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INTRODUÇÃO AO DIREITO

DAS OBRIGAÇÕES
 Início do estudo da parte especial do
Código Civil;

 O direito civil está sempre presente em


nossas vidas, diferentemente dos demais
ramos do direito;
 Evolução histórica:
 No direito romano a obrigação era garantida pela pessoa do
devedor, e não pelo seu patrimônio. Sendo assim, a obrigação
era vinculo pessoal

 Escravidão, punição corporal e até a morte (ex: concurso de


credores);

 Edição da Lex Poetelia Papiria em 428 a.C. substituiu a


pessoalidade pela patrimonialidade;

 Em nosso ordenamento atual vigora a garantia patrimonial


(art.391), com resquícios da execução pessoal (art.5º, LXVII,
CF);
Definição
 O senso comum
 Dever, ônus, sujeição, obrigação
 O pensar da relação obrigacional dentro de um contexto
de direito civil-constitucional - Perlingieri, caráter dinâmico
e cooperativo da relação obrigacional
 Obrigação e (des)igualdade – Relação Civil, Empresarial
e de Consumo
 Sentido técnico
 Relação jurídica transitória, estabelecendo vínculos jurídicos
entre duas diferentes partes, cujo objeto é uma prestação
pessoal, positiva ou negativa, garantindo o cumprimento sob
pena de coerção judicial
 Características
 Transitoriedade – Visa a sua extinção
 Vínculo jurídico entre as partes
 Caráter patrimonial – Polêmica entre linhas patrimonialista e
não patrimonialista no tocante à prestação
 Prestação positiva ou negativa
Definição

 Dicotomia interna à obrigação


 Débito (schuld) e Responsabilidade (haftung)
 Débito
 Prestação a ser espontaneamente cumprida pelo devedor, é
o próprio direito subjetivo do credor à prestação
 Responsabilidade
 Oneração que recai sobre o patrimônio do devedor,
como garantia do direito do credor, em face do
inadimplemento
 Responsabilidade é intrínse à própria obrigação; mesmo
que só exercida quando do inadimplemento, ela já existe
potencial/latentemente na própria estrutura obrigacional
Definição
 Situações excepcionais
 Débito sem responsabilidade
 Relação material válida, mas com a possibilidade de
afastamento da pretensão à realização da prestação
 Ex.: Dívidas prescritas e obrigações naturais
 Responsabilidade sem débito
 Responsabilidade que atinge determinadas pessoas que
não são partes na relação obrigacional, mas que por
previsão normativa podem ser responsabilizadas por
débito de outrem
 Ex.: Desconsideração da personalidade jurídica e
responsabilização dos sócios/administradores
 Responsabilidade sem dívida atual
 Assunção de responsabilidade anteriormente à própria
constituição da exigibilidade do débito
 Ex.: Fiança
 Conceitos:
 “É o vínculo de direito pelo qual alguém (sujeito
passivo) se propõe a dar, fazer ou não fazer qualquer
coisa (objeto), em favor de outrem (sujeito ativo).”
(SR)

 “É o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito


ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo)
o cumprimento de determinada prestação.
Corresponde a uma relação de natureza pessoal, de
crédito e débito, de caráter transitório (extingue-se
pelo cumprimento), cujo objeto consiste numa
prestação economicamente aferível.” (CRG)
 Direito Pessoal x Direito Real
 Quanto ao sujeito:

 No direito pessoal ambos sujeitos são identificados na


constituição da relação jurídica;
 No direito real o sujeito passivo só é determinado no
momento da violação do direito;

 Quanto a ação:
 No direito pessoal vincula as partes da relação jurídica;

 No direito real o sujeito ativo aciona quem detiver a coisa;

 Quanto ao objeto:
 Coisa x Prestação
 Quanto ao limite:
 No direito pessoal temos ‘numerus apertus’;

 No direito real temos ‘numerus clausus’;

 Quanto ao modo de exercício do direito:


 O credor tem direito a uma coisa (jus ad rem);

 Há um direito sobre a coisa (jus in re);


 Características dos Direitos Reais:

 Absoluto;
 Seqüela (se relaciona ao princípio da aderência).
Ex: hipoteca;
 Preferência (ex: hipoteca em contrato de mútuo);

 Publicidade, através do registro;

 Obrigação ‘propter rem’ ou ‘ob rem’


 Direitos reais e direitos obrigacionais
 Os limites das classificações e seus critérios
Direitos reais Direitos obrigacionais
Absoluto (erga omnes) Relativo (inter partes)
Atributivo (um só sujeito) Cooperativo (conjunto de
sujeitos)
Permanente Transitório
Direito de sequela Patrimonio do devedor como
garantia
Numerus clausus Numerus apertus
Jus in re (direito à coisa) Jus ad rem (direito em face de
uma coisa)
Objeto: a coisa Objeto: A prestação
 Obrigações propter rem
 Relação obrigacional (prestação) surgida a partir da
aquisição/titularidade do direito real
 Também chamada de obrigação mista ou ambulatória
 Exemplo: Direitos de vizinhança e condôminos para
conservação da coisa comum
 Aproximação com ônus reais

Ônus Reais Obrigações Propter Rem


Responsabilidade limitada ao valor O devedor responde com todo o
do bem onerado seu patrimônio
Perecendo o objeto, perece o ônus Podem permanecer mesmo após o
real perecimento da coisa
Implicam sempre uma prestação Podem se configurar numa
positiva prestação negativa
 Direito da personalidade (arts.11/21) x Direito das
Obrigações:

 DP: erga omnes, vitalício, relativa disponibilidade;

 DO: oponível às partes, transmissível,


patrimonializado, temporário;

 Os direitos da personalidade não são economicamente


mensuráveis, isso impossibilita a indenização em caso
de violação destes?
Fontes ou causas das obrigações – Cabe-nos observar que
as obrigações surgem de várias causas, sendo as mais
tradicionais o contrato e o delito.

Devemos observar ainda que o débito pertence ao Direito


Privado, ao passo que a responsabilidade, envolve também o
Direito Público (D. processual).

Podemos às vezes encontrar débito sem responsabilidade,


como na dívida prescrita, ou responsabilidade sem débito atual,
como na fiança.

Entre as várias outras causas ou fontes das obrigações,


enumeram-se as seguinte:
 Fontes das Obrigações:

 Classificação de Justiniano (quádrupla):


 a) contrato
 b) quase-contrato
 c) delito
 d) quase-delito

 Classificação francesa: repetiu a anterior e inclui a 5ª categoria,


a lei.

 No direito brasileiro:
 fonte imediata
  Lei
 fonte mediata
  Ato Humano (jurídico [contrato, testamento] ou ilícito [art.186])
FONTES DAS:
OBRIGAÇÕES

LEI

O CONTRATO

O ATO ILÍCITO

A DECLARAÇÃO
UNILATERAL
DE VONTADE

O ABUSO DE
DIREITO

ENRIQUECIMENTO
ILÍCITO

A OBRIGAÇÃO DA
COISA OU EM FUNÇÃO
DA COISA

RESPONSABILIDADE
CIVIL
 Abordagem funcional da gênese das
obrigações (tripartição)

 Negócio Jurídico
 Responsabilidade Civil

 Enriquecimento sem causa


 Negócio Jurídico

 Teoria do fato jurídico


 Ato jurídico stricto sensu e negócio jurídico
 Responsabilidade civil
 Responsabilidade contratual e extracontratual
 Ilícito relativo (violão de obrigação configurando a
responsabilidade contratual) e ilícito absoluto ou
stricto sensu (inexistência de relação entre ofensor e
ofendido, havendo a violação de dever genério de
cuidado, caracterizando, dessa forma, a
responsabilidade extracontratual).
 O consumidor por equiparação e a ressignificação
da responsabilidade civil
 Ato ilícito subjetivo (Art. 186), ato ilícito objetivo (art.
187 – abuso de direito) e Responsabilidade Civil
objetiva (927)
 Enriquecimento sem causa
 Finalidade: Remover de um patrimônio
acréscimos indevidos
 Desnecessidade de dano ou ilícito, sendo
suficiente a ocorrência de vantagem indevida,
sem contraprestação
 Justa causa, indenização, relação de consumo e
jurisprudência atual nos danos morais em
relação de consumo
 Boa fé objetiva como fonte de obrigações e
obrigação como processo
 Processo como série de atividades exigidas de
ambas as partes cuja finalidade é o
adimplemento, evitando-se danos de uma parte
à outra
 Dinamismo – Ambas as partes devem buscar o
adimplemento
 Cooperação, que enseja obrigações complexas,
ou seja, obrigações principais acrescidas de
deveres anexos/laterais, relacionados
notadamente à função social e boa-fé objetiva
 Princípio da boa-fé objetiva
 Boa-fé objetiva x boa-fé subjetiva
 Boa fé subjetiva – Situação psicológica ou de espírito
de agente que realiza determinado ato ou vivencia
certa situação sem ter ciência do vício que a atinge,
acreditando estar a agir conforme o direito – Exemplo:
Casamento putativo
 Boa-fé objetiva – Conceito jurídico indeterminado
consistente em regra de comportamento, de fundo
ético e exigibilidade jurídica, relacionados à idéia de
 Funções da boa-fé objetiva
 Função interpretativa
 Negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com a boa-fé
(parâmetros de probidade), a fim de permitir que se observem os
propósitos e intenções dos contratantes
 Art. 113 CC-02
 Função criadora de deveres jurídicos anexos ou de proteção
 Numerus apertus
 Dever de lealdade recíproca
 Relações calcadas na transparência e inter-relação entre
vontade manifestada e conduta
 Dever de assistência
 Cooperação entre as partes para o correto cumprimento da
prestação principal
 Dever de informação
 Comunicação entre as partes acerca de circunstâncias e
características do negócio jurídico em diálogo com a lealdade
 Dever de sigilo ou confidencialidade
 Função delimitadora do exercício de direitos
subjetivos
 Limita a imposição de cláusulas abusivas (mesmo em
contratos civis) e de exercício abusivo de direito
 Gera a possibilidade de responsabilização civil por
violação de boa fé
 Caracteres da obrigação:

 Transeunte (senão haveria servidão humana)

 Vínculo jurídico entre as partes

 Patrimonialidade

 Prestação negativa ou positiva


 Elementos constitutivos da obrigação:

 Elemento subjetivo
 Credor x devedor
 Somente pessoa física é parte na relação
obrigacional?
 Possibilidade de pluralidade nos polos (obrigações
solidárias e indivisiveis)
 Possibilidade de entes despersonalizados (sujeito
de direito despersonalizado) figurarem nos pólos
(massa falida, sociedade de fato)
 Os sujeitos devem ser determinados?

 Credor indeterminado. EX: cheque ao portador,


promessa de recompensa
 Devedor indeterminado. EX: adquirente de imóvel
hipotecado responde pela dívida

 As obrigações são intuito personae?


 Elemento objetivo

 Prestação: é a conduta humana positiva (dar e fazer) ou


negativa (não fazer)

 Objeto da Obrigação x Objeto da Prestação


 PRESTAÇÃO HUMANA x BEM DA VIDA

 Objeto Imediato x Objeto Mediato


 PRESTAÇÃO HUMANA x BEM DA VIDA (Ex: venda de aptº.)

 Prestação pode ser: Dar, fazer(prestação positiva), não fazer


(prestação negativa)
 Características:

 Licitude

 Possibilidade física e jurídica

 Determinabilidade

 Patrimonialidade /economicidade
 A polêmica da patrimonialidade
 Apreciação econômica da prestação, para doutrina
majoritária, seria requisito essencial, o que não
afastaria o status protetivo jurídico de outras relações
jurídicas não patrimoniais, que não seriam
entendidas, contudo, como obrigacionais
 Corrente não-patrimonialista sustenta (em diálogo
com Código Português) que seria necessário apenas
o interesse digno de tutela jurídica, mesmo que
apenas moral, desprovido de patrimonialidade, a qual
residiria apenas na responsabilidade
 Críticas de Konder
 Não-patrimonialistas confundiriam efeitos do
descumprimento (meios de tutela patrimonial) com o
próprio conteúdo da prestação
 O caráter patrimonial não é estanque, mas condicionado
sócio-juridicamente (Perlingieri)
 Confusão entre prestação e interesse do credor; aquela
seria necessariamente patrimonial, esse poderia ser
moral ou afetivo
 Exemplo: Vizinho barulhento, obrigação de não
fazer e patrimonialidade – Prestação de caráter
patrimonial, interesse não econômico
 Os riscos da leitura não-patrimonialista ao equiparar
outras categorias (deveres de ordem não-patrimonial) a
obrigações
 Deveres do casamento e “débito conjugal”
 Elemento abstrato / espiritual
 É o vínculo jurídico, ou seja, liame que une as partes,
possibilitando a um deles exigir do outro o objeto da
prestação, sob pena de excussão patrimonial através do
Poder Judiciário

 Concepção Dualista de SV:


 Débito: dever de prestar pelo sujeito passivo.

 Responsabilidade: faculdade de o sujeito ativo reclamar


o cumprimento da prestação.

 Coexistência
 Há responsabilidade sem débito?
 EX: FIADOR

 Há débito sem responsabilidade?


 EX: OBRIGAÇÃO NATURAL (prescrição art.882 e

dívida de jogo art. 814)

 E se a obrigação não for cumprida espontaneamente?


 EXCEÇÃO DO ART.1210
TJRS - Cheque. Dívida de Jogo.Ausência de prova da
alegada obrigação natural, ônus da devedora.
Exigibilidade do título mantida hígida. Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 70000679423, 2ª Câmara Especial
Cível do TJRS, Soledade, Rel. Des. Breno Pereira da
Costa Vasconcellos. j. 28.12.2001).
 TAMG - Execução De Obrigação De Fazer -
Recebimento De Prêmio Oriundo De Bingo -
Possibilidade - Dívida Reconhecida - Recurso Não
Provido. - As dívidas de jogo ou aposta não obrigam a
pagamento, tendo em vista se tratar de obrigação
natural, desmunida de ação para exigir seu
cumprimento. - Entretanto, a maioria dos doutrinadores
brasileiros tem entendido que os vencedores de jogos
autorizados, cujos efeitos encontram-se regulados por
lei especial, podem cobrar judicialmente a dívida.
Decisão: Negar provimento. (Apelação (Cv) Cível nº
0306860-6, Proc. Princ.: 97.00013749, 7ª Câmara Cível
do TAMG, Sete Lagoas, Rel. Juiz Lauro Bracarense. j.
11.05.2000, unânime).
 TJMG – Obrigação Natural – Dívida Prescrita. A única
conseqüência prática da sobrevivência da obrigação
natural é a de evitar a repetição de indébito.
Imprestáveis, pois, à garantia do juízo títulos da dívida
pública prescritos. (Agravo de Instrumento n°
000.162.243-0/00, 1ª Câmara Cível do TJMG, Rel. Páris
Peixoto Pena. j. 14.03.2000)
Classificação das Obrigações
a) Vínculo: Moral, civil e natural;
b) Objeto: Natureza (dar, fazer, não fazer, positiva e
negativa) e liquidez (líquidas e ilíquidas);
c) Modo de execução: simples e cumulativas,
alternativas e facultativas;
d) Tempo de adimplemento: instantânea e execução
continuada;
e) Elementos acidentais: pura, condicional, modal e a
termo;
f) Pluralidade dos sujeitos: divisível ou indivisíveis,
solidárias;
g) Conteúdo: meio, resultado e garantia.
Obrigação Civil

É a que, sujeita o devedor à realização de


uma prestação do interesse do credor,
estabelecendo um liame entre os dois
sujeitos, abrangendo o dever da pessoa
obrigada e sua responsabilidade em caso
de inadimplemento, possibilitando ao
credor recorrer à intervenção estatal para
obter a prestação, tendo como garantia o
patrimônio do devedor.
Obrigação Moral

É a que sem obligatio, consiste mero


dever de consciência, sendo cumprida
apenas por questão de princípios; logo,
sua execução é mera liberdade.
Obrigação Natural
É aquela em que o credor não pode exigir do
devedor uma certa prestação, embora em
caso de seu adimplemento, espontâneo ou
voluntário, possa retê-la a título de pagamento
e não de liberdade.

Característica: a) não é obrigação moral; b)


se for cumprida espontaneamente por pessoa
capaz, ter-se-á a validade do pagamento; c)
produz irretratabilidade do pagamento feito em
seu cumprimento.
Obrigação Natural

Efeitos: a) ausência do direito de ação do


credor para exigir seu adimplemento; b) não é
suscetível de novação e de compensação; c)
não comporta fiança; d) não lhe será aplicável
o regime prescrito para os vícios redibitórios.

1) Dívida prescrita; 2) Débito resultante de


jogo e aposta; 3) Gorjetas a empregados de
restaurantes, de hotéis; 4) comissão amigável.
Obrigação Natural

Natureza: trata-se de norma não


autônoma, por não autorizar o emprego
da coação como meio para conseguir a
observância de seus preceitos, mas que
tem juridicidade por se ligar
essencialmente a uma norma que
contenha tal autorização, visto que
apenas estabelece negativamente o
pressuposto da sanção.
Classificação das
Obrigações

OBRIGAÇÃO DE DAR OBRIGAÇÃO DE FAZER OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

Consiste na entrega de Realização de atos em Não praticar o devedor


coisa certa ou incerta a alguém benefício do credor determinados atos
(individualizada ) (Ex. pintar um quadro) (não invadir um propriedade)
DA OBRIGAÇÃO DE DAR

ARTS. 233/246
Obrigação de dar e de restituir
 Obrigação de dar coisa certa (arts. 233-242)
 Obrigação de dar coisa incerta (arts. 243-246)
 Traditio, registro, e propriedade
 Obrigação de dar como processo

Prestação de coisa, que consiste na entrega de



um ou mais bens ao credor, seja pela
transmissão da posse (locação), da propriedade
(compra e venda) ou por restituição (depósito)
 Não confundir obrigação de dar com o direito real que
eventualmente possa surgir.
Obrigação de dar coisa certa (arts. 233/242)

 O que é coisa certa?


 Coisa certa é aquela perfeitamente idenficida e
individualizada em suas características
 Princípio da Gravitação Jurídica
 Bem acessório segue o principal
 Teoria dos riscos
 Quem responde pela perda ou deterioração do
bem?
 Regra: Os riscos correm por conta do proprietário
atual (res perito domino), usualmente o devedor
 O credor pode ser obrigado a aceitar
prestação diversa?
 ART.313

 Acessórios X principal. ART.233


Perda da coisa
 Perda da coisa (art. 234)
 Norma dispositiva
 O que isso significa?
 Perda sem culpa do devedor antes da tradição ou
pendente condição suspensiva
 O que é condição suspensiva?
 Qual a relevância da condição suspensiva? Entendendo o art.
125
 O que é resolução afinal?
 Retorno ao status quo ante (resolução do negócio jurídico)
 Ex.: Entrega do carro para o dia 15, sendo ele futado dia 14.
Resolve-se a obrigação.
 Perda por culpa do devedor
 Responde o devedor pelo equivalente mais perdas e danos
 Ex.: Devedor alcoolizado se envolve em colisão com o carro
objeto da prestação. Deverá restituir o valor pago e arcar com
eventual indenização para satisfazer a frustração das legitimas
expectativas do credor.
Deterioração da coisa
 O que é deterioração?
 Não há perda do objeto, mas diminuição de suas
qualidades essenciais ou valor econômico
 Deterioração sem culpa do devedor (Art. 235)
 Credor resolve a obrigação; ou
 Aceita a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu
 Deterioração com culpa do devedor (Art. 236)
 Credor exige o equivalente, mais perdas e danos
 Credor aceita a coisa no estado em que se encontra,
mais perdas e danos
 Teoria do Adimplemento Substancial e a
possibilidade de escolha pelo devedor
Mora do devedor
 E se o devedor estiver em mora quando da
perda/deterioração da coisa? (art. 399)
 Reponsabilidade objetiva do devedor
 Afastável apenas se demonstrar que o fato ocorreria
independentemente da mora (exemplo da hecatombe) ou
se impossível imputar culpa (responsabilidade)
 Esclarecendo termos
 Responsabilidade civil subjetiva
 Responsabilidade civil objetiva comum
 Não se discute culpa, exigindo-se que o dano seja
resultante da ação ou omissão do responsável ou de
pessoas a ele ligadas ou, ainda, de fato de coisas de que
seja detentor
 Responsabilidade civil objetiva extremada
 Não se discute culpa, também não se discute se os danos
foram causados pelo responsável/pessoa ligada/fato da
coisa. Gera-se a responsabilidade pelos danos
simplesmente acontecidos durante a atividade que a
pessoa responsável desenvolve.
Princípio da Equivalência
 O que diz?
 Base normativa: Art. 237
 O devedor deve suportar o prejuízo pela perda antes da
tradição, contudo, ee também percebe os lucros que
eventualmente venham a ser gerados nesse período
 Havendo melhoramentos e acréscimos à coisa, pode o
devedor exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
pode o devedor resolver a obrigação
 Melhoramento ou acréscimo da coisa sem atuação do
devedor, beneficia o credor sem necessidade de
indenização (art. 241), caso contrário, equiparam-se às
benfeitorias (art. 242)
 Frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor
os frutos pendentes
 Frutos naturais, frutos civis
 Das benfeitorias e frutos:

 Nas obrigações de dar.


 ART.237 Até a tradição pertence ao devedor a coisa,
com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais
poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
poderá o devedor resolver a obrigação

 Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor,


cabendo ao credor os pendentes.
 Das benfeitorias e frutos:

 Nas obrigações de restituir sem vontade/despesa


do devedor.
 ART.241.

 Nas obrigações de restituir com despesa do


devedor (benfeitoria x fruto / boa-fé x má-fé).
 ART.242. c/c (ART.1219 e 1220, 1214 e 1216).
Obrigação de restituir
 O que é restituir?
 Diferença entre dar e restituir
 A restituição envolve situação de posse, devolução
de bem que jamais entrou na esfera de propriedade
do devedor da restituição
 Usualmente presente em contratos de locação,
comodato, depósito
 A responsabilidade pela perda, em regra, é do
credor
 Exceção ao res perito domino?
 Não, pois o domínio aqui se encontra com o credor,
que jamais foi despojado da propriedade do bem.
Dessa forma, se a perda se der sem culpa do
devedor, atingirá o patrimônio do credor.
Obrigação de restituir
 E se a perda se der por culpa do devedor? (Art.
239)
 Devedor não é proprietário, mas pelo fato de ter
contribuído para a perda ou deterioração, responderá
pelo equivalente mais perdas e danos
 Exceção ao perito res domino
 E se tratar-se de deterioração? (art. 240)
 Sem culpa do devedor
 Credor recebe a coisa no estado em que estiver,

sem direito à indenização


 Com culpa do devedor
 Aplica-se a sistemática do artigo 239 (devedor

responde pelo equivalente mais perdas e danos)


Obrigação de solver dívida em
dinheiro
Obrigação pecuniária: visa proporcionar ao credor o
valor que as respectivas espécies possuam como tais.
É uma obrigação de soma de valor. (art. 315 a 318
CC)

Dívida de valor: não visa diretamente o dinheiro, mas


o pagamento de soma de dinheiro, que não é,por seu
valor nominal, o objeto da prestação, mas sim o meio
de medi-lo ou de valorá-lo.

Dívida remuneratória: consiste numa remuneração


pelo uso de capital alheio, mediante pagamento de
quantia proporcional ao seu valor e ao tempo de sua
utilização. A prestação de juros é uma dívida desse
tipo.
Obrigação de dar coisa incerta
 (arts.243/246)

 Também chamadas e obrigações genéricas.


Obrigação especificada, ao menos, pela espécie e
quantidade.

 Indeterminabilidade transitória/relativa.
 Características
 Na obrigação de dar coisa incerta (obrigação
genérica) tem-se a indeterminação do objeto
quando da celebração do NJ, sendo ele,
contudo, determinável posteriormente.
 A causa é definida ao menos pelo gênero e
quantidade (art. 243)
 Bens fungíveis e infungíveis?
 Distinções conceituais (art. 85 x art. 243)
 Limitação da distinção tradicional
 Obrigação de dar coisa incerta em face de escultura
de determinado escultor (infungivel)
 Distinções
 Coisa incerta x coisa futura
 Objeto determinado, mas ainda não existente

 Coisa incerta x obrigação alternativa


 Obrigação alternativa
 Classificação das obrigações baseada em seus

elementos – Há aqui diferentes objetos, já


previamente definidos, que serão escolhidos de
maneira independente entre si
 Coisa incerta
 Haverá a individualização da coisa, existindo,
desde a celebração, a sua definição quanto a
gênero e quantidade
Obrigação de dar coisa incerta
– A questão da escolha
• Escolha pertence em regra ao devedor, salvo disposição em
contrário
• E se não exercer? Reversão para a outra parte (art. 849)
• Qual o parâmetro de escolha?
– Patamar médio, não podendo ser dada a pior variação dentro do
gênero nem o devedor obrigado a prestar a melhor variação (art.
244)
– A partir do momento em que se individualiza a coisa e cientifica-se
o credor, aplicam-se as disposições da obrigação de dar coisa
certa (art. 245)
– Antes de feita a escolha, não pode o devedor alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito
(art. 246)
» E daí?
• Relembrar a questão do risco e dos efeitos da
perda/deterioração (res perito domino)
 Quem fará a escolha da coisa? Como?
 ART.244.

 Perda ou deterioração antes da escolha (genus


nunquam perit).
 ART.246.

 Perda ou deterioração após cientificação da


escolha/concentração do débito (só credor?).
 ART.245.

 O CPC prevê em seu art. 461-A, §2º requerimento de busca e


apreensão no caso de bens móveis e imissão na posse para
bens imóveis.
DA OBRIGAÇÃO DE
FAZER

ARTS. 247/249
Éaquela cuja prestação se concretiza por um ato do
devedor.

Enquanto na obrigação de dar deve-se prestar uma


coisa, na obrigação de fazer deve-se prestar um fato.

Conceito e características

Prestação de um fato, consistente na realização de


uma atividade pessoal ou serviço, pelo devedor ou por
um terceiro
Relevância não reside no eventual bem que possa
resultar da conduta do devedor, mas na conduta em si
 Classificações
 Obrigações duradouras e instantâneas
 Duradouras
 A execução protrai-se no tempo, de modo
continuado (pintura de parede) ou de modo
periódico, mediante trato sucessivo (prestação de
serviço continuado)
 Instântaneas
 Aperfeiçoam-se em um único momento (registro de
imóvel)
 E daí?
 Relevante para a possibilidade de aplicação da
teoria da imprevisibilidade/onerosidade excessiva
(Arts. 317 e 478 CC e art. 6, V, CDC)
 Fungíveis e infungíveis
 Pintar tela, pintar parede
 Reflexo na tutela
 Espécies de prestação:
 Fungível / impessoais.

 Infungível / personalíssima.
 Poderá ocorrer modificação da pessoa do
devedor?
 Por convenção ou por natureza.
 EX: substabelecimento de mandato e show.
 Em caso de inadimplemento:

 sem culpa do devedor.


 ART.248.

 com culpa do devedor.

 Anteriormente a obrigação de fazer se resolvia apenas por perdas e


danos, pois o devedor não podia ser compelido a fazer algo.

 Com as reformas legislativas, analisamos se a prestação ainda for


possível E se o credor tem interesse no cumprimento da mesma,
chegando ao art. 461 do CPC que disciplina a tutela específica das
obrigações.
 Somente se o credor não tiver mais interesse
na prestação OU esta se tornar impossível é
que caberá indenização por perdas e danos:
arts.247/248.

 Nas obrigações fungíveis, poderá o credor


requerer ao juízo sua execução por terceiros,
sendo as custas a cargo do devedor. Art.249
 Art.249, § possibilita a autotutela em casos
urgentes.
 Fato executável por terceiro (art. 249)
 Não se trata aqui, evidentemente, de obrigação
intuitu personae
 Sendo o fato exequível por terceiro, pode o credor
mandar executá-lo às custas do devedor, no caso de
recusa ou mora deste, sem que se afaste a
possibilidade de indenização
 Em caso de urgência, credor poe mandar executar a
obrigação de fazer, independentemente de
autorização judicial, para depois pleitear
ressarcimento (art. 249, paragrafo unico)
 Autoexecutoriedade, reflexo do princípio da
operabilidade
 Prédio com risco de desabamento e empresa de
demolição
 Conversibilidade de obrigação de fazer em obrigação de
dar o valor correspondente
 Art. 18. CDC Os fornecedores de produtos de consumo
duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios
de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam
o valor, (...)

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta


dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua
escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em


perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
DA OBRIGAÇÃO DE NÃO
FAZER

ARTS. 250/251
Obrigação de não-fazer

 Conceito e características
 Abstenção, permissão ou tolerância, impedidndo
que o devedor pratique determinado ato que,
normalmente, não lhe seria vedado
 Diferente da obrigação de fazer, a obrigação de
não fazer será sempre intuitu personae, não
podendo ser realizada por terceiros
 Exemplo: Limitação à edificação estipulado
contratualmente
 É aquela cuja prestação é negativa, um
comportamento omisso do devedor.
 EX: EXCLUSIVIDADE DE PONTO, NÃO DIVULGAR
SEGREDO INDUSTRIAL, NÃO SUBLOCAR.

 Não pode violar princípios de ordem pública e


garantias fundamentais.
 EX: NÃO CASAR, NÃO PASSAR NA RUA Y,NÃO
TRABALHAR.
 CASO CONTRATUAL DA UNIMED
 Em caso de inadimplemento:

 sem culpa do devedor.


 ART.250

 com culpa do devedor:


 credor tem interesse em voltar ao status quo
anterior. ART.251
 credor não tem interesse na prestação.
 Impossibilidade de cumprimento (art. 250)
 Extinção da obrigação
 Requisitos
 Ausência de culpa do devedor

 Impossibilidade de se abster da prática do ato

 Exemplo: Sujeição do devedor a interesses


públicos prevalecentes – Obrigaç-se a não alienar
determinado imóvel,que vem a ser objeto de
desapropriação por interesse público
 Classificação
 Obrigações negativas instântaneas x permanentes
 Obrigações negativas instântaneas
 Também chamadas de transeuntes, são aquelas que, quando
descumpridas uma única vez, são irreversíveis, gerando
inadimplemento absoluto, na medida em que é impossível
retornar ao estado originário
 Ex.: Obrigação de não divulgar segredo industrial de empresa.
 Obrigações negativas permanentes
 Também chamadas de contínuas, admitem a possibilidade de
purgação da mora atráves da recomposição do estado
originário, como a despoluição de rio ou a instalação de
aparelhos não poluentes por empresa que descumpiru
obrigação de não poluir assumida em TAC, por exemplo.
 E daí?
 Aplicabilidade do art. 251 possível apenas em relação às
obrigações negativas permanentes
 E o que prevê o art. 251?
 Prática do ato vedado possibilita
 Credor exigir que o devedor desfaça o ato
 Desfazer às custas do credor
 Eventuais perdas e danos
 Em caso de urgência
 Credor pode desfazer ou mandar desfazer sem
autorização judicial
 Ressarcimento pelo devedor

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