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PORTUGUÊS, 2º ANO
PARNASIANISMO
on de can tao sa bi á
as a ves quea qui gor jei (am)
Gonçalves Dias
Para fazer a escansão de um poema, basta
utilizarmos dois procedimentos: :
Vai no cabeleireiro
No esteticista
Malha o dia inteiro
Pinta de artista
Saca dinheiro
Vai de motorista
Com seu carro esporte
Vai zoar na pista
Final de semana
Na casa de praia
Só gastando grana
Na maior gandaia
Vai pra balada
Dança bate estaca
Com a sua tribo
Até de madrugada
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha...
Só no filé
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha...
Tem o que quer
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha...
Do croissant
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha...
Suquinho de maçã
Seu Jorge
Chico Buarque
Construção
Texto III
Construção
Chico Buarque
Vocabulário culto
Referência à Antiguidade
clássica e à mitologia grega
Enjambement
ou
Cavalgamento
Analogias do ato de escrever a
outras formas de arte
Metalinguagem
Inversões sintáticas
Descritivismo
Contenção emocional
Afastamento de questões
políticas, sociais, religiosas,...
Principais autores
Olavo Bilac
Alberto de Oliveira
Raimundo Correia
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1865.
Bilac foi um poeta brilhante. Aliou uma
destreza técnica de perito à sutileza de espírito,
ao olhar lírico dos grandes poetas. Apesar de ter
escrito poemas absolutamente parnasianos, na
maior parte de sua produção o que se vê é o rigor
formal aliado a uma sensibilidade quase em
tudo romântica. Em muitos momentos, ele
questiona a eficiência da palavra para expressar
os estados da alma.
Morreu em 1918.
Olavo Bilac foi um dos mais louvados poetas de seu tempo, e ainda hoje tem
prestígio. Foi um artífice da palavra, sabendo conjugar o rigor formal
parnasiano com grande expressividade, obtendo efeitos imagéticos e ritmos
interessantes, depositando no último terceto de seus sonetos a síntese de
suas ideias, a chamada “chave de ouro”.
Seus temas mais frequentes são:
Amor sensual: vazado em um erotismo que oscila entre o
explícito e o requintando; essa sensualidade não vulgariza o amor,
que sempre aparece como sentimento nobre e transcendente.
O nacionalismo: em que o autor revela seu conservadorismo;
episódios da história do Brasil e suas personagens são frequentes
nessas poesias.
A mitologia greco-latina: assiduamente abordada pelo poeta.
A metalinguagem: eleição da própria poesia como tema poético,
está entre as preferências de Bilac.
O índio: aparece em sua obra como um eco romântico tardio.
Um certo decadentismo da vida e das coisas é também uma
das tônicas de sua poesia.
Nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em 1857.
Em seu primeiro livro, Canções Românticas, a influência do
Romantismo é nítida, mas, apesar disso, nota-se que ele prioriza o
rigor formal e já apresenta certa contenção emocional; a partir de
Meridionais, abraça o ideário parnasiano ao qual se manteria fiel, e
há algumas notas simbolistas em suas obras finais. Isso não
impediu que ele fosse tido pela crítica como o mais radical dos
nossos parnasianos.
Morreu em Niterói, em 1937.
Nasceu no Maranhão (baía de Mongúcia), em 1860.
Seu livro de estreia, Primeiros Sonhos, traz poemas sentimentais, ainda
sob influência romântica. A partir do segundo, Sinfonias, Raimundo Correia
rendeu-se aos ideais da estética parnasiana, tornando-se um de seus
melhores representantes em língua portuguesa, não apenas pelo apurado
requinte formal, mas também pela profundidade com que desenvolveu seus
temas.
Soube driblar a impessoalidade proposta pelo
Parnasianismo e atingir o universalismo,
desenvolvendo temas sociais e, sobretudo,
filosóficos: a busca de uma verdade essencial e
imorredoura, os conflitos da condição humana,
etc. Seus poemas têm uma suavidade e uma
melancolia acalentadas pela influência de
Schopenhauer, pensador alemão que acreditava que
a arte é a sublimação da dor, e o sofrimento é
inerente à condição humana.
Morreu em Paris, em 1911, de problemas renais.
Texto IV
Profissão de fé (fragmento)
Olavo Bilac
Texto V
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Olavo Bilac
Texto VI
Via Láctea - Soneto XIII
Olavo Bilac
Texto VII
Oficina irritada
Eu quero compor um soneto duro
como poeta algum ousara escrever.
Eu quero pintar um soneto escuro,
seco, abafado, difícil de ler.
Millôr Fernandes
Momento Musical
Rosa -
Pixinguinha
Texto VIII
Tu és
Rosa
Tu és
Divina e graciosa A forma ideal
Estatua majestosa Estatua magistral
Do amor Oh! Alma perenal
Por Deus esculturada Do meu primeiro amor
Sublime amor
E formada com o ardor
Tu és
Da alma da mais linda flor De Deus a soberana flor
De mais ativo olor Tu és
Que na vida De Deus a criação
É preferida pelo beija-flor Que em todo coração
Se Deus Sepultas o amor
Me fora tão clemente O riso, a fé e a dor
Aqui neste ambiente Em sândalos olentes
Cheios de sabor
De luz
Em vozes tão dolentes
Formada numa tela Como um sonho em flor
Deslumbrante e bela És
O teu coração Láctea estrela
Junto ao meu, lanceado, pregado És mãe da realeza
E crucificado És tudo enfim que tem de belo
Sobre a rósea cruz E todo resplendor
Do arfante peito teu Da santa natureza
Perdão
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! Flor
Meu peito não resiste
Oh! Meu Deus quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te um dia ao
Pé do altar
Jurar
Aos pés do onipotente
Em preces comoventes
De dor
E receber a unção
De tua gratidão
Depois, de remir, meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de te envolver
Até meu padecer
De todo o fenecer