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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO


ENGENHARIA DO PETRÓLEO E ENGENHARIA GEOLÓGICA
FÍSICA PARA ENGENHARIA III

MÁQUINAS ELÉTRICAS

Eng. Elet. Amilcar Oliveira Barum, MSc

2016/1
INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS ELÉTRICAS
As máquinas elétricas podem ser classificadas em dois grupos:

a) geradores, que transformam energia mecânica oriunda de uma fonte


externa
(como a energia potencial de uma queda d’água ou a energia cinética dos
ventos) em energia elétrica (tensão);

b) motores, que produzem energia mecânica (rotação de um eixo) quando


alimentados por uma tensão (energia elétrica). Conforme Figura 1.
Os geradores e motores só se diferenciam quanto ao sentido de
transformação da energia, possuindo ambos a mesma básica,
formada por um elemento fixo, chamado estator, e outro móvel, capaz
de girar (o rotor). Nesses elementos são fixados enrolamentos onde a
corrente circula: um desses enrolamentos é capaz de gerar os
campos magnéticos necessários ao funcionamento da máquina e é
chamado enrolamento de campo; o outro é chamado enrolamento de
armadura (ou induzido, no caso de geradores).

Em algumas máquinas, a armadura está no estator e o enrolamento de


campo no
rotor; em outras ocorre o inverso. O tipo de corrente (CC ou CA) que
circula nesses
enrolamentos estabelece qual o tipo de máquina.
A tabela a seguir mostra os diversos tipos de máquinas
disponíveis; dentre todas elas, destacam-se os motores
assíncronos (ou de indução), utilizado na maior parte dos
equipamentos que requerem acionamento elétrico.
De acordo com Filippo Filho (2002), aproximadamente 40% de toda
a energia elétrica consumida no Brasil é usada para o
acionamento de motores elétricos, sendo que no setor industrial
cerca de 50% da energia consumida deve-se a este tipo de
máquina elétrica.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Na região em torno de um ímã acontecem alguns fenômenos


especiais, como a atração de pedacinhos de ferro ou o desvio da
agulha de uma bússola. Diz-se que nesta região existe um campo
magnético, o qual pode ser representado por linhas de indução
(figura 3a).

Também ao redor de um condutor percorrido por corrente elétrica


existe um campo magnético, que pode ser intensificado se este
condutor for enrolado, formando uma bobina ou enrolamento
(Figura 3b). Nesses casos, a intensidade do campo magnético é
diretamente proporcional à corrente.
Campos magnéticos são mensurados através de uma grandeza
chamada indução magnética (simbolizada pela letra B), cuja unidade
no SI é o Tesla (T). O valor de B é maior nas regiões onde as linhas
estão mais concentradas.

Denomina-se fluxo magnético (símbolo Ф) ao número de linhas de


indução que atravessa a superfície delimitada por um condutor
(uma espira, por exemplo). Esta grandeza é medida em Webbers
(Wb), no SI.

Em 1831, Michael Faraday descobriu que quando o fluxo magnético


em um enrolamento varia com o tempo, uma tensão u é induzida
nos terminais da mesmo; o valor desta tensão é diretamente
proporcional à rapidez com que o fluxo varia.
Lei de Faraday.

Constatações:
Ao se aproximar ou afastar o ímã do solenóide (bobina) ocorre um
deslocamento do ponteiro do galvanômetro.
Quando o ímã está parado, independentemente de quão próximo este esteja
do solenóide, não há deslocamento do ponteiro do galvanômetro.
Se os pólos de um ímã forem postos a girar ao redor de uma
espira, como representado na Figura 4, o fluxo nesta varia com o
tempo, induzindo uma tensão entre seus terminais; se estes
formarem um percurso fechado, haverá neles a circulação de uma
corrente induzida i.
No estudo do Eletromagnetismo, feito por Ampére, ele aprendeu que
se um condutor estiver imerso em um campo magnético e for
percorrido por corrente elétrica, surge uma força de interação dada
por:
Produção de um campo magnético.

“Quando um condutor é percorrido por uma corrente elétrica surge em torno


dele um campo magnético”

Lei circuital de Ampère.

  n
 H .dl   ik
c k 1
Regra da mão direita para determinar o sentido da força
A figura a seguir mostra os campos magnéticos formados pela
alimentação trifásica em um motor, no qual os enrolamentos de
campo estão localizados no estator. O campo magnético de cada fase
é representado por um vetor e a soma vetorial dos mesmos dá o
campo resultante. Observa-se que o efeito é o de um ímã girando ao
redor do rotor, produzindo a ação de motor. A velocidade com que
esse campo girante opera é chamada velocidade síncrona (ns), dada
por:
O número de pólos do motor é obtido através da forma de
execução dos
enrolamentos de campo; este número sempre é inteiro e par.
Assim, pode-se construir motores com qualquer número de
pólos, embora no comércio estejam disponíveis apenas motores
de 2, 4, 6 ou 8 pólos.

A velocidade de um motor de indução sempre será menor que a


síncrona, caso contrário não se conseguiria a variação de fluxo
necessária para induzir corrente no enrolamento de armadura.
Denomina-se escorregamento (s) à relação:

Frequência do rotor:
Frequência do rotor = fr = frequência de escarregamento = sf
3 ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS
CONSTRUTIVAS
A Figura 6 mostra a estrutura de motor de indução:
A estrutura de motor de indução é composta de:

• Estator
É construído com chapas de material magnético e recebe o
enrolamento de campo, cujas espiras são colocadas em ranhuras,
como mostra a Figura 7.
Aí se situa o enrolamento de campo, que pode ser mono ou trifásico.
A maneira como esse enrolamento é construído determina o número
de pólos do motor, entre outras características operacionais. Suas
pontas (terminais) são estendidas até uma caixa de terminais, onde
pode ser feita a conexão com a rede elétrica de alimentação.
• Rotor
O enrolamento de armadura é montado no rotor. No caso mais comum, ele é constituído
de condutores retilíneos interligados nas duas extremidades por anéis de curto-circuito
(Figura 8a), o que lhe dá a forma de uma gaiola. Existe um outro tipo de rotor, dito
bobinado, onde os terminais das fases do enrolamento de armadura são ligados a anéis
deslizantes, permitindo a inserção de elementos que auxiliem na partida do motor.
Na Figura 8b mostra-se o rotor completo, com o eixo posicionado, na ponta do qual há uma
flange.
Rotor gaiola de esquilo
Barras de alumínio ou cobre, curto-circuitadas nas extremidades
através de anéis condutores
 Rotor bobinado
 Possui ranhuras abertas que recebem os enrolamentos de
armadura.
 Cada fase dos enrolamentos possui um dos terminais ligados a
anéis montados no eixo.
O circuito externo é composto por um reostato trifásico (3) que é
inserido durante a partida e eliminado gradativamente à medida
que o motor acelera
O fechamento dos enrolamentos (curto) é feito externamente
Máquina Assíncrona
A máquina de indução é, dentre as máquinas elétricas, a mais
utilizada na indústria.

Na máquina assíncrona tanto o rotor quanto o estator conduzem


corrente alternada.

A corrente que circula pelo rotor é uma corrente induzida devido a


um campo variável devido à diferença de velocidade de rotação
do rotor e do campo girante. Por isso a nomenclatura máquina de
indução.
Campo magnético girante

Os enrolamentos trifásicos localizados no estator e representados


pelos enrolamentos aa’, bb’ e cc’ estão deslocados de 120 graus
entre si. Quando uma corrente alternada senoidal circula por um
enrolamento ela produz uma força magneto motriz senoidal
centrada no eixo do enrolamento.
A força magneto motriz resultante é a composição vetorial das
três componentes de força magneto motriz.
Devido a corrente na fase A está em um instante de máximo, a
força magneto motriz produzida por este enrolamento é máxima.
O vetor resultante força magneto motriz F possui a mesma
amplitude em todos os instantes de tempo, girando em sentido
anti-horário.

No instante de tempo to, a


corrente na fase A passa por
um máximo positivo e as
corrente nas fases B e C por
metade da amplitude máxima
negativa.
Princípio de funcionamento
Tensões induzidas

O campo magnético girante induz tensões nas fases do estator.


As expressões para as tensões induzidas podem ser obtidas
utilizando a lei de Faraday

E1  4,44  f  N1   p  K w
Escorregamento

ns  n
s
ns
É óbvio que a velocidade do rotor não pode ser igual à velocidade
síncrona, pois assim, nenhuma corrente seria induzida no
enrolamento do rotor e consequentemente nenhum torque seria
produzido.
Circuito do rotor

E 2  4,44  f1  N 2   p  K w Rotor parado

E2 s  s  E2 Rotor girando

n  (1  s)  ns Velocidade do Rotor

f 2  s  f1 Freqüência da corrente induzida


no Rotor
Circuito equivalente

O circuito equivalente pode ser utilizado para estudar e antecipar


o desempenho da máquina de indução com apreciável
proximidade da realidade.
Curva conjugado x rotação para o motor assíncrono
Classificação por categorias
Categoria N
São caracterizados por possuírem um conjugado de partida normal,
corrente de partida normal e pequeno valor de escorregamento em
regime permanente. Constituem a maioria dos motores encontrados
no mercado e prestam-se ao acionamento de cargas normais, com
baixo conjugado de partida como: bombas e máquinas operatrizes.
Categoria H
Os motores dessa categoria são caracterizados por possuírem um
conjugado de partida elevado, corrente de partida normal e baixo
valor para o escorregamento em regime permanente. Esta categoria
de motores é utilizada para acionamento de cargas que exigem
maior conjugado de partida, como peneiras, transportadores
carregados, cargas com alta inércia, etc.
Categoria D
São caracterizados por conjugado de partida elevado, corrente de
partida normal e alto escorregamento. Utilizados para acionamento
de cargas como: prensas excêntricas e máquinas semelhantes, em
que a carga apresenta picos periódicos e cargas que necessitam de
conjugado de partida elevado e corrente de partida limitada.
Controle de velocidade

Um motor de indução possui velocidade aproximadamente


constante quando conectado a uma fonte de tensão constante
com uma freqüência fixa. A velocidade em regime permanente é
muito próxima da velocidade síncrona. Quando o torque
solicitado aumenta, a velocidade diminui.

Variação da velocidade em função da carga


Controle de velocidade

Em muitas aplicações industriais, velocidades variáveis ou


continuamente ajustáveis são necessárias.
Tradicionalmente, motores de corrente contínua sempre foram
utilizados em aplicações onde era necessário variar a velocidade
da máquina.
Entretanto, motores de corrente contínua são caros, requerem
manutenção das escovas e dos comutadores e são proibitivos em
ambientes agressivos.
Em contrapartida, motores de indução são baratos, não requerem
manutenção, estão aptos a funcionar em ambientes agressivos e
estão disponíveis para velocidades elevadas.
Controle de velocidade através da variação da freqüência.

Motor
Inversor de
De
freqüência
Indução
Métodos de partida dos motores de indução

Uma corrente de partida de 500 a 800 % maior que a corrente


nominal pode circular pela rede de alimentação.

Além de causar uma queda de tensão apreciável, pode afetar


outras cargas conectadas à rede de alimentação. Além disso, se
uma corrente elevada circular no motor por um longo intervalo de
tempo, poderá aquecê-lo, danificando o isolamento do
enrolamento.
Autotransformador abaixador
Partida estrela-triângulo
Fase dividida
Conversor de estado sólido
Métodos de partida dos motores de indução

É importante ressaltar que embora tensões menores reduzam a


corrente durante a partida dos motores, o torque de partida
decresce porque o torque é proporcional ao quadrado da tensão
aplicada.

Influência da rede elétrica na operação do MIT


A operação eficiente dos motores de indução trifásicos depende,
entre outras coisas, da qualidade da rede elétrica de alimentação.
O ideal é que esta rede seja equilibrada e com suas tensões
apresentando amplitudes e freqüência constantes.
A eficiência e o fator de potência dos motores de indução
trifásicos variam segundo o valor da tensão de alimentação.
Estes motores são projetados para suportarem variações de
±10% da tensão nominal.
Os motores devem suportar variações de freqüência de -
5% a até +3%. Uma variação simultânea da amplitude e da
freqüência pode ser prejudicial para o motor.
Uma tensão de alimentação abaixo do valor nominal do motor
provoca aumento da corrente e da temperatura e ainda redução
dos torques de partida e de regime. Por outro lado, um valor de
tensão acima do nominal acarreta redução do fator de potência e
aumento da corrente de partida.
As principais conseqüências do superdimensionamento são:
•Maior custo, volume e peso do motor.
•Redução do fator de potência.
•Redução da eficiência, embora muito motores apresentem sua
eficiência máxima a, aproximadamente, 75% da sua carga
nominal.
•Maior corrente de partida, acarretando maior custo da instalação
e proteção.
Fator de Serviço

A norma ABNT NBR 7094/1996, define fator de serviço como um


multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor,
indica a carga que pode ser acionada continuamente sob tensão e
freqüência nominais. Entretanto, a utilização do fator de serviço
implica em vida útil inferior àquela do motor com carga nominal.

As condições ambientais onde está instalado um motor têm


influência na sua operação. Poeiras que se depositam na sua
carcaça, ao absorverem umidade ou partículas de óleo, formam
uma crosta que dificulta a liberação do calor. Por causa disso, a
temperatura interna do motor se eleva. Uma das conseqüências é
aumentar o valor da resistência do enrolamento e diminuir a
eficiência do motor.
Grau de Proteção - IP

Motores que trabalham em ambientes desfavoráveis ou mesmo


agressivos devem ser providos de um grau de proteção. A
norma brasileira NBR 6146 define os vários graus de proteção
que os motores elétricos podem apresentar, por meio das letras
características IP, seguida por dois algarismos. As tabelas 2.1 e
2.2 apresentam os critérios de proteção.
Tabela 2.1 – Indica grau de proteção contra penetração
de corpos sólidos estranhos e contato acidental.

1o Algarismo
Algarismo Indicação
0 Sem proteção
1 Corpos estranhos acima de 50mm
2 Corpos estranhos acima de 12mm
3 Corpos estranhos acima de 2,5mm
4 Corpos estranhos acima de 1,0mm
5 Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao
motor.
6 Totalmente protegido contra poeira.
Tabela 2.2 – Indica grau de proteção contra penetração
de água no interior do motor.

2o Algarismo
Algarismo Indicação
0 Sem proteção
1 Pingos de água na vertical.
2 Pingos de água até a inclinação de 15o com a vertical.
3 Pingos de água até a inclinação de 60o com a vertical.
4 Respingos em todas as direções.
5 Jatos de água em todas as direções.
6 Água de vagalhões.
7 Imersão temporária.
8 Imersão permanente.
Classes de Isolação
• Classe A – 105 graus
• Classe E – 120 graus
• Classe B – 130 graus
• Classe F – 155 graus
• Classe H – 180 graus
Motor de alto rendimento

Motores de alto
rendimento => custo
de aquisição inicial
maior

Entretanto, sua
utilização pode trazer
grande economia em
um curto prazo.
Especificação de motores

nc arg a  Cc arg a
C motor  Pmotor  2    nmotor  Cmotor
 ac  nmotor

Relação de transmissão

nc arg a
R
n motor
Inércia da carga referida ao eixo do motor

J e  J c arg a  R 2

Conjugado motor médio


 C p C max 
C mmed  0,45      C n  9,81
 Cn Cn 
Conjugado resistente médio

C rmed  R  Ccmed
Tempo de aceleração

 J m  Je 
t a  2    n   
 C mmed  Crmed 
É necessário que o tempo de aceleração do motor seja menor que
80% do tempo de rotor bloqueado
Gerador Assíncrono

O gerador de indução é O escorregamento no gerador


acionado a uma velocidade assíncrono é negativo:
maior do que a velocidade
síncrona.

ns  n
s
ns
Corrente de excitação

Uma corrente de excitação


deve ser fornecida ao
enrolamento de armadura
para indução no rotor. A
amplitude da corrente de
excitação irá determinar a
amplitude da tensão nos
terminais do gerador.
Curva Torque x velocidade

Gerador

Motor

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