Antecedentes • Preocupação com os fenômenos psicológicos antes da penetração da psicologia científica no Brasil. • Pensamento psicológico – antes da psicologia científica. • Psicologia – referência à psicologia científica. • Psicologia Científica – último quartel do século XIX (1879). • Estudar os antecedentes implica conhecer como o pensamento psicológico foi produzido no Brasil por outras áreas do saber e a importância do seu desenvolvimento para a absorção dos avanços que os estudos psicológicos alcançaram na Europa. Importância de tal período:
• As bases sobre a qual veio se estabelecer a
Psicologia no Brasil.
• Pessotti denominou tal período de: “Período
Pré-Institucional (até 1833) – as obras não possuíam vínculos diretos com instituições específicas, como viria a acontecer posteriormente. • Autores brasileiros e alguns portugueses, mas que passaram a maior parte de suas vidas no Brasil.
• Em geral tiveram formação jesuítica e cursaram
universidades europeias. A maioria exercia função religiosa ou política (eram jesuítas ou ocupavam cargos importantes).
• As obras, impressas em Portugal, não havia ainda imprensa
no Brasil, tratavam de temas como: emoções, sentidos, autoconhecimento, educação de crianças e jovens, características do sexo feminino, trabalho, adaptação ao ambiente, processos psicológicos, diferenças raciais, aculturação e técnicas de persuasão de “selvagens”, controle político e aplicação do conhecimento psicológico à prática médica. • O processo de colonização do Brasil por Portugal, no contexto da expansão econômica europeia, foi pautado fundamentalmente na exploração.
• A metrópole decidia o que deveria ser produzido,
a maneira de fazê-lo e tinha seu monopólio, tendo como finalidade exclusiva o lucro.
• Não houve preocupação de fato com a
colonização propriamente dita, o que caracteriza o Brasil meramente como colônia de exploração. • A articulação entre o pensamento psicológico produzido no Brasil e os interesses metropolitanos revela-se em:
• Preocupação com índios, principalmente, ao trabalho e
à aculturação.
• O controle ou cura das emoções: relativo a problemas
enfrentados pela colônia, cuja natureza era fundamentalmente de ordem moral.
• Educação: estudos relacionados aos interesses
metropolitanos, quer pela difusão da ideologia dominante, quer pela necessidade de formação de quadros destinados à organização da empresa colonial. • O pensamento psicológico produzido no Brasil é exclusivamente europeu devido a sua dependência de Portugal?
• Apesar de tal dependência, é impossível negar o
caráter de originalidade em muitas obras:
• Prenúncios da psicoterapia, os estudos sobre as
crianças e sua educação, a determinação do ambiente sobre o comportamento, as concepções contrárias à completa submissão da mulher, sobretudo o reconhecimento da capacidade intelectual feminina e, as relações entre a prática médica e o saber psicológico. 10) (ENADE) Com os recentes avanços e transformações na área da historiografia da Psicologia reviram-se alguns dos pressupostos que regiam a História das Ideias Psicológicas no Brasil. Nesse âmbito, não são raros os pesquisadores que têm concebido a história do saber psicológico como uma história da reflexão do ser humano sobre si mesmo. Considerando este contexto é correto afirmar que
(A) as Ideias Psicológicas no Brasil são, exclusivamente, resultado de
concepções importadas da Europa e dos Estados Unidos. (B) só é possível estabelecer uma História das Idéias Psicológicas no Brasil a partir de 1962, ano em que a Psicologia foi reconhecida legalmente como profissão. (C) as Ideias Psicológicas surgiram pela primeira vez no Brasil apenas com o médico Durval Marcondes e sua iniciativa de fundar a Sociedade Brasileira de Psicanálise, em 1927. (D) as Ideias Psicológicas só surgem efetivamente no Brasil com a instalação, em 1906, do primeiro Laboratório Brasileiro de Psicologia, fundado pelo médico Manuel José do Bonfim (1868-1932). (E)) é possível reconhecer no Brasil o desenvolvimento de Ideias Psicológicas no âmbito da filosofia, da medicina e dos estudos religiosos ao menos desde o século XVIII.