Sunteți pe pagina 1din 21

TEMA: CONTENCIOSO

DOSDIREITOS HUMANOS
Apresentação aos Quadros do
Ministério da Economia e Finanças
Autor: Luís Bitone Nahe
Sumário

 I PARTE: Noção de Direitos Humanos, características, tipologia e fontes;


 II PARTE: Obrigações do Estado (respeitar, proteger e promover e realizar);
 III PARTE: Sistema institucional de protecção e Monitoria dos direitos
humanos (monitoria interna e Internacional);
 IV PARTE: O Papel da Magistratura Administrativa na Protecção dos Direitos
Humanos;
 V PARTE: Contencioso dos direitos humanos: Principais desafios;
I PARTE: Questão Prévia

 Moçambique apresentou o seu relatório de direitos humanos em 2013, na


109a Sessão do Comité dos Direitos Humanos da ONU, decorrido de 14/10 a
01/11/2013, em Genebra;
 O Capítulo C, referente às constatações e Recomendações, no seu Ponto 5, o
Comité constatou que, apesar de Moçambique ser subscritor do PIDCP, nota-
se que não existe nenhum caso julgado nos tribunais moçambicanos, onde
tenha sido invocado este instrumento;
 Assim, o Comité recomendou que o Estado deve adoptar medidas com vista
à um treinamento adequado aos agentes do Judiciário (Juízes, Procuradores e
oficiais de Justiça), que possa os habilitar a interpretar e aplicar as leis tendo
em conta os valores e padrões de DH.
 Esta constatação, com as necessárias adaptações, é extensiva aos
funcionários da Administração Públicas, advogados e outros aplicadores das
leis.
I PARTE: Questão Prévia (Cont.)

 Moçambique ratificou diversos instrumentos internacionais de direitos humanos


que actualmente são parte da legislação moçambicana e vinculam a
actuação de todos os seus funcionários e agentes;
 A violação dos direitos Humanos pelos funcionários e agentes da
administração pública da o direito que os cidadãos recorram aos tribunais
para solicitar a reposição dos direitos violados (artigos 7 da CADHP e 8 da
DUDH);
 Assim, os tribunais nacionais assim como os agentes e funcionários do Estado
devem estar preparados para lidar com questões de direitos humanos;
 As decisões dos tribunais nacionais são recorríveis internacionalmente o que
pressupõe domínio dos instrumentos de direitos humanos e a sua respectiva
aplicação.
I PARTE: Noção de Direitos Humanos

 A expressão “ direitos humanos”, é muito utilizada nos dias de hoje mas


há pouco consenso acerca do seu sentido e fundamento;
 Em termos mais simplificados direitos humanos significam direitos
inerentes à pessoa humana, isto é, que representam as suas
necessidades básicas tais como o direito à vida, à integridade física
entre outros:
 Qual é a diferença entre um direito humano e um direito comum?;
São dois critérios essenciais que normalmente são usados para diferenciar
o direitos Humano de um direito comum:
 A qualidade do direito violado, deve tratar-se de um direito previsto
nos instrumentos internacionais e nacionais de direitos humanos.
Noção (Continuação)

 A qualidade do agente violador, deve tratar-se de uma pessoa ou


pessoas representando o Estado, isto é, um agente do Estado, pois
este é que assume perante a comunidade internacional a obrigação
de respeitar e garantir os direitos humanos no seu território.
 Além do Estado, há actores não estatais tais como grupos de
oposição armada que respondem pela violação de direitos humanos
por via do direito internacional humanitário. Veja-se, por exemplo, os
artigos 3 e 4 da Convenção de Genebra relativa ao Tratamento dos Prisioneiros
de Guerra, de 12 de Agosto de 1949;
 AS empresas multinacionais, pela sua importância são ditas, em alguma
doutrina, como violadores dos direitos humanos, porém, ainda não colhe
consenso nos instrumentos internacionais tradicionais (direitos humanos e
negócios)
Noção (Continuação)

 Quando os particulares, dentro de um determinado Estado, violam


direitos, que ao mesmo tempo coincidem com os direitos humanos,
não são considerados violadores de direitos humanos mas sim
violadores de um direito comum cabendo ao Estado
responsabiliza-los na base das leis ordinárias.
 Aliás, será considerado violação de um direito humano por
omissão, por parte do Estado, se este não responsabilizar os
infractores particulares da lei doméstica.
 Assim, a violação dos direitos humanos pelo Estado pode ser por
acção ou por omissão;
I PARTE: Características

 Inerência (dignidade da pessoa humana) ;


 Universalidade (pessoal, espacial e temporal);
 Inalienabilidade (não se negoceia) ;
 Imprescritibilidade (a todo o tempo);
 Interdependência entre outras;
I PARTE: Tipologia

 Direitos civis e políticos (direitos da 1ª geração) cuja


base é a liberdade;
 Direitos económicos, sociais e culturais (direitos da 2ª
geração) cuja base é a igualdade;
 Paz, desenvolvimento, meio ambiente (direitos da 3ª
geração) cuja base é a solidariedade. A sua realização
depende da cooperação entre actores. São os
chamados “direitos colectivos”.
Tipologia (Continuação)

 Todavia, a Declaração e Programa de Acção de Viena, 1993, veio


considerar esta divisão dos direitos humanos em gerações como
inútil na medida em que os direitos humanos são
interdependentes.

 Apesar disso, a divisão dos direitos humanos em gerações continua


a dominar a doutrina dos direitos humanos por uma questão de
tradição.
I PARTE: Fontes

Há diversidade e multiplicidade de fontes: Universais, regionais e


sub-regionais e dentro destas temos as fontes vinculativas (hard law) e
não vinculativas (soft law);
A título exemplificativo podemos citar as seguintes: (i) Carta das
Nações Unidas, 1945; (ii) Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos (1966); (iii) Pacto Internacional dos Direitos Económicos,
Sociais e Culturais (1966); (iv) Convenção Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965); (v)
Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação
contra a Mulher; (vi) Carta Africana os Direitos Humanos e dos Povos
(1981), entre outros.
II PARTE: Obrigações do Estado (respeitar,
proteger e promover e realizar);

 Fundamento e Justificação
Artigo 56/1 da CRM: “Os direitos e liberdades individuais são
directamente aplicáveis, vinculam as entidades públicas e privadas, são
garantidos pelo Estado e devem ser exercidos no quadro da Constituição
e das leis.
Artigo 2/1 do PIDCP: “Cada Estado Parte do Presente Pacto
compromete-se a respeitar e a garantir a todos os indivíduos que se
encontrem nos seus territórios e estejam sujeitos à sua jurisdição so direitos
reconhecidos no presente Pacto ….”.
No mesmo sentido estabelecem outros instrumentos jurídicos de direitos
humanos.
II PARTE: Obrigações do Estado (respeitar,
proteger e promover e realizar);

 Perante a comunidade internacional os Estados obrigam-se a:

 Respeitar os direitos humanos, isto é, abster-se a praticar actos que


ponham em causa os direitos humanos;
 Proteger os direitos humanos, isto é, evitar que a acção de terceiros
afecte os direitos humanos;
 Realizar os direitos humanos, criar condições para que os direitos
humanos sejam observados;
 Promover os direitos Humanos, isto é, tomar acções de
empoderamento em matéria de direitos humanos.
III PARTE: Sistema institucional de direitos humanos

 Nacionais: Instituições Políticas ( 1ª e 7ª Comissões da AR),


Instituições Administrativas (Ministério da Justiça através da
Direcção de Humanos), Instituições quase-jurisdicionais ( Provedor
de Justiça e Comissão Nacional de Direitos Humanos) e Instituições
judiciais (Tribunais - missão protectora);
 Internacionais: Mecanismos baseadas na Carta e Mecanismos
baseados nos tratados.
III PARTE: Sistema institucional
(Continuação)
 Mecanismos da Carta das Nações Unidas : Conselho de
Segurança, Assembleia das Nações Unidas. Específicos: Conselho
de Direitos Humanos, Alto Comissariado para os Direitos Humanos,
Tribunal Internacional e Justiça; Procedimentos especiais ( relatores
temáticos e por país), Revisão Periódica Universal (RPU) e comités
consultivos.
 Mecanismos baseados em tratados: Muitos tratados têm seus
respectivos órgãos de monitoria (os Comités, Comissões e tribunais).
Estes ajudam na monitoria, protecção e interpretação dos direitos
humanos).
IV PARTE: Contencioso dos Direitos Humanos

 Trata-se de um desafio para a justiça Administrativa e para os tribunais e geral;


 Actualmente, as violações de direitos humanos pela administração da justiça,
os tribunais administrativos tratam-nas como violações de quaisquer direitos.
Isto é, não tomam em consideração a natureza própria dos direitos humanos.
 Razões:
 (i) Legais ( a LPPAC – Lei nº 7/2014, de 28 de Fevereiro, não faz menção
especial ao processo contencioso dos direitos humanos;
 (ii) Cultura de Direitos Humanos ( os tribunais e outros actores da justiça
administrativa não dominam os direitos humanos e os mecanismos da sua
implementação.
IV PARTE: Contencioso dos Direitos Humanos
(Cont.)

 A falta de um processualismo específico para os direitos humanos na


jurisdição administrativa viola o princípio da tutela administrativa efectiva
(nº 1 do artigo 3 da LPPAC e o nº 2 do mesmo artigo que estabelece que “
a todo o direito público ou interesse legalmente protegido corresponde a
um meio processual próprio destinado à sua tutela jurisdicional efectiva.
 A jurisdição administrativa em vigor não respeita os princípios da (i)
universalidade , (ii) imprescritibilidade e (iii) inalienabilidade dos direitos
humanos;
 Nos fundamentos do recurso contencioso (artigo 34), é imperioso que se
inclua a violação dos direitos humanos como um dos fundamentos do
recurso contencioso ao lado dos princípios da igualdade e justiça.
IV PARTE: Contencioso dos Direitos Humanos
(Cont.)

 O artigo 35 nº 1, deve considerar actos nulos e de nenhum efeito,


podendo a qualquer tempo (não prescrição) e por qualquer pessoa
interessada (universalidade) ser invocada a sua nulidade, os actos que
envolvam ofensa dos direitos humanos.
V PARTE: Discussão e as principais
conclusões
 Que questões podem ser levantadas nesta apresentação???
Conclusões

 Grande progresso na incorporação dos instrumentos internacionais de


Direitos Humanos;
 Não existência de contencioso de direitos humanos.
 Défice na aplicação dos direitos humanos por parte dos magistrados
Administrativos e outros actores relevantes na justiça administrativa;
 Défice no conhecimento pelos aplicadores do Direito e pela população
em geral das questões dos direitos humanos;
Muito Obrigado

S-ar putea să vă placă și