Leonardo L. de Freitas, Wélique S.

Fagundes

Instituto de Química - Universidade Federal de Uberlândia - MG

LAETE - Laboratório de Armazenamento de Energia e Tratamento de Efluentes

leonardodifreitas@yahoo.com.br
wéliqueufu@hotmail.com

1
 Poluição ambiental - Preocupação mundial

Início na Revolução Industrial

 A poluição ambiental decorre de um rápido

crescimento econômico associado à utilização
de recursos naturais.

2
 Poluição ou degradação ambiental

Qualquer ação sobre o meio ambiente que altere

as suas características negativamente

3
Poluição
Água

Ar

Solo

4
5
 Conceito de Poluição:

o Qualquer mudança negativa nas características

do solo

 A poluição do solo pode ser por:

◦ Mudanças na sua estrutura física

◦ Contaminação

6
 Agropecuária: aragem, gradeamento e
compactação;
 Queimadas;
 Erosão;
 Impermeabilização;
 Movimentação de terra - terraplanagem

7
 Agrotóxicos;
 Fertilizantes;
 Lançamento de esgoto doméstico;
 Acidentes com transporte de produtos
perigosos;
 Vazamentos de tanques de combustível e de
outros produtos

8
9
10
 ÁGUA

11
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA

12
13
 Abastecimento Público
 Dessedentação de animais
 Agricultura – Irrigação
 Indústrias
 Comércio
 Transporte
 Ecológico
 Recreação
 Geração de Energia Elétrica
 Afastamento e diluição de despejos.

14
Geração de Energia Elétrica

15
Abastecimento Público
16
Manutenção da Vida Aquática

17
Afastamento e diluição de despejos

18
Consuntivos: quando a quantidade
de água devolvida ao manancial é
menor que a captada – ocorrem
perdas durante o processo.
Não – consuntivo: quando a
quantidade devolvida é a mesma
captada.

19
Quantitativa: quando ocorre a
diminuição da vazão ou
quantidade de água do recurso
hídrico
Qualitativa: quando ocorre a
deterioração da qualidade de
suas águas.

20
Desmatamento: diminuição da infiltração e
aumento da erosão;
Assoreamento: Em virtude da erosão - >
diminui a calha do rio e o volume do
reservatório.
Aterramento de nascentes e áreas de
recarga de aqüíferos.
Impermeabilização indiscriminada do solo.
Barragens hidrelétricas.

21
Lançamento de esgotos domésticos;
Lançamento de esgotos industriais.
Vazamentos de tanques de combustível ou
outros produtos.
Acidentes com o transporte de produtos
perigosos.
Aplicação inadequada de pesticidas e
agrotóxicos.
Lançamento de resíduos sólidos - lixo

22
Lançamento de esgotos
industriais -
Matadouro
23
 AR

24
 Definição:
◦ Constitui a camada da atmosfera que fica em
contato com a superfície da Terra – Troposfera –
aproximadamente 12 km.

 Composição do ar:
Possui ainda:
◦ Nitrogênio: 78,11 %
Hidrogênio,
◦ Oxigênio: 20,95 %
metano, NO,
◦ Argônio: 00,93 % gases nobres,
◦ CO2: 00,03 % O3, partículas
sólidas, vapor
d’água, etc..
25
 Indispensável à vida
 Transporte
 Combustão
 Processos Industriais
 Afastamento e diluição de resíduos gasosos

26
 A Poluição do AR pode ser:
◦ Natural
◦ Resultante de atividades humanas

As fontes de Poluição do AR podem ser:

Móveis
Estacionárias

27
 Fontes Naturais de Pol. do AR:

◦ Vulcões
◦ Queimadas em florestas
◦ Decomposição anaeróbia da matéria orgânica
◦ Desnitrificação por bactérias

28
 Poluição do AR ocasionada pelo homem:

◦ Indústrias
◦ Meios de transporte
◦ Queimadas e destruição da vegetação
◦ Queima de combustíveis
◦ Queima de lixo
◦ Aplicação de agrotóxicos
◦ Fermentação de resíduos
◦ Uso de “sprays”, refrigeração, etc...
◦ Compostos radioativos

29
 Conseqüências:

◦ Danos à saúde humana

◦ Desconforto – odores desagradáveis
◦ Danos à vegetação
◦ Danos aos animais
◦ Redução de visibilidade – acidentes
◦ Danos materiais – sujeira, desgaste, etc...
◦ Alterações climáticas

30
 Impactos Globais

◦ Efeito Estufa: CO2, CH4, CFCs, etc

◦ Destruição da Camada de Ozônio

31
 Atualmente é crescente as exigências com
relação ao lançamento de efluentes tratados.

 Necessidade de adoção de sistemas melhor

dimensionados e com operação e
manutenção eficientes, além da utilização de
sistemas de pós tratamento.

32
 A contaminação causada pelos processos
agroindustriais na transformação da matéria-
prima é um dos aspectos a ser considerados.

33
Abastecimento doméstico:

Impurezas
Água potável
+ devido ao Efluentes
uso Domésticos

Abastecimento industrial:

Impurezas Efluentes
Água consumo
industrial
+ devido ao uso Industriais

34
 Remoção de
organismos patogênicos
Remoção de matéria
orgânica e inorgânica

Tratamento de efluentes

Remoção de
nutrientes
Remoção de sólidos
em suspensão

35
 Benefícios em cuidar do
Meio Ambiente
Despertar a responsabilidade com
as questões ambientais

Cumprimento da
Mais recursos
Legislação
naturais para as A C Ambiental
futuras gerações

Redução de
Melhora da E D desperdícios
Qualidade de Vida
36
 Aspectos Legais

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Requisito indispensável para todas as

empresas que buscam a qualidade ambiental

37
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL tem o seu Capítulo VI
inteiramente dedicado ao meio ambiente. Neste capítulo, no
Artigo 225, fica assegurado que :

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem

de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

À luz desta Constituição, todos os estados brasileiros promulgaram

suas Constituições Estaduais.

38
A LEI FEDERAL Nº 6.938 DE 31/08/1981 DISPÕE
SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE.

A PARTIR DAÍ, AS QUESTÕES AMBIENTAIS PASSARAM A

SER MAIS PRIORIZADAS PELA SOCIEDADE, E AS
EMPRESAS, EM PARTICULAR, COMEÇARAM A SER MAIS
PRESSIONADAS.

39
 Política Nacional de Meio Ambiente
LEI FEDERAL Nº 6.938/81

Foi desenvolvida a partir de uma série de princípios (art. 2º), entre

eles:
• o equilíbrio ecológico,
• o planejamento do uso do solo,
• a proteção de ecossistemas,
• o controle e zoneamento de atividades poluidoras,
• o desenvolvimento de tecnologias de proteção aos recursos
naturais,
• a recuperação de áreas já degradadas,
• a educação ambiental.

40
 IMPLEMENTAÇÃO DOS
FORMULAÇÃO DA POLÍTICA
INSTRUMENTOS DA POLÍTICA

ORGANISMOS ADMINISTRAÇÃO ORGÃOS ORGÃOS ORGÃOS DA

ÂMBITO
COLEGIADOS DIRETA EXECUTORES SETORIAIS SOCIEDADE CIVIL

NACIONAL CONAMA MMA IBAMA órgãos e fundações instituídas

pelo Poder Público, cujas
atividades estejam associadas às
de proteção da qualidade
ambiental ou àquelas de
ESTADUAL CEPRAM SEMARH CRA disciplinamento de uso de
recursos ambientais.
Órgãos seccionais

EMBASA, COLABORADORES
CERB, ETC. ONG

SEC. MUNICIPAL
CONSELHO
MUNICIPAL PREFEITURA DE
MUNICIPAL
MEIO AMBIENTE Órgãos locais
41
 A LEI DE CRIMES
AMBIENTAIS
A Lei Federal N° 9.605/98, que foi sancionada em 12/02/98,
estabelece responsabilidades administrativas, civis e penais para as
pessoas físicas e jurídicas que atentarem contra o meio ambiente.

Os principais dispositivos desta lei são os crimes contra a fauna, flora

e crimes de poluição, nos quais são estabelecidos as multas e
sanções penais, administrativas, independentemente da obrigação
destes de repararem os danos provocados ao meio ambiente.

42
A LEI N° 7.799, de 07/02/2001,
INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE
ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS
AMBIENTAIS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS

43
 CRIAÇÃO DE COMISSÃO TÉCNICA DE GARANTIA AMBIENTAL – CTGA;

 OBRIGATORIEDADE NA DEFINIÇÃO DE POLÍTICA AMBIENTAL;

 PRIORIZAÇÃO NA GESTÃO DE RESÍDUOS BASEADA EM PRODUÇÃO

MAIS LIMPA;

 ADOÇÃO DE CONCEITO DE MEIO AMBIENTE BASEADO NUMA VISÃO

SISTÊMICA ;

 GESTÃO INTEGRADA BASEDA NA MELHORIA CONTÍNUA;

 IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

44
 ADOÇÃO DE PRINCÍPIOS DIRETIVOS: PREVENÇÃO DE POLUIÇÃO/P + L
E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL;

 DEFINE O GERADOR DE PASSIVOS AMBIENTAIS COMO ETERNO

RESPONSÁVEL POR ESTES;

 RESPONSABILIDADE DA EMPRESA SOBRE RESÍDUOS NÃO EXIME A DO

TRANSPORTADOR E NEM DO RECEPTOR;

 AS INDÚSTRIAS PRODUTORAS/MONTADORAS SERÃO RESPONSÁVEIS

PELA DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS E DE SEUS PRODUTOS
PÓS-CONSUMO;

 PROPOSTA DE REALIZAR AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA AMBIENTAL:

PLANOS E PROJETOS. 45
 RESOLUÇÃO CEPRAM N° 2.983/2002

 Licença Simplificada (LS) – para empreendimentos de

micro e pequeno porte (fases de localização, implantação e
operação);
 Licença de Localização (LL) - fase preliminar do
planejamento do empreendimento ou atividade;
 Licença de Implantação (LI) - autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade;
 Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da
atividade ou empreendimento;
 Renovação da Licença de Operação (RLO) – autoriza a
continuação da operação da atividade.
46
  DECRETO Nº 13.481, DE 22 DE JUNHO DE
2012.

DISPÕE SOBRE O PROGRAMA DE RECEBIMENTO

E MONITORAMENTO DE EFLUENTES NÃO
DOMÉSTICOS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA
– MG. PREMEND E REVOGA O DECRETO
Nº 10.643, DE 16 DE ABRIL DE 2007.

47
 Aplicação do Fator K.

48
49
50
51
52
53
54
55
56
 A importância de seguir a legislação

• Deixar a empresa preparada para atender demandas das grandes empresas;

• Viabilizar certificações, normatizações;

• Avaliar previamente os impactos ambientais da atividade;

• Adotar de medidas de controle, visando a defesa e melhoria do meio

ambiente;

• Evitar sanções penais, civis e administrativas.

57
 Efluente: é o termo usado para caracterizar
os despejos líquidos provenientes de diversas
atividades ou processos.

 Parâmetro de qualidade do efluente:

substâncias ou outros indicadores
representativos dos contaminantes
toxicologicamente e ambientalmente
relevantes do efluente

RESOLUÇÃO CONAMA N0 430, DE 13 DE MAIO DE 2011

58
59
60
Meio Ambiente

61
 Resíduos sólidos: resíduos nos estados sólido e semi-
sólido, que resultam de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos
cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento
na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou
exijam para isso soluções técnica e economicamente
inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

ABNT NBR 10004:2004

62
Tipos de Efluentes
Agroindustriais

63
64
65
Águas residuárias geradas no
processamento de produtos de origem
vegetal podem conter, além de elevado
conteúdo de material orgânico, outros
poluentes, tais como minerais que fazem
parte do solo de onde a cultura foi
colhida, restos de vegetais e pesticidas.

66
67
 + da DBO da água
 - do oxigênio dissolvido no meio
 a alteração da temperatura do meio hídrico
 + concentração de sólidos solúveis totais (SST)
 + da turbidez e mudança na cor da água
 Provocando a eutrofização dos corpos hídricos,
mudanças de pH da água e a proliferação de
doenças veiculadas pela água (Cavalcanti, 2009).

68
O tratamento de águas residuárias divide-se em
operações e em processos unitários, e sua
integração compõe um sistema de tratamento.
Estas operações são empregadas na remoção de
substâncias indesejáveis das águas residuárias, ou
na transformação destas substancias em outras de
menor poder poluidor (Von Sperling et al., 1997).

69
70
Cor devido presença de sólidos dissolvidos

Turbidez presença de sólidos suspensos

Odor indica a idade da água residuária água

residuária industrial odores característicos

Temperatura > que em água de abastecimento

influencia a atividade microbiana.

71
 Sólidos

pH

Matéria Orgânica(MO)

Nitrogênio Total

Fósforo Total
72
 Fixos
10%
Em suspensão
Voláteis
60%

= +
50%
ST
100%
Dissolvidos Fixos
40% 20%

Voláteis
20%

73
 Sólidos Totais (ST)

 Todos os contaminantes presentes na água,

com exceção dos gases dissolvidos,
contribuem para a carga de sólidos.

74
 “Sólidos Totais” é o termo aplicado ao resíduo
de material permanecido no recipiente após a
evaporação de uma amostra e subsequente
secagem em estufa à temperatura de 103 a
105°C, até peso constante. Sólidos totais
incluem “ sólidos suspensos totais”, a porção
total de sólidos retida por um filtro e “
sólidos dissolvidos totais”, a porção que
passa através de filtro.

75
 “Sólidos fixos” é o termo aplicado ao resíduo
total, suspenso, ou dissolvido dos sólidos,
após aquecimento para secagem por um
tempo e temperatura especificas (550ºC por
uma hora). O peso perdido por ignição
(combustão) é chamada de “sólidos voláteis”.

76
 “Sólidos sedimentáveis” é o termo aplicado
ao material em suspensão de densidade
maior que a da água, que por ação da força
da gravidade sedimenta dentro de um
período definido quando o sistema está em
repouso. Pode incluir material flutuante ou
instável dependendo da técnica

77
 Os sólidos podem ser classificados por:

1. Características físicas (tamanho e estado);

2. Características químicas;
3. Decantabilidade.

78
1- Características físicas (tamanho e estado);

- Suspensos (1 mm < tamanho < 103 mm);

- Coloidais (10-3 mm < tamanho < 1 mm);
- Dissolvidos (10-6 mm < tamanho < 10-3
mm).

79
2- Características químicas

- voláteis;
- fixos ou não voláteis.

Ao submeter os sólidos à uma temperatura

elevada (550 ˚C), a fração orgânica é
volatilizada, permanecendo após combustão
apenas a fração inorgânica.

80
3- Decantabilidade

- suspensão sedimentáveis;
- suspensão não-sedimentáveis.

81
 pH

Potencial hidrogeniônico. Representa a

concentração de íons hidrogênio H+ dando uma
indicação sobre a condição de acidez,
neutralidade ou alcalinidade do efluente.

Em termos de tratamento de esgoto:

Os processos de oxidação biológica normalmente tendem a reduzir o pH.

82
 A matéria orgânica é a principal causadora
da poluição.

 A determinação do conteúdo de matéria

orgânica é uma das características mais
importantes no estudo das águas residuais e
naturais.

83
 Principal causadora da poluição

Determinação: carbono orgânico total (COT)

Medida direta do
C como CO2

84
Medida indireta do C quantidade
de O2 para estabilização da matéria
orgânica carbonácea por processos
bioquímicos

85
 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

É a quantidade de oxigênio necessária para

oxidar a matéria orgânica por decomposição
microbiana aeróbia para uma forma
inorgânica estável.

86
 Mede a quantidade de oxigênio necessária
para estabilizar biologicamente a M.O.
presente na amostra, após certo tempo
(tomado para efeito de comparação em e 5
dias) a uma temperatura padrão 20°C (para
efeito de comparação).

87
 Vantagens

- Indicação da fração biodegradável,

- Indicação da taxa de degradação da água
residuária,
- Indicação da taxa de consumo de O2.

88
 Desvantagens

- Demanda grande tempo para execução do

teste,
- Influência da demanda nitrogenada.

89
Medida indireta do C quantidade
de O2 para estabilização da
matéria orgânica carbonácea por
oxidação química dicromato
de potássio

90
CnHaOb + cCr2O72- + 8cH+  n CO2 + [(a + 8c)/2] H2O + 2c Cr3+

Onde c = 2/3n + a/6 – b/3

• Solução de digestão
• Reagente de ácido sulfúrico
• Amostra do efluente

150 ˚C por 2 hs.

Digestor Espectrofotômetro
Homogeneizar λ = 600 nm
esfriar, agitar e
deixar sedimentar

Tubo
Resultado expresso em mg de O2 / L

91
92
93
 Vantagens:

- Teste rápido;
-Fornece indicação do O2 requerido para
estabilizar a matéria orgânica;
- Não há interferência da demanda
nitrogenada.

94
 Desvantagens

- Oxidação da fração biodegradável e da não-

biodegradável;
- Não indica a taxa de consumo da matéria
orgânica ao longo do tempo.

95
 Relação DQO/ DBO5

Relação DQO/ DBO5 elevada:

•a fração inerte (não biodegradável é elevada);

•se a fração não biodegradável não for importante

em termos de poluição do corpo receptor: possível
indicação para tratamento biológico;
•se a fração não biodegradável for importante em
termos de poluição do corpo receptor: possível
indicação para tratamento físico-químico.
96
 Nitrogênio eutrofização de lagos

N - Orgânico
NH3
NO2
NO3
N2
97
 Nitrogênio

O nitrogênio é constituinte natural de

proteínas, clorofila e vários outros compostos
biológicos, podendo também ser encontrado
em despejos domésticos, despejos
industriais, excrementos de animais e em
fertilizantes.

98
 É um nutriente indispensável para o
desenvolvimento dos microrganismos no
tratamento biológico.

99
 O nitrogênio apresenta diversos estados de
oxidação:
 nitrato (NO3-)
 nitrito (NO2-)
 amônia (NH3 ou NH4+)
 nitrogênio orgânico (dissolvido ou em suspensão)

10
0
Nitrogênio orgânico Nitrificação
Nitrogênio na forma de
proteínas, aminoácidos e uréia
Amônia
Produzida como primeiro estágio na
decomposição do nitrogênio orgânico
Nitrito
Estágio intermediário da oxidação
da amônia.

Nitrato
Produto final da oxidação da amônia.

Desnitrificação 10
1
A forma predominante do nitrogênio em um curso
d’água, pode fornecer indicações sobre o estágio
da poluição.
TABELA 01 – Distribuição relativa das formas de nitrogênio
segundo distintas condições (FONTE: Von Sperling, 1996).
Condição Forma predominante de nitrogênio
Esgoto Bruto Nitrogênio orgânico, amônia
Poluição recente em curso d’água Nitrogênio orgânico, amônia
Poluição média em curso d’água Orgânico, amônia, nitrito e nitrato
Poluição remota em curso d’água Nitrato
Efluente de tratamento sem nitrificação Amônia
Efluente de tratamento com nitrificação Nitrato
Efluente nitrificado e desnitrificado Concentração mais reduzida de todas as
formas de nitrogênio

10
2
 Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK): nitrogênio
orgânico + amônia;
 Nitrogênio orgânico: proteínas, aminoácidos e
uréia;
 Nitrogênio amoniacal: NH3 e NH4+;
 Nitrito NO2-;
 Nitrato NO3-.

10
3
 NITROGÊNIO TOTAL KJELDAHL

 DETERMINAÇÃO DE NITRITO EM ÁGUAS

MÉTODO DA SULFANILAMIDA E N- (1-
NAFTIL) ETILENODIAMINA(Parte 1) – Método
No. 965 – DR 2000.

10
4
 NITROGÊNIO AMONIACAL adaptado 4500 –
NH3. B (Standard Methods)

 DETERMINAÇÃO DE NITRATO EM ÁGUAS

MÉTODO DO ÁCIDO FENOLDISSULFÔNICO
Curva Padrão Inserida: DR 2000; Método no.
952

10
5
Fósforo eutrofização de lagos

Fósforo
polifosfato orgânico

ortofosfato

Forma mais abundante, diretamente assimilada

pelos microrganismos: PO43- ; HPO4 - ; H2PO42- ; H3PO4

10
6
 Fosfato total

 Fosfatos são compostos que possuem o fósforo (P)

em sua estrutura molecular.

 Contribuem para eutrofização de sistemas

aquáticos.

10
7
 O fósforo ocorre em águas naturais e em efluentes
domésticos e industrias, quase exclusivamente na
forma de fosfatos.

 São classificados como ortofosfatos, fosfatos

condensados (piro-, meta- e outros polifosfatos) e
fosfatos orgânicos.

10
8
 Polifosfatos - são convertidos em
ortofosfatos pelo mecanismo de hidrólise.

 Os polifosfatos estão sempre presentes em

despejos contendo detergentes sintéticos.

10
9
 O fósforo orgânico é normalmente de menor
importância nos esgotos domésticos típicos,
mas pode ser importante em águas
residuárias industriais e lodos provenientes
do tratamento de esgotos.

 No tratamento de esgotos e nos corpos

d’água receptores, o fósforo orgânico é
convertido em ortofosfatos.

11
0
  Determinação de fosfato total através do
método do ácido ascórbico.

AWWA - APHS - “Standard Methods for The Examination of Water and

Wastewater”, 20a. ed., New York, 1998

11
1
 Determinação de óleos, gorduras e graxas:

 Método de partição gravimétrica usando funil

de separação,

 Método da partição infravermelho,

 Método de extração Soxhlet

11
2
 Óleos, gorduras e graxas

 São os lipídios mais comuns.

 Constituídos de triglicerídeos formados a
partir de álcool glicerol e ácido esteárico.
 Provenientes de carnes, sementes entre
outros.

11
3
Indicadores de contaminação fecal
Bactérias

Bactérias Intestinais

Patogênicas
c

Grupo
Coliformes

11
4
Coliformes fecais (CF) origem no trato intestinal
Escherichia coli

Estreptococos fecais (EF) Streptococcus fecalis,

Streptococcus bovis e Streptococcus equinus

11
5
Layout ETE

11
6
 Critérios Para a Seleção do Processo de
Tratamento

• relação DBO5/DQO;

• massa molecular dos compostos orgânicos presentes;

• razão DBO5/ N - NH4+;

• o conteúdo de metais;

• Outros parâmetros: Sólidos Suspensos Totais (SST), Fósforo (P),

etc. (FORGIE, 1988)

11
7
 Relação DBO5/DQO

Nível de eficiência dos tratamentos em função da relação DBO5/DQO

(FORGIE, 1988)
11
8
Nível de eficiência dos tratamentos em função da massa molecular dos
orgânicos (u). (FORGIE, 1988)

11
9
Os processos de tratamento se
resumem em:

Método físico

Método químico

Método biológico

12
0
 O tratamento preliminar destina-se à remoção de
sólidos em suspensão grosseiros (materiais
diversos de maior dimensão e areia), com a
utilização de mecanismos físicos como método de
tratamento (gradeamento e câmara de
desarenação, por exemplo).

 O tratamento primário destina se à remoção de

sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos
flutuantes com a utilização de mecanismos físicos

12
1
12
2
 Finalidades da remoção de sólidos grosseiros

• proteger as unidades subsequentes;

• proteger as bombas e tubulações;
• proteger os corpos receptores.

Finalidades da remoção de areia

• evitar abrasão nas bombas e tubulações;

• evitar obstrução em tubulações;
• facilitar o transporte do líquido.
12
3
 Tratamento Preliminar
medidor
grade caixa de areia
de vazão

12
4
adaptado de VON SPERLING, 1996
 * decantação (usa a força gravitacional)

* floculação (agrupamento das partículas por colisão)

* flotação (usa o arraste dos partículados por pequenas

partículas de ar formadas no volume do reator.

12
5
 HDL

 O termo Hidróxido Duplo Lamelar refere se a características estruturais, de

compostos com a presença de dois cátions metálicos na lamela e ânions e água
entre as lamelas.
 [M2+1-x M3+x (OH) 2] x+ Am-x/m-·nH 2O

brucita Mg(OH)2

hidrotalcita

RENNEMANN Untersuchung Zur Protonenmobilitat in Synthetischen Hydrotalkiten Hannover. do. 1997.

 Polímeros Condutores

Faez, R.; Reis, C.; Freitas, P. S.; Kosima, O. K.; Ruggeri, G.; Paoli, M. A. Polímeros Condutores , Química Nova, n. 11, p. 01-06,
000.
 Polímeros condutores

Albuquerque, J. E.; Mattoso, L. H. C.; Faria, R. M., Masters, J. G., Macdiarmid, A. G. Study of the interconversion of polyaniline oxidation
states by optical absorption spectroscopy. Synthetic Metals, Ohio, v.146, n.1, p.1-10, 2004
 Síntese de Compósitos de
HDL/Polímeros Condutores

I. Alexandre, M.; Dubois, P.; Materials Science & Engineering R-Reports, 2000, 28,1.
II. Sathiyanarayanan, S.; Balakrishman, K.; Dhaman, S. K.; Trived. Prevention of corrosion of iron in acidic media using poly(o-
metoxyaniline). D. C. Electrochemistry Acta, New York, v. 39, n. 10, p. 831-837, 1994.
PARTE EXPERIMENTAL
Síntese do HDL Co-Al-Cl

HDL Co-Al-Cl seco após

síntese

 Suspensão obtida lavada com solução de álcool e cetona.

Tratamento hidrotérmico por um período de 18 horas a 70 °C.
Após o tratamento a suspensão foi filtrada e o sólido resultante foi
posteriormente seco.
 MEV

HDL Ppi HDL/Ppi