As medidas de controle da transmissão nosocomial da tuberculose
se dividem em 3 categorias :
Administrativas Controle ambiental ( ou de engenharia) Proteção Respiratória ADMINISTRATIVA( FUNDAMENTAIS)
Treinamento de profissionais de saúde
Orientações sobre o controle da infecção tuberculosa. Aspectos epidemiológicos da transmissão da tuberculose na instituição. Risco operacional e práticas profissionais que reduzam a probabilidade de Infecção. Normas de isolamento, uso dos dispositivos individuais de proteção respiratórias . Propósito dos testes tuberculínicos, a diferença entre tuberculose infecção/doença e a eficácia e segurança da vacina BCG. Identificação de pacientes e prática de isolamento Identificação precoce é essencial Numero de leitos de isolamento deve ser baseado no numero diário máximo de pacientes necessitando de isolamento Preferencialmente o quarto de isolamento para tuberculose bacilífera deve ser individual Na falta de quartos pode ser colocado mais de um paciente por quarto, desde que apresente tuberculose confirmada e sem suspeita de resistência medicamentosa. Caso o paciente tenha indicação de permanecer internado, só será liberado do isolamento após a realização de 3 baciloscopias negativas, consecutivas. Controle de saúde dos profissionais: Devem ser submetidos a exames de saúde pre-admissionais e periódicos, que incluam o teste tuberculínico. Grupos não reatores devem ser incluídos nos programas de testagem periódica com PDD ou vacinação pelo BCG A vacinação BCG tem sido indicado para os profissionais de saúde Todo profissional de saúde com sinais ou sintomas compatíveis com tuberculose devem ser prontamente avaliado Aconselhamento e teste para HIV devem ser oferecidos voluntariamente CONTROLE AMBIENTAL(ENGENHARIA)
Ventilação com pressão negativa
Tem por objetivo evitar a mistura de ar do quarto do doente com outros ambientes Diminuir a concentração e remover partículas infectantes do recinto São considerados sob risco todas as áreas nas quais os pacientes com tuberculose recebem cuidados. Os locais de risco devem ficar sobre pressão negativa em relação aos corredores e áreas adjacentes. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA INDIVIDUAL
Dispositivo de proteção respiratória devem ser utilizados pelos
profissionais de saúde nas seguintes situações: Em quartos onde possam estar pacientes com tuberculose confirmado ou suspeita. Em locais de procedimentos médicos com grande potencial de gerar aerossóis pela tosse. Em locais onde medidas administrativas e de engenharia não são suficientes para impedir a inalação de partículas infectantes As mascaras podem ser reutilizadas pelo mesmo profissionais por períodos longos, desde que se mantenham íntegras, secas e limpas. VARICELA
Doença altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicella zoster(VVZ).
Evolução é geralmente benigna, mais em alguns casos pode levar a sérias complicações. A transmissão Hospitalar do VVZ é bastante reconhecida, devendo ser adotado medidas de controle. A transmissão ocorre por disseminação aérea de partículas virais (aerossóis) e por contato direto ou indiretos com as lesões. Na ocorrência de varicela está indicada a utilização de precauções por aerossóis aos pacientes suscetíveis comunicantes do caso: Por um período entre o 7º dia a 21 dias após a exposição para os comunicantes imunocompetentes. Entre o 7º dia a 28 dias para os imunodeprimidos. Os comunicantes podem compartilhar o mesmo quarto A vacinação pós-exposição consiste na vacinação de bloqueio e deve ser realizada até 72 horas após o contato no caso índice nos seguintes casos: Pessoas imunocompetentes suscetíveis com à doença e internadas em enfermarias onde haja caso de varicela. Profissionais de saúde suscetíveis do local onde haja caso de varicela Profissionais de saúde suscetíveis, comunicantes e não vacinados que tem contato com pacientes suscetíveis a varicela devem usar máscara cirúrgica do 7º dia a 21º dia. Imunoglobulina especifica deve ser administrada aos comunicantes suscetíveis com alto risco de desenvolver formas graves da doença. A dose deve ser administrado IM de 125 UI para cada 10kg (dose mínima 125 UI e máxima 625 UI). A duração exata da proteção conferida pela imunoglobulina não é bem estabelecida. Mesmo usando a vacina e/ou a imunoglobulina existe um percentual pequeno desenvolva a doença.