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SOLIDÃO
Gabriel García Márquez
Sobre o autor
• Nasceu em 1928 em Aracataca, na Colômbia, e morreu em 2014
na Cidade do México, aos 87 anos, em decorrência de uma pneumonia;
• Viveu mais de 30 anos no México;
• É considerado um dos fundadores do realismo mágico latino-americano;
• Vendeu mais de 40 milhões de livros no mundo todo;
• Foi traduzido para mais de 30 idiomas;
• Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982.
“A solidão da América Latina”
“Eu me atrevo a pensar esta realidade descomunal, e não só a sua
expressão literária, que este ano mereceu a atenção da Academia
Sueca de Letras. Uma realidade que não é a do papel, mas que vive
conosco e determina cada instante de nossas incontáveis mortes
cotidianas, e que sustenta um manancial de criação insaciável, pleno
de desdita e de beleza, e do qual este colombiano errante e nostálgico
não passa de uma cifra assinalada pela sorte.
[...]
Diante desta realidade assombrosa, que através de todo o tempo humano deve ter parecido
uma utopia, nós, os inventores de fábulas que acreditamos em tudo, nós sentimos no direito de
acreditar que ainda não é demasiado tarde para nos lançarmos na criação da utopia contrária.
Uma nova arrasadora utopia da vida, onde ninguém possa decidir pelos outros até mesmo a
forma de morrer, onde de verdade seja certo o amor e seja possível a felicidade, e onde as
estirpes condenadas a cem anos de solidão tenham, enfim e para sempre, uma segunda
oportunidade sobre a terra.”
Cem anos de solidão
(1967)
Personagens
• Saga da família Buendía
• 7 gerações
• Mais de 30 nomes semelhantes
• Diferença entre nomes masculinos e nomes femininos
“Foi de casa em casa arrastando dois lingotes metálicos, e todo o mundo se espantou ao
ver que os caldeirões, os tachos, as tenazes e os fogareiros caíam do lugar, e as madeiras
estalavam com o desespero dos pregos e dos parafusos tentando se desencravar, e até os
objetos perdidos há muito tempo apareciam onde mais tinham sido procurados, e se
arrastavam em debandada turbulenta atrás dos ferros mágicos de Melquíades. “As coisas
têm vida própria”, apregoava o cigano com áspero sotaque, “tudo é questão de
despertar a sua alma.”
Características principais
• Tempo relativizado e alargado
• Confusão de nomes e gerações familiares
• Prosa poética
• Referências bíblicas (Genesis, Moisés, dilúvio, apocalipse)