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Formação CMM - 14 e 15 de Novembro de 2008 - Lisboa - Portugal

EN1090-2: Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio


Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

CURSO DE FORMAÇÃO
EN 1090-2: Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio
Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

14 e 15 de Novembro de 2008

1 Rui Simões, Altino Loureiro, Leonor Corte Real e Adriano Santos


Formação CMM - 14 e 15 de Novembro de 2008 - Lisboa - Portugal
EN1090-2: Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio
Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

Organização do Curso
Enquadramento da Norma EN 1090-2
1. Objectivos
2. Normas aplicáveis R. Simões
3. Termos e definições
4. Especificações e documentação
5. Materiais A. Loureiro e R. Simões
6. Fabricação A. Santos
7. Soldadura A. Loureiro
8. Ligações aparafusadas R. Simões
9. Montagem A. Santos
10. Tratamento superficial L. Corte Real
11. Tolerâncias geométricas A. Santos
12. Inspecção e ensaios R. Simões, A. Loureiro, L. Corte Real e A. Santos
Anexos R. Simões, A. Loureiro, L. Corte Real e A. Santos

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EN1090-2: Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio
Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

EU

ENQUADRAMENTO Comissão Europeia

Directiva dos Produtos da Construção 89/106/EEC

Requisitos essenciais

Resistência mecânica e Resistência ao fogo


estabilidade

Documento interpretativo ID1 Documento interpretativo ID2

Documentos auxiliares: aplicação e uso dos Eurocódigos

EN 1090: Execução de Estruturas de EN 1990 – Bases de projecto

Aço e de Estruturas de Alumínio EN 1991 EN 1992

(Technical Committee CEN/TC 135) EN 1993


EN 1994
EN 1995
EN 1996
EN 1997
EN 1998
EN 1999

Normas de hEN’s – Normas ETA’s –


execução harmonizadas de produtos Aprovações
de produtos para materiais e técnicas
e obras componentes pré- europeias
fabricados
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

NORMA EN 1090

prEN 1090-1: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio


– Parte 1: Condições Gerais.
(Versão final em fase de aprovação)

EN 1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio


– Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.
(Versão final aprovada em Abril 2008; será norma nacional até Janeiro de 2009; entrada em
vigor a partir de Abril de 2009; documentos nacionais conflituosos devem ser retirados até
Março de 2010)

EN 1090-3: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio


– Parte 3: Requisitos Técnicos para Estruturas de Alumínio.
(Versão final aprovada em Abril 2008)

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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

prEN 1090-1: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio -


Parte 1: Condições Gerais.
Conteúdo e Objectivos:
Definição dos requisitos de conformidade que devem ser verificados na execução de uma
estrutura em aço ou em alumínio ou dos seus componentes (incluindo componentes em aço de
estruturas mistas aço-betão) com vista à sua certificação (marca CE) e introdução no mercado da
construção.
Apresenta os requisitos mas não contém regras de aplicação. Essas regras são estabelecidas
nos Eurocódigos 3 ou 4 no que se refere ao cálculo e dimensionamento e nas EN 1090-2 (Aço) e
EN 1090-3 (Alumínio) no que se refere aos requisitos de execução.
Índice:
1. Objectivo
2. Normas aplicáveis
3. Termos, definições e abreviaturas
4. Requisitos
5. Métodos de avaliação
6. Avaliação da conformidade
7. Classificação
8. Marca
5 Anexos
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EN 1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de


Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. OBJECTIVOS
2. Normas aplicáveis
3. Termos e definições
4. Especificações e documentação
5. Materiais
6. Fabricação
7. Soldadura
8. Ligações aparafusadas
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. Inspecção e ensaios
Anexos
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1. OBJECTIVOS
 Especificação de requisitos técnicos para a execução de:
- Estruturas de aço,
- Componentes de estruturas de aço,
- Componentes em aço para estruturas mistas aço-betão,
de forma que os requisitos de dimensionamento (projecto) previstos nos Eurocódigos
Estruturais aplicáveis (EN 1990, EN 1991, EN 1993, EN 1994, …):
- Resistência mecânica e estabilidade,
- Condições de serviço,
- Durabilidade,
- Resistência ao fogo,
sejam cumpridos.

 Aplica-se aos diversos tipos de estruturas (edifícios, pontes, estruturas laminares, …),
incluindo estruturas sujeitas a fadiga ou a acções sísmicas, fabricadas em aço laminado
a quente até S690 inclusive, em aço enformado a frio (até S690 em aço-carbono e até
S700 em aço inox), nos diversos tipos de perfis (I, H, tubulares, …).

 Os níveis de exigência são distinguidos em CLASSES DE EXECUÇÃO


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EN 1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de


Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. Objectivos
2. NORMAS APLICÁVEIS
3. Termos e definições
4. Especificações e documentação
5. Materiais
6. Fabricação
7. Soldadura
8. Ligações aparafusadas
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. Inspecção e ensaios
Anexos
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2. NORMAS APLICÁVEIS
A utilização da norma EN 1090-2 implica a aplicação de um conjunto
alargado de normas, divididas em 8 grupos:

I. Materiais (Aço laminado a quente, aço enformado a frio, aço inox, aço
moldado, materiais para soldadura, ligadores, cabos de aço de alta
resistência, apoios).
II. Fabricação.
III. Soldadura.
IV. Ensaios.
V. Montagem.
VI. Protecção contra a corrosão.
VII. Tolerâncias.
VIII. Diversas.

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Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. Objectivos
2. Normas aplicáveis
3. TERMOS E DEFINIÇÕES
4. Especificações e documentação
5. Materiais
6. Fabricação
7. Soldadura
8. Ligações aparafusadas
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. Inspecção e ensaios
Anexos
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3. TERMOS E DEFINIÇÕES
Neste capítulo são definidos os termos técnicos relevantes, de forma a
facilitar a interpretação da norma.

Exemplos:
“construction works” – Todos os trabalhos associados a uma construção, incluindo os
componentes estruturais e não estruturais.
“structural steelwork” – Trabalhos associados à execução da estruturas metálicas ou
componentes metálicas de estruturas.
“component” – Parte de uma estrutura metálica.
“essential tolerance” – tolerâncias geométricas necessárias para a verificação dos
requisitos de dimensionamento em termos de resistência e estabilidade (E.L.U.).
“functional tolerance” – tolerâncias geométricas necessárias para a verificação das
condições funcionais (E.L.S.).

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Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. Objectivos
2. Normas aplicáveis
3. Termos e definições
4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
5. Materiais
6. Fabricação
7. Soldadura
8. Ligações aparafusadas
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. Inspecção e ensaios
Anexos
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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
ESPECIFICAÇÕES DE EXECUÇÃO
Conjunto de documentos onde são especificados todos os requisitos para a execução de
uma determinada obra, de acordo com a EN 1090-1. Pode incluir vários dos seguintes
items:

 Informação adicional listada no Anexo A1 da EN 1090-2 – Quadro A1


(Ex. Caracterização de materiais não especificados nas normas aplicáveis ou
outras disposições previstas ao longo da norma);
 Opções listadas no Anexo A2 da EN 1090-2 – Quadro A2 (Ex. Utilização de
parafusos inferiores a M12 ou outros procedimentos alternativos previstos ao
longo da norma);
 Classes de execução de acordo com os Anexos A3 e B;
 Classes de preparação (P1, P2 e P3 de acordo com a durabilidade da protecção
anti-corrosão – cap. 10 da EN 1090-2);
 Classes de tolerâncias (Tolerâncias essenciais e tolerâncias funcionais – cap. 11
da EN 1090-2);
 Elementos relativos à segurança no trabalho (requisitos relativos à segurança no
trabalho, nas fases de fabricação e montagem, conforme especificado em 9.2 e 9.3
da EN 1090-2).
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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
DOCUMENTAÇÃO DA EMPRESA
 Conjunto de documentos que permitem avaliar a capacidade das empresas para a
execução de uma determinada obra.
 Descrevem a organização da empresa, os métodos de execução dos diversos trabalhos,
os procedimentos de inspecção, o plano de qualidade quando exigido, tal como definido
na EN ISO 9000, entre outros elementos referidos na cláusula 4.2 da EN 1090-2.
 O Anexo C da EN 1090-2 especifica os documentos necessários para a elaboração do
plano de qualidade relativo à execução de uma estrutura em aço:
- gestão da obra (identificação da obra, pessoal e respectivas funções, sub-empreitadas, …);
- especificações de projecto com vista à definição da classe de execução;
- especificações de execução (materiais, soldaduras, ligações aparafusadas, tolerâncias, …);
- plano de inspecção e ensaios.

CLASSES DE EXECUÇÃO
 Na EN 1090-2 são definidas 4 classes de execução:
EXC1, EXC2, EXC3 e EXC4,
com níveis de exigência crescentes da classe EXC1 para a classe EXC4.
 Os requisitos de execução (tais como os relativos à qualificação da empresa construtora,
aos materiais, aos processos de fabrico e montagem, etc…) associados às diferentes
14 classes de execução são fornecidos no Anexo A3 da EN 1090-2 (Tabela A.3).
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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
Tabela A3 (cont.)

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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
 A escolha da classe de execução (Anexo B da EN 1090-2) de uma estrutura metálica ou
mista não pode ser dissociada do processo de análise e dimensionamento da estrutura.
Deve estar de acordo com os critérios gerais de projecto de estruturas - Normas EN 1990
(EC0) e EN 1991 (EC1) e com as regras de análise e dimensionamento - Normas EN 1993
(EC3) e EN 1994 (EC4).
 Segundo a EN 1990 – Bases de Projecto, uma estrutura deve ser projectada e executada
de forma a desempenhar de forma eficaz as funções para as quais foi concebida,
durante um período de vida útil pré-estabelecido. Para isso devem ser verificadas:
- Condições que impeçam o colapso;
- Condições de serviço;
- Condições de durabilidade (corrosão, desgaste e fadiga);
- Resistência ao fogo.
 Segundo a EN 1990 – Bases de Projecto, o projecto (análise e dimensionamento) de uma
estrutura em aço (ou de outro material) deve ser elaborado de acordo com o nível de
fiabilidade pretendido, em geral dependente da forma como se atinge um estado limite,
risco de perda de vidas humanas, etc...

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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
 A norma EN 1990, no Anexo B * (de acordo com a EN 1991-1-7), estabelece três níveis de
fiabilidade:
RC1, RC2 e RC3,
associados às 3 classes de consequência (“consequences classes”):
CC1, CC2 e CC3,
dependentes das consequências da rotura ou do mau desempenho da estrutura.
Classes de consequência
Classe Descrição Exemplos
Fortes consequências em termos de Edifícios ou espaços com
perdas de vidas humanas, ou grande concentração de
CC3
consequências económicas, sociais ou pessoas (ex. Salas de
ambientais muito severas. espectáculos,...).
Médias consequências em termos de Edifícios residenciais ou
perdas de vidas humanas, ou comercias de média
CC2
consequências económicas, sociais ou concentração de pessoas (ex.
ambientais intermédias. Edifícios de escritórios,...).
Consequências pouco significativas Edifícios agrícolas ou outros
em termos de perdas de vidas humanas, edifícios onde normalmente
CC1
ou consequências económicas, sociais não se encontram pessoas (ex.
ou ambientais desprezáveis. Armazéns....)

18 * Anexo informativo – procedimentos alternativos podem ser fornecidos nos anexos nacionais.
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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
 Os níveis de fiabilidade (e classes de consequência) podem ser correlacionadas com as
classes de execução (EXC1, EXC2, EXC3 e EXC4), tendo em conta as categorias de
serviço (incertezas das acções,...) e as categorias de produção (complexidade dos
processos de execução) definidas no Anexo B da EN 1090-2.
 Categorias de serviço:
SC1 – Estruturas submetidas a acções estáticas, acções sísmicas ou de fadiga de
baixa intensidade (ex. edifícios,…);
SC2 – Estruturas submetidas a fadiga ou acções sísmicas em regiões de média a alta
actividade (ex. pontes rodoviários ou ferroviárias, pontes rolantes, estruturas
industriais submetidas a acções dinâmicas,…).
 Categorias de produção:
PC1 – Estruturas sem componentes soldados ou com componentes soldados
fabricados em aço de classe inferior a S355;
PC2 – Estruturas com componentes soldados fabricados em aço de classe S355 ou
superior ou com componentes específicos, tais como: elementos
fundamentais da estrutura soldados em obra, elementos com tratamentos
térmicos e elementos com secções CHS em vigas treliçadas com cortes.

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4. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO
 A escolha da classe de execução de uma determinada estrutura está relacionada com as
categorias de produção (PC1 e PC2) e com as categorias de serviço (SC1 e SC2),
definidas no Anexo B da EN 1090-2 e ainda com as classes de consequência (CC1, CC2 e
CC3) definidas no Anexo B da EN 1990 e consequentemente com os níveis de fiabilidade
RC1, RC2 e RC3, conforme definido na matriz apresentada no quadro seguinte.

Determinação das classes de execução em estruturas de aço


Classes de consequência CC1 CC2 CC3
Categorias de serviço SC1 SC2 SC1 SC2 SC1 SC2
Categorias PC1 EXC1 EXC2 EXC2 EXC3 EXC3 a) EXC3 a)
de
produção PC2 EXC2 EXC2 EXC2 EXC3 EXC3 a) EXC4
a)
A classe de execução EXC4 deve ser considerada em estruturas especiais ou
estruturas com consequências extremas em caso de colapso estrutural.

 Quando a classe de execução não é especificada aplica-se a classe EXC2.

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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

EN 1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de


Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. Objectivos
2. Normas aplicáveis
3. Termos e definições
4. Especificações e documentação
5. MATERIAIS
6. Fabricação
7. Soldadura
8. Ligações aparafusadas
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. Inspecção e ensaios
Anexos
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
 O capítulo 5 da EN 1090-2 inclui as especificações técnicas para todos os materiais:
perfis, placas, ligadores mecânicos (sub-cap. 5.6), soldaduras e outros materiais
acessórios (sub-caps. 5.7 a 5.11).
 Os parafusos, incluindo porcas e anilhas (a par das soldaduras) constituem o tipo de
ligadores mais utilizados nas ligações entre elementos em estruturas metálicas.

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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
 Numa ligação entre peças metálicas os parafusos podem ser solicitados:
- em corte;
- em tracção;
- em corte + tracção.

Parafuso ao corte Parafusos à tracção

 As ligações com parafusos (conjunto parafuso + porca + anilha) podem ser:


- correntes (força de aperto baixa / requisitos de aperto menos exigentes);
- pré-esforçadas (força de aperto elevada / requisitos de aperto mais exigentes).
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5. MATERIAIS
Normas mais relevantes na especificação de parafusos, porcas e anilhas
EN 15048-1, Non-preloaded structural bolting assemblies – Part 1: General requirements;
EN 15048-2, Non-preloaded structural bolting assemblies – Part 3: Suitability test;
EN ISO 898-1,Mechanical properties of fasteners made of carbon steel and alloy steel – Part 1: Bolts, screws
and studs;
EN 20898-2, Mechanical properties of fasteners - Part 2: Nuts with specific proof loads values – Coarse
thread;
EN 14399-1, High-strength structural bolting assemblies for preloading – Part 1: General requirements;
EN 14399-2, High-strength structural bolting assemblies for preloading – Part 2: Suitability test for
preloading;
EN 14399-3, High-strength structural bolting assemblies for preloading – Part 3: System HR - Hexagon bolt
and nut assemblies;
EN 14399-4, High-strength structural bolting assemblies for preloading – Part 4: System HV - Hexagon bolt
and nut assemblies;
EN 14399-5, High-strength structural bolting assemblies for preloading – Part 5: Plain washers;
EN 14399-6, High-strength structural bolting assemblies for preloading – Part 6: Plain chamfered washers;
EN 14399-7, High-strength structural bolting for preloading - Part 7: System HR - Countersunk head bolt
and nut assemblies;
EN 14399-8, High-strength structural bolting for preloading - Part 8: System HV - Hexagon fit bolt and nut
assemblies;
EN 14399-9, High-strength structural bolting for preloading - Part 9: System HR or HV - Bolt and nut
assemblies with direct tension indicators;
EN 14399-10, High-strength structural bolting for preloading - Part 10: System HRC - Bolt and nut
24 assemblies with calibrated preload.
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5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Aplicam-se as normas EN 15048-1, EN 15048-2, EN 14399-1 (Ligações pré-esforçadas),
EN 898-1, EN 20898-2.

 EN 15048-1 especifica os requisitos gerais - identificação, classes, propriedades


mecânicas, tolerâncias dimensionais, ensaios e avaliação da conformidade, a que devem
obedecer os parafusos, as porcas e as anilhas para uso em ligações correntes (incluindo
em aço inox), de tamanhos M12 a M36.
 EN 15048-2 especifica um ensaio para avaliação do comportamento do conjunto
parafuso + porca + anilha.
 EN 898-1 especifica as propriedades geométricas e mecânicas dos parafusos. Especifica
também os ensaios que podem ser efectuados para aferir essas mesmas propriedades.

Provete para ensaio de tracção Provete para ensaio sob carga excêntrica

 EN 20898-2 especifica as propriedades geométricas e mecânicas das porcas. Especifica


25 também os ensaios que podem ser efectuados para aferir essas mesmas propriedades.
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5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Comportamento mecânico dos parafusos (EN 898-1)

Propriedades fundamentais
- Tensão de rotura;
- Tensão de cedência ou tensão limite de
proporcionalidade a 0.2%;
- Extensão após rotura;
- Módulo de elasticidade.

Curva tensão-extensão de parafusos Provete para ensaio de tracção

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5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Tabelas 1 e 3 da EN 15048-1

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5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Normas EN ISO 898-1 e EN 20898-2.

Não recomendados (AN-EC3-1-8) Alta resistência

 Parafusos (aço-carbono) – Classes 4.6, 4.8, 5.6, 5.8, 6.8, 8.8 e 10.9 Ex.
 Porcas (aço-carbono) – Classes 4, 5, 6, 8, 10 e 12 fub = 800 MPa
 Parafusos e porcas (aço inox) – Classes 50, 70 e 80 fyb = 0.8 x fub=640 MPa
 Anilhas – Classes HV 100 ou HV 200

 Em ligações correntes as anilhas poderão não ter nenhuma marca.


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5. MATERIAIS
Ligações correntes
(não pré-esforçadas)
– 5.6.3 da EN 1090-2
Tabela 3 da
EN ISO 898-1

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5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Tabela 7 da EN 15048-1

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EN1090-2: Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio
Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Tabela 6 da EN 15048-1

31
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
Ligações correntes (não pré-esforçadas) – 5.6.3 da EN 1090-2
Ensaio de tracção segundo a EN 15048-2

 EN 15048-2 especifica um ensaio de tracção do conjunto parafuso + porca + anilha para


a sua utilização em ligações correntes solicitadas ao corte ou à tracção.

P – passo de rosca

 Ensaio realizado a uma temperatura entre 10º e 35ºC, com uma velocidade máxima de
deformação de 20 mm/min (ISO 6892), com medição da relação força-deformação até à
rotura.
 A rotura deve ocorrer por tracção na zona roscada livre ou corte nos filetes dentro da
porca.
32  A força máxima atingida não pode ser inferior à força Fub = fub x As.
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Aplicam-se as normas EN 14399-1 à EN 14399-10

 EN 14399-1 especifica os requisitos gerais - identificação, classes, propriedades


mecânicas, tolerâncias dimensionais, testes e avaliação da conformidade, a que devem
obedecer os parafusos, as porcas e as anilhas para utilização em ligações
pré-esforçadas (parafusos em aço inox, em geral, não são permitidos).
 São definidos os sistemas HR (EN 14399-3), HV (EN 14399-4) e HRC (EN 14399-10) para os
conjuntos parafuso + porca + anilha. Em ligações pré-esforçadas podem ser utilizados
componentes dos vários sistemas, mas não em simultâneo numa mesma ligação.

 Sistema HR (EN 14399-3 – Parafusos normais, EN 14399-7 – Parafusos com cabeça


contrapunçoada) – Parafusos onde a ductilidade é obtida por plastificação ao longo do
parafuso – Comprimento reduzido da zona lisa do parafuso.

 Sistema HV (EN 14399-4 – Parafusos normais, EN 14399-8 – Parafusos ajustados) -


Parafusos onde a ductilidade é obtida por deformação plástica da rosca na zona da
porca - Comprimento reduzido da zona roscada do parafuso.

 Sistema HRC (EN 14399-10) - Sistema semelhante ao HR, mas com parafusos com
33 dispositivo de calibração do pré-esforço.
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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Sistemas de ligações pré-esforçadas segundo a EN 14399-1

 O comportamento de uma ligação pré-esforçada depende fundamentalmente do:


- valor do pré-esforço aplicado nos parafusos (procedimentos de aperto – cap.8 da
EN 1090-2);
- coeficiente de atrito entre as superfícies em contacto (procedimentos de ensaio
– cap.8 da EN 1090-2).
34
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Propriedades mecânicas dos elementos de ligação - EN 14399-1

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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
k-class e conformidade - EN 14399-1

 Os coeficientes k referidos na Tabela 6 são fornecidos pelos fabricantes e podem ser


aferidos através do procedimento experimental previsto na EN 14 399-2.
 No cap. 6 da EN 14399-1 são especificados os requisitos que os fabricantes devem
cumprir com vista a certificação dos produtos e obtenção da marca CE.

36 Ex. marca CE
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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Ex. Parafusos EN 14399-3 (Sistema HR)

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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas
– 5.6.4 da EN 1090-2
Ex. Parafusos EN 14399-3
(Sistema HR) – cont.

 A norma EN 14399-3 (Sistema


HR) inclui ainda a especificação
de parafusos até M36 e
tolerâncias de fabrico.
38
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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Ex. Porcas EN 14399-3 (Sistema HR)

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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas
– 5.6.4 da EN 1090-2
Ex. Parafusos EN 14399-4 (Sistema HV)

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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Ex. Porcas EN 14399-4 (Sistema HV)

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5. MATERIAIS
Ligações pré-esforçadas – 5.6.4 da EN 1090-2
Ex. Anilhas segundo as normas EN 14399-5 e EN 14399-6

Anilhas planas (EN 14399-5) Anilhas com chanfros (EN 14399-6)

 As anilhas para ligações pré-esforçadas devem ser de uma classe de dureza entre
42 300 HV e 370 HV.
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5. MATERIAIS
 Outros acessórios para ligações aparafusadas
- Dispositivos indicadores de esforço (EN 14 399-9);
- Ligadores resistentes à corrosão;
- Chumbadouros (EN ISO 898-1 ou a partir de aço laminado a quente segundo a
EN 10025-2 a EN 10025-4);
- Dispositivos para evitar a rotação da porca;
- Anilhas sutadas (de espessura variável);
- Rebites;
- Parafusos para chapas finas;
- Parafusos injectados;
- Etc…
 Outros elementos de ligação (sub-caps. 5.7 a 5.11 da EN 1090-2).
- Conectores de esforço transverso;
- “Grouts” para ligações aço-betão (ex. para aplicação em bases de pilares);
- Juntas de dilatação;
- Cabos de aço de alta resistência e terminais (ex. fios para cabos usados em tirantes –
EN 10138-3);
43 - Elementos de apoios.
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EN 1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de


Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. Objectivos
2. Normas aplicáveis
3. Termos e definições
4. Especificações e documentação
5. Materiais
6. Fabricação
7. Soldadura
8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. Inspecção e ensaios
Anexos
44
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Conteúdo
 Nestes capítulo são fornecidas as especificações relativas à execução de:
- ligações aparafusadas correntes;
- ligações aparafusadas pré-esforçadas.
e ainda à execução de ligações mais específicas como sejam:
- parafusos ajustados;
- rebites;
- parafusos em chapas finas;
- chumbadouros;
- parafusos injectados;
- parafusos em aço inox.

2 t2
1 t1
2 t2

45 Parafusos ajustados Rebites Parafusos injectados


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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Comportamento de ligações metálicas – Ligações correntes
 Numa ligação corrente entre peças metálicas os parafusos podem ser solicitados:
- em corte;
- em tracção;
- em corte + tracção.

Parafuso ao corte Parafusos à tracção

0.6  fub  A 0.9  fub  As


Fv .Rd  Ft .Rd 
 M2  M2
k1   b  fu  d  t 0.6    d m  t p  fu
Fb.Rd  Bp.Rd 
 M2  M2

Fv .Ed Ft .Ed
Corte + Tracção   1.0
46 Fv .Rd 1.4  Ft .Rd
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Comportamento de ligações metálicas – Ligações pré-esforçadas
 Numa ligação pré-esforçada entre peças metálicas a resistência é obtida por atrito ou
por tracção nos parafusos. Ligações adequadas para estruturas sujeitas a fadiga.

Força de pré-esforço PB

Isostáticas de
compressão

ks n 
Fs,Rd = Fp,C Fp,C = 0,7 fub As
 M3
sendo  o coeficiente de atrito - Tabela 18 da EN 1090-2

47 Ligação pré-esforçada ao “corte”


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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Comportamento de ligações metálicas – Ligações pré-esforçadas (cont.)

KB  K 
N1  PB  PB  PB 1  B 
KC  KC 
KB/KC = 0.05 a 0.1

48
Ligação pré-esforçada à tracção
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Comportamento de ligações metálicas – Quadro resumo

Categorias de ligações aparafusadas (Eurocódigo 3 - Parte 1.8: Ligações)

Categoria Critérios Observações


Ligações em corte
A Fv,Ed ≤ Fv,Rd Não é requerido qualquer pré-esforço.
resistente por pressão diametral Fv,Ed ≤ Fb,Rd Classes de parafusos 4.6 a 10.9.
B Fv,Ed.ser ≤ Fs,Rd,ser Parafusos pré-esforçados das classes 8.8 ou
resistente ao escorregamento no Fv,Ed ≤ Fv,Rd 10.9. Para a resistência ao escorregamento no
estado limite de utilização Fv,Ed ≤ Fb,Rd estado limite de utilização, ver 3.9.
Parafusos pré-esforçados das classes 8.8 ou
C Fv,Ed ≤ Fs,Rd
10.9. Para a resistência ao escorregamento no
resistente ao escorregamento no Fv,Ed ≤ Fb,Rd
estado limite último, ver 3.9.
estado limite último Fv,Ed ≤ Nnet,Rd
Nnet,Rd ver 3.4.1(1) c).
Ligações em tracção
Não é requerido qualquer pré-esforço.
D Ft,Ed ≤ Ft,Rd
Poderão utilizar-se as classes de parafusos
não pré-esforçada Ft,Ed ≤ Bp,Rd
4.6 a 10.9. Bp,Rd ver Quadro 3.4.
Deverão utilizar-se parafusos pré-esforçados
E Ft,Ed ≤ Ft,Rd
das classes 8.8 ou 10.9.
pré-esforçada Ft,Ed ≤ Bp,Rd
Bp,Rd ver Quadro 3.4.

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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Ligações aparafusadas correntes e pré-esforçadas: Disposições gerais
 A diferença de espessura máxima D entre placas de ligação é em geral de 2 mm em
ligações correntes e de 1 mm em ligações pré-esforçadas. Podem ser usadas placas de
enchimento, num máximo de 3, com espessura mínima de 2 mm cada. Em condições de
exposição mais adversas estas diferenças devem ser mais reduzidas.

 Parafusos ou porcas, em geral, não devem ser soldados.


 Em ligações correntes podem ser considerados dispositivos que impeçam a rotação da
porca; em ligações pré-esforçadas estes dispositivos são desnecessários.
 Devem ser usados parafusos M12 ou superior, excepto em ligações de chapa fina.
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Ligações aparafusadas correntes e pré-esforçadas: Disposições gerais (cont.)
 Os parafusos devem ser dimensionados de forma a assegurar pelo menos:
- 1 passo de rosca para além da face exterior da porca (*);
- 1 passo de rosca entre a face interior da porca e a parte não roscada do parafuso,
em ligações correntes (**);
- 4 passos de rosca entre a face interior da porca e a parte não roscada do parafuso,
em ligações pré-esforçadas (**).

(*)

(**)

 As porcas devem rodar livremente sem esforço.


 Porcas devem ser instaladas de forma que as marcas de identificação fiquem visíveis.
 Em ligações correntes com furos circulares, em geral, não é obrigatório o uso de
anilhas. Se usadas (eventualmente para reduzir o dano na pintura) devem ser aplicadas
no elemento (porca ou cabeça) que roda.
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Ligações aparafusadas correntes e pré-esforçadas: Disposições gerais (cont.)
 Em ligações correntes com um único parafuso é obrigatório o
uso de anilhas na cabeça e na porca.
 Em ligações pré-esforçadas deve aplicar-se:
- Anilhas sob o elemento (cabeça ou porca) que roda,
em parafusos de classe 8.8;
- Anilhas na cabeça e na porca, em parafusos de classe 10.9.
 Nas porcas podem ser usadas anilhas planas (EN 14399-5);
na cabeça devem ser usadas anilhas com chanfro
(EN 14399-6), ficando este para o lado da cabeça.
 Anilhas sob a forma de placa (máx. 3, com
espessura mín. 4 mm cada) podem ser
usadas em ligações com furos alongados
(ligação ilustrada ao lado).
 Anilhas de espessura variável (anilhas
sutadas) podem ser usadas sempre que as
superfícies das placas não sejam
perpendiculares ao eixo dos parafusos.
52
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos correntes (não pré-esforçados)
 Os parafusos devem ser apertados até as chapas ficarem encostadas (“snug-tight
condition), com o esforço normal de um operário. Devem ser efectuados vários ciclos
de aperto, começando pelas zonas mais rígidas das ligações.

 Relativamente ao aperto de parafusos em ligações correntes, o Anexo Nacional do


Eurocódigo 3: Parte 1.8 – Ligações, refere o seguinte:
“As especificações de projecto devem indicar claramente se é necessário pré-esforço nos
parafusos por questões de execução ou como uma medida de garantia de qualidade. Neste
caso, o pré-esforço mínimo a aplicar deve ser 50% de Fp,C (sendo Fp,C =0.7 As fub).
Alternativamente, nas ligações de categorias A ou D, poderão ser utilizados dispositivos
adequados para impedir a relaxação da porca (e.g. due to vibrations) tais como uma segunda
porca, ou uma porca ou anilha especiais (“locking nut” ou “locking washer”).”
53
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos pré-esforçados – Coeficiente de atrito
 O comportamento de uma ligação pré-esforçada depende fundamentalmente da força de
pré-esforço instalada Fp,C (em ligações ao “corte” (slip resistant) ou à tracção) e do
coeficiente de atrito nas superfícies em contacto (em ligações ao “corte” (slip resistant).

Força de pré-esforço PB

ks n 
Fs,Rd = Fp,C
 M3
sendo  o coeficiente de atrito -
Tabela 18 da EN 1090-2
Isostáticas de
compressão

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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos pré-esforçados – Coeficiente de atrito
 O coeficiente de atrito para o tipo de tratamento superficial especificado pode ser
obtido através de ensaios, conforme especificado no Anexo G da EN 1090-2.

Anexo G da EN 1090-2
 4 ensaios de curta duração (10 a 15 min)
+1 ensaio de 3 horas, com 90% da carga
média obtida nos ensaios anteriores,
para avaliação de efeitos diferidos;
 + 3 testes de longa duração se os
resultados do 5º ensaio não forem
conclusivos (deslizamento entre 5 min. e
3 horas superior a 2 mm);
 A força de deslizamento para cálculo do
coeficiente de atrito é obtida para um
deslizamento relativo entre as placas de
0.15 mm (com um desvio padrão máximo
de 8%);

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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos pré-esforçados – Coeficiente de atrito
Anexo G da EN 1090-2

Força-Deslocamento
700

Força (kN)
600

500

400

300

200

100

0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00

Deslocamento (mm)

F
i  si m 
  i
s 
i  m 2 car   m  2.05 s
4Fp ,C n n 1
56 Procedimento experimental para avaliação do coeficiente de atrito (Anexo G da EN 1090-2)
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos pré-esforçados – Especificações de aperto
 As especificações de aperto de parafusos pré-esforçados (segundo 8.5 da EN 1090-2)
devem incluir:
- O valor do pré-esforço (em geral Fp,C = 0.7 As fub), conforme Tabela 19 da EN 1090-2;
- O método de aperto;
- Os parâmetros de aperto;
- Requisitos de inspecção.

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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos pré-esforçados – Especificações de aperto
 Na Tabela 20 da EN 1090-2 são especificados os métodos de aperto permitidos, desde
que este seja obtido por rotação da porca.

 Em alternativa, o método de aperto pode ser calibrado com base no procedimento


experimental descrito no Anexo H da EN 1090-2.
 Se o aperto for obtido por rotação da cabeça do parafuso, o procedimento deve ser
calibrado de acordo com o Anexo H da EN 1090-2 ou norma EN 14399-2.
 As perdas de pré-esforço, devido a relaxação dos parafusos ou fluência das películas de
protecção do aço nas superfícies em contacto, devem ser tidas em conta (aumentando o
pré-esforço inicial ou prevendo reapertos ao longo do tempo).
58
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Aperto de parafusos pré-esforçados – Especificações de aperto
 Os momentos de aperto de referência Mr,i para aplicação dos diversos métodos de
aperto são determinados para cada conjunto “parafuso+porca+anilha” por uma das
seguintes opções:
a) Valores km fornecidos pelos fabricantes de parafusos (de acordo com a parte
relevante da EN 14399) para as classes K1 ou K2:
1) Mr,2 = km d Fp,C para a classe K2
2) Mr,1 = km d Fp,C para a classe K1
b) Valores determinados de acordo com o Anexo H da EN 1090-2.
1) Mr,test = Mm

Método do momento de aperto (“Torque method”)


 O aperto pode ser aplicado com chaves manuais ou automáticas de uma forma suave e
contínua, em duas fases:
1) Aplicação de um momento de aperto igual a 0.75 Mr,i com Mr,i = Mr,2 ou Mr,test.
2) Aplicação de um momento de aperto igual a 1.10 Mr,i com Mr,i = Mr,2 ou Mr,test.

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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Método combinado (“Combined method”)
 O método inclui duas fases, sendo a primeira semelhante à do método anterior:
1) Aplicação de um momento de aperto igual a 0.75 Mr,i com Mr,i = Mr,2 ou Mr,1 ou Mr,test.
2) Rotação da porca de um ângulo tal como especificado na Tabela 21 da EN 1090-2.

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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Método HRC (“HRC method”)
 Este método implica a utilização de chaves e parafusos específicos (EN 14399-10,
Part 10: System HRC - Bolt and nut assemblies with calibrated preload).
 A chave tem dois encaixes, o primeiro roda a porca e o segundo segura o pequeno troço
(“spline end”), que rompe quando é atingida a força de pré-esforço especificada.

61 Parafusos – Sistema HRC (EN 14399-10) Sistema de aperto


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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Dispositivos indicadores de esforço (“Direct tension indicator method DTI”)
 O pré-esforço é avaliado com base na deformação de anilhas com saliências colocadas
por baixo da cabeça (preferencialmente) ou da porca, tal como especificado no Anexo J
da EN 1090-2 e na EN 14399-9.

 O processo inclui duas fases:


1) Aplicação de um momento de aperto até as saliências começarem a deformar.
2) Aplicação do aperto final, medindo as folgas (Tabela J.1 do Anexo J da EN 1090-2) de
forma a verificar os critérios de aceitação estabelecidos no Anexo J da EN 1090-2.

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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Anexo H e EN 14399-2
 Procedimento experimental para calibração do método de aperto adoptado, de forma a
instalar nos parafusos a força de pré-esforço especificada (em geral Fp,C = 0.7 As fub).
 O teste consiste no aperto de um número especificado de amostras, utilizando o mesmo
equipamento de aperto e materiais a usar em obra, com a configuração ilustrada na
figura abaixo.
 Os componentes das amostras (parafusos, porcas e anilhas) só podem ser usados em
1 teste e não podem ser re-utilizados em obra.

1 – Porca
2 – Anilha
3 – Placas de enchimento
4 – Dispositivo para avaliação da força instalada
(célula de carga ou outro dispositivo)
5 – Anilha com chanfro
6 – Cabeça do parafuso

63
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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Anexo H e EN 14399-2
 Os dispositivos de medição da força e o equipamento de aplicação do momento de
aperto (chave dinamómetro) devem ser calibradas com a precisão indicada nas Tabelas
H.1 e H.2 do Anexo H da EN 1090-2.
 O teste permite obter o momento de aperto Mm, os coeficientes km e o ângulo de rotação
da porca, parâmetros necessários para aplicação dos diversos métodos de aperto.

64 Procedimento experimental para calibração do método de aperto


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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Anexo H e EN 14399-2
 O momento Mm é obtido através das seguintes fórmulas:
n
Mi  M i  M m  Vm 
Sm
Mm  i 1 Sm  Mm
n n 1
(Valor médio) (Desvio padrão) (Coeficiente de variação)

 O coeficiente km é obtido através das seguintes fórmulas:

Mi
ki 
d Fp Sk 
 ki  k m 
n 1
(Valor ki) (Desvio padrão)

n
 ki Sk
km  i 1 Vk 
n km
(Valor médio) (Coeficiente de variação)

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Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço

8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Anexo H e EN 14399-2
 Nas Tabelas H1 e H2 são estabelecidos alguns critérios de aceitação.

66
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Outros ligadores previstos em 8.6 a 8.10 da EN 1090-2
Parafusos ajustados
 Em ligações com parafusos ajustados (diâmetro do furo igual ao diâmetro do parafuso)
aplica-se a EN 14399-8. Em geral todas as tolerâncias de fabrico e montagem são mais
apertadas do que as exigidas em parafusos em furos com folgas normalizadas
(especificadas na cláusula 6.6 da EN 1090-2).
 Em parafusos ajustados o comprimento de rosca na zona de contacto com as placas de
ligação não deve ser superior a 1/3 da espessura da placa.

Rebites
 Na cláusula 8.7 são fornecidas as especificações relativas a rebites: instalação
(alinhamento de furos, parafusos de montagem, aquecimento,…) e critérios de
67 aceitação.
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8. LIGAÇÕES APARAFUSADAS
Parafusos injectados - Anexo K da EN 1090-2
 Neste tipo de ligações o furo é preenchido com uma resina que é injectada através de
um pequeno furo existente na cabeça do parafuso, obtendo-se um comportamento
semelhante ao de uma ligação pré-esforçada (“slip resistant”) ou mesmo rebitada.
 Em parafusos inferiores a M27 a folga normalizada é 2 mm; para parafusos M27 ou
superiores a folga normalizada passa para 3 mm.

 No Anexo K são ainda fornecidas as especificações para a preparação e aplicação das


resinas. O comportamento ao corte de uma ligação com parafusos injectados pode ser
68 avaliado através do procedimento experimental previsto no Anexo G – EN 1090-2.
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EN 1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de


Alumínio – Parte 2: Requisitos Técnicos para Estruturas de Aço.

1. Objectivos
2. Normas aplicáveis
3. Termos e definições
4. Especificações e documentação
5. Materiais
6. Fabricação
7. Soldadura
8. Ligações aparafusadas
9. Montagem
10. Tratamento superficial
11. Tolerâncias geométricas
12. INSPECÇÃO E ENSAIOS
Anexos
69
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12. INSPECÇÃO E ENSAIOS


Cap 12.5 – Ligações aparafusadas.
Ligações correntes
 Em ligações correntes, depois da montagem, é suficiente uma inspecção visual de forma
a verificar se foram cumpridos todos os requisitos especificados para este tipo de
ligação. As deficiências encontradas devem ser corrigidas.

Ligações pré-esforçadas
 As superfícies em contacto nas ligações pré-esforçadas resistentes por atrito (“slip
resistant”) devem ser inspeccionadas antes da montagem da ligação.
 Antes da aplicação do pré-esforço devem ser verificados todos os requisitos relativos a:
alinhamentos, anilhas, calibração do equipamento (EXC2, EXC3 e EXC4), entre outros.
 Durante e após a aplicação do pré-esforço as inspecções devem ser efectuadas de
acordo com o seguinte procedimento:
 EXC2 – 5% das ligações, para a 2ª fase de aperto do método do momento de aperto
(“torque method”), do método combinado ou do método DTI.
 EXC3 e EXC4
 5 % das ligações, para a 1ª fase e 10% para a segunda fase de aperto do
método combinado;
 10% das ligações, para a 2ª fase de aperto do método do momento de
70 aperto (“torque method”) ou do método DTI.
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12. INSPECÇÃO E ENSAIOS


Ligações pré-esforçadas
 O plano de inspecções pode ser efectuado de acordo com o Anexo M da EN 1090-2.
 EXC2 e EXC3 – Plano sequencial tipo A
 EXC4 - Plano sequencial tipo B
 O plano de inspecções consiste na inspecção de um número especificado de ligações
até se verificar uma condição de aceitação ou rejeição, como se exemplifica na figura.

Ex:
Plano sequencial tipo A
(mínimo 4, máximo 16)
Linha a traço interrompido – rejeição
71 Linha a ponteado - aceitação
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12. INSPECÇÃO E ENSAIOS


Ligações pré-esforçadas
 Em parafusos apertados através do método do momento de aperto (“torque method”) a
inspecção consiste em verificar o aperto (verificar se tem 1.10 x Momento de aperto
especificado) utilizando uma chave de aperto (calibrada com erro máximo de 4%).
 Esta verificação deve ser efectuada entre as 12 e as 72 h após a montagem. Em ligações
com superfícies em contacto pintadas, o procedimento de inspecção de ser repetido ao
longo do tempo.
 Se neste procedimento a porca rodar mais de 15º o parafuso deve ser reapertado.
 Em parafusos apertados através do método combinado (“combined method”), para
classes de execução EXC3 e EXC4 o aperto da 1ª fase (aperto até 75% da força
especificada) deve ser verificado e corrigido através de um procedimento igual ao
especificado para o método anterior (“torque method”).
 Para verificação da 2ª fase de aperto deve proceder-se da seguinte forma:
- verificar as marcas das porcas relativamente ao parafuso, antes da 2ª fase de aperto;
- se a rotação da porca estiver mais de 15º abaixo do valor especificado, deve corrigir-se;
- se a rotação da porca exceder a rotação especificada em mais de 30º (ou verificar-se a
rotura da porca ou do parafuso) a ligação deve ser substituída.

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12. INSPECÇÃO E ENSAIOS


Ligações pré-esforçadas
 Em parafusos apertados segundo o método HRC, basta uma avaliação visual das
ligações, verificando se o dispositivo de controlo do esforço no parafuso (“spline end”)
foi quebrado no processo de aperto.
 Em parafusos apertados através do método DTI, deve efectuar-se uma inspecção visual
após a 1ª fase e uma verificação de acordo com os requisitos especificados no Anexo J
da EN 1090-2 (referidos no capítulo 8 da EN 1090-2).

Ligações com rebites


 Deve inspeccionar-se pelo menos 5% dos rebites, com um mínimo de 5 por estrutura.
 Para além da inspecção visual à forma do rebite, deve verificar-se o contacto com as
chapas, por intermédio de um martelo com 0.5 kg.
 Pode ser usado um procedimento de inspecção sequencial semelhante ao usado em
ligações aparafusadas (Anexo M).
 Em caso de rejeição os rebites devem ser substituídos, com eventual correcção dos
furos.

Outros elementos de ligação


 Para outros elementos de ligação (mais específicos) são ainda fornecidas algumas
73 indicações gerais, remetendo sempre que necessário para as normas dos produtos.
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FIM

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