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Auto da Índia

sistematização

Preparar a Prova Final de Português, Areal Ed.


Preparr
Preparar a Prova Final, Areal Editores
Farsa chamada Auto da Índia
• A Farsa chamada Auto da Índia é uma peça sem qualquer divisão, no que
respeita à estrutura externa, e com um número reduzido de personagens.
Constitui uma sátira à vida quinhentista e uma crítica à degradação de
costumes da sociedade portuguesa medieval. Apresenta o reverso dos
Descobrimentos. Nesta farsa expõe-se uma visão deturpada do ideal dos
Descobrimentos e as suas consequências nefastas. Assim, critica-se a
existência do adultério facilitada pela ausência dos maridos que partem
para a Índia para enriquecer a todo o custo.

• A atualidade desta farsa é evidente na abordagem de temas intemporais,


como a ambição desmedida, o enriquecimento ilícito, o materialismo, o
engano e a traição, a emigração, a degradação dos verdadeiros valores
morais e éticos.
• Esta farsa apresenta uma estrutura narrativa que permite a sua
estruturação em três momentos. A ação começa com a partida de
uma armada para a Índia que levará o marido de Constança em
busca da fortuna. Durante os três anos de ausência do Marido,
Constança fica na companhia da Moça e tem a vida facilitada na
prática do adultério com o Lemos e o Castelhano. No final, o Marido
regressa não tão rico como tinha desejado.
Estrutura interna
• AÇÃO:
• Exposição – apresentação das personagens e dos antecedentes da
ação.
• Conflito – vida adúltera da Ama com o clímax no momento em que
os dois amantes quase se encontram.
• Desenlace – A Ama anseia ver as riquezas do Marido.
Estrutura interna

• ESPAÇO:

• Casa da Ama: cozinha, quarto, quintal.

• TEMPO: 3 anos condensados em 3 momentos:

• noite de domingo,

• noite de segunda-feira para terça-feira,

• terça-feira. Teatro Valadares


Estrutura interna
• PERSONAGENS:

• Ama (Constança): hábil, hipócrita, cínica, interesseira, infiel.

• Moça: mordaz, honesta, recatada.

• Castelhano: (Juan de Zamora): vaidoso, mentiroso, fanfarrão.

• Lemos: oportunista, mentiroso, fanfarrão, pelintra.

• Marido: vítima do materialismo, enganado, ingénuo, crédulo,


afetuoso.
Estrutura interna
• Tipos de cómico:

• Cómico de caráter – A personalidade da personagem provoca o riso


pela inadequação. (Castelhano, Lemos, Ama);
• Cómico de situação – A situação em que se encontram as
personagens e os seus comportamentos não são coerentes. (os dois
amantes juntos);
• Cómico de linguagem – A personagem utiliza uma linguagem
desajustada ao contexto em que se encontra. (Castelhano, Moça)
Intenção crítica
• Crítica à conjuntura social e económica da expansão (o ideal do lucro
fácil).
• Contraponto da ideologia oficial.

• Crítica à degradação de costumes.

• Crise do casamento.

• Diversão.

• Moralização.

chaodeoliva@chaodeoliva.com
Divisão da peça em três tempos

Moça
A partida
Ama
Moça / Ama
A ausência
Lemos / Castelhano
Ama – Moça
A chegada
Marido
Divisão da peça em três tempos
Primeira parte Terceira parte
• Constança sente-se feliz porque o • Constança vive feliz porque o
Marido vai embarcar. Marido está na Índia.
• Chora porque lhe dizem que o • Constança fica preocupada
Marido já não parte. porque a Moça prevê a chegada
próxima do amo.
• A Moça vai saber se a armada já
partiu. • A Moça sai a fazer compras.
• Monólogo de Constança, • Monólogo de Constança, que
esperançosa de que o Marido manifesta esperança de que o
tenha partido. Marido não regresse.
• A Moça confirma a partida da • A Moça regressa e confirma a
armada. chegada da armada.
• Constança, feliz, manifesta alegria • Constança, irada, trata mal a Moça
e generosidade para com a Moça. e simula alegria perante o Marido.
Análise dos vários momentos da Farsa chamada
Auto da Índia
Ação Personagens Tempo
A Ama chora porque o Marido já não parte
para a Índia Ama
A expectativa da partida

Domingo de madrugada
A Moça consola a Ama, anunciando a partida Moça
da armada.
A Ama, num monólogo, deseja que o Marido
Ama
parta.
A Moça regressa do cais com a notícia da
partida do Marido. Moça
Constança fica contentíssima e decide Ama
desfrutar da ausência do Marido.
Ação Personagens Tempo

Chega o Castelhano que se declara a


Ama
Constança.
Castelhano
A Ama marca um encontro com o

Noite de 2ª feira para 3ª feira


Moça
Castelhano.
Conversa entre a Ama e a Moça sobre um Moça
O adultério

antigo pretendente de Constança, o Lemos. Ama


Lemos visita Constança e fica lá em casa.
O Castelhano está à porta como combinado. Lemos
A Ama esconde o Lemos na cozinha. Ama
O Castelhano reclama que lhe abram a Moça
porta e a Ama desculpa-se com a presença Castelhano
do seu irmão.
(continua)
Ação Personagens Tempo
A Ama diz ao Lemos que à porta está o
castelhano vinagreiro para receber uma Lemos

Noite de 2ª feira para 3ª feira


conta. Ama
Constança lamenta não ter nada para o jantar. Moça
Lemos manda a Moça às compras, mas dá-lhe Castelhano
O adultério

pouco dinheiro.
Constança fica em casa a sós com Lemos.
A Moça regressa e jantam.
O Castelhano grita na rua. Lemos
A Ama esconde de novo Lemos e vai à janela. Ama
O Castelhano está furioso na rua e a Ama Moça
aconselha-o a procurá-la noutro dia. Castelhano
O Castelhano parte e, pouco depois, Lemos.
Ação Personagens Tempo
A Moça vai fazer compras depois de anunciar Moça
que a armada partiu há três anos. Ama
A Ama reflete, num monólogo, sobre a
Ama
hipótese indesejada de o Marido regressar.

Noite de 2ª feira para 3ª feira


A Moça traz a notícia de que o Marido chegou. Moça
O regresso do Marido

A Ama fica irritadíssima. Ama

O Marido chega. Marido


A Moça vai fazer compras. Ama
Moça
O Marido relata os perigos por que passou.
A Ama refere a vida de recolhimento e
privações que levou na sua ausência. Marido
A Ama pergunta se o Marido está rico e pede Ama
para ir ver a nau.
Partem os dois.
As relações entre as personagens

Ama
Moça

Marido Castelhano Lemos


O espaço cénico na peça

O quintal O quarto A cozinha A rua

A Escola da Noite©Novembro2007
Recursos expressivos
Recurso expressivo exemplo Expressividade
Ironia “Virtuosa está a minha ama!” A Moça diz o contrário do
que pensa, caracterizando a
Ama.
Pleonasmo “Subi, subi pera cima” Reforça a ideia de subir.
Enumeração “Perra, cadela tinhosa que rosneas, A Ama insulta a Moça várias
aleivosa?” vezes, o que evidencia a sua
irritação.
Hipérbole “fazendo mil devações, mil choros, A Ama exagera para realçar a
mil orações.” vida de recolhimento que
levou na ausência do Marido.
Recursos expressivos
Recurso expressivo exemplo Expressividade
Metáfora “O vida y mi senhora, luz de todo o O Castelhano elogia a Ama,
Portugal” realçando o efeito que tem
nele.
Interrogação “Que más Índia que vos, O Castelhano realça o facto
retórica que más piedras preciosas, de o Marido se ter afastado
que más alindadas cosas, da Ama, questionando as
que estardes juntos los dos?” razões por que o fez.
Anáfora “ Y aunque la mar se humillara Com a repetição no início de
y la tormenta cessara, cada verso, o Castelhano
y ele viento me obedeciera, pretende salientar que nunca
y el quarto cielo se abriera, abandonaria Constança.
Un momiento no os dejara”
Auto da Índia em cena
Adaptação da peça de Gil Vicente apresentada no
CHCF- Centro Hospitalar Conde Ferreira

ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve


A Escola da Noite©Novembro2007

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