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Legislação Aplicada ao MPU

CF/88 e LC n.º 75/93


(Concurso para Analista do MPU/2010)
Sumário
1 MPU: Perfil Constitucional;
2 Conceito;
3 Princípios Institucionais;
4 Autonomia Funcional e Administrativa;
5 Iniciativa Legislativa;
6 Elaboração de Proposta Orçamentária;
7 Os vários Ministérios Públicos;
8 Procurador-Geral da República: investidura e destituição;
9 Demais Procuradores-Gerais;
10 Funções Institucionais;
11 Funções Exclusivas e Concorrentes;
12 Membros (ingresso na carreira, promoção, aposentadoria,
garantias, prerrogativas e vedações).
Perfil Constitucional
Encontra-se situado em capítulo especial na Constituição
(Cap. IV – Das Funções Essenciais à Justiça), fora da
estrutura dos demais poderes da República, consagrando a
sua autonomia e independência política e funcional, no
sentido da defesa dos direitos, garantias e interesses da
sociedade (interesse público primário).
É órgão do Estado, mas a ele não se subordina no exercício
da sua atividade-fim. Está subordinado tão-somente à lei.
Cabe-lhe essencialmente zelar pelo cumprimento das leis,
(garantia de liberdade e igualdade, pressupostos da
democracia), inclusive em face do Estado.
É órgão administrativo permanente, autonomamente
estruturado e que possui as mesmas garantias da
magistratura.
Conceito
“O Ministério Público é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis”

(art. 127, CF/88; art. 1º, LC 75/93)


Princípios Institucionais

1)UNIDADE;

2)INDIVISIBILIDADE;

3)INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL.

(art. 127, §1º CF/88; art. 4º, LC 75/93)


Unidade
O Ministério Público é UNO em seu ofício. Trata-se de um
só órgão de Estado que funciona sob uma única
direção.
É princípio relativo, abstrato ou conceitual, uma vez que
vale para cada Ministério Público.
Ainda no âmbito de cada Ministério Público, tal princípio é
relativo (limitado à chefia administrativa), dada a
garantia da independência funcional.

(art. 127, §1º CF/88; art. 4º, LC 75/93)


Indivisibilidade
O Ministério Público é INDIVISÍVEL em seu ofício. Seus
membros têm a plenitude dos poderes conferidos ao órgão.
Assim, podem suceder-se nos mesmos autos porque
estarão sempre a funcionar como órgão pleno, exercendo a
mesma função.
Também é princípio relativo, uma vez que a
substituição de um membro por outro deve seguir a
forma estabelecida em lei, sob pena dos atos praticados
pelo substituto não serem aproveitados por violarem o
princípio do promotor natural.

(art. 127, §1º CF/88; art. 4º, LC 75/93)


Independência Funcional
O membro ou órgão do Ministério Público tem
independência no exercício da função, cabendo-lhe de
forma exclusiva a tomada de decisão na matéria que lhe é
confiada pela Constituição e pelas Leis. No exercício da
atividade-fim, os membros ou órgãos não se submetem
às ordens, instruções ou decisões de outros
membros ou órgãos da mesma instituição.
Significa a ausência de hierarquia funcional. É própria
dos agentes políticos.
A subordinação só existe em face do Direito.

(art. 127, §1º CF/88; art. 4º, LC 75/93)


Autonomias
Autonomia funcional é a liberdade que o MP tem em face
dos outros órgãos do Estado no exercício de sua atividade-
fim.
Autonomia administrativa é a liberdade que o MP tem
em face dos outros órgãos do Estado no exercício de sua
atividade-meio, na gestão administrativa da instituição,
mediante iniciativa de lei, provimento de cargos,
organização dos serviços auxiliares e demais atos de gestão.
Autonomia financeira é a liberdade que o MP tem em
face dos outros órgãos do Estado, de (a) elaborar proposta
orçamentária; (b) gerir e aplicar os recursos orçamentários;
(c) administrar o emprego das dotações orçamentárias.

(art. 127, §2º CF/88; art. 22, LC 75/93)


Iniciativa Legislativa
A CF/88 confere ao MP (Procuradores-Gerais) a iniciativa
concorrente com o chefe do Poder Executivo, de Lei
Complementar visando estabelecer “a organização, as
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público”,
observadas as garantias constitucionais relativamente aos
seus membros.
Assim também o art. 22, I, da LC 75/93, no sentido de
“propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos
vencimentos de seus membros e servidores”.
Visa garantir a autonomia administrativa da instituição.

(art. 127, §2º e 128, §5º CF/88; art. 22, I LC 75/93)


Proposta Orçamentária
Ao MP é conferida a capacidade de elaborar a sua
proposta orçamentária, nos limites da lei de
diretrizes orçamentárias aprovada pelo legislativo, cujo
projeto é de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder
Executivo.
Aprovada a proposta, pelo Legislativo, os recursos são
entregues até o dia 20 de cada mês.
A autonomia financeira submete-se a controle interno e
externo, este último pelo Congresso Nacional através do
TCU, devendo as contas serem prestadas até 60 dias da
abertura da sessão legislativa.

(art. 127, §3º CF/88; art. 23 LC 75/93)


Os vários Ministérios Públicos
Dispõe a CF/88:

“Art. 128. O Ministério Público abrange:


I – o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II – os Ministérios Públicos dos Estados.”
“Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.”
ADIn 789-DF (Lei n.º 8.443/92)
(art. 128 e 130 CF/88; art. 24 LC 75/93)
Poder Judiciário Brasileiro
STF

TSE TST STJ STM

TU

TRE TRT TR TRF TJ/TA TR TME

JUIZ JUIZ JEF JUIZ JÚRI JUIZ JÚRI JEC CJM CJM
Distribuição do MP
MPF

MPF MPT MPF MPM

MPF

MPF MPT MPF MPF MPE MPE MPE

MP MPT MPF MPF MPF MPE MPE MPE MPE MPM


Procurador-Geral da República
INVESTIDURA:

O Procurador-Geral da República deve ser escolhido entre


os integrantes das carreiras com mais de 35 anos e é
nomeado pelo Presidente da República após
aprovação do nome pela maioria absoluta do Senado
Federal, para uma investidura de dois anos, permitida
a recondução, precedida de nova decisão do Senado
Federal.

(art. 128, §1º CF/88; art. 25 LC 75/93)


Procurador-Geral da República
DESTITUIÇÃO:

O Procurador-Geral da República pode ser destituído


(exonerado de ofício) pelo Presidente da República,
mediante prévia autorização pela maioria absoluta do
Senado Federal.
Não se confunde com a inabilitação para o exercício de
função pública (decorrente de impeachment), decretada
pelo Senado Federal, funcionando como presidente o do
STF, a qual ocorre em razão de crime de responsabilidade
(art. 52, II e parágrafo único da CF), ou com demissão.

(art. 128, §2º CF/88; art. 25, parágrafo único LC 75/93)


Demais Procuradores-Gerais
PROCURADORES-GERAIS DO TRABALHO E DA JUSTIÇA MILITAR:

INVESTIDURA:
Os Procuradores-Gerais do Trabalho e da Justiça Militar são nomeados pelo
Procurador-Geral da República dentre os integrantes da respectiva
carreira, com mais de 35 anos e de idade e 5 anos na carreira,
integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal,
facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores, para uma
investidura de dois anos, permitida uma recondução, observado o
mesmo processo.

DESTITUIÇÃO:
Será proposta ao Procurador-Geral da República pelo Conselho
Superior respectivo, mediante deliberação obtida com base em voto
secreto de dois terços de seus integrantes.

(art. 88 e 121 LC 75/93)


Demais Procuradores-Gerais
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DF E TERRITÓRIOS:

INVESTIDURA:
O Procurador-Geral do Distrito Federal é nomeado pelo Presidente da
República dentre os integrantes da respectiva carreira, com mais de
5 anos na carreira, e que não tenha sofrido, nos últimos 4 anos,
condenação definitiva ou não esteja respondendo a processo
penal ou administrativo, integrante de lista tríplice escolhida mediante
voto pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para
uma investidura de dois anos, permitida uma recondução, precedida
de nova lista tríplice.

DESTITUIÇÃO:
Ocorrerá por deliberação da maioria absoluta do Senado Federal,
mediante representação do Presidente da República.

(art. 156 LC 75/93)


Carreiras do MPU
Ministério Público da União

Ministério Público Federal (44) Ministério Público Militar (119)


Subprocurador-Geral da República Subprocurador-Geral da Justiça Militar
Procurador Regional da República Procurador da Justiça Militar
Procurador da República Promotores da Justiça Militar

Ministério Público do Trabalho (86) Ministério Público do DFT (154)


Subprocurador-Geral do Trabalho Procurador de Justiça
Procurador Regional do Trabalho Promotor de Justiça
Procurador do Trabalho Promotor de Justiça Adjunto
Órgãos
Ministério Público da União (24-36)
Procurador-Geral da República (25-27)
Conselho de Assessoramento Superior do MPU (28-31)

Ramos do Ministério Público da União (37-181)


Procurador-Geral (PG)
Colégio de Procuradores
Conselho Superior (CS)
Câmaras de Coordenação e Revisão (CCR)
Corregedoria
Subprocuradores-Gerais/Procuradores de Justiça do DFT
Procuradores Regionais/Procuradores da Justiça Militar/Promotores de Justiça
Procuradores/Promotores da Justiça Militar/Promotores de Justiça Adjuntos
Procurador-Geral da República
a) Representa Ministério Público;
b) Propõe ao Legislativo projetos de lei sobre o MPU;
c) Apresenta ao CN a proposta de orçamento do MPU;
d) Nomeia e dá posse ao Vice-Procurador-Geral da República e demais
Procuradores-Gerais;
e) Encaminha ao Presidente da República a lista tríplice para escolha do
PGDFT;
f) Encaminha aos respectivos presidentes as listas sêxtuplas para
composição dos tribunais;
g) Resolve os conflitos de atribuição entre membros de diferentes ramos
do MPU;
h) Provê e desprovê os cargos das carreiras e serviços auxiliares do MPU;
i) Fixa valor das vantagens devidas ao membros e bolsas aos estagiários;
j) Exerce o poder regulamentar, no âmbito do MPU, ressalvada a
competência dos demais órgão previstas na LC 75/93.

(45-51/87-92/120-125/155-160 LC 75/93)
Procurador-Geral
a) Representa o respectivo ramo do MPU;
b) Integra e preside o Colégio, o CS e a Comissão de Concurso;
c) Designa um membro e o coordenador das CCR;
d) Designa o Procurador Federal/Distrital dos Direitos do Cidadão e os
titulares da Procuradoria nos Estados e Distrito Federal (MPF/MPDFT);
e) Nomeia o Corregedor;
f) Designa os ofícios em que exercerão suas funções os membros;
g) Designa os Chefes das Procuradorias nas Regiões/Estados (MPF/MPT);
h) Decide, em grau de recurso, os conflitos de atribuição;
i) Determina a abertura de correição, sindicância, inquérito ou processo
adm. e decide processo disciplinar, aplicando a sanção cabível;
j) Decide remoção e alteração parcial da lista bienal de designações;
k) Autoriza afastamentos, ouvido o CS;
l) Homologa resultado do concurso, ouvido o CS, e dá posse;
m) Designa membro para funcionar em órgão, participar de comissões ou
acompanhar fatos do interesse da instituição;
n) Delega coordenação (CCR) e representação, coord. e gestão (PRR).
(45-51/87-92/120-125/155-160 LC 75/93)
Colégio
Integrado por todos os membros da respectiva carreira em
atividade. Legitima a indicação de membros integrantes da
carreira para o desempenho de funções específicas.
a) Elabora, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, listas
sêxtuplas para composição dos tribunais, dentre os membros com
mais de dez anos de carreira (STJ/TRFs, TST/TRTs, TJDF);
b) Elege 4 membros do CS (MPF, MPT, MPDFT);
c) Opina sobre assuntos de interesse geral da instituição (MPF, MPDFT);
d) Elabora lista tríplice para Procurador-Geral (MPT, MPM, MPDFT).

(52-53/93-94/126-127/161-162 LC 75/93)
Conselho Superior (CS)
Integrado pelo Procurador-Geral e Vice-Procurador-Geral e
por oito Subprocuradores/Procuradores de Justiça do DFT,
quatro indicados pelo Colégio e quatro escolhidos entre os
pares (MPF, MPT e MPDFT), por voto plurinominal,
facultativo, secreto para investidura de 2 anos.
Exerce a competência normativa no âmbito institucional e
compartilha autonomia institucional com o PG.
PG elabora proposta orçamentária  CS aprova
CS elabora lista tríplice  PG escolhe PG/Corregedor-Geral
CS opina sobre afastamento/designação  PG decide
PG propõe destituição  CS destitui
CS autoriza ação de perda de cargo  PG propõe
(54-57/95-98/128-131/163-166 LC 75/93)
Conselho Superior (CS)
a) Elege seu Vice-Presidente, o qual substitui interinamente o PG durante
a vacância do cargo;
b) Exerce o poder normativo (legisla) no âmbito institucional;
c) Indica os demais (2) integrantes das CCR;
d) Propõe a exoneração (destituição) do PG (MPT/MPM);
e) Elabora lista tríplice para Corregedor-Geral;
f) Elabora lista tríplice para promoção por merecimento;
g) Aprova lista de antigüidade;
h) Determina instauração e designa a Comissão de processo
administrativo contra membro indiciado ou acusado em procedimento
disciplinar;
i) Decide sobre o arquivamento do inquérito civil (art. 9º, §3º 7.347/85);
j) Opina sobre afastamento temporário;
k) Decide sobre o cumprimento do estágio probatório;
l) Decide sobre remoção e colocação em disponibilidade;
m) Autoriza ajuizamento da ação de perda de cargo;
n) Aprova a proposta orçamentária (MPF/MPT/MPDFT).
(54-57/95-98/128-131/163-166 LC 75/93)
Câmaras de Coordenação e Revisão
São órgãos setoriais de coordenação, integração e revisão
do exercício funcional na instituição, organizadas por função
ou matéria. Regulamento aprovado pelo CS. Tem 3
integrantes do último grau da carreira. Coordenador
definido pelo PG.
a) Promove a integração e coordenação dos órgãos institucionais;
b) Mantém intercâmbio com órgãos ou entidades que atuem em áreas
afins;
c) Encaminha informações técnico-jurídicas aos membros;
d) Manifesta-se pelo arquivamento de inquérito policial, parlamentar e
peças informativas;
e) Resolve a distribuição especial de feito, inquéritos e procedimentos;
f) Decide o conflito de atribuições entre órgãos do MP.

(58-62/99-103/132-136/167-171 LC 75/93)
Corregedoria-Geral
Órgão fiscalizador das atividades funcionais e da conduta
dos membros do MP. O Corregedor é nomeado pelo PG
dentre os Subprocuradores integrantes de lista tríplice para
investidura de 2 anos, renovável 1 vez. Não podem integrar
a lista os membros do CS (exceto MPM).

a) Participa sem direito a voto das reuniões do CS (MPF/MPT/MPDFT);


b) Realiza correições e sindicâncias e apresenta relatórios;
c) Instaura inquérito contra membro e propõe ao CS a instauração do
processo administrativo disciplinar;
d) Acompanha o estágio probatório;
e) Propõe ao CS a exoneração do membro que não cumprir as condições
do estágio probatório.

(63-65/104-106/137-139/172-174 LC 75/93)
Subprocuradores/Procuradores de Justiça DFT
Último grau na carreira do MPU.
Oficia junto aos tribunais superiores: STF e TSE (MPF, por
designação do PGR), STJ (MPF), TST (MPT), STM (MPM) e
junto ao TJDF (MPDFT). Pode oficiar em órgão diverso, por
autorização do CS.
Tem por função privativa:
• Vice-Procurador-Geral (MPF);
• Vice-procurador-Geral Eleitoral (MPF);
• Corregedor-Geral;
• Procurador Federal/Distrital dos Direitos do Cidadão
(MPF/MPDFT);
• Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão.

(66-68/107-109/140-142/175-177 LC 75/93)
Procuradores Regionais/Procuradores da Justiça
Militar/Promotores de Justiça do DFT
Designados para oficiar junto aos TRFs (MPF), TRTs (MPT),
auditorias militares (MPM) e às varas da Justiça do DFT
(MPDFT), são lotados nas respectivas Procuradorias
Regionais (MPF/MPT).
Procuradores/Promotores de Justiça
Militar/Promotores de Justiça Adjuntos do DFT
Designados para oficiar junto aos juízes federais e aos TREs
(MPF), TRTs (MPT), auditorias militares (MPM) e às varas da
Justiça do DFT (MPDFT), são lotados nas respectivas
Procuradorias (MPF/MPT).

(68-71/110-113/143-146/178-179 LC 75/93)
Funções Institucionais
a) a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos
interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis 
finalidades institucionais do Ministério Público;
b) zelar pela observância dos princípios constitucionais relativos ao
sistema tributário, às finanças públicas, à atividade econômica, à
política urbana, agrícola, fundiária e de reforma agrária e ao sistema
financeiro nacional, à seguridade social, à educação, à cultura e ao
desporto, à ciência e à tecnologia, à comunicação social e ao meio
ambiente, à segurança pública  interesses sociais
transindividuais;
c) a defesa dos seguintes bens e interesses: o patrimônio nacional, o
patrimônio público e social, o patrimônio cultural brasileiro, o meio
ambiente, os direitos e interesses coletivos, especialmente das
comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do
idoso  interesse social na preservação dos bens públicos, dos
direitos coletivos e individuais indisponíveis;
(art. 128 CF/88; art. 5º LC 75/93)
Funções Institucionais
d) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União, dos
serviços de relevância pública e dos meios de comunicação
social aos princípios, garantias, condições, direitos, deveres e
vedações previstos na Constituição Federal e na lei, relativos à
comunicação social  interesse social transindividual no
controle da comunicação social

e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e dos


serviços de relevância pública quanto aos direitos assegurados
na Constituição Federal relativos às ações e aos serviços de
saúde e à educação, aos princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade e da publicidade  defesa da
ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais
indisponíveis, feita especialmente pelo Procurador
Federal/Distrital dos Direitos do Cidadão;

(art. 128 CF/88; art. 5º LC 75/93)


Funções Institucionais
f) exercer o controle externo da atividade policial tendo em vista a
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do
patrimônio público, prevenção e correção de ilegalidade ou abuso de
poder, a indisponibilidade da persecução penal e a competência dos
órgão incumbidos da segurança pública defesa da ordem jurídica
e de interesse social transindividual;
g) exercer a fiscalização em todas as fases e instâncias do
processo eleitoral  defesa do regime democrático e da ordem
pública;
h) exercer outras funções previstas na Constituição Federal e na lei
Funções atípicas: promover a defesa da vítima pobre na ação ex
delicto (art. 68 CPP); a reclamação trabalhista pelo carente (art. 477,
§3º CLT); a investigação oficiosa da paternidade (Lei 8.560/93);a
defesa ativa do acidentado do trabalho (construção jurisprudencial).
Intervir nas habilitações para casamento, mandados de segurança,
falências, usucapiões, divórcios e separações judiciais, ainda quando as
partes forem maiores e capazes.
(art. 128 CF/88; art. 5º LC 75/93)
Instrumentos de atuação
PROMOÇÃO:
• Ação direta de inconstitucionalidade;
• Representação para intervenção nos Estados e no Distrito Federal;
• Promoção, privativamente, da ação penal pública;
• Promoção da ação civil pública;
• Mandado de injunção;
• Ação de cancelamento de naturalização;
• Ação civil coletiva na defesa de interesses individuais homogêneos;
• Ações de responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços;
• Ação de improbidade administrativa;
• Requisitar diligências investigatórias, podendo instaurar inquérito civil e
requisitar a instauração de inquérito policial e de inquérito policial
militar, podendo acompanhá-los e apresentar provas, bem como
requisitar à autoridade competente a instauração de procedimentos
administrativos, podendo acompanhá-los e produzir provas.

(art. 128 CF/88; art. 3º e 5º LC 75/93)


Instrumentos de atuação
INTERVENÇÃO:
• Manifestação em qualquer fase dos processos, acolhendo solicitação do
juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse em
causa que justifique a intervenção;
• Representação aos órgãos, judiciais ou não, visando ao efetivo
exercício das competências destes;
• Participação em qualquer órgão público da União ou Distrito Federal;
• Expedição de recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos
e de relevância pública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos
e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a
adoção das providências cabíveis.

(art. 128 CF/88; art. 3º e 5º LC 75/93)


Carreira
INGRESSO OU PROVIMENTO (182-185)
Se dá sempre nos cargos das classes iniciais, dentro da respectiva carreira,
providos por nomeação, em caráter vitalício (a vitaliciedade é alcançada
depois de dois anos de efetivo exercício), mediante concurso público,
vedada a transferência ou aproveitamento, mesmo de um para outro de
seus ramos.
CONCURSO (186-190)
O concurso público de provas e títulos terá âmbito nacional, segundo
regulamento elaborado pelo Conselho Superior competente, para o qual
poderão inscrever-se bacharéis em Direito há pelo menos dois anos, de
comprovada idoneidade moral.
A Comissão é integrada pelo Procurador-Geral, seu Presidente, por dois
membros do respectivo ramo do Ministério Público e por um jurista de
reputação ilibada, indicados pelo Conselho Superior e por um advogado
indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
Terá eficácia de dois anos, prorrogável uma vez pelo mesmo período.
(art. 182 a 198 LC 75/93)
Carreira
NOMEAÇÃO (191-194)
Obedecerá à ordem de classificação dos candidatos habilitados. Não serão
nomeados os candidatos aprovados no concurso, que tenham completado
sessenta e cinco anos ou que venham a ser considerados inaptos para o
exercício do cargo, em exame de higidez física e mental.
POSSE E EXERCÍCIO (195-196)
Prazo: 30 dias, prorrogável por mais 60 dias. Para entrar em exercício, o
prazo é de 30 dias, prorrogável por igual período.
ESTÁGIO PROBATÓRIO (197-198)
período dos dois primeiros anos de efetivo exercício do cargo, durante o
qual os membros do MPU somente poderão perder o cargo mediante
decisão da maioria absoluta do respectivo Conselho Superior.

(art. 182 a 198 LC 75/93)


Carreira
AFASTAMENTOS (203-204)
Afastamento temporário do exercício das funções, com ou sem prejuízo do
subsídio devido (casamento, cursos, seminários, cargo eletivo, missão
oficial).
LICENÇAS (222-223)
Afastamento temporário do exercício da função, com ou sem prejuízo do
subsídio devido (doença, prêmio, interesse pessoal, mandato classista, .
REINTEGRAÇÃO (205)
Reingresso na carreira, por decisão judicial transitada em julgado, do
membro do MP demitido.

(art. 182 a 198 LC 75/93)


Promoção
A promoção dar-se-á, alternadamente, por antigüidade e merecimento. É
admitida a recusa de promoção, sem prejuízo do critério de preenchimento
da vaga recusada, e a renúncia à promoção, em qualquer tempo, desde
que haja vaga na categoria imediatamente anterior.
O merecimento, para efeito de promoção, será apurado mediante critérios
de ordem objetiva, fixados em regulamento elaborado pelo CS, à qual só
poderão concorrer os membros do Ministério Público da União com pelo
menos 2 anos de exercício na categoria e integrantes da primeira quinta
parte da lista de antigüidade. Será obrigatoriamente promovido quem
houver figurado por 3 vezes consecutivas, ou 5 alternadas, na lista tríplice.
Não poderá concorrer à promoção por merecimento quem tenha sofrido
penalidade de censura ou suspensão, no período de um ano imediatamente
anterior à ocorrência da vaga, em caso de censura; ou de dois anos, em
caso de suspensão, nem quem estiver afastado para exercer cargo eletivo
ou a ele concorrer ou para exercer outro cargo público permitido por lei.

(art. 199 a 202 LC 75/93)


Promoção
A lista de antigüidade será organizada no primeiro trimestre de cada ano,
aprovada pelo Conselho Superior e publicada no Diário Oficial até o último
dia do mês seguinte.
Na indicação à promoção por antigüidade, o Conselho Superior somente
poderá recusar o mais antigo pelo voto de dois terços de seus integrantes,
repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.

(art. 199 a 202 LC 75/93)


Aposentadoria
A aposentadoria será compulsória, por invalidez (precedida de licença para
tratamento de saúde por período não excedente a 24 meses, salvo
quando o laudo médico concluir pela incapacidade definitiva para o
exercício de suas funções) ou aos 70 anos de idade.
A aposentadoria será facultativa, nos seguintes casos:
• aos 30 anos de serviço, após 5 anos de exercício efetivo na carreira;
• aos 65 anos de idade, se homem, e aos 60, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço;
• aos 25 anos de serviço, se mulher, com proventos proporcionais.
Admite-se, para contagem do tempo de serviço para aposentadoria, não
cumulativamente, até o limite de 15 anos, o tempo de exercício da
advocacia. Os proventos da aposentadoria serão integrais e revistos na
mesma proporção e data em que se modificar a remuneração dos
membros do Ministério Público em atividade, sendo também estendidos
aos inativos quaisquer benefícios e vantagens novas asseguradas à
carreira. A pensão por morte corresponderá à totalidade dos
vencimentos ou proventos do falecido, assegurada a revisão do
benefício. (art. 231 a 235 LC 75/93)
Garantias
São atributos que se prestam a assegurar a liberdade no exercício das
funções, seja do Ministério Público, como instituição, seja de seus órgãos
(centros de atribuição funcional) e membros (pessoas físicas investidas nos
cargos da carreira) na qualidade de agentes. São garantias do MP:

Garantias institucionais: princípios institucionais, iniciativa de lei,


funções privativas, autonomias, dentre outras.

Garantias orgânicas: independência funcional, princípio do promotor


natural.

Garantia dos membros: vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade de


subsídios, regime jurídico especial.

(art. 128,§5º, I CF/88; art. 17 a 21 LC 75/93)


Prerrogativas
São vantagens, distinções, facilidades asseguradas em razão do cargo em
que são investidos os membros. Podem ser institucionais ou processuais.
Não garantem, necessariamente, o exercício das funções, mas facilitam o
seu desempenho.

Institucionais: ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em


qualquer recinto público ou privado, a prioridade em qualquer serviço de
transporte ou comunicação, público ou privado, no território nacional,
quando em serviço de caráter urgente, o porte de arma,
independentemente de autorização, carteira de identidade especial.
Processuais: prerrogativa de foro para julgamento nos crimes comuns e
de responsabilidade, ser preso ou detido somente por ordem escrita do
tribunal competente ou em razão de flagrante de crime inafiançável, ser
recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, não ser
indiciado em inquérito policial, receber intimação pessoalmente nos autos
em qualquer processo e grau de jurisdição nos feitos em que tiver que
oficiar.
(art. 128,§5º, I CF/88; art. 17 a 21 LC 75/93)
Vitaliciedade
É garantia de liberdade, adquirida após dois anos de exercício,
depois de concluído o estágio probatório. O membro do MP somente
poderá perder o cargo por decisão judicial transitada em julgado. É
mais do que a mera estabilidade.
A ação de perda do cargo do membro vitalício, prevista nos arts 57,
XX; 98, XVIII; 131, XVIII; 166, XVIII; e 208 da LC 75/93, quando
decorrente de proposta do Conselho Superior, depois de apreciado o
processo administrativo, acarretará o afastamento do exercício de
suas funções, com a perda dos vencimentos e das vantagens
pecuniárias do respectivo cargo.
Não se confunde com a exoneração (membro não vitalício) ou com a
inabilitação para o exercício da função pública (crime de
responsabilidade).

(art. 128,§5º, I, a CF/88; art. 17, I e 208 LC 75/93)


Inamovibilidade
É garantia de liberdade, segundo a qual o membro do MP somente
poderá ser removido ou promovido por iniciativa própria, a pedido
singular, mediante requerimento após a publicação de aviso da
existência de vaga, ou por permuta, mediante requerimento dos
interessados.
A remoção de ofício, de iniciativa do Procurador-Geral, somente será
admitida por motivo de interesse público, reconhecido em decisão
do Conselho Superior (art. 211, LC 75/93) por maioria absoluta de
seus membros, assegurada a ampla defesa.

(art. 128,§5º, I, b CF/88; art. 17, II e 209 LC 75/93)


Irredutibilidade de subsídios
É garantia de liberdade, segundo a qual o membro do MP não
poderá ver reduzido o seu subsídio, fixado na forma do art. 39, §4º,
e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI; 150, II; 153, III; e 153,
§2º, I.
Subsídios são a remuneração fixa e mensal paga aos agentes
políticos, fixada em parcela única, vedada a concessão de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba da representação ou
outra espécie remuneratória (art. 39, §4º CF/88).
Trata-se de irredutibilidade jurídica e não real, segundo decidiu o
STF, o que não garante direito à reposição da inflação.

(art. 128,§5º, I, b CF/88; art. 17, II LC 75/93)


Vedações

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,


honorários, percentagens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei
(exceto como cotista ou acionista);
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra
função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções
previstas na lei (filiação e direito de afastar-se para
exercer cargo eletivo ou a ele concorrer).

(art. 128, §5º, II CF/88; art. 237 LC 75/93)


FIM

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