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LÍNGUA PORTUGUESA

Ensino Fundamental, 9º Ano

Elementos constituintes do conto


(enredo, tempo, espaço,
personagens, narrador, conflito,
desfecho)
Língua Portuguesa, 9º ano, Elementos constitutivos do conto
(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Postado por - A Psicopedagogia


Baiana
Língua Portuguesa, 9º ano, Elementos constitutivos do conto
(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Inicialmente pedir para os estudantes trazerem


contos no dia da aula que versará sobre o
gênero abordado para construção de um painel
na sala, objetivando sempre terem acesso às
especificidades linguísticas, discursivas e
textuais do gênero.

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Língua Portuguesa, 9º ano, Elementos constitutivos do conto
(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Analisar a música “ Eduardo e Mônica” de


Legião Urbana e perceber se ela conta uma
história.

Vamos assistir ao vídeo dela?


www.youtube.com/watch?v=K-fCDnDQo88

Clip-art
Língua Portuguesa, 9º ano, Elementos constitutivos do conto
(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Eduardo e Mônica – Legião Urbana encontraram sem querer


http://www.vagalume.com.br/legiao- E conversaram muito mesmo pra
urbana/eduardo-e- tentar se conhecer Clip-art
monica.html#ixzz3e1oWWzR8 Foi um carinha do cursinho do
Eduardo que disse
Quem um dia irá dizer que existe - Tem uma festa legal e a gente quer
razão se divertir
Nas coisas feitas pelo coração? E Festa estranha, com gente esquisita
quem irá dizer - Eu não estou legal, não aguento mais
Que não existe razão? birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco
Eduardo abriu os olhos mas não quis mais
se levantar Sobre o boyzinho que tentava
Ficou deitado e viu que horas eram impressionar
Enquanto Mônica tomava um E o Eduardo, meio tonto, só pensava
conhaque em ir pra casa
No outro canto da cidade - É quase duas, eu vou me ferrar
Como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se
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(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Eduardo e Mônica trocaram telefone Ela falava coisas sobre o Planalto


Depois telefonaram e decidiram se Central
encontrar Também magia e meditação
O Eduardo sugeriu uma lanchonete E o Eduardo ainda estava
Mas a Mônica queria ver o filme do No esquema "escola, cinema, clube,
Godard televisão“
Se encontraram então no parque da
cidade Eduardo e Mônica eram nada
A Mônica de moto e o Eduardo de parecidos
camelo Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
O Eduardo achou estranho e melhor Ela fazia Medicina e falava alemão
não comentar E ele ainda nas aulinhas de inglês
Mas a menina tinha tinta no cabelo Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Ela fazia Medicina e falava alemão De Van Gogh e dos Mutantes
E ele ainda nas aulinhas de inglês Do Caetano e de Rimbaud
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes
Do Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
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Teatro e artesanato e foram viajar


E o Eduardo gostava de novela A Mônica explicava pro Eduardo
E jogava futebol-de-botão Coisas sobre o céu, a terra, a água e o
com seu avô ar
Ela falava coisas sobre o Planalto Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo
Central crescer
Também magia e meditação E decidiu trabalhar
E o Eduardo ainda estava E ela se formou no mesmo mês
No esquema "escola, cinema, clube, Em que ele passou no vestibular
televisão“ E os dois comemoraram juntos
E, mesmo com tudo diferente E também brigaram juntos, muitas
Veio mesmo, de repente vezes depois
Uma vontade de se ver E todo mundo diz que ele completa ela
E os dois se encontravam todo dia e vice-versa
E a vontade crescia Que nem feijão com arroz
Como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação,


fotografia
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Construíram uma casa uns E quem irá dizer


dois anos atrás Que não existe razão?
Mais ou menos quando os gêmeos
vieram
Batalharam grana
e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra


Brasília
E a nossa amizade dá saudade no
verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação

E quem um dia irá dizer que existe


razão
Nas coisas feitas pelo coração?
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(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Na música há presença de uma história?


 Há presença de personagens?
 Há falas dessas personagens? Clip-art
 Em que locais se passam a história?
 O tempo da história segue uma sequência na
sucessão dos acontecimentos ou não?
 Qual o conflito da história?
 Em que consiste a história?
 Como a história é concluída?
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(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Então o que seria um conto?

Conto: é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um


universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia
ou imaginação.
Sendo mais curto que a novela ou o romance, o conto tem
uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem
apenas um clímax. O conto é conciso.

É bom lembrar que: O conto quase nunca é publicado


isoladamente. Geralmente ele faz parte de uma obra maior.
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(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

Quais os elementos que constituem um


conto?

• Narrador
• Personagens
• Enredo
• Tempo
• Espaço
• Conflito
• Desfecho
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Leitura do conto para um debate sobre as


especificidades composicionais do gênero.

A CARTEIRA

...De repente, Honório olhou para o chão e viu uma


carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de
alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que
estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe
disse rindo:
- Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.
-É verdade, concordou Honório envergonhado.
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Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que


Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e
tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não
parece grande para um homem da posição de Honório, que
advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas,
segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores.
Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e
depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão;
baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que
não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se.
Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos
empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a
outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a
comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.
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(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

- Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o


Gustavo C..., advogado e familiar da casa.
- Agora vou, mentiu o Honório.
A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena
monta, e constituintes remissos; por desgraça perdera
ultimamente um processo, em que fundara grandes
esperanças. Não só recebeu pouco, mas até parece que
ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo
caso, andavam mofinas nos jornais.
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(enredo, tempo, espaço, personagens, narrador, conflito, desfecho)

D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à


mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a
ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um
mar de prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas
as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele
respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos
de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao
piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou
jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.
Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha,
criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos molhados;
ficou espantada, e perguntou-lhe o que era.
- Nada, nada.
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Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da miséria.


Mas as esperanças voltavam com facilidade. A idéia de que os
dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto para a luta.
Estava com, trinta e quatro anos; era o princípio da carreira:
todos os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a
gastar, pedir fiado ou: emprestado, para pagar mal, e a más
horas.
A dívida urgente de hoje são uns malditos quatrocentos e tantos
mil-réis de carros. Nunca demorou tanto a conta, nem ela
cresceu tanto, como agora; e, a rigor, o credor não lhe punha a
faca aos peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um
gesto mau, e Honório quer pagar-lhe hoje mesmo. Eram cinco
horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou
sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua. da Assembléia é que
viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi
andando.
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Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando,


andando, andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns
instantes, - enfiou depois pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou
na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco no Largo de
S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café.
Pediu alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha
medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem
valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das
reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro
que achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes
com uma expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e
ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer
que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão
depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e
puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam
mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria
entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.
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Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com
medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro,
muito dinheiro; não contou, mas viu duas notas de duzentos mil-réis,
algumas de cinqüenta e vinte; calculou uns setecentos mil-réis ou mais;
quando menos, seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas
despesas urgentes. Honório teve tentações de fechar os olhos, correr à
cocheira, pagar, e, depois de paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia
consigo. Fechou a carteira, e com medo de a perder, tornou a guardá-la.
Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o
dinheiro. Contar para quê? era dele? Afinal venceu-se e contou: eram
setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. Ninguém viu,
ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um
anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos... Mas por que não havia
de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos;
depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-lo a
quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.
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"Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-


me do dinheiro," pensou ele.
Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu,
bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de visita;
leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a
por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior;
achou mais dois cartões, mais três, mais cinco. Não havia duvidar;
era dele.
A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem
praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração
porque era em dano de um amigo. Todo o castelo levantado
esboroou-se como se fosse de cartas. Bebeu a última gota de café,
sem reparar que estava frio. Saiu, e só então reparou que era
quase noite. Caminhou para casa. Parece que a necessidade
ainda lhe deu uns dous empurrões, mas ele resistiu.
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"Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso


fazer."
Chegando a casa, já ali achou o Gustavo, um pouco
preocupado, e a própria D. Amélia o parecia também.
Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma
cousa.
- Nada.
- Nada?
- Por quê?
- Mete a mão no bolso; não te falta nada?
- Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no
bolso. Sabes se alguém a achou?
- Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.
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Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para


o amigo. Esse olhar foi para Honório como um golpe de estilete;
depois de tanta luta com a necessidade, era um triste prêmio.
Sorriu amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a
achara, deu-lhe as explicações precisas.
- Mas conheceste-a?
- Não; achei os teus bilhetes de visita.
Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar.
Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos
bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem
ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o
em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.
(Contos - Machado de Assis. São Paulo: Ciranda Cultural Editora
e Distribuidora Ltda, 2007. p. 15-17)
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Questionamentos:

1- Qual a trama da história e sua função para o


entendimento do conto?
2- Quem conta a história está fora ou dentro dela?
3- A história segue uma sequência dos fatos ou há
uma inversão na ordem gradativa dos
acontecimentos?
4- Em que lugares a história se passa?
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5- Como foram construídas as personagens –


quanto sua importância na participação da história;
sua personalidade e comportamentos; sua
estrutura física?
6 – Qual o conflito gerador da trama, ou seja, a
situação crucial da história?
7- Como foi desenvolvido o final da história?

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Narrador – É o ser do discurso, ou seja, é por ele que


ficamos sabendo dos fatos que acontecem na história.
Podendo ser:
• Personagem : Que narrar e participa ao mesmo tempo
da história.

Exemplo: “A casa em que eu estava hospedado era do


escrivão Meneses” [...] (MACHADO, Assis. Contos.
2007,p.57).
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•Observador: Que narrar os fatos fora da história.


Língua Portuguesa, 9º ano, Elementos
constitutivos
•Exemplo: do conto
“Resolveu tentar a sorte
nos Estados Unidos,
pouco antes dos atentados terroristas” [...]
(CUNHA, Léo. Olhar de descoberta. 2003, p.31).

Personagem: É a voz da narrativa. Através dela que


compreendemos as cenas, os cenários e o próprio enredo,
pois sem ela este nem existiria, ou seja, ela é a peça
fundamental da história.

Exemplo: Capitu – “criatura de 14 anos, alta, forte e cheia,


apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os
cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as pontas
atadas uma à outra, à moda do tempo” (MACAHADO, Assis.
Dom Casmurro. São Paulo: Scipione, 1994, p.14).
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Tempo: Indica a ordem dos fatos na história. Podendo ser:

•Cronológico: Aquele que segue a ordem dos acontecimentos


de forma linear, como: começo, meio e fim.

Exemplo: “O menino dessa história se chama Léo, é igual a


todo mundo, só que de vez em quando, sem ele querer,
escapam do seu corpo magricelo e superbranco borboletas”
(MARINHO, J. Miguel. Olhar de descoberta. 2003, p17).

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•Psicológico: Aquele em que há uma interrupção (quebra) na


sequencia lógica dos acontecimentos.

•Exemplo: “Nunca pude entender a conversação que tive com uma


senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta”
(MACHADO, Assis. Contos, 2007, p.57).

 Espaço: Local onde as personagens circulam, onde as ações se


realizam. Podendo ser físico/geográfico e social.

• Espaço físico: É o lugar onde acontecem os fatos, por exemplo:


numa máquina do tempo; numa casa; praça; cidade.

•Espaço social: É o espaço relativo às condições socioeconômicas,


morais e psicológicas que dizem respeito às personagens.
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Enredo: Trata-se da história propriamente dita, na qual os


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fatos são organizados e narrados. Mesmo em se tratando de
constitutivos do conto
fatos ficcionais (inventados), o discurso requer uma certa
coerência, visando proporcionar no leitor uma impressão de que
os fatos, situados em um dado contexto, realmente são
possíveis de acontecer.
Conflito: Talvez seja a parte elementar de toda a história,
pois é ele que confere motivação ao leitor/ouvinte, instigando-
o a se envolver cada vez mais com a história.

Desfecho: Depois de conferidos toda a tramitação da


história, é chegado o momento de se partir para uma solução
dos fatos apresentados. Lembrando que esse final poderá
muitas vezes nos surpreender, revelando-se como trágico,
cômico, triste, alegre, entre outras formas.
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1º) Após ler o conto “A carteira” de Assis, juntamente com a


música “Eduardo de Mônica” de Legião Urbana, responda aos
itens que dizem respeito à função sociodiscursiva do gênero.

a) Todo texto é escrito para algum fim, diante disso diga qual o
propósito sociodiscursivo do conto lido.
B) Qualquer texto é construído para alguém, pois sua função é
manter a interação entre os indivíduos, e isso é algo de extrema
importância para sua composição, pois é pensando nesse alguém
que o produtor elabora todo seu discurso. Então, devido a isso,
infira qual o perfil dos interlocutores do conto “A carteira” de
Machado de Assis?
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C) É necessário também pensar no veículo de


circulação de um texto, pois ele também determinará
como o gênero será produzido, por isso, elenque os
diversos suportes em que um texto como o conto lido
poderia ser veiculado. Justifique sua resposta.
D) O conflito gerador desse texto se encontra em qual
situação? E qual sua função para a construção da trama
do texto.
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2ª) O conto é um gênero narrativo que expõe uma


história/acontecimento. Tomando como exemplo o conto
de Machado de Assis, observe e conclua os seguintes
elementos composicionais essenciais do gênero:

A) Qual o papel da sequência de fatos/tempo?


B) Personagens/Simbolização das personagens (o que cada
uma representa na história?):
C) Qual a função do narrador? Se houvesse uma mudança
de tipo de narrador, haveria diferença no entendimento do
conto? Seu efeito de sentido seria diferente? Justifique.
D) Qual a importância do enredo para a construção do
conto?
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E) Qual a importância de retratar os espaços em que


ocorrem as cenas da história?

3º) Mude o desfecho do conto e reflita sobre seu papel


para a produção do conto.

4º) Criar Perfis de páginas de facebook para as


personagens da música “Eduardo e Mônica” de Legião
Urbana e do conto “ A carteira” de Machado de Assis.

5º) Produção de contos para a elaboração de um livro


que contenha o gênero estudado. Várias versões.

6º) Marcar um dia para a exposição do livro.


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23 Clip-art Clip-art 29/07/15

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Referências

•ASSIS, Machado de. Contos. São Paulo.: Ciranda Cultural Editora e


Distribuidora, LDTA. 2007.

•______, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Scipione, 1994.


•CARRERO, Raimundo. Os segredos da ficção. Rio de Janeiro: Agir,
2005.

•WEISZFLOG. Walter (org.). Olhar de descoberta. São Paulo:


Melhoramentos, 2003. – (Coleção literatura em minha casa; v.2.

•Link: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/eduardo-e-
monica.html#ixzz3e1oWWzR8

•www.youtube.com/watch?v=K-fCDnDQo88

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