciou o Bear Stearns (por intermédio de bancos com carteira
comercial) e articulou a sua compra pelo JP Morgan.
 Banco da Inglaterra:
 Long Term Repo – 11/03/2008
 Special Liquidity Scheme => swaps de títulos lastreado em hipotecas por
títulos do tesouro – abril/2008
 Banco Central Europeu :
 Leilões de dólares por 28 dias com colateral em euro – 11/03/2008
 Intensificação das operações swaps para fornecimento de dólares para o BCE e o
banco central da Suíça
Da crise subprime à crise sistêmica
 Movimentos de saques em hedge funds e em fundos imobiliários
 Aumento do custo de captação dos bancos
 Agências de rating rebaixaram a classificação de inúmeros
instrumentos financeiros relacionados às hipotecas de alto risco
 Investidores institucionais, sujeitos à regras de prudência,
forçados a vender os ativos rebaixados
 Investidores decidiram não rolar os ABCP => crise de liquidez
 Bancos começam a exigir depósitos de margens mais altos,
afetando os fundos hedge => vendas compulsórias
 Anúncios sucessivos de perdas deram origem à novas rodadas
de desvalorizações de ativos => deflação de ativos
O aprofundamento da crise
 Em meados de julho :
 Quebra da IndyMac, segunda maior instituição de crédito hipotecário

americana
 Fannie Mae e Freddie Mac, duas empresas-chaves do mercado

secundário de hipotecas começam a enfrentar problemas

 Setembro “negro”:
 Fannie Mae e Freddie Mac são estatizadas pelo governo americano,
que já era garantidor de suas obrigações
 O banco de investimento Lehman Brother decreta falência

 O banco de investimento Merril Lynch é comprado pelo Bank of America

 Seguradora AIG é estatizada pelo governo americano, que assume uma

participação de 85% em contrapartida ao empréstimo de US$ 85 bilhões


Da crise subprime à crise sistêmica
 Após a falência do
Lehman Brothers, os
mercados de crédito
domésticos e
internacionais ficaram
virtualmente congelados

 Nem tomadores de
excelente risco
conseguiam se financiar
=> aversão completa ao
risco e preferência
absoluta pela liquidez

Extraído de The Economist. Taming the beast. Oct 9th 2008


O aprofundamento da crise
 Setembro “negro” (cont.):
 Secretário do Tesouro anuncia, no dia 23, plano de saneamento do sistema
financeiro no montante de US$ 700 bilhões. Câmara rejeita o plano na votação
do dia 29.
 Falência decretada da Washington Mutual, vendida em seguida ao J. P. Morgan
 Goldman Sachs e Morgan Stanley abandonam o status de bancos de
investimento
 Na Europa, governos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo anunciam a estatização
parcial do banco Fortis e banco hipotecário britânico Brandford & Bingley é
estatizado
 Outubro
 Islândia vota um plano de resgate do sistema bancário, que entrou em colapso
 Wachovia, o quarto maior banco americano, é comprado pelo Citi, mas o negócio
acaba sendo fechado com o Wells Fargo
 Irlanda anuncia garantia integral dos depósitos bancários
 O plano do governo americano, Programa de Saneamento dos Ativos
problemáticos, é aprovado com modificações no dia 3
Da crise subprime à crise sistêmica
Instituição Data País Status
Fannie Mae 07 Set. EUA Estatizada
Freddie Mac 07 Set EUA Estatizada
Lehman Bros 15 Set EUA Falência
Merrill Lynch 15 Set EUA Adquirida
AIG 16 Set EUA Parcialmente
Estatizada
Instituições afetadas no 2º HBOS 17 Set R.U. Adquirida

sem.2008 WaMu 25 Set EUA Falência, seguida


de venda
Fortis 28 Set Bélgica; Holanda Estatizada
Bradford & Bingley 29 Set R.U. Estatizada
Wachovia 29 Set EUA Adquirida
Glitnir 29 Set Islândia Estatizada
Hypo Real Estate 06 Out Alemanha Socorrido
RBS 13 Out R.U. Parcialmente
Estatizada
Lloyds TSB 13 Out R.U. Parcialmente
Estatizada

Fonte: BBC News International; Financial Times. Wall Street


Journal, The Economist. Elaboração Grupo de Conjuntura, com
informações disponíveis até o dia 16 de outubro
O aprofundamento da crise
 Outubro (cont.):
 Governo britânico eleva para £ 50 mil o limite do seguro de depósito
 Governo alemão organiza um plano de salvamento do Hypo Real Estate, uma
instituição bancária de segunda linha.
 União Européia eleva o limite mínimo do seguro de depósito para €50 mil
 Reino Unido anuncia plano amplo de resgate da ordem de £ 400 bilhões, o
primeiro a atacar a raiz do problema do empoçamento de liquidez no
interbancário, ao prever, além do aporte direto de capital às instituições em
dificuldade, garantia governamental aos empréstimos interbancários
 Seguindo o exemplo britânico, diversos países avançados adotaram planos
semelhantes, que incluíram aporte de capital, concessão de garantia p/ obrigações
bancárias e garantia de depósitos privados.
 Governo britânico estatiza parcialmente 3 bancos
 Governo Americano anuncia extensão do TAR F
 Em ação inédita, seis bancos centrais se unem para cortar em simultâneo a taxa
básica de juros
O aprofundamento da crise: ações dos BCs
 Ultima semana de out/2008, Fed reduziu novamente a meta da Fed Fund Rate
em 0,5 p.p. e o Japão fez a primeira redução da sua taxa básica em 7 anos, que
passou de 0,5% para 0,3%
 Na primeira semana de novembro, o BCE e o Banco da Inglaterra reduziram suas
respectivas metas em 0,5 p.p. Trajetória de queda das taxas de juros persiste até
maio de 2009
Metas das Taxas de Juros Oficiais
6,0

5,5

5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0
dez/07

dez/08
nov/07

nov/08
fev/07

abr/07

set/07

fev/08

abr/08

set/08

fev/09

abr/09

set/09
ago/07

out/07

ago/08

out/08

ago/09

out/09
jan/07

jun/07

jul/07

jan/08

jun/08

jul/08

jan/09

jun/09

jul/09
mai/07

mai/08

mai/09
mar/07

mar/08

mar/09
FED ECB
Banco da Inglaterra Banco do Japão

Fonte: Bancos Centrais.


O aprofundamento da crise
 Conjunto de ações adotadas em outubro, reduções adicionais nas metas das
taxas de juros e manutenção das injeções diárias de liquidez pelos BCs
=>retorno gradual dos negócios nos mercados interbancários e na redução da
Ted Spread (indicador da situação de liquidez nesse mercados).

Ted Spread*
6,0
5,5
5,0
4,5
4,0
3,5
%

3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
29/6/07
14/7/07
29/7/07
13/8/07
28/8/07
12/9/07
27/9/07

8/6/08
12/10/07
27/10/07
11/11/07
26/11/07
11/12/07
26/12/07
10/1/08
25/1/08
9/2/08
24/2/08
10/3/08
25/3/08
9/4/08
24/4/08
9/5/08
24/5/08

23/6/08
8/7/08
23/7/08
7/8/08
22/8/08
6/9/08
21/9/08
6/10/08

4/4/09
21/10/08
5/11/08
20/11/08
5/12/08

4/1/09
20/12/08

19/1/09
3/2/09
18/2/09
5/3/09
20/3/09

19/4/09
4/5/09
19/5/09
3/6/09
18/6/09
3/7/09
18/7/09
2/8/09
17/8/09
1/9/09
16/9/09
1/10/09
16/10/09
31/10/09
15/11/09
Nota: * Diferença entre a taxa de juros dos depósitos de três meses em eurodólar no mercado interbancário e a taxa de juros do título do Tesouro
americano de três meses no mercado secundário.

Fonte: Federal Reserve.


Metamorfose da Crise

Crise Breve
sistêmica recuperação
Impacto da crise sobre a atividade econômica
 Os impactos da crise financeira sobre a atividade econômica começaram a
ser sentidos pelas economias da OCDE na passagem do primeiro trimestre
para o segundo trimestre de 2008: variação do PIB passou de 0,5% para
0,1%, descontados os efeitos sazonais .
 Aprofundamento da recessão até o primeiro trimestre de 2009

O C D E - C res cimento do P IB
(variação % em relação ao período anterior, com ajus te s azonal)

0,9 0,9
0,8
0,6 0,6 0,7
0,6 0,6 0,5 0,5
0,5 0,5 0,5
0,4 0,3 0,4

-0,2 -0,1-0,1
-0,1 -0,10,0
-0,2-0,2
-0,3 -0,4 -0,4
-0,6 -0,6
-0,7 -0,7
-0,7

-1,4
-1,6
-1,8 -1,8-1,8
-1,9
-2,2-2,2

-2,5-2,5

T 3-2007 T 4-2007 T 1-2008 T 2-2008 T 3-2008 T 4-2008 T 1-2009 T 2-2009 T 3-2009

E s tados Unidos Área do E uro R eino Unido G7 O C D E -T otal


F onte: O C D E .
Breve recuperação
Anexo
Os Planos de resgate
Crise Financeira: Plano Britânico

 Plano britânico foi o primeiro a atacar a raiz do problema do empoçamento de


liquidez no interbancário:
o aporte direto de capital às instituições em dificuldade no montante de até £
50 bilhões;

 garantia governamental aos empréstimos interbancários, em até £ 250 bilhões

 £ 200 bilhões para ampliar o Special Liquidity Scheme do Banco da Inglaterra

 rápida implementação => cinco dias após o anúncio foi realizado aporte de £
37 bilhões: RBS(£ 20 bilhões), HBOS (£11,5 bilhões) e Lloyds TSB (£5,5 bilhões)

 Em troca capitalização sob a forma de aquisição de ações preferenciais, as


três instituições se comprometem a conceder crédito às pequenas e médias
empresas no mesmo nível de 2007 e renegociar hipotecas com os mutuários em
dificuldade
Crise Financeira: Plano Britânico

Extraído de BBC News International. Financial crisis: how it happen. Disponível em


http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/7521250.stm
O peso do sistema financeiro britânico

Extraído de The Economist. Cross-border banking: divided we stand, Oct 16th 2008
Crise Financeira: Plano da Área do Euro

 Adoção de um plano comum, respeitando as especificidades domésticas,


organizado em torno das seguintes diretrizes:
 Garantia por cinco anos aos empréstimos interbancários novos;
 Recapitalização dos bancos em dificuldade
 Banco Central Europeu (BCE) passará a aceitar, como colateral em suas operações de
refinanciamento, empréstimos de boa qualidade que os bancos concederam às empresas
Alteração da regra contábil de marcação a mercado dos ativos
Criação de um grupo de gestão da crise

 Alemanha => € 480 bilhões, dos quais € 400 bilhões serão destinados a garantir os
empréstimos interbancários e € 80 bilhões para aporte de capital
 França => até € 360 bilhões, dos quais € 320 bilhões serão destinados a garantir os
empréstimos interbancários e até € 40 bilhões para capitalizar os bancos
Áustria => até € 100 bilhões, sendo € 85 bilhões de garantia aos empréstimos interbancários
até o montante e €15 bilhões para os bancos em dificuldade
 Itália => recursos ilimitados para garantir novos empréstimos interbancários de novos
empréstimos concedidos pelos bancos a não-bancos e aporte de capital de até € 40 bilhões
 Espanha e Portugal só concederam garantia aos depósitos: até € 120 bilhões e até € 20
bilhões
Crise Financeira: Plano Americano
 Programa de Saneamento dos Ativos problemáticos (TARP, na sigla em
inglês), aprovado no dia 3 de outubro previa exclusivamente o saneamento
das carteiras de ativos ilíquidos das instituições financeiras no montante de
até US$ 700 bilhões, em condições a serem definidas pelo secretário do
Tesouro
 Extensão do TARP anunciado no dia 14 de outubro:
 US$ 250 bilhões do total de recursos previstos serão destinados para a compra
de ações preferenciais de bancos e instituições de poupança, de todo e qualquer
porte, com remuneração mínima de 5% ao ano (nos próximos cinco anos),
subindo para 9% ao ano
 Em contrapartida ao suporte financeiro, os bancos deverão atender as
exigências do Tesouro no que se refere à governança corporativa e política de
remuneração dos executivos

 FDIC => Temporary Liquidity Guarantee Program => garantia por três anos aos
novos débitos dos bancos e das instituições de poupança e holding companies,
incluindo notas promissórias, commercial paper, empréstimos interbancários
 Fed => ampliação do programa Commercial Paper Funding Facility =>
aquisição de commercial paper de 3 meses emitidos por empresas não-
financeiras

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