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Departamento Pessoal com

Cálculos Trabalhistas
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Departamento de Pessoal e Cálculos Trabalhistas

Tópicos do Curso:
 Departamento de pessoal X Recursos Humanos;
 Empregado ;
 Conceito e Principais características ;
 Tipos de Trabalhadores ;
 Empregador ;
 Cálculos Trabalhistas;
• Capítulo I - Cálculo Trabalhista - Matemática
• Capítulo II - Folha de Pagamento - Remuneração
• Capítulo III - Folha de Pagamento – Cálculos
• Capítulo IV - Folha de Pagamento - Descontos
• Capítulo V - 13º Salário
• Capítulo Vi - Férias
Recursos Humanos x Departamento Pessoal

Quando abordamos o assunto Departamento


Pessoal e Recursos Humanos muitas vezes surge-
nos uma certa confusão em relação as tarefas
exercidas por cada um desses departamentos.
Qual a diferença de
Recursos Humanos para
o Departamento
Pessoal?
Recursos Humanos

Conhecido pela sigla RH, tem como principais tarefas o


recrutamento e seleção de pessoal, avaliação de
desempenho dos funcionários, treinamento e
desenvolvimento de pessoas entre outras funções, com
o objetivo de adquirir, desenvolver, usar e reter os
colaboradores das Empresas.
Departamento Pessoal

É um departamento da empresa, encarregado de


tarefas e atividades específicas, ou seja, desde a
contratação do funcionário, pagamento de salários,
transporte, férias, licença médica, 13º Salário,
organização dos horários de trabalho e Rescisão
Contratual dos funcionários.
Relação de Trabalho

 A expressão Relação de Trabalho tem caráter genérico.

 Todas as relações jurídicas caracterizadas por terem


sua prestação essencial centrada em uma obrigação de
fazer consubstanciada em labor humano (toda
modalidade de contratação de trabalho humano
modernamente admissível), em troca de um valor
pecuniário ou não-pecuniário, consiste numa relação de
trabalho.
Relação de Emprego

 Relação de Emprego, por sua vez, é espécie de relação


de trabalho, firmada por meio de contrato de trabalho.
Compõe-se da reunião dos elementos fático-jurídicos e
Requisitos.
Subordinação  é aquela que torna o prestador de
serviço hierarquicamente dependente de quem o contrata
– gerando o poder de mando sobre o empregado.

Habitualidade  o contrato de trabalho é um pacto de


trato sucessivo, devendo haver uma continuidade na
relação jurídica existente entre empregado e empregador.
Relação de
Emprego Onerosidade  significa a retribuição pelo serviço
(Requisitos) prestado.

Pessoalidade  quer dizer que quando um empregador


contrata determinada pessoa, apenas aquela pessoa
física pode trabalhar para ele, não podendo ser
substituída por outra.

Pessoa Física  A prestação de serviço é “ Intuitu


Personae” (em razão da pessoa, personalíssima).
EMPREGADO
Requisitos da relação de emprego
(art. 3º da CLT)

S ubordinação (sob a dependência)


H abitualidade (não eventual)
O nerosidade (salário)
P essoalidade (Intuitu Personae)
P essoa Física

Art. 3º - “Considera-se empregado toda pessoa física que


prestar serviços de natureza não eventual a empregador,
sob dependência deste e mediante salário”.
• Trab. Rural (mesmos requisitos do
urbano).
• Trab. Autônomo
• Trab. Eventual
Tipos de • Trab. Doméstico – Lei 5.859/72
Trabalhadores
• Trab. Em Domicílio – art.6º.CLT
• Estagiário – Lei 11.788/08
• Aprendiz – art. 402 / 403º. CLT
Diferença entre empregado e trabalhador
autônomo:

O elemento fundamental que os distingue é a


subordinação; empregado é trabalhador subordinado;
autônomo trabalha sem subordinação. O trabalhador
conserva a liberdade de iniciativa e de gerir sua própria
atividade e, em consequência, suporta por conta
própria os riscos decorrentes do negócio. (Contrato
desvirtuado, art. 9º da CLT).
Trabalhador Eventual:
É aquele que é exigido em caráter absolutamente
transitório, cujo exercício não se integra na finalidade da
empresa. (Ex. diarista).

Eventual é a forma típica do trabalhador que não recebe


serviços habitualmente, com alguma constância. Desfigura-
se o eventual quando ele passa a ter serviço
repetidamente, de tal maneira que se forme o hábito de
vir procurar trabalho na empresa, com a vinda da pessoa
para atribuir-lhe tarefas; quando isso acontece, surge a
figura do empregado.
Empregado doméstico
(Lei nº 5.859/72)

- É aquele que presta


serviços de natureza
contínua;
- de finalidade não
lucrativa;
- à pessoa (física) ou a
família;
- no âmbito residencial
destas.
DIREITOS DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS.

C O M A AP R O VAÇ Ã O D A E M E N D A C O N S T I T U C I O N AL N °
72, QUE OCORREU EM 02/04/2013, O EMPREGADO
D O M É S T I C O PAS S O U A T E R N O V O S D I R E I TO S . AL G U N S
DELES INDEPENDEM DE R E G U L AM E N TAÇ Ã O E, POR
E S T E M O T I V O , E N T R AR AM E M V I G O R I M E D I ATAM E N T E ,
I N C O R P O R AN D O - S E ÀQUELES JÁ P R E V I S TO S
AN T E R I O R M E N T E NA CONSTITUIÇÃO E EM LEIS
E S PAR S AS . OUTROS AI N D A DEPENDEM DE
R E G U L AM E N TAÇ Ã O , O Q U E D E V E O C O R R E R C O M A
P U B L I C AÇ Ã O D E U M A L E I E S P E C Í F I C A, C U J O P R O J E TO
E S T Á E M D I S C U S S Ã O N O C O N G R E S S O N AC I O N AL .
QUAIS SÃO OS
NOVOS DIREITOS?
Direitos que entraram em vigor imediatamente
após a publicação da Emenda Constitucional 72:

SA L Á R IO M ÍN IM O;
JO RN AD A D E T RAB A LHO NÃO SU PER IOR A OITO
H O R A S D IÁ R IA S E Q U A R EN TA E Q U AT R O SEM A N A IS ;
H O R A EXTR A ;
R ED UÇ ÃO DO S R ISCO S IN EREN T ES AO TR AB AL HO ,
POR MEIO D E NOR MA S D E SAÚ DE, H IGIEN E E
SEG U R A N Ç A ;
R ECON H EC IM EN TO D A S CONVEN ÇÕ ES E ACORDO S
C O L ET IVOS D E T R A B A L H O ;
PRO IB IÇ ÃO D E DIFER EN ÇA D E SALÁ RIOS, D E
EXER C ÍC IO DE FU NÇÕ ES E DE C RIT ÉRIO DE
A DMISSÃO PO R MO TIVO D E SEXO, IDA D E, CO R, OU
ESTA D O C IVIL ;
PRO IB IÇ ÃO D E QU A LQU ER D ISC RIM IN AÇ ÃO NO
TOC AN T E A SA LÁ RIO E CR ITÉR IO S D E ADM ISSÃO DO
T R A B A L H A DOR POR TA D OR D E D EFIC IÊN C IA ;
PRO IB IÇ ÃO D E TR AB A LHO NO TU RNO, PER IGO SO OU
IN SA L U B R E A M EN O R ES D E D E Z O ITO A N O S .
Principais Direitos que dependem de
regulamentação:

SEGURO-DESEMPREGO;
OBRIGATORIEDADE DE
RECOLHIMENTO DO FGTS;
ADICIONAL NOTURNO;
SALÁRIO-FAMÍLIA.
ESTAGIÁRIO
(Lei nº 11.788/08)

Tanto o obrigatório, quanto o não


obrigatório, não gera vínculo
empregatício, desde que
preenchidos os requisitos abaixo

• Matrícula e frequência em curso superior,


profissional, ensino médio, educação especial

• Celebração termo de compromisso – educando, parte


concedente estágio e instituição ensino

• Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no


estágio e aquelas previstas no termo de compromisso e
atividade supervisionada.
Aprendiz - LEI DA APRENDIZAGEM - Nº 10.097/2000

Determina que todas as empresas de médio e grande porte


contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo
de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários
cujas funções demandem formação profissional.

No âmbito da Lei da Aprendizagem, aprendiz é o jovem que


estuda e trabalha, recebendo, ao mesmo tempo, formação na
profissão para a qual está se capacitando. Deve cursar a escola
regular e estar matriculado e frequentando instituição de
ensino técnico profissional conveniada com a empresa.

Possuem os mesmos direitos dos empregados por prazo


indeterminado, exceto aviso prévio, multa do FGTS, sendo
que o empregador depositará 2% e seguro desemprego.
QUEM PODE SER APRENDIZ

Jovens de 14 a 24 anos incompletos que estejam


cursando o ensino fundamental ou o ensino médio.
A idade máxima prevista não se aplica a aprendizes
com deficiência. A comprovação da escolaridade de
aprendiz com deficiência mental deve considerar,
sobretudo, as habilidades e competências
relacionadas com a profissionalização.
Empregador – art.2º CLT

Considera-se empregador a empresa individual ou


coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos


exclusivos da relação de emprego, os profissionais
liberais, as instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,
que admitirem trabalhadores como empregados.
PODERES DO EMPREGADOR.

a) PODER DE DIREÇÃO – A FORMA QUE O


EMPREGADOR DETERMINA QUAL ATIVIDADE
DO EMPREGADO DEVE SER EXERCIDA, EM
DECORRÊNCIA DO CONTRATO DE TRABALHO.

b) PODER DE ORGANIZAÇÃO – O EMPREGADOR


ORGANIZA A ATIVIDADE DA EMPRESA COMO
ELABORAÇÃO DE REGULAMENTOS, DIVISÃO
DE CARGOS ETC.

C) PODER DE CONTROLE – FISCALIZAR SE O


TRABALHO DO EMPREGADO ESTÁ EM
CONFORMIDADE COM O QUE FOI
DETERMINADO NO CONTRATO E ESTATUTO
DA EMPRESA. ( ESTE PODER É LIMITA DO, NÃO
POD EN DO O EMPR EGA DOR EXPO R O EMPR EGA DO
AO ESTADO VEXAT ÓR IO .) EX. R EVISTA ÍNT IMA,
d) Poder disciplinar - Por força do artigo 2º da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), cabe ao empregador o poder
diretivo, que lhe confere o direito de organizar, fiscalizar e
disciplinar as relações pessoais e sociais existentes na
empresa.
Entretanto, esse poder não é ilimitado, pois deve obedecer
ao princípio da proporcionalidade entre o ato faltoso e sua
punição, sob pena de a punição poder ser cancelada em
reclamação trabalhista movida pelo empregado.

Assim, as penas menos severas devem ser aplicadas as


infrações contratuais mais leves, devendo o despedimento
por justa causa ser reservado para as mais graves.

Os atos faltosos são elencados na CLT, como motivo de


rescisão do contrato de trabalho por justa causa. (art. 482
CLT).
Penas disciplinares:

a) Advertência verbal;
b) Advertência escrita;
c) Suspensão (1, 2, 5 ou 30 dias no máximo. Art. 474 da CLT). A
suspensão é descontada do salário mensal.
d) Demissão por justa causa.

Não se existe amparo legal para mencionar a graduação das


punições, podendo ocorrer em qualquer ordem, dependendo
da gravidade do fato, porém, as punições devem ser
praticadas imediatamente ao conhecimento claro do fato,
Limites no exercício do poder disciplinar:

• Proibição de celular, internet, fumo.


• Religião (imposição gera dano moral)
• Barba, pircing, tatuagem (depende da atividade da enpresa.
Ex. barba em empresa de alimentos)
• Proibir o empregado de sentar gera assédio moral ou terror
psicológico.

Em 2010, Média de 78% das dispensas por justa causa em São Paulo,
foram revertidas na JT. O empregado demitido nesta situação, sempre
pleiteia a reversão na Justiça, pois só recebe saldo de salário e férias
vencidas se houver.
GRUPO ECONÔMICO
(art. 2º, § 2º da CLT)
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

CARLA CARLA
BANCO CARLA
SEGUROS PREVIDÊNCIA

§2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora,


cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os
efeitos da relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma das
subordinadas.”
Este dispositivo surgiu em decorrência da
necessidade de se prevenir que, através de
manobras fraudulentas, as empresas agrupadas se
eximissem da responsabilidade de arcar com os
direitos trabalhistas dos empregados contratados.
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
1 - INTRODUÇÃO – CONCEITO

“Matemática é a ciência das regularidades (padrões). Segundo esta


definição, o trabalho do matemático consiste em examinar padrões
abstratos, tanto reais como imaginários, visuais ou mentais.

No nosso dia a dia as rotinas têm sido realizadas por computadores:


compras, controle financeiro, salário e muitas outras atividades que são
controladas por máquinas (números reais, compostos, simples, nominais,
tabelas, tabuas, medias, parâmetros, leis, analogias, financeiras e outros).
Por isso temos que nos familiarizar com todas essas anuências que esta no
nosso caminho.
12:04 CAPÍTULO I 29
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
2 - LEI DO PRINCIPIO ANALÍTICO Ou PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
O princípio da razoabilidade compete ao agir dos homens, sempre que agem em
conformidade de razão, com senso de razoabilidade nas questões pertinentes as
condições e de meios para a consecução de resultados pretendidos.
A matemática “LEI DO PRINCIPIO ANALÍTICO”

A matemática “TRABALHISTA” é igual a soma, subtração, divisão e multiplicação


em cumprimento ao pacto laboral dentro do regime trabalhista, com atenção voltada aos
princípios do direito do trabalho, favorecendo ao empregado frente a diferença
econômica e poder de mando do empregador, podendo ainda usar o princípio analítico
na forma analógica, obedecendo o equilíbrio e a igualdade, resguardando assim O
PRINCIPIO DA PROTEÇÃO.
Carlos Alberto Lopes
12:04 CAPÍTULO I 30
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
3 - ANALOGIA NA MATEMÁTICA

Uma analogia é uma relação de equivalência entre duas outras relações.

As analogias têm uma forma de expressão própria que segue o modelo: A está para
B, assim como C está para D.

3.1 - ANALOGIA NO DIREITO

Consiste em aplicar a um caso não previsto de modo direto por uma norma jurídica,
uma norma prevista para uma hipótese distinta, mas semelhante ao caso concreto.
Aplica-se também o Art. 4º LICC- Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
12:04 CAPÍTULO I 31
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
Lei 12.376, de 30 de dezembro de 2010, alterou-se a ementa da Lei de Introdução
ao Código Civil :

O Artigo 4º versa sobre o papel do juiz, tornando obrigatório o seu pronunciamento,


mesmo quando a lei for omissa: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo
com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito".

O Artigo 5º diz que, na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se
dirige e às exigências do bem comum. Assim, ao invés de aferrar-se à letra fria do
texto, o juiz deve fixar-se claramente no objetivo da lei e da justiça: manter a paz
social. Fonte: Direito Geral

12:04 CAPÍTULO I 32
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
4 - REVISÃO MATEMÁTICA

4.1 - PROPORCIONALIDADE E PERCENTUAIS

A proporcionalidade, para a matemática, a química e a física, é a mais


simples e comum relação entre grandezas. A proporcionalidade direta é um
conceito matemático amplamente difundido na população leiga pois é
bastante útil e de fácil resolução através da "regra de três".
Lima, Elon Lages. Temas e problemas. 1.ed. SBM, 2001. 193 p.

12:04 CAPÍTULO I 33
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA

4.1.1 - REGRA DE TRÊS

A resolução de problemas que envolvem grandezas proporcionais pode


ser realizada através de uma regra prática denominada "regra de três".

Se tivermos duas grandezas diretamente proporcionais, utilizaremos a


"regra de três simples direta" e caso elas sejam inversamente
proporcionais, utilizaremos a "regra de três simples inversa".

12:04 CAPÍTULO I 34
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
REGRA DE TRÊS SIMPLES DIRETA

Enunciado
Uma pessoa recebe R$ 2.400,00 por 30 dias trabalhados. Quantos dias esta pessoa
precisará trabalhar para ter direito a receber R$ 1.600,00?

Este é o típico caso da utilização de uma "regra de três simples direta". Simples por
envolver apenas duas grandezas proporcionais, e direta, porque quando uma
grandeza aumenta, a outra também aumenta. Se uma diminui, o mesmo ocorre com
a outra.

Chamemos de S a grandeza que representa o salário e de D a grandeza que


representa o número de dias de trabalho e vejamos a representação abaixo:
12:04 CAPÍTULO I 35
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
2400 30
↓= ↓
1600 𝑥

As setas apontam na mesma direção, pois as grandezas são diretamente


proporcionais. Percebemos isto, pois ao diminuirmos o número de dias trabalhados,
também teremos o respectivo salário diminuído. Como o salário vai ser reduzido,
obviamente o número de dias de trabalho também será. Concluímos assim, que as
grandezas S e D são diretamente proporcionais.
2400 30 1600 . 30
= ֜2400 . 𝑥 = 1600 . 30 ֜𝑥 = ֜𝑥 = 20
1600 𝑥 2400

Concluímos que para ter o direito a receber os R$ 1.600,00, a pessoa terá que
trabalhar por 20 dias.
12:04 CAPÍTULO I 36
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA

Como você pode notar, a resolução de um problema de regra de


três, tem por base a "propriedade fundamental das proporções".

SIMPLIFICANDO O CÁLCULO

Se: 2.400,00 ÷ 30 = 80,00 (por dia)


então: 1.600,00 ÷ 80,00 (por dia) = 20 dias

12:04 CAPÍTULO I 37
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
4.1.2 - PORCENTAGEM
Porcentagem nada mais é que uma razão, isto é, relação entre dois números. É uma
razão "fixa", uma fração em que o número 100 está sempre no denominador.
• HORA EXTRA
Constituição Federal de 1988 consagrou as horas extras quando dispôs no inciso
XVI art.7º “remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal”.
• HORA NOTURNA – CLT - Art. 73
O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna.
12:04 CAPÍTULO I 38
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA - Art. 469
§ 3º – Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o
empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as
restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento
suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.

• ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - Art. 193 da CLT


§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

12:04 CAPÍTULO I 39
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA

• ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos


limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho,
assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%, 20% e
10% do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo,
médio e mínimo.

12:04 CAPÍTULO I 40
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO - PERCENTAGEM

Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos


calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de
multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por
diante. Veja a tabela abaixo:

Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação


10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
12:04 CAPÍTULO I 41
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO - RAZÃO CENTESIMAL
Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão
8 17 134
centesimal. Alguns exemplos: , , ,
100 100 100

Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:

8
= 0,08 = 8% (𝑙ê − 𝑠𝑒 "oito por cento")
100
17
= 0,17 = 17% (𝑙ê − 𝑠𝑒 "𝑑𝑒𝑧𝑒𝑠𝑠𝑒𝑡𝑒 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑜")
100
12:04 CAPÍTULO I 42
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
134
= 1,34 = 134% (𝑙ê − 𝑠𝑒 "𝑐𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 por cento")
100
310
= 3,10 = 310% (𝑙ê − 𝑠𝑒 " 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑧 por cento")
100
Exemplo Reajuste Salarial – Convenção Coletiva Reajuste de 9%

TAXA PERCENTUAL E RAZÃO CENTESIMAL:

12:04 CAPÍTULO I 43
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA

Reajuste Pela Taxa Percentual

Salário Reajuste Valor Histórico do Total

Mensal Convenção Coletiva Acréscimos Cálculo Salário Mensal

R$ 724,00 9% R$ 65,16 (R$ 724,00 + R$ 65,16) R$ 789,16

Reajuste Pela Razão Centesimal

Salário Reajuste Valor Histórico do Total

Mensal Convenção Coletiva Acréscimos Cálculo Salário Mensal

R$ 724,00 1,09 (R$ 724,00 X 1,09) R$ 789,16


12:04 CAPÍTULO I 44
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
 ACHANDO O PERCENTUAL DO SALÁRIO MÍNIMO

Salário Salário Histórico do Cálculo Centesimal


Reajustado Anterior Porcentual
R$ 724,00 R$ 678,00 (R$ 724,00 ÷ R$ 678,00) 1,067846
R$ 724,00 R$ 678,00 ((R$ 724,00 ÷ R$ 678,00) – 1) x 100% 6,78%

Fórmula

724,00
𝑅𝑒𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 = − 1 . 100% = 6,78%
678,00
12:04 CAPÍTULO I 45
CÁLCULOS TRABALHISTAS
 ACHANDO A BASE DE CÁLCULO DO FGTS

 No extrato do FGTS consta um deposito de R$ 64,80, qual é a base original deste cálculo, sabendo que
o percentual e de 8%?

64,80
𝐵𝑎𝑠𝑒 𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝐹𝐺𝑇𝑆 = . 100 = 𝑅$ 810,00 𝑜𝑢
8

64,80
𝐵𝑎𝑠𝑒 𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝐹𝐺𝑇𝑆 = = 𝑅$ 810,00
8%

 A base de cálculo é R$ 810,00, sendo assim:

𝐹𝐺𝑇𝑆 = 𝑅$ 810,00 . 8% = 𝑅$ 64,80 46


CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
4.1.3 – MEDIA ARITMÉTICA
Arquitas de Tarento - 428 a.C. — 347 a.C.) foi
um filósofo, cientista, matemático e astrônomo grego, considerado o mais ilustre
dos matemáticos pitagóricos. Definiu que existiam três tipos de média. Um número
é a média aritmética de dois outros quando o excesso do primeiro para o segundo é
igual ao excesso do segundo para o terceiro...

A média aritmética é considerada uma medida de tendência central e é muito


utilizada no cotidiano. Surge do resultado da divisão do somatório dos números
dados pela quantidade de números somados.
Arquitas de Tarento;

12:04 CAPÍTULO I 47
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
Exemplo
O dólar possui variações diárias. Veja estas variação de preços do dólar em reais durante uma semana –
maio/2014:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta


R$ 2,24 R$ 2,20 R$ 2,21 R$ 2,22 R$ 2,23

Determine o valor médio do preço do dólar nesta semana.

Ma = (2,24 + 2,20 + 2,21 + 2,22 + 2,23) / 5


Ma = 11,10 / 5
Ma = 2,22
O valor médio do dólar na semana apresentada foi de R$ 2,22.
12:04 CAPÍTULO I 48
Exemplo 2
Em uma empresa existem cinco faixas salariais divididas de acordo com a tabela a seguir:

Grupos Salário
A R$ 2.500,00
B R$ 2.200,00
C R$ 1.000,00
D R$ 900,00
E R$ 800,00

Determine a média de salários da empresa.

Ma = (2500 + 2200 + 1000 + 900 + 800) / 5


Ma = 7400 / 5
Ma = 1480,00

A média salarial
12:04 da empresa é de R$ 1.480,00.
Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 49
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
DUODECIMAL
Que se conta por séries de doze unidades.
• CLT - FÉRIAS
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for
devida na data da sua concessão.
§ 1º - Quando o salário for pago por hora, com jornadas variáveis, apurar-se-á a
média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão
das férias.
§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base a média da
produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da
remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
12:04 CAPÍTULO I 50
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á
a média percebida pelo empregado nos 12 meses que precederem a concessão
das férias.
§ 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a
anotação na CTPS.
§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso
serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das
férias.
§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo
adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme,
será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização
das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos
salariais supervenientes.
12:04 CAPÍTULO I 51
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
• ACÓRDÃO - 8a Turma

PROCESSO: 0033400-08.2009.5.01.0011 – AP

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO


DESEMBARGADOR ROQUE LUCARELLI DATTOLI - Relator
A "média duodecimal" só prevalece na fração "12/12" se o contrato de trabalho
sobrevive por doze meses ou mais. Para contratos de trabalho de duração inferior a
doze meses, a "média duodecimal" deve ser reduzida proporcionalmente.

12:04 CAPÍTULO I 52
CÁLCULOS TRABALHISTAS
MATEMÁTICA
• 13º SALÁRIO
O Decreto nº 57.155/1965 regulamentou a inclusão das parcelas variáveis no
cálculo do 13º Salário, pela média duodecimal (divisão por 12).
Art. 2º Para os empregados que recebem salário variável, a qualquer título, a
gratificação será calculada na base de 1/11 (um onze avos) da soma das
importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados até novembro de cada ano. A
esta gratificação se somará a que corresponder à parte do salário contratual fixo.
Parágrafo único. Até o dia 10 de janeiro de cada ano, computada a parcela do mês
de dezembro, o cálculo da gratificação será revisto para 1/12 (um doze avos) do
total devido no ano anterior, processando-se a correção do valor da respectiva
gratificação com o pagamento ou compensação das possíveis diferenças.

12:04 CAPÍTULO I 53
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
1 - CONCEITO
Documento elaborado pela empresa de forma analítica e sintética, poderá ser feita
por meio de processamento eletrônicos ou mecânicos, não qual se relaciona, além
dos nomes dos empregados, o montante das remunerações, dos descontos ou
abatimentos e o valor líquido a que faz jus cada um dos empregados. Deve ficar à
disposição da fiscalização, auditoria interna e externa.

2 - OBRIGATORIEDADE
Preparar ou confeccionar folha de pagamento é matéria obrigatória conforme
descreve o artigo 32 da LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991. (Plano de
Custeio da Seguridade Social)

12:04 CAPÍTULO II 54
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Art. 32. A empresa é também obrigada a:
a) preparar folhas de pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os
segurados a seu serviço, de acordo com os padrões e normas estabelecidos pelo
órgão competente da Seguridade Social;
b) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias
descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos;
c) prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Departamento da
Receita Federal (DRF) todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de
interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos
necessários à fiscalização.

12:04 CAPÍTULO II 55
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
3 - ELEMENTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO

Folha de Pagamento, apresentará, pelo menos, os seguintes elementos:

 Salários Individualizados;
 Quantitativos (horas, peças, peso, tarefas, quilometragem e outros);
 Valor Bruto (remuneração);
 Vantagens (benefícios);
 Salário Maternidade, Paternidade, Atestado Médico (15 primeiros dias);
 Descontos (INSS, IR, Contribuição Sindical, Vale-Transporte, Planos de Saúde,
Alimentação e Outros).
12:04 CAPÍTULO II 56
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
3.1 - REGIME DE COMPETÊNCIA

A contabilização da folha de pagamento de salários deve ser efetuada


observando-se o regime de competência, ou seja, os salários devem ser
contabilizados no mês a que se referem ainda que o seu pagamento seja
efetuado no mês seguinte.

Tambem os encargos sociais incidentes sobre a Folha de Pagamento,


serão feitos por competência, quais sejam, a Contribuição de
Previdência Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS).

12:04 CAPÍTULO II 57
CÁLCULOS TRABALHISTAS
3.1.1 - PAGAMENTO

Normalmente os salários são pagos até o 5º dia útil do mês seguinte ao de referência, exceto os casos em que os
acordos ou convenções coletivas estabelecem prazos menores. (artigo 459, § 1º da CLT)

CLT, Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve
ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens
e gratificações.

§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até
o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

12:04 CAPÍTULO II 58
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
3.1.2 - FECHAMENTO ANTECIPADO
O fechamento antecipado (exemplo: do 26 de um mês a 25 do mês subsequente) das
ocorrência no mês da folha de pagamento (atrasos, faltas, atestado médico, adicional
de horas extras, noturno, comissões e outros), tem a finalidade de permitir e facilitar
a realização do pagamento dos salários dentro dos prazos legais; assim sendo, as
empresas poderão efetuar o fechamento do cartão ponto antes do fim do mês, e o
pagamento de horas extras ou o desconto das faltas poderão constar,
respectivamente, na folha de pagamento do mês seguinte.
Não existe amparo legal em nossa legislação para esse procedimento, posto que, o
empregado recebe normalmente, todos os dias trabalhados na competência. Pode a
critério do Auditor Fiscal do Trabalho considerar tais ocorrências normais, podendo
os pagamentos e descontos serem efetuados no mês posterior.
12:04 CAPÍTULO II 59
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Deve observar o empregador com maior relevância e atenção para as
ocorrências de horas extraordinárias, adicionais noturnos, comissões e
outras parcelas variáveis neste período. Tais parcelas devem,
obrigatoriamente, constar da folha de pagamento da competência em que
foram geradas, ou seja, na mesma competência em que se deu o trabalho
extraordinário, o trabalho noturno. Isto porque determina o § 1º do art. 59 da
CLT que “quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado o mais tardar, até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido”.

O pagamento das parcelas variáveis na folha subsequente poderá acarretar ao


empregador multas administrativas, tanto do Ministério do Trabalho e
Emprego
12:04 CAPÍTULO II 60
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
4 - REMUNERAÇÃO - CONCEITO

Uma das acepções relacionada a expressão “Remuneração” classificam


separadamente o SALÁRIO da REMUNERAÇÃO; sendo a remuneração
genérica e o salário específico. Embora o salário possa se apresentar entre
várias figuras, distingue da remuneração pela diversidade que esta se
apresenta. Como veremos a remuneração é formada por dois grupos de
salários, onde o salário fixo esta relacionado a uma legislação que a constitui
e o salário variável dependente da relação de trabalho e da continuidade.

12:04 CAPÍTULO II 61
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
“Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber”.
§ 1º Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador.
§ 2º Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não
excedam de 50% do salário percebido pelo empregado.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,
como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a
qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados”.
12:04 CAPÍTULO II 62
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
a) - SALÁRIO MÍNIMO
Salário mínimo fixado por lei é a contraprestação mínima devida e paga diretamente
pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de
sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e
região do País, as suas necessidades normais de: moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos pelo governo que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua
vinculação para qualquer fim.
b) - SALÁRIO
É conjunto de parcelas contraprestativas devidas e pagas pelo empregador ao
empregado em decorrência da relação de emprego. (Mauricio Godinho Delgado)

12:04 CAPÍTULO II 63
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
b.1) - SALÁRIO FIXO - CONTRATUAL: É o valor devido pelo
empregador, já definido em contrato de trabalho, não dependendo de
circunstâncias alheias, vinculado apenas à presença do empregado no
trabalho, podendo se apresentar através de diversas figuras:

 Salário-base: também chamado de salário contratual, é pago diretamente


pelo empregador e utilizado normalmente como base para os cálculos das ;

 Piso salarial: valor determinado pela categoria do empregado ou atividade


econômica da empresa; previsto em dissídio, norma ou acordo coletivo
(sindicato);

12:04 64
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
 Salário profissional: exclusivo para as categoria dos profissionais liberais:
médicos, advogados, engenheiros, dentistas, etc. instituído pela legislação que
regulamenta a profissão.

 Salário normativo: valor determinado pela categoria do empregado ou


atividade econômica da empresa; previsto em dissídio, norma ou acordo
coletivo (sindicato);

12:04 65
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
b.2) - SALÁRIO VARIÁVEL - COMISSÕES - PRÊMIOS -
GRATIFICAÇÕES

São quantias preestabelecidas que o trabalhador recebe por unidade (tarefas,


prêmios, horas, peças, quilometragem, pesos/quilos, vendas sobre matérias, bens,
etc.) de serviço prestado ou calculadas em forma percentual sobre o valor unitário
ou global dos serviços e negócios realizados.

SALÁRIO VARIÁVEL: é uma retribuição fornecida pelo empregador; em


dinheiro ou in natura, podendo ocorrer em previsão contratual ou pela pratica
habitualmente adotada, podendo ser em percentagem, meta, prêmio, comissão, etc.
A Constituição Federal garante àqueles que recebem exclusivamente o salário
variável, remuneração nunca será inferior ao mínimo - inciso VII, art. 7º.:

12:04 CAPÍTULO II 66
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
COMISSÃO: é uma recompensa financeira, oferecida pela
intermediação de negócios ou cumprimento de metas ou objetivos
definidos previamente com o intuito de incentivar os resultados
comerciais.

Existem inúmeros exemplos do uso de comissões: sobre corretagem de


imóveis, venda de mercadorias, economia de recursos, entre outros.
Existem ainda comissões cumulativas, também conhecidas como
comissão em cascata. Nestes casos, uma pessoa recebe comissão sobre
as vendas ou metas de outras pessoas de sua equipe.

12:04 CAPÍTULO II 67
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
TAREFEIROS: É o salário resultante das tarefas produzidas em
determinado tempo.

PRÊMIOS: São instituídos de forma a incentivar o empregado: prêmio-


assiduidade; prêmio-antiguidade; prêmio-produção.

GRATIFICAÇÃO
• Gratificação por Produção: Sendo concedida por liberalidade do
empregador, mas havendo conexão com o trabalho exercido pelo
empregado na empresa, integrará a remuneração para todos os efeitos
legais.
12:04 CAPÍTULO II 68
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
• Gratificação de Função

“CLT, Art. 62... “Da Duração do Trabalho”


II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de
departamento e/ou filial.

Parágrafo Único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do
respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).“

A Gratificação de função é pela atividade, pelo desempenho e pelo cargo de


confiança.
12:04 CAPÍTULO II 69
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
• GORJETA
É a remuneração que o empregado recebe de terceiros; em bares hotéis, motéis,
restaurantes e outros.

A gorjeta pode ser espontânea ou compulsória.

 Espontânea: é a importância dada pelo cliente diretamente ao empregado.


 Compulsória: é aquela importância cobrada pela empresa, do cliente, com o
adicional na nota de despesa.

12:04 CAPÍTULO II 70
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Para fins de integração na remuneração do empregado e recolhimento dos encargos
sociais, o valor da gorjeta compulsória é o “quantum” determinado nas notas,
rateado entre os empregados.

Os sindicatos das categorias profissionais, por dificuldade em estipular o total


percebido pelo empregado a título de gorjeta espontânea, têm determinado valores
estimativos através de acordo ou dissídio coletivo.

A cobrança compulsória da taxa de serviço pela empresa a exclui da aplicação da


tabela estimativa, salvo se esta for superior à importância ganha pelo empregado no
rateio.

12:04 CAPÍTULO II 71
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
b.3) - ADICIONAIS
É o acréscimo salarial, em função das condições mais penosas em que o trabalho é
prestado, como é o caso de:

• adicional noturno
• horas extras
• insalubridade
• periculosidade
• transferência etc.

12:04 CAPÍTULO II 72
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
c) - SALÁRIO “IN NATURA” (SALÁRIO UTILIDADE)

“CLT, Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os
efeitos legais, a alimentação, habitação, transporte, vestuário e outras prestações “in natura” que
a empresa, por força de contrato ou costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso
algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas”.
“§1º - Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo (arts. 81
e 82)”.
12:04 CAPÍTULO II 73
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
O empregador na intenção de favorecer o empregado acaba lhe concedendo
alguns benefícios em utilidade (salário in natura), que, por força do artigo 458
da CLT, integra o salário para todos os efeitos legais (13º, férias, D.S.R,
INSS, FGTS, IR, etc.).

 São exemplos de salário in natura:

• Aluguel; (veja tabela MTE);


• Alimentação (fora do Programa de Alimentação ao Trabalhador - PAT);
• Energia elétrica;
• Vale transporte (em desconformidade com a lei);
• Reembolso creche (valor maior do que o gasto com a creche);
• Farmácia.
12:04 CAPÍTULO II 74
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
d) - AJUDA DE CUSTO
É o valor atribuído ao empregado, pago de uma única vez, para cobrir eventual
despesa por ele realizada ou em virtude de serviço externo, a que se obrigou a
realizar.
Pelo exposto acima, verifica-se que ajuda de custo tem natureza indenizatória e não
salarial, seja qual for à importância paga.
ATENÇÃO:
A importância fixa, paga mês a mês, sob a denominação de ajuda de custo, ao
empregado que trabalha internamente, é um pagamento incorreto, pois constitui-se
como salário e é incorporado ao mesmo para os efeitos legais.

12:04 CAPÍTULO II 75
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
e) - BENEFÍCIOS CONCEDIDOS POR MEIO DE CONVENÇÃO COLETIVA:

ASSIDUIDADE: realização de forma constante dum compromisso de estar presente


em determinado lugar num horário previamente estipulado; está normalmente
associada à prestação de trabalho é também relativo à pontualidade.
“Para fazer jus ao prêmio instituído nesta cláusula, deverá o trabalhador cumprir e
registrar fielmente sua jornada normal diária de trabalho, em todos os dias do mês
de referência exceto apenas quanto do retorno de férias, não se tolerando atrasos e
faltas, mesmo se justificadas por atestado médico, ou por lei”. (Texto extraído
Convenção Coletiva de Trabalho)

12:04 CAPÍTULO II 76
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Tribunal Superior do Trabalho - TST - ABONO DE ASSIDUIDADE.
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
RECURSO DE REVISTA. ABONO DE ASSIDUIDADE. INTEGRAÇÃO AO
SALÁRIO. CONVENÇÃO COLETIVA. PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na
decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito (Súmula nº 297
do TST). Violação do artigo 7º, inc. XXVI, da Constituição Federal e contrariedade
às Súmulas nº 277 e 294 do TST, não demonstradas. Recurso de revista de que não
se conhece. (GELSON DE AZEVEDO - Ministro-Relator - DJ: 30/03/2007)

12:04 CAPÍTULO II 77
 QUINQUÊNIO, TRIÊNIO E ANUÊNIO:

“A todos os trabalhadores que contam ou venham a contar 03 (três) ou 05 (cinco) anos de serviços contínuos ao
mesmo empregador e a mesma empresa, fica concedido respectivamente a importância de 3% (três por cento) por
TRIÊNIO e 5% (cinco por cento) por QUINQÜENIO, não cumulativos”. (Texto extraído Convenção Coletiva
de Trabalho)

Súmula TST nº 203 - Res. 9/1985, DJ 11.07.1985 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003. Gratificação por Tempo de Serviço - Salário. A gratificação por tempo de serviço
integra o salário para todos os efeitos legais.

QÜINQÜÊNIO. NATUREZA SALARIAL.. Possuindo natureza salarial, razão não há para que não
se inclua a parcela qüinqüênio no cômputo de indenização que possui como base de cálculo o último
salário da demandante. (Processo: AP 372200703005005 BA 00372-2007-030-05-00-5)

12:04 CAPÍTULO II 78
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
• PLR - PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS:
LEI No 10.101, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000: regula a participação dos
trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de integração
entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7o,
inciso XI, da Constituição.
Regras Gerais:
• A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa
e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos
pelas partes de comum acordo:

12:04 CAPÍTULO II 79
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
a) - comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante
indicado pelo sindicato da respectiva categoria;
b) - convenção ou acordo coletivo.

• Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e


objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras
adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao
cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e
prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os
seguintes critérios e condições:

12:04 CAPÍTULO II 80
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
a) - índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;

b) - programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.

 O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos


trabalhadores.

Não se equipara a empresa, para os fins desta Lei:


a) - a pessoa física;
b) - a entidade sem fins lucrativos que, cumulativamente:

12:04 CAPÍTULO II 81
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
A participação não substitui ou complementa a remuneração devida a
qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer
encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.

É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de


valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa
em periodicidade inferior a um semestre civil, ou mais de duas vezes
no mesmo ano civil.

12:04 CAPÍTULO II 82
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
f) SALÁRIO FAMÍLIA

Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos


trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 971,78, para auxiliar no
sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.
(Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde que
não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência
econômica de ambos ser comprovada).

Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo


de contribuição.

12:04 CAPÍTULO II 83
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
g) - ALTERAÇÃO SALARIAL

Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas


condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta
ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garantia. (Art. 468 - CLT)

A redução do salário é proibida, salvo convenção ou acordo coletivo de trabalho.


(CF/88, art. 7º, VI)

12:04 CAPÍTULO II 84
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
O art. 503 da CLT estabelece: "É lícita, em caso de força maior ou prejuízos
devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da
empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser
superior a 25%, respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região.”.

Como se percebe, existe aqui uma incompatibilidade entre os dois dispositivos


legais: a Constituição Federal autoriza a redução, em qualquer caso, desde que haja
documento coletivo nesse sentido; a CLT autoriza a redução somente quando houver
motivo de força maior.
Força Maior: Marolinha do LULA – 2008/2009

12:04 CAPÍTULO II 85
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
5 - FORMAS DE CONTRATAÇÃO
5.1 – Conceito

A unidade salarial de um empregado pode ser mensal, quinzenal, semanal, diária,


horária ou qualquer outra que não contrarie as disposições legais e esteja de acordo
com a vontade das partes.

Para Mauricio Delgado (2005), salário é “o conjunto de parcelas “contraprestativas”


pagas pelo empregador ao empregado em decorrência da relação de emprego”.

12:04 CAPÍTULO II 86
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
O empregador pode formular período de jornada no contrato de trabalho
de acordo com suas necessidades, basta não ferir a proteção da lei.
Assim podemos ter empregado horista, diarista ou mensalista. Veja o
que diz o artigo 444 da CLT:

Art. 444 – “As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de


livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não
contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes”

12:04 CAPÍTULO II 87
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social

O empregador estará obrigado, no caso de admissão de empregado, a


efetuar em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS),
anotações referentes à remuneração e as parcelas que irão integrá-las
(comissão, percentagem, valor peças, etc.), as jornadas, tipo de
contratação se por hora, mês e dia, conforme constar no contrato de
trabalho.

12:04 CAPÍTULO II 88
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
5.2 - FORMAS DE CONTRATO LABORAL

Salário por hora

De que forma pode ser estabelecido o salário?

O salário pode ser estabelecido por unidade de tempo - mensal, semanal, diário, por
hora ,por unidade de produção(ou de obra), por peça produzida, por comissão sobre
venda ou por tarefa.
Fonte: Ministério do Trabalho
12:04 CAPÍTULO II 89
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
“Quando o empregado é contrato como horista, a jornada de trabalho deverá ser
previamente determinada no contrato de trabalho, pois o empregado não poderá
ficar a disposição do empregador, ou seja, tem que ser definida a jornada”.

O trabalhador horista é aquele que recebe o salário mensalmente, porém


determinado pelo valor-hora.

O valor da hora não poderá ser menor que à hora do salário-mínimo vigente, do
salário da categoria ou do empregado que desempenha as mesmas atividades com
jornada superior a do horista. (Artigo 7° da CF/1988)

12:04 CAPÍTULO II 90
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
CONTRATO POR HORA SEM FIXAÇÃO DE JORNADA MÍNIMA É ILEGAL

Decisão da 5ª Turma do TRT-MG, com base em voto da juíza convocada Adriana


Goulart de Sena, declarou a nulidade do contrato firmado entre a reclamante e
uma unidade de rede internacional de lanches rápidos, o qual estabelecia apenas a
remuneração por hora trabalhada, sem fixar uma jornada mínima a ser cumprida
pela empregada. Para ela, o critério de fixação salarial estabelecido não existe no
mundo jurídico, pois coloca a empregada à disposição do reclamado por um
mínimo de oito horas, podendo chegar a 44 horas semanais. Ou seja, a empregada
poderia ser chamada a qualquer momento, segundo o interesse exclusivo do
empregador. (RO nº 01341 -2007-137-03-00-5) – Grifo Nosso

12:04 CAPÍTULO II 91
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
• Salário por dia
Perceberá quantia determinada para cada dia de serviço prestado ao empregador. O
descanso semanal remunerado não está incluído no salário ajustado, devendo
necessariamente ser calculado e discriminado em separado. Para a apuração de seu
salário mensal, deve-se multiplicar o valor do salário diário pelo número de dias
trabalhados no mês em questão, somando-se o resultado com os valores dos repousos
semanais apurados;

• Salário por mês


É a regra geral de contratação, receberá uma quantia determinada em contraprestação a
um mês de serviços prestados, independentemente do número de dias constantes no
mês em questão. No valor remunerado já está incluído o descanso semanal remunerado,
não necessitando que seja este discriminado à parte no recibo de salário;
12:04 CAPÍTULO II 92
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
d) Comissionista
Existem duas modalidades nesta forma de contratação: o comissionista misto
(salário fixo e comissões) e o comissionista puro (comissões). O repouso semanal
remunerado referente às comissões (parte variável) deverá ser calculado e
discriminado em separado.

A Súmula TST nº 27 estabelece:

"É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado


comissionista, ainda que pracista."
12:04 CAPÍTULO II 93
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Dentro da legislação trabalhista existem várias formas de pagamento do
salário, entre elas o pagamento por comissão, geralmente nos empregos do
comércio, é uma retribuição com base em percentuais sobre as vendas ou
negócios efetuados.

Nota:
É legal a contratação de vendedor por comissão sem parte fixa, porém cabe
alertar que o valor da remuneração mensal não poderá ser inferior ao salário
mínimo vigente ou piso da categoria.

12:04 CAPÍTULO II 94
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
1 – CÁLCULO JORNADA 220

A CF 1988 art. 7º inciso XIII e CLT art. 58, passaram a determinar que a jornada
normal de trabalho não ultrapassasse as 8 hs diárias e 44 hs semanais.
Para todos os fins legais, admitidas pela jurisprudência e fiscalização, um
empregado que trabalha 8 (oito) horas por dia e no máximo 44 horas na semana, tem
carga mensal de 220 hs.
A interpretação mais aceita pela jurisprudência para entendermos a formulação
dessas 220 horas, é admitirmos um mês comercial de 5 (cinco) semanas. Assim:

12:04 CAPÍTULO III 95


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

 44 horas por semana (x) 5 semanas (=) 220 horas por mês;
 36 horas por semana (x) 5 semanas (=) 180 horas por mês;
 40 horas por semana (x) 5 semanas (=) 200 horas por mês;
 30 horas por semana (x) 5 semanas (=) 150 horas por mês.

• Salário-Hora Normal - Outra Forma Matemática Para as 220 Horas


O Salário-hora normal do mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal por
220 horas.

12:04 CAPÍTULO III 96


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
Exemplo:
• 44 (Horas semanais) ÷ 6 (Dias da semana) = 7,33 (7,33 décimos = 7h20min = 7:20)
• Empregado possui uma jornada diária de 7 horas e 20 Minutos
Primeiro Passo - Transforme a quantidade diária em minutos.
7 (Horas) x 60 (minutos) = 420 + 20 minutos = 440 minutos por dia.
Segundo Passo - Encontrar a quantidade de minutos no mês.
440 (quantidade minutos por dia) x 30 dias = 13.200 min por mês.
Terceiro Passo – Encontrar as horas do mês.
13.200 (minutos por mês) ÷ 60 (minutos) = 220 (horas).
12:04 CAPÍTULO III 97
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

2 - CÁLCULO DO DSR/RSR - DESCANSO SEMANAL


REMUNERADO

O Descanso Semanal Remunerada tem sua previsão legal sustentada no


art. 1º a Lei 605/49: " Todo empregado tem direito ao repouso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos
domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos
feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local".

12:04 CAPÍTULO III 98


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

2 - CÁLCULO DO DSR/RSR - DESCANSO SEMANAL


REMUNERADO

Na CLT: Art. 67 - "Será assegurado a todo empregado um descanso


semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo
de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá
coincidir com o domingo, no todo ou em parte".

12:04 CAPÍTULO III 99


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
a) - DSR/RSR - NA HORA EXTRA
Súmula TST Nº 172 - REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS.
CÁLCULO - Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras
habitualmente prestadas.
Hora Extra, calcula-se da seguinte forma:
 somam-se as Horas Extras do mês;
 divide-se o resultado pelo número de dias úteis do mês;
 multiplica-se pelo número de domingos e feriados do mês;
 multiplica-se pelo valor da Hora Extra atual.
12:04 CAPÍTULO III 100
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO

Cálculo

Núm de Horas Extra Total do Mês


DSR = × Núm de Dom e Feriados do Mês × Valor Hora Ex Atual
Núm de Dias Úteis

Importante: O Sábado é considerado dia útil, exceto se recair em feriado.

Caso as Horas Extras laboradas durante o mês tenham percentuais diferentes, a média terá que ser feita
separadamente.
12:04 CAPÍTULO III 101
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
b) - DSR/RSR NO ADICIONAL NOTURNO

O artigo 7º da Lei nº 605 e o artigo 10 do Decreto nº 27.048/49 preceituam


que a remuneração do descanso semanal corresponde a um dia normal de
trabalho.

Em consequência, trabalhando o empregado em horário noturno, o adicional


correspondente faz parte da sua jornada normal, sendo devido o respectivo no
DSR.

12:04 CAPÍTULO III 102


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

SÚMULA 60 E 172 DO TST


A jurisprudência trabalhista consagrou, através das Súmulas 60 e 172 do TST ,
respectivamente, a integração das horas noturnas e extras habitualmente prestadas,
no cálculo do repouso. Posteriormente, com a publicação da Lei nº 7.415/85, em
10.12.1985, a obrigatoriedade de integrar as horas extraordinárias habituais no
cálculo do repouso passou a constar da própria legislação.
Cálculo:

Nº de Horas Not Total do Mês


DSR = × Nº de Dom e Feriados do Mês × Valor Hora Not Atual
Nº de Dias Úteis

12:04 CAPÍTULO III 103


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
EXERCÍCIO:

Calcule o valor do RSR de empregado que recebe uma remuneração


fixa de R$ 2.800,00 e fez 192 horas noturnas já reduzidas no mês de
abril/2014 . Sendo o mês de abril: 4 domingos e dois feriados.

12:04 CAPÍTULO III 104


CÁLCULOS TRABALHISTAS
Valor Hora Noturna
Salário R$ 2.800,00
Salário hora normal R$ 12,73 (R$ 2.800,00 ÷ 220 horas)
Adicional Noturno 20% R$ 2,55 (valor hora noturna)

CÁLCULO DSR

Total horas noturnas no mês 192 Já reduzidas


Dias uteis no mês 24 Dias úteis
Domingos e Feriados 6 Dias domingos e feriados
DSR horas 48 (192 horas ÷ 24 dias úteis x 6 domingos e feriados)
Valor DSR R$ 122,18 (R$ 2,55 x 48 horas)
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
c) - DSR/RSR NAS COMISSÕES/SALÁRIOS POR PRODUÇÃO/PEÇAS

Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de 24 horas


consecutivas, inclusive o comissionista, preferencialmente aos domingos.
Bases: Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XV, juntamente com o artigo
67 da CLT e o artigo 1º da Lei 605/49, regulamentada pelo Decreto 27.048/49.

A jurisprudência trabalhista também consolidou o direito ao repouso semanal


remunerado para o comissionista, através do Súmula TST 27, que dispõe: "É devida
remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao em- pregado comissionista,
ainda que pracista."

12:04 CAPÍTULO III 106


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Veja também a jurisprudência abaixo transcrita:

"Para a fixação do valor do repouso de comissionista, divide-se o produto mensal das


comissões pelo número dos dias úteis do mês em causa." (TRT - 1ª - R - Ac. 1.259 da 2ªT,
de 27.08.74 - RO 2.114/74 - Rel. Juiz Gustavo Câmara Simões Barbosa).

Cálculo - Comissão: somam-se as comissões auferidas no mês; - divide-se pelo número de dias úteis; - multiplica-
se pelo número de domingos e feriados.
Comissões Auferidas no Mês
DSR = × Nº de Domingos e Feriados do Mês
Nº de Dias Úteis
12:04
CAPÍTULO III 107
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO

c.2) - FÓRMULA DE CÁLCULO - PRODUÇÃO/PEÇAS

Nº de Peças
DSR = × Nº de Domingos e Feriados do Mês × Valor Atual das Peças
Nº de Dias Úteis

12:04 CAPÍTULO III 108


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EXERCÍCIO :

Calcule o valor do RSR de empregado que recebeu uma remuneração composta de R$


724,00 de salário fixo e R$ 530,00 da comissões no mês de abril de 2014. Sendo o mês de
abril: 4 domingos e dois feriados.

CÁLCULO DSR SOBRE COMISSÃO


Comissão no mês R$ 530,00
Dias uteis no mês 24 Dias úteis
Domingos e Feriados 6 Dias domingos e feriados
DSR sobre comissão R$ 132,50 (R$ 530,00 comissão ÷ 24 dias úteis x 6 domingos e feriados)
Valor DSR R$ 132,50
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 109
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
3 - CÁLCULO JORNADA EM SOBREAVISO
Informamos que considera-se de “sobreaviso” o empregado que permanecer em sua
própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada
escala de “sobreaviso” será de, no máximo, 24 horas. As horas de “sobreaviso”, para
todos os efeitos, serão remuneradas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.

Ressalvado o disposto no art. 244, §2º da CLT, inexiste legislação específica que
estabeleça critérios para a fixação da remuneração devida ao empregado em regime
de sobreaviso, assim a remuneração das horas de sobreaviso será remunerada à
razão de 1/3 do salário normal.
Divergências doutrinárias:
12:04 CAPÍTULO III 110
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
1ª Corrente
Esta corrente entende que inexiste regime de sobreaviso durante o período em que o
empregado permanece no aguardo do chamado do empregador, devendo ser
remuneradas como horas extraordinárias (valor da hora normal acrescida de, no
mínimo, 50%) apenas aquelas em que o serviço foi realmente executado.

2ª Corrente
Esta corrente defende que o período em que o empregado estiver à disposição do
empregador aguardando ordens, entendem que apenas o serviço efetivo são pagas à
razão de 1/3 da hora normal.

12:04 CAPÍTULO III 111


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
3ª Corrente
Esta corrente entende que o empregado que estiver de sobreaviso e quando for
chamado, deverá receber além de 1/3 da hora normal, as horas efetivamente
trabalhadas acrescidas de no mínimo 50%, isto é, pagas como horas extraordinárias.

NOTICIA DO TRT 18º - GO


Publicado em 6 de Maio de 2014 às 08h58 - Síntese
TRT18 - Funcionário em sobreaviso por celular tem direito a adicional, decide TRT
GO

12:04 CAPÍTULO III 112


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

A nova redação da súmula 428 do TST prevê que funcionários que estão fora do
local de trabalho e da jornada regular, mas permanecem em sobreaviso através de
algum aparelho de comunicação, como o celular, têm direito a receber pagamento
adicional. O pagamento, segundo o TST, vale para casos como escalas de plantão e
para funcionários que, à distância, ficam submetidos a controle patronal por meio de
telefones, celular ou fixo, e e-mails, além de outros meios.

A súmula também estabelece que o simples uso de aparelhos de comunicação


fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime de
sobreaviso. Porém, quando o funcionário precisa ficar em regime de plantão ou
equivalente, aguardando possíveis chamados, o pagamento do adicional preci- sará
ser efetuado pelas empresas
12:04 CAPÍTULO III 113
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Com base nesse entendimento, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
18ª Região (GO) reformou sentença de primeiro grau e condenou a Arca Elétron e
Eletrificação Ltda, prestadora de serviço da CELG, ao pagamento das horas de
sobreaviso em favor de um funcionário.

De acordo com o trabalhador, ele permanecia duas semanas por mês à disposição da
empresa em sua residência e com o celular ligado aguardando possíveis chamados e
que durante o plantão não podia sair do município em que residia comprometendo seu
lazer e descanso.

12:04 CAPÍTULO III 114


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Para o relator do processo, desembargador Breno Medeiros, ainda que o trabalhador não
ficasse necessariamente em sua residência, era obrigado a permanecer na área de
abrangência da rede de telefonia celular e, principalmente, a razoável distância da
empresa, pois poderia ser necessário seu comparecimento à empresa para a realização
de serviços.

Dessa forma, a Segunda Turma condenou a Elétron e Eletrificação Ltda ao pagamento,


em favor do trabalhador, das horas de sobreaviso no valor de 1/3 da remuneração do
obreiro, mais adicional de periculosidade. Processo: RO - 0001420-28.2013.5.18.0141
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região

12:04 CAPÍTULO III 115


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
POR ANALOGIA AO ARTIGO 244, § 2º DA CLT APLICAMOS:
Exemplo:
Empregado em sobreaviso durante 24 horas é chamado para trabalhar executando o
serviço extraordinário durante 6 horas com o salário hora de R$ 5,45:

Valor hora sobreaviso


Salário hora normal R$ 5,45
Salário hora sobreaviso R$ 1,82 (R$ 5,45 ÷ 3) 1/3 sobre as horas normais
Salário sobreaviso - 24 horas R$ 43,60 (R$ 1,82 x 24 horas)

12:04 CAPÍTULO III 116


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO

Horas extra sobreaviso


Salário hora normal R$ 5,45
horas efetivas trabalhadas 6 Horas Extras
Valor Horas Extra R$ 8,18 (R$ 5,45 + 50%)
Horas extra sobreaviso R$ 49,05 (R$ 8,18 x 6 horas trabalhadas)
Valor Total Sobreaviso R$ 92,65 (R$ 43,60 + R$ 49,05)

12:04 CAPÍTULO III 117


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
• CLT
“Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-
aviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de
outros empregados que faltem à escala organizada.
§ 1º ...
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua
própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada
escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de
"sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do
salário normal.

12:04 CAPÍTULO III 118


CÁLCULOS TRABALHISTAS
4 - CÁLCULO DO SALÁRIO DO EMPREGADO HORISTA E SEMANALISTA

4.1 - HORISTA

Ex. Empregado horista

 Empregado com jornada diária de 6h por dia


 Salário hora = R$ 6,00
 Mês com 24 dias úteis, 04 domingos e 02 feriado (domingos + feriados = 06 DSR) (abril/2014)

Salário (R$ 6,00 × 6h × 24 dias) = R$ 864,00


DSR (R$ 6,00 × 6h × 6 Dom/Fer.) = R$ 216,00 (R$ 864,00  24 × 6)
Salário Total (R$ 864,00 + R$ 216,00) = R$ 1.080,00
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Ex. 2 - Empregado horista - Jornada Diária Variável

 jornada diária de 6h permitida por dia


 jornada total no mês: 120h
 Salário hora = R$ 6,00

Salário (120h x R$ 6,00) = R$ 720,00


DSR (R$ 720,00 ÷ 6) = R$ 120
Salário Total (R$ 720,00 + R$ 120,00) = 840,00

Fundamento: LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949


12:04 CAPÍTULO III 120
4.2 - SEMANALISTA

CLT, art. 64

Para o cálculo do salário-hora, a CLT, no art. 64, indica o seguinte critério:

FORMULA: Remuneração = horas semanais  dias úteis semanais × 30

Exemplo 1:

 Empregado com jornada semanal de 30 h


 Salário semanal = R$ 350,00
 Semana de 6 dias
 Mês com 24 dias úteis, 04 domingos e 02 feriado (domingos + feriados = 06 DSR) (abril/2014)

Salário Semanal = R$ 350,00 ÷ 6 (semana de 6 dias) = R$ 58,33


Salário = R$ 58,33 × 30 dias (art. 64 da CLT) = R$ 1.750,00
Salário Total = R$ 1.750,00
Obs.: Já incluso o DSR
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

CLT, Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-
se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o Art. 58, por 30
(trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo, em
lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.

12:04 CAPÍTULO III 122


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Súmula 431 do TST - divisor 200 (duzentos)
A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XIII, estabeleceu a carga horária
semanal de 44 horas semanais, para a qual deve ser utilizado o divisor de 220 no
cálculo do salário-hora. No entanto, se o empregado trabalha 40 horas semanais, o
divisor a ser aplicado é o 200. Trata-se de mera consequência lógica da redução de
jornada, mais vantajosa ao empregado e que aderiu ao seu contrato de trabalho.
Com base nesse entendimento, o TST aprovou a edição da Súmula 431 na sessão
extraordinária do dia 06/02/12, divulgada no Diário da Justiça dos dias 13, 14 e
15/02/2012. A redação é a seguinte:
Súmula nº 431 do TST - "Aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor
do salário- hora do empregado sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho"
.12:04 CAPÍTULO III 123
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
CLT, artigo 320 – Professor
CLT, Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada pelo número de aulas
semanais, na conformidade dos horários. § 1º - O pagamento far-se-á mensalmente,
considerando-se para este efeito cada mês constituí- do de quatro semanas e meia.
A teor do § 1º, do artigo 320, da CLT, c/c o 7º, inciso XV, da Constituição Federal,
c/c o 7º, da Lei 605/49, c/c a Súmula nº 351, do TST, e com o Precedente
Jurisprudencial de nº 66, da Seção de Dissídios Individuais do TST, a remuneração
do professor é fixada pelo número de aulas semanais, e o pagamento faz-se
mensalmente, considerando-se, para este efeito, o mês constituído de quatro
semanas e meia , e cada uma delas acrescida de 1/6, a título de repouso semanal
remunerado.

12:04 CAPÍTULO III 124


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO
Exemplo 1:

 Professor com jornada semanal de 30 h


 Salário semanal = R$ 300,00
 Semana de 6 dias
 Mês com 24 dias úteis, 04 domingos e 02 feriado (domingos + feriados = 06 DSR) (abril/2014)

Salário Semanal (R$ 300,00 × 4,5 (semanas)) = R$ 1.350,00


DSR (R$ 1.350,00 ÷ 6 ) = R$ 225,00
Salário Total (R$ 1.350,00 + R$ 225,00) = 1.575,00
Salário Mensal = R$ 1.575,00

12:04 CAPÍTULO III 125


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO

Exemplo 2:

5 semanas no mês já incluso o DSR

Salário Semanal (R$ 300,00 × 5 (semanas)) = R$ 1.500,00


Salário Mensal = R$ 1.500,00

12:04 CAPÍTULO III 126


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
5 - CÁLCULO SALÁRIO PROPORCIONAL (MENSALISTA) - MÊS DE: 28,
29 e 31

Salário do mensalista em meses com 28 (ou 29), 30 e 31 dias, quando ocorre


admissão, férias ou demissão.
A norma trabalhista não é clara quanto à forma de cálculo do salário-dia de um
empregado contratado por unidade de tempo "MÊS" nas admissões ou demissões,
especialmente nos meses de 31 dias.
“Há quem interprete que o art. 64 da CLT seja suficiente para responder a esta
questão, tendo em vista estabelecer que o salário-hora normal, no caso do
empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à
duração do trabalho, por 30 vezes o número de horas dessa duração.
12:04 CAPÍTULO III 127
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
...

Segundo Mauricio Godinho Delgado, para aferição (cálculo) do salário deve se


levar em conta a unidade de tempo que é o critério essencial de cálculo do salário
pactuado: “O salário por unidade de tempo é aquele que se computa adotando-se
como parâmetro a duração do serviço prestado. A duração do trabalho é o critério
essencial de cálculo do salário pactuado, independentemente do volume de produção
alcançada, da obra produzida pelo trabalhador. O período de trabalho colocado à
disposição do empregador (hora, dia e mês) é que emerge como instrumento de
aferição do salário.

12:04 CAPÍTULO III 128


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
CÁLCULO - DIVISÃO POR 30 NO MÊS DE FEVEREIRO (28 dias)

Se um empregado “A” fosse contratado em 01 de fevereiro (mês de 28 dias), e outro


empregado “B” fosse contratado em 02 de fevereiro. Neste caso há apenas um dia
entre o empregado A e B e seus salários fossem de R$ 1.000,00 por mês, deveria
haver um diferença de um dia, ou seja, de R$ 35,71, ou: R$ 1.000,00 - R$ 964,29
(R$ 1.000,00 ÷ 28 x 27 dias)

12:04 CAPÍTULO III 129


CÁLCULOS TRABALHISTAS
CÁLCULO - DIVISÃO POR 30 NO MÊS DE 28 DIAS

Admissão Salário Mensal Dividido por dias trabalhados Total


01/02/2014 R$ 1.000,00 28 R$ 1.000,00
Aqui o critério auferido foi o salário total do mês, pois a contratação foi no dia 1º

02/02/2014 R$ 1.000,00 30 = R$ 33,33 27 R$ 900,00

Veja que este cálculo foi realizado pela divisão utilizada na maioria das empresas, por 30.

Observe que a operação realizada foi de dois pesos e duas medidas e o resultado é como se o empregado
ganhasse R$ 100,00 por dia, a diferença ente a contratação dos empregados é de apenas um dia, sendo
que o salário dia seria apenas de R$ 35,71 (mês de fevereiro).

12:04 CAPÍTULO III 130


CÁLCULO - DIVISÃO POR 30 NO MÊS DE 31 DIAS

Se um empregado “A” fosse contratado em 01 de outubro (mês de 31 dias), e outro empregado “B” fosse
contratado em 02 de outubro. Neste caso há apenas um dia entre o empregado A e B e seus salários fossem de
R$ 1.000,00 por mês, deveria haver um diferença de um dia, ou seja, de R$32,26. (R$ 1.000,00 ÷ 31)

Veja o cálculo na divisão por 30

Admissão Salário Mensal Divisão Salário dia dias trabalhados Total


01/10/2013 R$ 1.000,00 31 R$ 1.000,00
O critério auferido foi o salário total do mês, pois a contratação foi no dia 1º

02/10/2013 R$ 1.000,00 30 R$ 33,33 30 R$ 1.000,00

Veja que o cálculo foi realizado pela divisão por 30, que é utilizado na maioria das empresas.
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 131
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Observe que a operação auferida foi por 30 (salário dividido por 30, vezes 30 dias entre o dia 2 a 31.

Neste caso o empregado "A" saiu em desvantagem, pois trabalhou um dia a mais e recebeu o mesmo
valor do empregado "B". O Salário final do empregado “B” deveria ser de R$ 967,74.

DIVISÃO CORRETA É POR 31 DIAS


Diferença
02/10/2013 R$ 1.000,00 31 R$ 32,26 30 R$ 967,74 R$ 32,26
12:04 CAPÍTULO III 132
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
6 - CÁLCULO DO SALÁRIO DO MENOR APRENDIZ
A lei garante ao aprendiz o direito ao salário mínima-hora, observando-se, caso
exista, o piso estadual. No entanto, o contrato de aprendizagem, a convenção ou o
acordo coletivo da categoria poderá garantir ao aprendiz salário maior que o mínimo
(art. 428, § 2º, da CLT e art. 17, parágrafo único do Decreto nº 5.598/05). Além das
horas destinadas às atividades práticas, deverão ser computadas no salário também
as horas destinadas às aulas teóricas, o descanso semanal remunerado e feriados.

No cálculo do salário do aprendiz, deve-se considerar o total das horas trabalhadas,


computadas as referentes às atividades teóricas, e também o repouso semanal
remunerado e feriados, não contemplados no valor unitário do salário-hora, nos
termos da fórmula seguinte:
12:04 CAPÍTULO III 133
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
𝐒𝐚𝐥á𝐫𝐢𝐨
salário hora × horas trabalhadas semanais × semanas do mês × 7
=
𝟔

Número de dias do mês dividido pelo número de dias da semana (7) dias

DIAS DO MÊS DIAS DA SEMANA DIAS SEMANA DO MÊS


31 7 4,428571
30 7 4,285714
29 7 4,142857
28 7 4

12:04 CAPÍTULO III 134


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
Exemplo:

Semana Nua: Horas efetivamente trabalhadas sem computar o descanso semanal remunerado.

30 HORAS SEMANA NÃO TRABALHADO O SÁBADO


4 horas diária trabalhadas de segunda a sexta 20
2 horas de curso de segunda a sexta 10
horas trabalhadas na sábado mais horas curso 0
Total horas trabalhadas na semana 30

Mês de: 31 Dias

12:04 CAPÍTULO III 135


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
1º Passo – Salário Hora 4,428571

horas do mês salário mensal salário hora


220 R$ 724,00 R$ 3,29
2º Passo – Salário Semanal

salário hora vezes horas trabalhadas na semana salário semanal


R$ 3,29 30 R$ 98,73

12:04 CAPÍTULO III 136


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
3º Passo – Salário Mensal

salário semanal vezes semana do mês salário mensal


R$ 98,73 4,428571 R$ 437,22

4º Passo - DSR

salário mensal dividido por 6 (DSR) DSR


R$ 437,22 6 R$ 72,87

12:04 CAPÍTULO III 137


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
5º Passo - Remuneração

DSR mais salário mensal Remuneração


R$ 72,87 R$ 437,22 R$ 510,09

Salario total no mês R$ 510,09

1) EXERCÍCIO - Calcule

Menor aprendiz contratado por 4 horas de segunda a sexta-feira e 2 horas de curso


aos sábados (4 Sábados no mês de abril/2014), com base de cálculo no salário hora
da categoria. Salário da Categoria: R$ 880,00 – Mês de 30 dias
12:04 CAPÍTULO III 138
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

CÁLCULO MENOR APRENDIZ


4 hs de Segunda a Sexta 5 Dias 20
0 hs de Curso de Seguna a Sexta 0 Dias 0
2 hs de Curso aos Sábados 4 Sáb 8
Total de Horas Trabalhadas 28
Sálario Minímo ou da Categoria R$ 880,00
Mês de: 30 Dias 4,28571
12:04 CAPÍTULO III 139
CÁLCULOS TRABALHISTAS

1º Passo – Salário Hora


Horas do Mês Sálario Mensal ÷ 220 Salário Hora
220 R$ 880,00 R$ 4,00
2º Passo – Salário Semanal
Salário Hora x Horas Trabalhadas na Semana Salário Semanal
R$ 4,00 28 R$ 112,00
3º Passo – Salário Mensal
Salário Semanal x Indice Semana do Mês Salário Mensal
R$ 112,00 4,28571 R$ 480,00
12:04 CAPÍTULO III 140
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

4º Passo - DSR
Salário Mensal ÷ Por 6 (dias Úteis da Semana) DSR
R$ 480,00 6 R$ 80,00
5º Passo - Remuneração
Salário Mensal + DSR Remuneração
R$ 480,00 R$ 80,00 R$ 560,00

12:04 CAPÍTULO III 141


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
7 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
CLT, art. 193 - "São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo ministério do trabalho, aquelas que por sua natureza
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou
explosivos em condições de risco acentuado.”.

A periculosidade será caracterizada por meio de perícia a cargo do Engenheiro de


Segurança do Trabalho, registrado no MTE. Poderá ser solicitada pela própria
empresa, ou por meio do sindicato.
O adicional integra o salário do empregado para todos os efeitos legais, tais como
hora extra, adicional noturno, férias, 13º salário etc.
12:04 CAPÍTULO III 142
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
a) BASE DE CÁLCULO:
Os empregados que trabalham em condições perigosas fazem jus ao adicional de
30% do respectivo salário contratual.
Exemplo: Salário Contratual: R$ 1.400,00

Salário Contratual Vezes (×) Adicional Periculosidade


R$ 1.400,00 30% R$ 420,00

Eletricistas - Base De Cálculo

A Lei nº. 7.369/85 estendeu o adicional de periculosidade aos trabalhadores do


setor de energia elétrica, desde que expostos a situação de risco.
12:04 CAPÍTULO III 143
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
Súmula nº 191/TST, com a nova redação dada pela Resolução nº 121 de 28.10.03 (DOU
- 19.11.03): "O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre
este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do
adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de
natureza salarial." Grifo Nosso

A atual jurisprudência do TST, consubstanciada na Orientação Jurisprudencial nº 279, da Seção Especializada em


Dissídios Individuais, possui o seguinte teor:

Orientação Jurisprudencial nº 279 da SDI: "Adicional de periculosidade. Eletricitários. Base


de cálculo. Lei nº 7369/1985, art. 1º. Interpretação. O adicional de periculosidade dos
eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de parcelas de natureza salarial."

12:04 CAPÍTULO III 144


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
b) - PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE - SIMULTANEIDADE
O serviço prestado, simultaneamente, em condições insalubres e perigosas, faculta
ao empregador optar por apenas um dos adicionais.

ALTERAÇÃO NR 16 – PORTARIA 1.885/2013

O MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria 1.885, de 2-12-


2013, publicada no Diário Oficial de hoje, 3-12, aprova o Anexo 3 da "Norma
Regulamentadora 16 - Atividades e Operações Perigosas" que trata das atividades
ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física consideradas
perigosas.
12:04 CAPÍTULO III 145
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
São atividades ou operações que expõem os empregados a roubo ou outras espécies
de violência as seguintes:

 vigilância patrimonial; segurança de eventos; segurança de transportes coletivos;


segurança ambiental e florestal; transporte de valores; escolta armada; segurança
pessoal; supervisão/fiscalização operacional e telemonitoramento/telecontrole.

Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de periculosidade serão


devidos a contar de 3-12-2013.

12:04 CAPÍTULO III 146


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
2 - EXERCÍCIOS:
Cálculos Trabalhistas - Aplicações Práticas

01) Calcule o adicional de periculosidade de empregado mensalista cuja


remuneração mensal é composta de salário fixo no valor de R$ 1.110,00
+ horas extras no valor de R$ 165,00 + RSR/HE no valor de R$ 33,00 .

R$ 1.110,00 X 30% = R$ 333,00 (AD = R$ 333,00)

12:04 CAPÍTULO III 147


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
8 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
CLT, art. 189 - "São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.”.
Com adoção de normas de proteção no próprio ambiente de trabalho ou com o uso
de equipamento individuais, a insalubridade poderá ser eliminada ou ter reduzido
seu grau.
A caracterização e a classificação da insalubridade far-se-ão por meio de perícia a
cargo do Médico ou Engenheiro do Trabalho, registrados no MTE.

12:04 CAPÍTULO III 148


Radiologistas - Base De Cálculo

Tratando-se de radiologistas, o adicional de insalubridade será equivalente a 40%, tendo como base de cálculo o
salário mínimo profissional respectivo (lei nº. 7.394/85).

Exemplo:

Salário Mínimo - Abril/2014 - R$ 724,00


Salário Contratual R$ 1.400,00
Salário Mínimo Vezes Adicional Insalubridade
R$ 724,00 40% R$ 289,60
R$ 724,00 20% R$ 144,80
R$ 724,00 10% R$ 72,40

12:04 CAPÍTULO III 149


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
3 - EXERCÍCIO:

Calcule o adicional de insalubridade de empregado cuja remuneração


mensal é composta de salário fixo no valor de R$ 1.400,00 + horas
extras no valor de R$ 345,47 + RSR/HE no valor de R$ 69,10 e cuja
atividade se enquadra no grau de risco máximo.

R$ 724,00 X 40% = R$ 289,60 (AD = R$ 289,60)

12:04 CAPÍTULO III 150


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
9 - ADICIONAL NOTURNO

CLT, art. 73, § 2º - "Considera-se noturno o trabalho realizado entre as 22


horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.”.

O adicional será de 20% sobre a hora diurna para o empregado urbano (art.
73 da CLT) e de 25% sobre a remuneração normal para o empregado rural
(art. 7a, parágrafo único, da Lei nº 5.889/73). O advogado faz jus ao adicional
noturno de 25% (art. 20, § 3º, da Lei nº 8.906/94). A Constituição Federal,
no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são direitos dos trabalhadores, além
de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

12:04 CAPÍTULO III 151


CÁLCULOS TRABALHISTAS
HORAS LABORADAS ALÉM DAS CINCO HORAS DA MANHÃ. DIREITO
AO ADICIONAL NOTURNO. - Se para o trabalho noturno a lei garante um
adicional de 20% sobre a hora trabalhada, com muito mais razão ainda quando se
cumpre integralmente esta jornada e ainda se permanece trabalhando após ela. Se o
que justifica o adicional é o desgaste maior do trabalho à noite igual ou maior
desgaste haverá quando se prossegue trabalhando após já ter trabalhado após o
período noturno - ubi eaden ratio , ibi eadem legis . Cumprida integralmente a
jornada no período noturno, e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto
às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, parágrafo 5º, da CLT. Embargos
conhecidos e providos. (TST-E-RR- 311.016/1996.9 - SP - Ac. SBDI1 - Relator
Ministro Vantuil Abdala, TST-02.06.2000)
Ubi eadem ratio ibi eadem legis: Onde existe a mesma razão, aí se aplica o
mesmo dispositivo legal. Expressões Latinas De Uso Forense

12:04 CAPÍTULO III 152


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

a) - TRANSFORMANDO HORA NORMAL EM HORA NOTURNA REDUZIDA

Observação: O cálculo das horas noturnas é realizadas por horas efetivamente trabalhadas

1º Exemplo - Índice

* Dividindo 60 minutos por 52:30 (52,50)


HORAS DE 60 MINUTOS DIVIDIDO POR ÍNDICE HORA REDUZIDA
60 52,50 1.1428571

12:04 CAPÍTULO III 153


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
2º Exemplo - Índice

HORAS DE 52:30 (das 22:00 as 05:00) HORAS DE 60:00 (das 22:00 as 05:00)
Hora Reduzida ou Hora da Lei Hora Normal ou Hora Relógio
8 horas 7 horas

8 horas dividido por 7 horas = 1.1428571

1.1428571 - valor da hora reduzida em percentagem, este índice facilita o cálculos das horas noturnas reduzidas.

* - a divisão é por 50 (hora centesimal) e não por 30 (hora sexagesimal).


12:04 CAPÍTULO III 154
CÁLCULOS TRABALHISTAS
b) - CÁLCULO HORA NOTURNA REDUZIDA
Empregado com o salário de R$ 1.400,00 por mês e que trabalhou efetivamente no mês
168 horas noturnas de 60 minutos normais, transformando para hora noturna reduzida,
qual seria o valor do adicional?:
1º PASSO
HORAS TRABALHADAS (×) ÍNDICE HORAS REDUZIDAS
168 1,1428571 192

2º PASSO
SALÁRIO (÷) POR VALOR HORA NORMAL
R$ 1.400,00 220 R$ 6,3636

12:04 CAPÍTULO III 155


CÁLCULOS TRABALHISTAS

3º PASSO
VALOR HORA NORMAL (×) 20% VALOR HORA NOTURNA
R$ 6,3636 R$ 1,2727 R$ 1,2727

4º PASSO
VALOR HORA NOTURNA (×) HORAS REDUZIDAS VALOR AD. NOTURNO
R$ 1,2727 192 R$ 244,36

ATENÇÃO! O valor depois da vírgula é hora centesimal, devendo transformá-la em


horas sexagesimal apenas para identificação correta das horas. Para o cálculo em
valores deverá usar a forma centesimal.
12:04 CAPÍTULO III 156
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
4 - EXERCÍCIO:
Empregado com o salário de R$ 1.050,00 por mês e que trabalhou efetivamente no
mês 175 horas noturnas de 60 minutos, transformando para hora noturna reduzida,
qual seria o valor do adicional?
1º PASSO
HORAS TRABALHADAS (×) ÍNDICE HORAS REDUZIDAS
175 1,1428571 200
2º PASSO
SALÁRIO (÷) POR VALOR HORA NORMAL
R$ 1.050,00 220 R$ 4,7727
12:04 CAPÍTULO III 157
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

3º PASSO
VALOR HORA NORMAL (×) 20% VALOR HORA NOTURNA
R$ 4,7727 R$ 0,9545 R$ 0,9545
4º PASSO

VALOR HORA NOTURNA (×) HORAS REDUZIDAS VALOR AD. NOTURNO


R$ 0,9545 200 R$ 190,91
DSR - Ad NT ( R$ 190,91 ÷ 24 x 6 ) R$ 47,73
REMUNERAÇÃO ( 1.050,00 + - + 190,91 + - + 47,73 + - ) R$ 1.288,64
12:04 CAPÍTULO III 158
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
ATENÇÃO

USANDO A TABELA DO INSS E IRRF


TABELA DE CONTRIBUIÇÃO MENSAL DOS SEGURADOS EMPREGADO, INCLUSIVE O DOMÉSTICO, E
DOS TRABALHADORES AVULSOS

VIGENTE A PARTIR DE 01.01.2014 - Portaria Interministerial MPS/MF 19/2014

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS


até 1.317,07 8%
de 1.317,08 até 2.195,12 9%
de 2.195,13 até 4.390,24 11%

12:04 CAPÍTULO III 159


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
TABELA DO IRF 2014 - VIGÊNCIA A PARTIR DE 01.01.2014

BASE DE CÁLCULO (R$) ALÍQUOTA (%) PARCELA A DEDUZIR DO IR (R$)


Até 1.787,77 - -
De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08
De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03
De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96
Acima de 4.463,81 27,5 826,15

Dedução por dependente: R$ 179,71 (cento e setenta e nove reais e setenta e um centavos).
12:04 CAPÍTULO III 160
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

c) - CÁLCULO HORA NOTURNA REDUZIDA +


INSALUBRIDADE/DSR

Exemplo: Mês de abril/2014 - 24 dias uteis - 4 domingos e 2


feriado

Empregado com jornada noturna de 175 horas efetivas com


salário de R$ 950,00 mensais, trabalha em ambiente insalubre com
o adicional de 40%. Qual é o valor total de folha de pagamento?
12:04 CAPÍTULO III 161
CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 950,00 R$ 950,00

2º Ad. Insalubridade 40% (R$ 724,00 × 40%) R$ 289,60

3º Ad. Noturno - Valor H. NT (R$ 950,00 + R$ 289,60) = R$ 1.239,60↓ R$ 1.239,60


→ (R$ 1.239,60 ÷ 220) = R$ 5,63↓ R$ 5,63
→ (R$ 5,63 × 20%) = R$ 1,13 R$ 1,13
12:04
Redução horas NT (175h × 1,1428571 = 200h↓ 200,00
162
CÁLCULOS TRABALHISTAS
3º →Valor Ad. NT (200h × R$ 1,13) R$ 225,38
4º DSR s/ Ad. NT R$ 225,38 ÷ 24 x 6 R$ 56,35
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 950,00 + R$ 289,60 + R$ 225,38 + R$ 56,35) R$ 1.521,33
6º INSS - 9% (R$ 1.521,33 × 9%) R$ 136,92
7º IRRF NÃO R$ 0,00
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00

9º LÍQUIDO A RECEBER (R$ 1.521,33 - R$ 136,92) R$ 1.384,41

12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 163
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

5 - EXERCÍCIO:

c.1) - Empregado com jornada noturna de 168 horas efetivas com


salário de R$ 1.620,00 mensais, trabalha em ambiente insalubre com o
adicional de 40%. Qual é o valor total de sua folha de pagamento?

Mês de abril/2014 - 24 dias uteis - 4 domingos e 2 feriado

12:04 CAPÍTULO III 164


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.620,00 R$ 1.620,00
2º Ad. Insalubridade 40% (R$ 724,00 × 40%) R$ 289,60
3º Ad. Noturno - Valor H. NT (R$ 1.620,00 + R$ 289,60) = R$ 1.909,60↓ R$ 1.909,60
→ (R$ 1.909,60 ÷ 220) = R$ 8,68↓ R$ 8,68
→ (R$ 8,68 × 20%) = R$ 1,74 R$ 1,74
Redução horas NT (168h × 1,1428571 = 192h↓ 192
3º →Valor Ad. NT (192h × R$ 1,74) R$ 333,31
4º DSR s/ Ad. NT R$ 333,31 ÷ 24 x 6 R$ 83,33
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.620,00 + R$ 289,60 + R$ 333,31 + R$ 83,33) R$ 2.326,24
CÁLCULOS TRABALHISTAS

5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.620,00 + R$ 289,60 + R$ 333,31 + R$ 83,33) R$ 2.326,24


6º INSS - 11% (R$ 2.326,24 ×11%) R$ 255,89
7º IRRF ((R$ 2.326,24 - R$ 255,89) x 7,5%) - R$ 134,08 R$ 21,20
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
9º LÍQUIDO A RECEBER (R$ 2.326,24 - R$ 255,89 - 21,20) R$ 2.049,16

12:04 166
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

d) - CÁLCULO HORA NOTURNA REDUZIDA +


PERICULOSIDADE

Exemplo: Mês de abril/2014 - 24 dias uteis - 4 domingos e 2


feriado

Empregado com jornada noturna de 168 horas efetivas com salário de


R$ 1.480,00 mensais, trabalha em ambiente perigoso com o adicional
de 30%. Qual é o valor total de folha de pagamento?
12:04 CAPÍTULO III 167
CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.480,00 R$ 1.480,00
2º Ad. Periculosidade 30% (R$ 1.480,00 × 30%) R$ 444,00
3º Ad. Noturno - Valor H. NT (R$ 1.480,00 + R$ 444,00) = R$ 1.924,00↓ R$ 1.924,00
→ (R$ 1.924,00 ÷ 220) = R$ 8,75↓ R$ 8,75
→ (R$ 8,75 × 20%) = R$ 1,75 R$ 1,75
Redução horas NT (168h × 1,1428571) = 192,00↓ 192
3º →Valor Ad. NT (192h × R$ 1,75) R$ 335,83
4º DSR s/ Ad. NT (R$ 335,83 ÷ 24 x 6) R$ 83,96
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.480,00 + R$ 444,00 + R$ 335,83 + R$ 83,96) R$ 2.343,78
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 168
CÁLCULOS TRABALHISTAS
6º INSS - 11% (R$ 2.343,78 × 11%) R$ 257,82
7º IRRF (R$ 2.343,78 - R$ 257,82 X 7,5% - R$ 134,08) R$ 22,37
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00

9º LIQUIDO A RECEBER (R$ 2.343,78 - R$ 257,82 – R$ 22,37) R$ 2.063,60

CÁLCULO DO IRRF
1º REMUNERAÇÃO R$ 2.343,78
2º DEDUZINDO O INSS R$ 257,82
3º DEDUZINDO OS DEPENDENTES
NÃO -
4º PENSÃO ALIMENTÍCIA
NÃO -
5º VALOR BASE DE CÁLCULO R$ 2.343,78 - R$ 257,82 = R$ 2.085,97
6º USANDO A TABELA - ALIQUOTA R$ 2.085,97 x 7,5% = R$ 156,45
7º PARCELA A DEDUZIR - R$ 134,08 R$ 134,08
8º VALOR DO IRRF R$ 156,45 - R$ 134,08 = R$ 22,37
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

6 – EXERCÍCIO:

Mês de abril/2014 - 24 dias uteis - 4 domingos e 2 feriado

d.1) Empregado com jornada noturna de 172 horas efetivas com


salário de R$ 1.000,00 mensais, trabalha em ambiente perigoso. Qual é
o valor total de sua folha de pagamento com os descontos legais?

12:04 CAPÍTULO III 170


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
2º Ad. Periculosidade 30% (R$ 1.000,00 × 30%) R$ 300,00
3º Ad. Noturno - Valor H. NT (R$ 1.000,00 + R$ 300,00) = R$ 1.300,00↓ R$ 1.300,00
→ (R$ 1.300,00 ÷ 220) = R$ 5,91↓ R$ 5,9091
→ (R$ 5,91 × 20%) = R$ 1,18 R$ 1,1818
Redução horas NT (172h × 1,1428571) = 197,00↓ 196,5714
3º →Valor Ad. NT (196,5717h × R$ 1,1818) R$ 232,31
4º DSR s/ Ad. NT (R$ 232,31 ÷ 24 x 6) R$ 58,08

5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.000,00 + R$ 300,00 + R$ 232,31 + R$ 58,08) R$ 1.590,39


12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 171
CÁLCULOS TRABALHISTAS

6º INSS - 9% (R$ 1.590,39 × 9%) R$ 143,14


7º IRRF NÃO
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00

9º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.590,39 - R$ 143,14) R$ 1.447,25

12:04 172
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

10 - HORA EXTRA - Artigo 59 da CLT


CLT, Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito
entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar,


obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será,
pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. (nos termos do
Art. 7°, XVI, da Constituição Federal, a remuneração do serviço extraordinário
será superior, no mínimo, em 50% á do normal.)

12:04 CAPÍTULO III 173


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

§ 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou


convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado
pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas,
nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (redação da Medida
Provisória n° 2164-41/2001)
§ 3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a
compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior,
fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas
sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (acrescentado pela Lei n°
9601/1998)
§ 4º - Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas
extras. (acrescentado pela medida provisória n° 2164-41/2001
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
a) - SERVIÇO EXTERNO
Os empregados que prestam serviços externos totalmente incompatíveis
com a fixação de horário, com registro de tal condição na CTPS e na ficha
ou livro de registro de empregados, não têm direito a Horas Extras. Um
exemplo claro desta situação são os motoristas carreteiros.

Convém salientar que a Portaria MTb nº 3.626/1991, no seu artigo 13,


parágrafo único, determina que quando a jornada de trabalho for executada
integralmente fora do estabelecimento do empregador, o horário de trabalho
constará também da ficha, papeleta ou registro de ponto, que ficará em
poder do empregado. Neste caso, o em- pregado fará jus a Horas Extras,
pois há o controle de jornada.

12:04 CAPÍTULO III 175


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
a.1) - CARGO DE CONFIANÇA - GERENTE
Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, com
gratificação de função superior a 40% (quarenta por cento) do salário efetivo, aos
quais se equiparam os diretores e chefes de departamentos ou filial, não fazem jus
à remuneração pelo serviço extraordinário, pois não lhes aplicam as normas
relativas à duração normal do trabalho.

Precedente Administrativo nº 49: "JORNADA. CONTROLE. GERENTES. O


empregador não está desobrigado de controlar a jornada de empregado que
detenha simples título de gerente, mas que não possua poderes de gestão nem
perceba gratificação de função superior a 40% do salário efetivo. referência
normativa: art. 62, II e parágrafo único e art. 72, § 2º da CLT."

12:04 CAPÍTULO III 176


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

b) - INTERVALO PARA REPOUSO OU ALIMENTAÇÃO - NÃO


CONCESSÃO

O empregador que não conceder ao empregado o intervalo legal para


repouso e alimentação ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) sobre o valor da hora normal de trabalho.

12:04 CAPÍTULO III 177


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

c) - PERÍODO ENTRE JORNADAS

Entre 2 (duas) jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo


de 11 (onze) horas consecutivas.

Além disso, todo empregado tem direito a um repouso semanal


remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas,
preferencialmente aos domingos.

12:04 CAPÍTULO III 178


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Desta forma, quando da concessão do repouso semanal remunerado, o


intervalo entre o término de uma jornada diária de trabalho e o início
de outra deverá ser de, no mínimo, 35 (trinta e cinco) horas.

Caso ocorra a absorção mútua das horas de descanso entre jornadas e


as horas de repouso semanal, as horas que faltarem para completar o
intervalo de 35 (trinta e cinco) horas deverão ser remuneradas como
extraordinárias.

12:04 CAPÍTULO III 179


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

d) - INTERVALO NÃO PREVISTO EM LEI


Os intervalos concedidos pelo empregador, durante a jornada de
trabalho, tal como intervalo para lanche, se compensados pelos
empregados, caracterizam serviços extraordinários.

Súmula TST nº 118: "Os intervalos concedidos pelo empregador, na


jornada de trabalho, não previsto em Lei, representam tempo à
disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se
acrescidos ao final da jornada."

12:04 CAPÍTULO III 180


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e) - BASE DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS


A base de cálculo das horas extras corresponde às verbas de natureza
salarial recebidas pelo empregado, conforme se depreende do art. 457,
§ 1º da CLT e da Súmula nº 264 do TST.

Súmula nº 264 do TST: "A remuneração do serviço suplementar é


composto do valor da hora normal, integrado por parcelas de
natureza salarial e acrescido do adicional previsto em Lei, contrato,
acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.

12:04 CAPÍTULO III 181


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

TST: "Horas Extras - Atividade Insalubre - Adicional. A base de cálculo da hora


extra em atividade insalubre é o resultado da soma do salário contratual mais o
adicional de insalubridade, este calculado sobre o salário mínimo."

"HORAS EXTRAS. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL NOTURNO. Para as


horas extras labora- das em período noturno, incide o adicional noturno na sua
base de cálculo, sob pen a de estar sendo remunerada a hora extra noturna com o
mesmo valor da diurna, o que feriria o disposto no inciso IX, do artigo 7º, da
Constituição Federal. Esta também é a orientação jurisprudencial emanada da
SDI do C. TST, sob nº 97. (TRT-PR-RO-11784/2000-PR-AC 04120/2001-2000,
Juí- za Relatora Rosemarie Diedrichs Pimpão)"

12:04 CAPÍTULO III 182


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e. 1) - CÁLCULO HORA EXTRA NORMAL + DSR


Salário fixo do empregado: R$ 800,00 , 38 horas extras
laboradas no mês de abril/2014.

CALCULANDO FOLHA DE PAGAMENTO

12:04 CAPÍTULO III 183


Salário R$ 800,00 Horas Extras 38
Resultado Evolução do Cálculo
1º Salário Hora R$ 3,64 (R$ 800,00 ÷ 220)
2º Hora Extra R$ 5,45 (R$ 3,64 + 50%)
3º Valor Hora Extra R$ 207,27 (R$ 5,45 × 38)

DSR - abril/2014 -4 domingos e 2 feriados


Valor Hora Extra R$ 207,27
Dias Trabalhados 24 Dias Uteis
Domingos e Fer. 6 Domingos e Feriados
4º Valor DSR R$ 51,82 (R$ 207,27 ÷ 24 × 6 )
CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS PARA FOLHA
Salário Contratual R$ 800,00 (R$ 800,00 + R$ 207,27 + R$ 51,82)
Hora Extra R$ 207,27
DSR R$ 51,82
5º Total Eventos R$ 1.059,09
DESCONTOS
6º INSS - 8% R$ 84,73 (R$ 1.059,09 × 8%)
7º IRRF - NÃO
8º Salário Família - NÃO
9º Liquido a Receber R$ 974,36 (R$ 1.059,09 - R$ 84,73)
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 185
CÁLCULOS TRABALHISTAS
7– EXERCÍCIO
Empregado com salário fixo de: R$ 980,00, 25 horas extras laboradas no mês de
abril/2014.

Salário R$ 980,00 Horas extras 25


Resultado Evolução do Cálculo
1º Salário Hora R$ 4,45 (R$ 980,00 ÷ 220)
2º Hora Extra R$ 6,68 (R$ 4,45 + 50%)
3º Valor Hora Extra R$ 167,05 (R$ 6,68 × 25)

12:04 CAPÍTULO III 186


CÁLCULOS TRABALHISTAS
DSR - abril/2014 -4 domingos e 2 feriados
Valor Hora Extra R$ 167,05
Dias Trabalhados 24
Domingos e Fer. 6
4º Valor DSR R$ 41,76 (R$ 167,05 ÷ 24 × 6 )
EVENTOS PARA FOLHA
Salário Contratual R$ 980,00
Hora Extra R$ 167,05
(R$ 980,00 + R$ 167,05 + R$ 41,76)
DSR R$ 41,76
5º Total Eventos R$ 1.188,81
12:04 CAPÍTULO III 187
CÁLCULOS TRABALHISTAS

DESCONTOS
6º INSS - 8% R$ 95,10 (R$ 1.188,81 × 8%)
7º IRRF - NÃO
8º Salário Família - NÃO
9º Liquido a Receber R$ 1.093,70 (R$ 1.188,81 - R$ 95,10)

12:04 CAPÍTULO III 188


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
e. 2) - HORA EXTRA/ADICIONAIS/PARCELAS DE NATUREZA SALARIAL
Súmula TST nº 264: "A remuneração do serviço suplementar é composta do valor
da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do
adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença
normativa."

e. 2.1) - REGRA PARA CÁLCULO COM PARCELAS DE NATUREZA


SALARIAL
Em um folha de pagamento devemos seguir algumas regras de cálculo por força
de Lei. Para a base de cálculo da horas extras, devemos integrar as parcelas de
natureza salarial. Veja a regra sequencial: (Eventos: Salário Contratual, Adicional
de Insalubridade, Adicional de Periculosidade, Adicional Noturno e Hora Extra:

12:04 CAPÍTULO III 189


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

• 1º Cálculo: Salario Contratual

• 2º Cálculo: Adicional de Insalubridade ou Periculosidade

• 3º Cálculo: Adicional Noturno

• 4º Cálculo: Hora Extra

12:04 CAPÍTULO III 190


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
e. 3) - CÁLCULO HORA EXTRA + INSALUBRIDADE

A prorrogação do horário de trabalho nas atividades insalubres somente poderá ser


realizada mediante licença das autoridades competentes em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
Quando prestado serviço extraordinário em local insalubre, o adicional de Horas
Extras deverá incidir sobre o valor da hora normal acrescida do respectivo
adicional de insalubridade.

EXEMPLO
Empregado com salário de R$ 1.200,00 trabalha em ambiente insalubre com
adicional de 40%, fez (28) vinte horas extras no mês de abril/2014

12:04 CAPÍTULO III 191


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.200,00 R$ 1.200,00
2º Ad. Insalubridade 40% (R$ 724,00 × 40%) R$ 289,60
3º Hora Extra (R$ 1.200,00 + R$ 289,60) = R$ 1.489,60↓ R$ 1.489,60
→ (R$ 1.489,60 ÷ 220) = R$ 6,77↓ R$ 6,77
→ (R$ 6,77 + 50%) = R$ 10,16↓ R$ 10,16
Valor HE (R$ 10,16 × 28 h → R$ 284,38
4º DSR s/ HE R$ 284,38 ÷ 24 × 6 → R$ 71,09
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO
12:04 (R$ 1.200,00 + R$ 289,60 + R$ 284,38 + R$ 71,09)
Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO R$ 1.845,07
192
CÁLCULOS TRABALHISTAS
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.200,00 + R$ 289,60 + R$ 284,38 + R$ 71,09) R$ 1.845,07

6º INSS - 9% (R$ 1.845,07 × 9%) R$ 166,06


7º IRRF NÃO R$ 0,00
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
9º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.845,07 - R$ 166,06) R$ 1.679,016

8 – EXERCÍCIO
Empregado com salário de R$ 870,00 trabalha em ambiente insalubre
com adicional de 40%, fez (28) vinte horas extras no mês de abril/2014.

12:04 193
CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 870,00 R$ 870,00
2º Ad. Insalubridade 40% (R$ 724,00 × 40%) R$ 289,60
3º Hora Extra (R$ 870,00 + R$ 289,60) = R$ 1.159,60↓ R$ 1.159,60
→ (R$ 1.159,60 ÷ 220) = R$ 5,27↓ R$ 5,27
→ (R$ 5,27 + 50%) = R$ 7,91↓ R$ 7,91
Valor HE (R$ 7,91 × 28 h → R$ 221,38
4º DSR s/ HE R$ 221,38 ÷ 24 × 6 → R$ 55,34
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 870,00 + R$ 289,60 + R$ 221,38 + R$ 55,34) R$ 1.436,32

12:04 CAPÍTULO III 194


CÁLCULOS TRABALHISTAS
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 870,00 + R$ 289,60 + R$ 221,38 + R$ 55,34) R$ 1.436,32

6º INSS - 9% (R$ 1.436,32 × 9%) R$ 129,27


7º IRRF NÃO R$ 0,00
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
9º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.436,32 - R$ 129,27) R$ 1.307,05

12:04 CAPÍTULO III 195


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e. 4) - CÁLCULO HORA EXTRA + PERICULOSIDADE

Exemplo: Empregado com salário de R$ 1.200,00 trabalha em


ambiente perigoso, fez (30) trinta horas extras no mês de abril/2014.

CALCULANDO FOLHA DE PAGAMENTO

12:04 CAPÍTULO III 196


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.200,00 R$ 1.200,00
2º Ad. Periculosidade (R$ 1.200,00 × 30%) R$ 360,00
3º Hora Extra (R$ 1.200,00 + R$ 360,00 = R$ 1.560,00↓ R$ 1.560,00
→ (R$ 1.560,00 ÷ 220) = R$ 7,0909↓ R$ 7,0909
→ (R$ 7,0909 + 50%) = R$ 10,6364↓ R$ 10,6364
Valor HE (R$ 10,6364 × 30h → R$ 319,09
4º DSR s/ HE R$ 319,09 ÷ 24 x 6 → R$ 79,77

5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.200,00 + R$ 360,00 + R$ 319,09 + R$ 79,77) R$ 1.958,86

12:04 CAPÍTULO III 197


CÁLCULOS TRABALHISTAS

5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 1.200,00 + R$ 360,00 + R$ 319,09 + R$ 79,77) R$ 1.958,86

6º INSS - 9% (R$ 1.958,86 × 9%) R$ 176,30


7º IRRF NÃO R$ 0,00
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
9º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.958,86 - R$ 176,30) R$ 1.782,57

12:04 CAPÍTULO III 198


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

9 – EXERCÍCIO

Empregado com salário de R$ 770,00 trabalha em ambiente


perigoso, fez (30) trinta horas extras no mês de abril/2014.

12:04 CAPÍTULO III 199


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 770,00 R$ 770,00
2º Ad. Periculosidade (R$ 770,00 × 30%) R$ 231,00
3º Hora Extra (R$ 770,00 + R$ 231,00 = R$ 1.001,00↓ R$ 1.001,00
→ (R$ 1.001,00 ÷ 220) = R$ 4,55↓ R$ 4,5500
→ (R$ 4,55 + 50%) = R$ 6,8250↓ R$ 6,8250
Valor HE (R$ 6,8250 × 30h → R$ 204,75
4º DSR s/ HE R$ 204,75 ÷ 24 x 6 → R$ 51,19
5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 770,00 + R$ 231,00 + R$ 204,75 + R$ 51,19) R$ 1.256,94

12:04 CAPÍTULO III 200


CÁLCULOS TRABALHISTAS

5º TOTAL - REMUNERAÇÃO (R$ 770,00 + R$ 231,00 + R$ 204,75 + R$ 51,19) R$ 1.256,94

6º INSS - 8% (R$ 1.256,94 × 8%) R$ 100,56


7º IRRF NÃO R$ 0,00
8º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
9º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.256,94 - R$ 100,56) R$ 1.156,38

12:04 CAPÍTULO III 201


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e. 5) - CÁLCULO HORA EXTRA/DSR + AD. NOTURNO/DSR


Havendo prestação de Horas Extras no horário noturno, o empregado fará jus aos
adicionais noturno e extra (20% - vinte por cento + 50% - cinquenta por cento -
vide convenção coletiva no que diz respeito ao valor dos percentuais),
cumulativamente.

Exemplo: Empregado que trabalha em jornada noturna de 175 horas no mês de


abril/2014, fez 32 horas extras noturnas normais, com salário mensal de R$
1.400,00.
CALCULANDO FOLHA DE PAGAMENTO

12:04 CAPÍTULO III 202


EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO

Cálculo Adicional Noturno


1º Salário Mensal R$ 1.400,00 R$ 1.400,00
2º Valor hora Noturna (R$ 1.400,00 ÷ 220 h × 20%) = R$ 1,2727↓ R$ 1,2727
Horas NT Reduzidas (175 h × 1,1428571) = 200 h↓ 200
Adicional Noturno 200 h × R$ 1,2727 → R$ 254,55
Cálculo Hora Extra Noturna

3º Valor Hora Normal (R$ 1.400,00 ÷ 220 h) = R$ 6,3636↓ R$ 6,3636


Valor hora Normal + hora Not R$ 6,3636 + 1,2727 = R$ 7,6364↓ R$ 7,6364
Valor hora extra (R$ 7,6364 + 50%) = R$ 11,4545↓ R$ 11,4545
Valor HE R$ 11,4545 × 32 h = → R$ 366,55
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 203
Cálculo DSR
4º DSR s/Ad NT (254,55 ÷ 24 × 6)→ R$ 63,64
5º DSR s/ HE (366,55 ÷ 24 × 6) → R$ 91,64

6º TOTAL - REMUNERAÇÃO (1.400,00 + 254,55 + 366,55 + 63,64 + 91,64) R$ 2.176,36

7º INSS - 9% (R$ 2.176,36 × 9%) R$ 195,87


8º IRRF (2.176,36 - 195,87) x 7,5% - 134,08 R$ 14,46
9° SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
10º LIQUIDO A RECEBER (R$ 2.176,36 - R$ 195,87 - 14,46) R$ 1.966,03

12:04 204
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

10 – EXERCÍCIO

Empregado que trabalha em jornada noturna de 175 horas no


mês de abril/2014, fez 24 horas extras noturnas normais, com
salário mensal de R$ 1.100,00.

12:04 CAPÍTULO III 205


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
Cálculo Adicional Noturno
1º Salário Mensal R$ 1.100,00 R$ 1.100,00
2º Valor hora Noturna (R$ 1.100,00 ÷ 220 h × 20%) = R$ 1,0000↓ R$ 1,0000
Horas NT Reduzidas (175 h × 1,1428571) = 200 h↓ 200
Adicional Noturno 200 h × R$ 1,0000 → R$ 200,00
Cálculo Hora Extra Noturna
3º Valor Hora Normal (R$ 1.100,00 ÷ 220 h) = R$ 5,0000↓ R$ 5,0000
Valor hora Normal + hora Not R$ 5,0000 + 1,0000 = R$ 6,0000↓ R$ 6,0000
Valor hora extra (R$ 6,0000 + 50%) = R$ 9,0000↓ R$ 9,0000
Valor HE R$ 9,0000 × 24 h = → R$ 216,00
12:04 CAPÍTULO III 206
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Cálculo DSR
4º DSR s/Ad NT (R$200,00 ÷ 24 × 6)→ R$ 50,00
5º DSR s/ HE (R$ 216,00 ÷ 24 × 6) → R$ 54,00
6º TOTAL - REMUNERAÇÃO (1.100,00 + 200,00 + 216,00 + 50,00 + 54,00) R$ 1.620,00

7º INSS - 9% (R$ 1.620,00 × 9%) R$ 145,80


8º IRRF NÃO R$ 0,00
9° SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
10º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.620,00 - R$ 145,80) R$ 1.474,20
12:04 CAPÍTULO III 207
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e. 6) - CÁLCULO HORA EXTRA REDUZIDA/DSR + AD. NOTURNO/DSR

Exemplo: Empregado que trabalha em jornada diurna até as 22 horas e no mês de


abril/2014 fez 20 horas extras noturnas, com salário mensal de R$ 1.400,00.

CALCULANDO FOLHA DE PAGAMENTO

12:04 CAPÍTULO III 208


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.400,00 R$ 1.400,00

Cálculo do Adicional Noturno


Hora Noturna (R$ 1.400,00 ÷ 220 h × 20%) = R$ 1,2727↓ R$ 1,2727
Horas NT Reduzidas (20 h × 1,1428571) = 22,8571 h↓ 22,8571
2º Adicional Noturno 22,8571 h × R$ 1,2727 → R$ 29,09

12:04 CAPÍTULO III 209


CÁLCULOS TRABALHISTAS
Valor Hora Extra (R$ 1.400,00 ÷ 220 h) = R$ 6,3636↓ R$ 6,3636
→ Valor hora normal + hora
R$ 6,3636 + 1,2727 = R$ 7,6364↓ R$ 7,6364
noturna
→Valor hora Extra Noturna (R$ 7,6364 + 50%) = R$ 11,4545↓ R$ 11,4545
HE Reduzidas 20 h × 1,1428571 =→ 22,8571 h 22,8571
3º Valor HE 22,8571 h x R$ 11,4545 R$ 261,82
Cálculo DSR
4º DSR s/Ad NT (29,09 ÷ 24 × 6) → R$ 7,27
5º DSR s/ HE (261,82 ÷ 24 × 6) → R$ 65,45

12:04 CAPÍTULO III 210


CÁLCULOS TRABALHISTAS
6º TOTAL - REMUNERAÇÃO (1.400,00 + 29,09 + 261,82 + 7,27 + 65,45) R$ 1.763,64

7º INSS - 9% (R$ 1.763,64 × 9%) R$ 158,73


8º IRRF NÃO R$ 0,00
9º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
10º LIQUIDO A RECEBER (R$ 1.763,64 - R$ 158,73) R$ 1.604,91

12:04 CAPÍTULO III 211


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

11 – EXERCÍCIO

Empregado que trabalha em jornada diurna até as 22 horas e no mês


de abril/2014 fez 28 horas extras noturnas, com salário mensal de R$
724,00.

12:04 CAPÍTULO III 212


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 724,00 R$ 724,00
Cálculo do Adicional Noturno
Hora Noturna (R$ 724,00 ÷ 220 h × 20%) = R$ 0,6582↓ R$ 0,6582
Horas NT Reduzidas (28 h × 1,1428571) = 32,0000 h↓ 32,0000
2º Adicional Noturno 32,0000 h × R$ 0,6582 → R$ 21,06
Cálculo Horas Extras Reduzidas
Valor Hora Extra (R$ 724,00 ÷ 220 h) = R$ 3,2909↓ R$ 3,2909
→ Valor hora normal + hora
R$ 3,2909 + 0,6582 = R$ 3,9491↓ R$ 3,9491
noturna
→Valor hora Extra Noturna (R$ 3,9491 + 50%) = R$ 5,9236↓ R$ 5,9236
HE Reduzidas 28 h × 1,1428571 =→ 32,0000 h 32,0000
3º Valor HE 32,0000 h x R$ 5,9236 R$ 189,56
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Cálculo DSR
4º DSR s/Ad NT (21,06 ÷ 24 × 6) → R$ 5,27
5º DSR s/ HE (189,56 ÷ 24 × 6) → R$ 47,39
6º TOTAL - REMUNERAÇÃO (724,00 + 21,06 + 189,56 + 5,27 + 47,39) R$ 987,27

7º INSS - 8% (R$ 987,27 × 8%) R$ 78,98


8º IRRF NÃO R$ 0,00
9º SALÁRIO FAMÍLIA NÃO R$ 0,00
10º LIQUIDO A RECEBER (R$ 987,27 - R$ 78,98) R$ 908,29

12:04 CAPÍTULO III 214


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e.7) - CÁLCULO HORA EXTRA/DSR + PERICULOSIDADE + AD.


NOTURNO/DSR

CALCULANDO FOLHA DE PAGAMENTO


Exemplo: Empregado Frentista que trabalhou uma jornada noturna de 168 horas
no mês de abril/2014, fez 48 horas extras, com salário mensal de R$ 1.400,00 +
adicional de periculosidade.

CALCULANDO FOLHA DE PAGAMENTO

12:04 CAPÍTULO III 215


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.400,00 R$ 1.400,00
2º Ad. Periculosidade (R$ 1.400,00 × 30%) R$ 420,00
Cálculo Adicional Noturno
Hora salário + hora
3º (R$ 1.400,00 + R$ 420,00) ÷ 220h = R$ 8,27
Periculosidade
Hora noturna (R$ 8,27 x 20%) R$ 1,6545
→Horas Reduzidas (168h x 1.1428571)↓ 192
Adicional Noturno - 192h (R$ 1,6545 x 192h) R$ 317,67
12:04 CAPÍTULO III 216
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Cálculo Hora Extra
4º Hora Salário Normal (R$ 1.400,00 ÷ 220h) = R$ 6,36
Hora Ad. Periculosidade (R$ 420,00 ÷ 220h) = R$ 1,91
Hora Ad. Norturno (R$ 1.400,00 ÷ 220h) x 20% = R$ 1,27
Base de Cálculo p/ hora extra (R$ 6,36 + R$ 1,91 + R$ 1,27) R$ 9,55
Valor de uma hora extra (R$ 9,55 + 50%) R$ 14,32
Hora Extra - 48h (R$ 14,32 x 48h) R$ 687,27
Cálculo DSR
5º DSR - Adicional Noturno (R$ 317,67 ÷ 24 x 6) R$ 79,42
6º DSR - Hora Extra
12:04
(R$ 687,27 ÷ 24 x 6)
Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO
R$ 171,82
217
CÁLCULOS TRABALHISTAS
7º REMUNERAÇÃO (R$ 1.400,00 + R$ 420,00 + R$ 317,67 + R$ 687,27 + R$ 79,42 + R$ 171,82) R$ 3.076,18
Cálculo - INSS - IRRF e Salário Família
REMUNERAÇÃO R$ 3.076,18
8º INSS (R$ 3.076,18 x 11%) R$ 338,38
9º IRRF - 2 Dependentes R$ 44,30
10º Salário Familia NÃO -

11º LIQUIDO A RECEBER (R$ 3.076,18 - R$ 338,38 - R$ 44,30) R$ 2.693,50

12:04 CAPÍTULO III 218


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

12 – EXERCÍCIO

Empregado Frentista que trabalhou uma jornada noturna de 168 horas


no mês de abril/2014, fez 32 horas extras, com salário mensal de R$
1.150,00 + adicional de periculosidade.
2 dependentes

12:04 CAPÍTULO III 219


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Salário Mensal R$ 1.150,00 R$ 1.150,00
2º Ad. Periculosidade (R$ 1.150,00 × 30%) R$ 345,00
Cálculo Adicional Noturno
Hora salário + hora
3º (R$ 1.150,00 + R$ 345) ÷ 220h = R$ 6,7955
Periculosidade
Hora noturna (R$ 6,7955 x 20%) R$ 1,3591
→Horas Reduzidas (168h x 1.1428571)↓ 192
Adicional Noturno - 192h (R$ 1,3591 x 192h) R$ 260,95
12:04 CAPÍTULO III 220
CÁLCULOS TRABALHISTAS
4º Hora Salário Normal (R$ 1.150,00 ÷ 220h) = R$ 5,23
Hora Ad. Periculosidade (R$ 345,00 ÷ 220h) = R$ 1,57
Hora Ad. Norturno (R$ 1.150,00 ÷ 220h) x 20% = R$ 1,05
Base de Cálculo p/ hora extra (R$ 5,23 + R$ 1,57 + R$ 1,05) R$ 7,84
Valor de uma hora extra (R$ 7,84 + 50%) R$ 11,76
Hora Extra - 32h (R$ 11,76 x 32h) R$ 376,36
Cálculo DSR
5º DSR - Adicional Noturno (R$ 260,95 ÷ 24 x 6) R$ 65,24
6º DSR - Hora Extra (R$ 376,36 ÷ 24 x 6) R$ 94,09
12:04 CAPÍTULO III 221
CÁLCULOS TRABALHISTAS
7º REMUNERAÇÃO (R$ 1.150,00 + R$ 345,00 + R$ 260,95 + R$ 376,36 + R$ 65,24 + R$ 94,09) R$ 2.291,64
Cálculo - INSS - IRRF e Salário Família
REMUNERAÇÃO R$ 2.291,64
8º INSS (R$ 2.291,64 x 11%) R$ 252,08
9º IRRF - 2 Dependentes NÃO
10º Salário Familia NÃO -

11º LIQUIDO A RECEBER (R$ 2.291,64 - R$ 252,08) R$ 2.039,56

12:04 CAPÍTULO III 222


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e.8) - CÁLCULO HORA EXTRA SOBRE COMISSÃO

O empregado que percebe salário somente à base de comissões e sujeito a controle de horário, quando prestar
serviço extraordinário, tem direito, apenas, ao adicional de Horas Extras de, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento), calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número
de horas efetivamente trabalhadas.

Súmula TST nº 340: "O empregado sujeito a controle de horário, remunerado à base
de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo
trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no
mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas."

12:04 CAPÍTULO III 223


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Exemplo: Empregado auferiu em horário normal de trabalho


e extraordinário R$ 1.060,00 de comissões durante o mês de
abril/2014, tendo trabalho 198 horas, sendo 176 normais e 22
Horas Extras. Adicional de Hora Extra 50% (cinquenta por
cento).

Então:

12:04 CAPÍTULO III 224


CÁLCULOS TRABALHISTAS
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
1º Comissão R$ 1.060,00 R$ 1.060,00

2º HE s/Comissão (R$ 1.060,00 ÷ 198) = R$ 5,3535↓ R$ 5,3535


Adicional 50% (R$ 5,3535 × 50%) = R$ 2,6768 R$ 2,6768
Valor HE R$ 2,6768 × 22h R$ 58,89
3º DSR s/Comissão (R$ 1.060,00 ÷ 24 × 6) → R$ 265,00
4º DSR s/HE (R$ 58,89 ÷ 24 × 6) → R$ 14,72
5º Total - Remuneração (R$ 1.060,00 + R$ 58,89 + R$ 265,00 + R$ 14,72) R$ 1.398,61
6º INSS - 11% (R$ 1.398,61 × 9%) R$ 125,88
7º IRRF NÃO -
8º Salário Família NÃO -
9º Liquido a Receber (R$ 1.398,61 - R$ 125,88) R$ 1.272,74
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 225
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e.9) - CÁLCULO HORA EXTRA SOBRE COMISSÃO MAIS SALÁRIO


FIXO

O cálculo da parte fixa é a divisão do salário normal por 220 mais 50%.
O empregado que recebe remuneração fixa e variável (comissionista misto) deve
ter as horas extras calculadas de forma diferente.
Sobre o valor da parte fixa, ele tem direito à remuneração da hora simples
trabalhada mais o adicional de horas extras.

12:04 CAPÍTULO III 226


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Sobre a parte variável, incide apenas o adicional, uma vez


que as horas simples já estão remuneradas pelas comissões
recebidas. Este foi o entendimento adotado pela Subseção 1
Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior
do Trabalho no julgamento de embargos em recurso de
revista da Agropecuária Vale do Rio Grande contra decisão
da Quarta Turma do TST, que não conheceu (rejeitou) seu
recurso de revista.

12:04 CAPÍTULO III 227


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

e.10) SUPRESSÃO DAS HORAS EXTRAS

Súmula 291 do TST, alterada pela Resolução Administrativa nº 174/2011 de


27.05.2011, assim estabelece:

"A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado


com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o
direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas
suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a
seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal.

12:04 CAPÍTULO III 228


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze)
meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da
supressão."

Assim, ao invés do empregado ter as Horas Extras integradas ao salário, conforme


dispunha o Súmula TST nº 76, receberá uma indenização pela supressão das
horas suplementares.

Essa indenização não tem caráter salarial, não sofrerá incidências de INSS e FGTS,
não sendo devida, igualmente, a integralização deste valor para efeito de férias,
13º salário, aviso prévio indenizado etc.

12:04 CAPÍTULO III 229


CÁLCULOS TRABALHISTAS
Exemplo: Empregado que trabalhou durante 4 (quatro) anos e 9 (nove) meses realizando
habitualmente Horas Extras. No mês de abril/2014 teve as horas suplementares suprimidas. Nos
últimos 12 meses realizou 274 Horas Extras.
Salário do mês de abril/2014 de R$ 1.550,00. Adicional de extra 50%.
EVENTOS EVOLUÇÃO DO CÁLCULO RESULTADO
Valor Hora Extra
1º Salário R$ 1.550,00 R$ 1.550,00
2º Hora Extra (R$ 1.550,00 ÷ 220) R$ 7,0455
Valor Hora Extra (R$ 7,0455 + 50%) = R$ 10,5682
Valor Hora Extra - Um Mês
Media horas extras dos
3º (274h ÷ 12m) = 22,83h 22,83
ultimos 12 meses
4º Valor hora extra de um mês. (R$ 10,5682 x 22,83h) R$ 241,31
Valor da Indenização de 5 anos (4 anos e 9 meses)
5º Valor da indenização (R$ 241,31 x 5 anos) R$ 1.206,53
6º DSR sobre Indenização (R$ 1.206,53 ÷ 6) R$ 201,09
7º Total da indenização (R$ 1.206,53 + 201,09) R$ 1.407,62
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
11 - LEI DO DSR E CÁLCULO DE FALTAS - CONTROVÉRSIA
A legislação trabalhista admite determinadas situações em que o empregado poderá deixar
de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário.

As dispensas legais são contadas em dias de trabalho, dias úteis para o empregado.

Apesar da controvérsia em referência do artigo 473 da CLT, quando a legislação


menciona "consecutivos", este é no sentido de sequência de dias de trabalho, não entrando
na contagem: sábado que não é trabalhado, domingos e feriados, veja que o caput do
artigo, diz ”Deixar de Comparecer ao Trabalho”, claro que deixar de comparecer ao
trabalho está voltado aos dias normais de trabalho, ou seja, deixar de comparecer
consecutivamente nos dias que tenho que comparecer.

12:04 CAPÍTULO III 231


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

A falta do empregado ao serviço enseja o desconto do dia respectivo em sua remuneração


(salário, Adicional de Insalubridade, Periculosidade), salvo se a falta for considerada
justificada.

O empregado perde a remuneração do dia de repouso quando não tiver cumprido


integralmente a jornada de trabalho da semana, salvo se as faltas forem consideradas
justificadas. Base: art. 6º da Lei 605/1949.

Apesar de haver correntes em contrário, entendemos que o desconto do DSR se estende


ao empregado mensalista ou quinzenalista, segundo a Lei 605/1949 em artigo 6º, não
menciona claramente em que situação deverá haver o desconto do DSR.

12:04 CAPÍTULO III 232


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
LEI Nº 605/1949, Art. 6º: "Não será devida a remuneração, quando, sem motivo justificado, o
empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu
horário de trabalho”.

Há entendimento jurisprudencial no sentido que o mensalista e o quinzenalista não estão


sujeitos à assiduidade para fazer jus à remuneração do repouso semanal, ou seja, ainda
que faltem ao trabalho sem justificativa legal, desconta-se somente o valor
correspondente ao dia da falta, visto os dias de repouso serem considerados já
remunerados, por estarem inclusos no salário mensal ou quinzenal.

Também há entendimento que o mensalista está sujeito ao desconto do DSR:

12:04 CAPÍTULO III 233


CÁLCULOS TRABALHISTAS

"Em alcançando o salário do mensalista a remuneração dos trinta dias do mês - art. 7o, § 2o, da Lei
nº 605, - tem-se como pertinente o disposto no art. 6º, segundo o qual a falta injustificada no correr
da semana torna indevido o pagamento do repouso, autorizado, portanto, o desconto não só do dia
da ausência, como também daquele destinado ao repouso. Entendimento diverso leva ao
estabelecimento de verdadeiro privilégio, com a manutenção, em relação aos mensalistas, do direito
ao repouso, independente da assiduidade durante a semana." (Acórdão unânime do Plenário do TST
- E RR 4019/79 - Rel. Min. Marco Aurélio - DJU de 11.03.83, pág. 2.542).

Se na semana em que houve a falta injustificada, ocorrer feriado, este perderá o


direito á remuneração do dia respectivo. Base: § 1º do art. 7 da Lei 605/1949.
12:04 CAPÍTULO III 234
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

11.1 - ALTERAÇÃO NA CONDIÇÃO DO PACTO LABORAL


"Se há longos anos é observada na empresa a normalidade de retribuir o repouso do
mensalista, mesmo diante de faltas ao serviço porventura ocorridas na semana
antecedente, não poderá o empregador revogá-la, sob pena de violar condição que se
inseriu no pacto laboral." (Acórdão da 2a Turma do TST - RR - 4.232 Min. Vieira
Mello).

11.1.1 - ATRASOS NÃO DESCONTO DO DSR


É bom Lembrar que o Precedente Normativo TST nº 92, aprovado pela Resolução
Administrativa nº 37/92, ficou estabelecido que:

12:04 CAPÍTULO III 235


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

PRECEDENTE NORMATIVO º 92 DO TST - Garantia de


Repouso Remunerado - Ingresso Atraso (positivo):
Assegura-se repouso remunerado a empregado que chegar
atrasado, quando permitido seu ingresso pelo empregador,
compensando o atraso no final da jornada de trabalho da
semana. (Ex PN 145)"

12:04 CAPÍTULO III 236


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

11.2 - CÁLCULO DAS FALTAS E DSR


Exemplo 1: Empregado com salário de R$ 724,00 por mês, faltou 2 dias
consecutivos dentro da mesma semana. Não há feriado na semana. Abril/2014

Histórico Resultado Evolução do Cálculo


Falta no mês de 30 dias R$ 24,13 (R$ 724,00 ÷ 30)
2 (duas) faltas na mesma semana R$ 48,26 (R$ 24,13 × 2 faltas)
DSR (um (1) domingo) R$ 24,13 (R$ 23,13,00 × 1)

12:04 CAPÍTULO III 237


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Exemplo 2: Empregado com salário de R$ 724,00 por mês, faltou 2 dias em


semanas alternativas dentro do mês. Não há feriados. Abril/2014

Histórico Resultado Evolução do Cálculo


Falta no mês de 30 dias R$ 24,13 (R$ 724,00 ÷ 30)
Duas (2) faltas no mês R$ 48,26 (R$ 24,13 × 2 faltas)
DSR (dois (2) domingo) R$ 48,26 (R$ 48,26 × 2)

12:04 CAPÍTULO III 238


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Exemplo 3: Empregado com salário de R$ 724,00 por mês, faltou 2 dias em


semanas alternativas dentro do mês. Falta com um feriado na semana.
Abril/2014

Histórico Resultado Evolução do Cálculo


Falta no mês de 30 dias R$ 24,13 (R$ 724,00 ÷ 30)
Duas (2) faltas no mês R$ 48,26 (R$ 24,13 × 2 faltas)
DSR (dois (2) domingo e um (1) feriado) R$ 72,39 (R$ 24,13 × 3)

12:04 CAPÍTULO III 239


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

11.2.1 - CÁLCULO DO DSR SOBRE AS FALTAS DO EMPREGADO QUE RECEBE


COMISSÃO
"O pagamento do repouso semanal remunerado deve ser proporcional ao número dos dias da semana
e não ao quantitativo dos dias trabalhados. À exegese restritiva, com base no § 3o do art. 6º da Lei nº
605, de 05.01.49, é aplicável mesmo quando jornada semanal é imposta por interesse do empregador,
em termos de operacionalidade." (TST - E. - RR - 3.138/78 - TRT - Região - Ac. TP = 1668/80 - DJU
19.08.80, p 7.233).

"Para a fixação do valor do repouso de comissionista, divide-se o produto mensal das comissões pelo
número dos dias úteis do mês em causa." (TRT - 1a R. - Ac. 1.259 da 2a T., de 27.08.74 - RO
2.114/74 - Rel. Juiz Gustavo Câmara Simões Barbosa).
12:04 CAPÍTULO III 240
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Há os que entendem que o cálculo do RSR sobre as comissões é feito dividindo-se
a soma das comissões percebidas durante a semana pelo número de dias de
serviço efetivamente prestado ao empregador:
"Comissionista que trabalha apenas cinco dias na semana deve ter a
remuneração do seu repouso semanal calculada pelo equivalente às comissões
auferidas pelos dias efetivamente trabalhados, por aplicação analógica da regra
contida na alínea "c" do art. 7º da Lei nº 605/49." (Acórdão da 1a Turma do TRT
da 3a Região - RO - 3.396/87 - Rel. Juiz Abel Nunes da Cunha - "Minas Gerais"
II, de 29.01.88, p 29)

"O comissionista que trabalha apenas cinco dias na semana deve ter a
remuneração do seu repouso semanal calculada pelo equivalente às comissões
auferidas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelos dias
de serviço efetivamente prestados ao empregador," (Acórdão da 3a Turma do
TST- RR - 2.104/83 - Rel. Min. Orlando Teixeira da Costa - DJU de 14.09.84, p
15.026)

12:04 CAPÍTULO III 241


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Vamos dar dois exemplos do DSR sobre comissões (variáveis) no mês de


abril/2014.

O primeiro exemplo refere-se ao entendimento jurisprudencial no sentido que o


mensalista e o quinzenalista não estão sujeitos à assiduidade para fazer jus à
remuneração do repouso semanal, ou seja, ainda que faltem ao trabalho sem
justificativa legal, desconta-se somente o valor correspondente ao dia da falta,
sendo assim:
O empregado comissionista que recebeu R$ 2.800,00 a título de comissão no mês
de abril/2014, faltou 3 dias alternativos na 1º, 2º e 3º semana do mês, com dois
feriado e 4 domingos no mês, sendo que uma das falta se deu na semana do
feriado. Teria normalmente o DSR sobre comissão ou seja:

12:04 CAPÍTULO III 242


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS
Comissão R$ 2.800,00
DSR sobre comissão R$ 700,00 (R$ 2.800,00 ÷ 24 × 6)

Neste caso as faltas não influenciaram no cálculo do DSR.

O segundo exemplo refere-se ao (Acórdão unânime do Plenário do TST - E RR


4019/79 - Rel. Min. Marco Aurélio - DJU de 11.03.83, pág. 2.542). “...a falta
injustificada no correr da semana torna indevido o pagamento do repouso,
autorizado, portanto, o desconto não só do dia da ausência, como também
daquele destinado ao repouso”.

12:04 CAPÍTULO III 243


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

Usando o mesmo exemplo anterior teríamos como DSR:

Comissão R$ 2.800,00
DSR sobre comissão R$ 233,33 (R$ 2.800,00 ÷ 24 × 2)

Neste caso o empregado só teria direito a (2) dois DSRs dos (6) seis que teria
direito, pois perdeu (4) quatro DSRs, sendo 3 domingos e um feriado, observando
que perde a remuneração do dia de repouso quando não tiver cumprido
integralmente a jornada de trabalho da semana, salvo se as faltas forem
consideradas justificadas. Base: art. 6 da Lei 605/1949.

12:04 CAPÍTULO III 244


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - CÁLCULOS

11.2.2 - FALTA E O CÁLCULO DA Hora Extra e do Adicional Noturno

Não haverá diferença, pois as faltas não interfere nos cálculos das horas extras e
do adicional noturno, que são realizadas pelo valor hora efetivamente prestadas.
Somente no cálculo do DSR conforme item 11.2.1.

12 - CÁLCULO SALÁRIO FAMÍLIA

CÁLCULO 1 - Recebe Salário Família

12:04 CAPÍTULO III 245


SALÁRIO FAMÍLIA - CÁLCULO

Salário Mensal R$ 724,00


Hora Extra (12) R$ 59,24
DSR R$ 11,39

Remuneração R$ 794,63
Salário Família R$ 24,66 (Remuneração entre R$ 682,51,55 a R$ 1.025,81)

CÁLCULO 2 - Não Recebe Salário Família


SALÁRIO FAMÍLIA - CÁLCULO

Salário Mensal R$ 724,00


Hora Extra (52) R$ 256,69
DSR R$ 49,36

Remuneração R$ 1.030,05
Salário Família
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: 0,00Trabalhista – SENAC -(Remuneração
R$Cálculos GO
acima de R$ 1.025,81)
246
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

1 - INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS: INSS, FGTS E IRRF


a) INSS
A CF/1988, em seu artigo 201, caput, assevera que “a Previdência Social será organizada
sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial”.
Ora, o que vimos é uma espécie de seguro social: regime de caráter contributivo e
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Todos gostariam de contar com proteção contra riscos associados ao mercado de trabalho.
Proteção contra riscos é normalmente obtida no mercado de seguros, através de critérios
atuariais, que estabelecem correspondência entre prêmio (custo) e risco do segurado.

12:04 CAPÍTULO IV 247


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

No entanto, nem todos os indivíduos têm renda para adquirir apólices. Ainda que
tivessem, o mercado segurador não cobre eficientemente todos os tipos de
riscos. Justifica-se, então, a intervenção governamental para corrigir ou minorar
estas falhas.

A Seguridade Social cumpre a função seguradora (proteção contra riscos) sem o


rigor atuarial e com maior cobertura do que o mercado segurador privado. Essa
proteção, no entanto, só é possível em virtude da adesão geral e compulsória ao
sistema prevista na Lei nº 8.212/1991 a qual dispõe sobre o Plano de Custeio da
Seguridade Social.

12:04 CAPÍTULO IV 248


b) FGTS

Fundamento Legal: o FGTS é regido pela Lei nº 8.036/1990 e foi regulamentado pelo Decreto nº
99.684/1990.

Conceito: "O FGTS é um depósito bancário destinado a formar uma poupança para o trabalhador, que poderá
ser sacada nas hipóteses previstas em lei, principalmente quando é dispensado sem justa causa." (Martins,
Sérgio Pinto, ob. cit. pág. 392)

Quem tem direito

 empregados urbanos e rurais, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT;

 diretor não empregado, ou seja, que não pertence ao quadro de pessoal da empresa, mas que tenha sido
equiparado a empregado;

 trabalhadores avulsos, tais como estivadores, conferentes, vigias portuários etc.

 empregados domésticos: o Decreto 3.361, de 10.02.2000 possibilitou a inclusão desses empregados no


regime de FGTS de forma facultativa. A Emenda Constitucional nº 72, de 03/04/2013, estendeu o FGTS aos
empregados de forma obrigatória. Esse direito, no entanto, só passa a ser válido após a regulamentação do
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 249
mesmo.
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

Depósito do FGTS: Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, em


conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, inclusive
sobre a gratificação natalina (13º salário).

Menor Aprendiz: Os contratos de aprendizagem terão a alíquota reduzida de 8%


para 2% conforme determina a Lei nº 10.097/2000.
Recolhimento - Prazo: até o dia 7 (sete) de cada mês. Caso esse dia recaia em dia
não útil (domingo ou feriado), o recolhimento deve ser antecipado.

12:04 CAPÍTULO IV 250


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

Depósitos Obrigatórios em casos de afastamento


Existem casos em que ainda que o empregado esteja afastado do trabalho o
empregador é obrigado a depositar o FGTS. Dentre eles, citamos:

 serviço militar;
 por motivo de licença para tratamento de saúde, até quinze dias;
 acidente do trabalho;
 licença-maternidade; e
 licença-paternidade.

12:04 CAPÍTULO IV 251


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
c) IRRF
Fundamento legal: De acordo com o Decreto nº 3.000/1999 as pessoas físicas
domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibilidade econômica ou jurídica de
renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, são
contribuintes do imposto de renda, sem distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado
civil ou profissão.
Rendimentos do Trabalho Assalariado ...
O art. 43 do Decreto nº 3000/1999 estabelece que são tributáveis os rendimentos
provenientes do trabalho assalariado, as remunerações por trabalho prestado no exercício
de empregos, cargos e funções, e quaisquer proventos ou vantagens percebidos, tais como:
salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, vantagens, honorários, diárias de
comparecimento, férias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecúnia ou
indenizadas, acrescidas dos respectivos abonos; gratificações, participações, percentagens,
prêmios.
12:04 CAPÍTULO IV 252
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
Dedução Mensal do Rendimento Tributável

- Contribuição Previdenciária (Decreto nº 3000/1999, art. 74);


- Dependentes (Decreto nº 3000/1999, art. 77 ) - atualmente R$ 171,97 por
dependente

Férias pagas na Rescisão Contratual - Dispensa de Retenção

De acordo com a Solução de Divergência nº 1/2009, as férias não usufruídas não são
consideradas base de cálculo para fins de cálculo do IRRF.
12:04 CAPÍTULO IV 253
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
2 - VALE-TRANSPORTE

a) - CUSTEIO
O Vale-Transporte será custeado:
- pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário
básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;
- pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior.
A concessão do Vale-Transporte autoriza o empregador a descontar, mensalmente,
do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela equivalente a
6% (seis por cento) do seu salário básico ou vencimento.

12:04 CAPÍTULO IV 254


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

b)- PROPORCIONALIDADE DO DESCONTO

O valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontado


proporcionalmente à quantidade de Vale-Transporte concedida para o período a
que se refere o salário ou vencimento e por ocasião de seu pagamento, salvo
estipulação em contrário, em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho que
favoreça o beneficiário.
Para efeito da base de cálculo do desconto de 6%, o Parecer Normativo SFT/MT
nº. 15/92, esclareceu que toma-se como o seu salário inteiro e não apenas os
dias úteis do mês calendário.

12:04 CAPÍTULO IV 255


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

O desconto é proporcional nos casos de admissão, desligamento e férias.

Na demissão do empregado este deve devolver os passes que sobraram, ou então


se procede ao desconto do valor real dos passes não utilizados. Isto porque o
empregador entrega antecipadamente ao empregado os vales que adquiriu, logo
ocorrendo uma demissão no curso de um mês com aviso prévio indenizado, de
imediato não mais faz jus o empregado ao benefício concedido, devendo devolver
os VT não utilizados ou ser descontado o valor equivalente.

12:04 CAPÍTULO IV 256


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

c) - FALTAS/AFASTAMENTOS - DEVOLUÇÃO
O vale-transporte é para uso exclusivo no deslocamento casa-trabalho e vice-
versa. Havendo ausências do empregado ao trabalho (mesmo justificadas, como o
caso de doença), a empresa poderá optar por uma das situações abaixo:

a) exigir que o empregado devolva os vales-transportes não utilizados;


b) no mês seguinte, quando da concessão do vale, a empresa poderá deduzir os
vales não utilizados no mês anterior;
c) multiplicar os vales não utilizados pelo valor real dos mesmos, e descontá-los,
integralmente do salário do empregado.
12:04 CAPÍTULO IV 257
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS

d) - BASE DE CÁLCULO PARA O DESCONTO

A base de cálculo para determinação da parcela a ser descontada do beneficiário


será:

- o salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; e


- o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa
ou serviço feito ou quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de
comissões, percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes.

12:04 CAPÍTULO IV 258


CÁLCULOS TRABALHISTAS
g) - EXEMPLOS – CÁLCULOS
CÁLCULO DO VALE-TRANSPORTE - MÊS COMPLETO

Valor do desconto (6% ) superior ao valor do vale-transporte

Sálário Contratual R$ 3.000,00


Valor do Vale-Transporte R$ 2,80
Quantidade de Vale-Transporte 44

Salário R$ 3.000,00 6% = R$ 180,00


VT R$ 2,80 44 = R$ 123,20

Valor a ser descontado do empregado R$ 123,20


12:04 CAPÍTULO IV 259
CÁLCULOS TRABALHISTAS
g) - EXEMPLOS – CÁLCULOS
CÁLCULO DO VALE-TRANSPORTE - MÊS COMPLETO

Valor do desconto (6% ) inferior ao valor do vale-transporte

Sálario Contratual R$ 724,00


Valor do Vale-Transporte R$ 2,80
Quantidade de Vale-Transporte 44

Salário R$ 724,00 6% = R$ 43,44


VT R$ 2,80 44 = R$ 123,20

Valor a ser descontado do empregado R$ 43,44


12:04 CAPÍTULO IV 260
CÁLCULOS TRABALHISTAS
CÁLCULO DO VALE-TRANSPORTE PROPORCIONAL 14 DIAS

Valor do desconto (6% ) superior ao valor do vale-transporte

Salário Contrutal R$ 3.000,00


Valor do Vale-Transporte R$ 2,80
Quantidade de Vale-Transporte 22
Dias Trabalhados 14 Dias
Dias do Mês: 28, 29, 30 ou 31 30

Salário R$ 3.000,00 6% = R$ 180,00


R$ 180,00 ÷ 30 = R$ 6,00
R$ 6,00 x 14 = R$ 84,00
VT R$ 2,80 22 = R$ 61,60

Valor a ser descontado do empregado R$ 61,60


CÁLCULOS TRABALHISTAS
CÁLCULO DO VALE-TRANSPORTE PROPORCIONAL 14 DIAS

Valor do desconto (6% ) inferior ao valor do vale-transporte

Salário Contrutal R$ 724,00


Valor do Vale-Transporte R$ 2,80
Quantidade de Vale-Transporte 22
Dias Trabalhados 14 Dias
Dias do Mês: 28, 29, 30 ou 31 30

Salário R$ 724,00 6% = R$ 43,44


R$ 43,44 ÷ 30 = R$ 1,45
R$ 1,45 x 14 = R$ 20,27
VT R$ 2,80 22 = R$ 61,60

Valor a ser descontado do empregado R$ 20,27


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
3- ALIMENTAÇÃO - PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO
TRABALHADOR (PAT)
a) Participação do Trabalhador no Custo

De acordo com o artigo 4º da Portaria nº 3 de 1 março de 2002, a participação


financeira do trabalhador fica limitada a 20% do custo direto da refeição.
b) Quem pode participar do PAT?

Todas as pessoas jurídicas que tenham trabalhadores por ela contratados.

12:04 CAPÍTULO IV 263


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
c) A participação da Empresa no PAT é obrigatória?
Não. A adesão ao PAT é voluntária. Porem alertamos que caso a empresa conceda
benefício alimentação ao trabalhador e não participe do Programa deverá fazer o
recolhimento do FGTS e INSS sobre o valor do benefício concedido para o
trabalhador.

Exemplo: Valor da refeição R$ 8,90


Empregado utiliza 25 refeição no mês de março/2014
Valor a descontar do empregado R$ 44,50 (R$ 8,90 x 25 dias = R$ 222,50 x 20%)

12:04 CAPÍTULO IV 264


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
4 - PENSÃO ALIMENTÍCIA
Descontos - Pensão Alimentícia em folha de pagamento
Base de Cálculo
Devemos observar as "Sentenças" proferidas pelos juízes uma vez que o mesmo
poderá adotar a base de cálculo que entender mais conveniente depois de analisar a
situação financeira das partes.
Como exemplo de base de cálculo da pensão alimentícia, podemos citar:
% sobre o rendimento bruto;
% sobre o rendimento líquido;
% do salário mínimo;

12:04 CAPÍTULO IV 265


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
5 - PREJUÍZOS CAUSADOS PELO EMPREGADO
A CLT estabelece que ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto no salário
do empregado, constituindo crime sua retenção dolosa. Somente poderá haver
desconto nos salários do empregado quando:

a) estiver previsto em lei;


b) resultar de adiantamento, acordo ou convenção coletiva.

Como exemplo, podemos citar os descontos previstos em lei, os relativos às


contribuições previdenciárias, à contribuição sindical e ao Imposto de Renda.

12:04 CAPÍTULO IV 266


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FOLHA DE PAGAMENTO - DESCONTOS
Ressarcimento
De acordo com a CLT, em caso de dano causado pelo empregado o desconto no salário
será lícito quando:
a) houver acordo prévio (que pode ser expresso por meio de cláusula contratual),
prevendo a possibilidade de desconto sempre que o dano resultar de culpa do empregado
(caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência); ou;
b) ocorrer dolo (ação deliberada do empregado com a intenção de causar o resultado
prejudicial ao empregador).
Assim, o empregador, ao proceder a descontos no salário do empregado, deve agir com
cautela, de forma que, a qualquer momento, tenha como comprová-los.
O artigo 462 da CLT autoriza o desconto de danos causados pelo empregado, desde que
isso tenha sido estipulado no contrato de trabalho assinado pelo funcionário.

12:04 CAPÍTULO IV 267


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
1 – INTRODUÇÃO
A gratificação natalina foi instituída pela Lei nº 4.090/1962, alterada pela Lei nº
4.749/1965 e regulamentada pelo Decreto nº 57.155/1965.
O décimo terceiro salário é um direito garantido pelo art.7º da Constituição
Federal de 1988. Consiste no pagamento de um salário extra ao trabalhador.
"Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo
empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que
fizer jus.“
A lei 4.749 de 12/08/1965 determinou o pagamento do Décimo Terceiro Salário
ou Gratificação Natalina em 2 (duas) parcelas.

12:04 CAPÍTULO V 268


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
2 – CONCEITO
A gratificação de Natal, ou gratificação natalina, popularmente conhecida como décimo terceiro
salário (13o salário), é uma gratificação instituída no Brasil, que deve ser paga ao empregado em
duas parcelas até o final do ano, no valor corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração para
cada mês trabalhado.

3 - QUEM TEM DIREITO

• Trabalhadores urbanos, rurais e domésticos: A Constituição Federal de 1988 garante o direito à


gratificação natalina para trabalhadores urbanos, rurais e domésticos em seu art. 7º, inciso VIII,
e § único.
• Trabalhadores avulsos: A Lei nº 5.480/1968, regulamentada pelo Decreto nº 63.912/1968, por
sua vez, garantiu aos trabalhadores avulsos o direito ao 13º salário; entretanto, seu pagamento
segue normas próprias estabelecidas pelo citado diploma legal.

12:04 CAPÍTULO V 269


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
3.1 - QUEM NÃO TEM DIREITO
 Contribuintes Individuais
 Autônomos
 Empresários
 Síndicos de Condomínios
 Ministros de Confissão Religiosa
 Estagiário
A Constituição Federal que instituiu a gratificação natalina, não fazem nenhuma alusão
sobre a possibilidade de extensão desse direito a contribuintes individuais (ex-autônomos,
empresários, síndico de condomínio, ministros de confissão religiosa etc.), entendemos
que os mesmos não fazem jus ao recebimento do Décimo Terceiro Salário.

12:04 CAPÍTULO V 270


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
4 – PRAZO PARA O PAGAMENTO
4.1 – PAGAMENTO DA PRIMEIRA PARCELA 13º SALÁRIO -
ADIANTAMENTO

A 1ª (primeira) parcela deverá ser efetuada entre os meses de fevereiro e novembro de


cada ano, o valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do salário recebido pelo
empregado no mês anterior ao do pagamento.

O art. 2º da Lei nº 4.749/65, estabelece: "Entre os meses de fevereiro e novembro de cada


ano o empregador pagará como adiantamento da gratificação referida no artigo
precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês
anterior."

12:04 CAPÍTULO V 271


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
4.2 - EMPREGADOS ADMITIDOS ATÉ 17 DE JANEIRO

Para os empregados admitidos até 17 de janeiro, o valor da primeira parcela será de


50% (cinquenta por cento) do salário do mês anterior ao do seu pagamento.

4.3 - EMPREGADOS ADMITIDOS APÓS 17 DE JANEIRO

Para os empregados admitidos após 17 de janeiro, o valor da primeira parcela será a


metade de 1/12 (um doze avos) da remuneração, por mês de serviço ou fração igual
ou superior a 15 (quinze) dias.

12:04 CAPÍTULO V 272


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.4 - EMPREGADO ADMITIDO EM NOVEMBRO


A legislação estabelece que a 1ª parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 30
de novembro. Sendo assim, a o empregado que foi admitido no mês de novembro
e havendo prestado serviços superior ou igual há 15 dias, o mesmo fará jus ao
recebimento da 1ª parcela;

4.5 - PAGAMENTO POR ESCALA DA 1° PARCELA


Conforme reza o art. 3°, § 2° do Decreto 57.155/65, a empresa não está obrigada
ao pagamento da 1ª parcela do 13º salário a todos os empregados no mesmo mês,
observando que até o dia 30 de novembro todos já tenham recebidos.

12:04 CAPÍTULO V 273


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.6 - PAGAMENTO EM PARCELA ÚNICA EM NOVEMBRO


4.7 - PAGAMENTO DA SEGUNDA PARCELA 13º SALÁRIO
A 2ª (segunda) parcela deverá ser paga até o dia 20 de dezembro, caso o dia 20
recaia em dia não útil, o pagamento da 2ª parcela deverá ser antecipado para o 1º
dia útil anterior.

4.8 - 13º SALÁRIO EM PARCELA ÚNICA NO MÊS DE DEZEMBRO

12:04 CAPÍTULO V 274


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.9 – POR OCASIÃO DAS FÉRIAS

Para que o empregado tenha direito ao adiantamento da


primeira parcela do 13º salário, juntamente com o pagamento
das férias, ele deverá requerer por escrito ao empregador, no
mês de janeiro até o dia 31 do correspondente ano e após este
prazo caberá à empresa liberar o referido pagamento ao
empregado.

12:04 CAPÍTULO V 275


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.10 - AJUSTE EM JANEIRO


Para o empregado que recebe parcelas variáveis (comissões, tarefas, produções,
horas extras, adicionais etc.) e por quando da 2° parcela do 13° salário ser difícil
saber os valores destas variáveis, o empregador devera até o dia 10 de janeiro do
ano seguinte, efetua-se o ajuste da diferença referente ao total da parte variável
recebida entre os meses de janeiro a dezembro.

Existe entendimento de que o pagamento do ajuste deve ser efetuado até o 5º dia
útil do mês subseqüente, conforme ilustra o art. 459 da CLT.

12:04 CAPÍTULO V 276


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.10 - AJUSTE EM JANEIRO

ART. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho,


não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne
às comissões, percentagens e gratificações.

§ 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado,
o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

12:04 CAPÍTULO V 277


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.11 - PREVIDÊNCIA SOCIAL


A gratificação natalina integra o salário de contribuição do empregado, de acordo
com o artigo 214, § 6º, do Decreto nº 3.048/1999.
O desconto previdenciário será tributado apenas no mês de dezembro ou na
rescisão contratual.
4.11.1 - GPS
Havendo rescisão contratual, a contribuição referente ao décimo terceiro deve ser
recolhida juntamente com a GPS referente ao recolhimento mensal, no dia 20 do
mês subsequente à rescisão. (Decreto nº 3.048/1999, art. 216, § 3º).

12:04 CAPÍTULO V 278


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

4.11.2 - DESCONTO DO INSS E PRAZO DO RECOLHIMENTO DO AJUSTE


Caso a diferença for favorável ao empregado o calculo do desconto previdenciário deve
ser recolhido juntamente com a competência de dezembro, de acordo com o que
estabelece o art. 216, § 25 do Decreto nº 3.048/1999, com redação do Decreto nº
3.265/1999, o recolhimento da contribuição previdenciária decorrente da diferença da
gratificação natalina deverá ser efetuado juntamente com a competência dezembro do
mesmo ano.

A Instrução Normativa nº 971/2009, art. 96, parágrafo único, também orienta que o prazo
para pagamento da contribuição previdenciária referente ao ajuste é o dia 20 de janeiro,
que é o prazo máximo para pagamento da competência dezembro.

12:04 CAPÍTULO V 279


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

Caso a diferença for desfavorável ao empregado o valor encontrado deve ser


compensado na guia no campo 6.

“Parágrafo único. Caso haja pagamento de remuneração variável em dezembro, o


pagamento das contribuições referentes ao ajuste do valor do décimo terceiro
salário deve ocorrer no documento de arrecadação da competência dezembro,
considerando-se para apuração da alíquota da contribuição do segurado o valor
total do décimo terceiro salário”.

12:04 CAPÍTULO V 280


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

5 – AFASTAMENTO DO EMPREGADO NO CURSO DO ANO

Art. 40 da Lei 8.213/1991 do Planos de Benefícios da Previdência Social. “É


devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência Social que,
durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão
por morte ou auxílio-reclusão”.

Parágrafo único. O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma
que a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda
mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano.

12:04 CAPÍTULO V 281


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

De acordo com o que estabelece o art. 345, § 1º e 2º da Instrução Normativa


INSS/PRES nº 45/2010, o décimo terceiro salário correspondente aos dias em que
o empregado recebeu benefício de auxílio-doença e acidente de trabalho é pago
diretamente pelo INSS juntamente com a última parcela do benefício.

• Auxílio-Doença Previdenciário;
• Auxílio-Doença Acidentário;
• Salário-Maternidade;

12:04 CAPÍTULO V 282


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
5.1 - AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO

Lei 8.213/91 - Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a


contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais
segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer
incapaz. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

Os primeiros 15 dias deverão ser custeados pela empresa, ficando os demais


(auxílio-doença) a cargo da Previdência Social, conforme previsto no art. 345, § 2º
da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010.

12:04 CAPÍTULO V 283


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

5.2 - AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO

A Justiça do Trabalho entende que as faltas ou ausências decorrentes de acidente


do trabalho não são consideradas para efeito de cálculo da gratificação natalina
(13º salário). Este entendimento refletirá apenas no momento do pagamento total
do 13º salário. E gera para a empresa a obrigação de complementar a diferença
entre o valor do 13º salário recebido pelo empregado afastado pelo INSS e o valor
que receberia da empresa se esta lhe pagasse o ano inteiro.

O artigo 120 do Decreto nº 3.048/1999 esclarece que a Previdência Social deve


arcar com o pagamento dos avos referentes ao período de afastamento.

12:04 CAPÍTULO V 284


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

5.3 - SALÁRIO-MATERNIDADE

Com a publicação do Decreto 4.862 de outubro de 2003, o qual altera dispositivos


do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n o 3.048/99, a
empresa passa a ser novamente responsável pelo pagamento do 13º salário durante
o período do salário maternidade, podendo ser compensado na GPS.

A Lei nº 10.710/2003 restabeleceu o pagamento do salário-maternidade pela


empresa e a partir de 1º de setembro de 2003

12:04 CAPÍTULO V 285


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

5.3.1 - PROCEDIMENTO DO REEMBOLSO - RESSARCIMENTO


5.3.2 - O CÁLCULO DO REEMBOLSO - GPS
FÓRMULA: Valor da remuneração / 30 / 12 x 120.

12:04 CAPÍTULO V 286


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

5.4 - SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

6 – PARCELAS QUE INTEGRAM A BASE DE CALCULO DO 13º SALÁRIO

Para os empregados que recebem salário variável, a qualquer título, será


calculada na base da soma das importâncias variáveis devidas nos meses
trabalhados dentro do exercício até o mês anterior àquele em que se realizar o
adiantamento e o pagamento do 13° salário.

12:04 CAPÍTULO V 287


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

• 6.1 - HORAS EXTRAS


• 6.2 – SERVIÇO SUPLEMENTAR, HABITUALMENTE PRESTADO
• 6.3 – O ADICIONAL NOTURNO
• 6.4 – OS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE
• 6.5 – DSR (DESCANSO SEMANAL REMUNERADO)
• 6.6 - GRATIFICAÇÃO PERIÓDICA
• 6.7 – GORJETAS E OUTRAS VERBAS RECEBIDAS PERIODICAMENTE

12:04 CAPÍTULO V 288


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
9 - EMPREGADOS ADMITIDOS ATÉ 17 DE JANEIRO
- SALÁRIO FIXO

Para os empregados admitidos até 17 de janeiro, o valor da 1ª


parcela será de 50% (cinquenta por cento) do salário do mês
anterior ao do seu pagamento.

Salário R$ 1.800,00

12:04 CAPÍTULO V 289


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO FIXO

Empregado faz jus a: 12/12 12/12


Admissão: 14/01
Salário em Outubro: R$ 1.800,00
R$ 1.800,00 /2: R$ 900,00
1º parcela - Novembro R$ 900,00
FGTS R$ 72,00 (R$ 900,00 x 8%)

12:04 CAPÍTULO V 290


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

10 - EMPREGADOS ADMITIDOS APÓS 17 DE JANEIRO -


SALÁRIO FIXO

Para os empregados admitidos no curso do ano, o


adiantamento corresponderá à metade de 1/12 (um doze
avos) da remuneração por mês de serviço ou fração igual ou
superior a 15 (quinze) dias.
Salário R$ 1.800,00
12:04 CAPÍTULO V 291
CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO FIXO

Empregado faz jus a: 3/12 avos 12/3


Admissão: 20/08
Salário em outubro: R$ 1.800,00
Cálculo 1.800,00 / 12 x 3: R$ 450,00 (Setembro a Novembro)

R$ 450,00 / 2: R$ 225,00
1º parcela - Novembro R$ 225,00
FGTS R$ 18,00 (R$ 225,00 x 8%)

12:04 CAPÍTULO V 292


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
V.1 - DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO - 2ª PARCELA
1. DATA DE PAGAMENTO

A 2ª parcela do 13º Salário de 2013 deve ser paga até o dia 20 de dezembro de 2013.

2 - VALOR DA PARCELA A SER PAGA


O 13º Salário será pago proporcional ao tempo de serviço do empregado na empresa,
considerando-se a fração de 15 (quinze) dias de trabalho como mês integral.
A importância paga ao empregado a título de 1ª parcela será deduzida do valor do 13º
Salário devido até o dia 20 de dezembro.

12:04 CAPÍTULO V 293


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
Quando na composição do salário do empregado envolver parte variável, deverá ser
calculada a sua média.
Nota: Quanto aos empregados vendedores, a empresa deverá verificar, junto ao sindicato
da categoria, se os valores das comissões deverão ser atualizados e qual índice.
Quando do pagamento da segunda parcela, se o salário for fixo, correspondera ao salário
de dezembro, deduzindo o valor da 1ª parcela.
Se o salário for variável, o 13° salário será calculado na base de 1/11 (um onze avos) dos
valores recebidos nos meses trabalhados até novembro, sendo o resultado acrescido à
parte fixa do salário do mês de dezembro, e deduzindo a contribuição previdenciária.
Conforme o Decreto n° 57.155, art. 2°, parágrafo único, até o dia 10 de janeiro do ano
seguinte, o cálculo deverá ser ajustado, computando-se 1/12 (um doze avos) do total das
variáveis pagas até dezembro, recompondo o valor da gratificação.

12:04 CAPÍTULO V 294


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

3 - CÁLCULOS DO 13º SALÁRIO


3.1 - EMPREGADOS ADMITIDOS ATÉ 17 DE JANEIRO

Empregado admitido até o dia 17 de janeiro faz jus ao 13º salário integral, ou seja, 12/12
de gratificação natalina.

a) SALÁRIO FIXO:
CÁLCULO DA 2ª PARCELA: Parcela correspondente ao salário de dezembro,
observando o desconto do adiantamento do 13° salário, com a incidência da contribuição
previdenciária sobre o valor total do 13º salário

12:04 CAPÍTULO V 295


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO FIXO

Empregado faz jus a: 12/12 12/12


Admissão: 14/01
Salário em Outubro: R$ 1.800,00
R$ 1.800,00 /2: R$ 900,00
1º parcela - Novembro R$ 900,00
FGTS R$ 72,00 (R$ 900,00 x 8%)

12:04 CAPÍTULO V 296


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
13º SALÁRIO – 2ª PARCELA - DEZEMBRO

13º Salário: 12/12 R$ 1.800,00


INSS – 9% R$ 162,00
IRRF R$ 0,00
Adiantamento 1ª Parcela R$ 900,00
Valor do 13º Salário R$ 738,00
FGTS R$ 72,00 (R$ 1.800,00 – R$ 900,00) x 8%

12:04 CAPÍTULO V 297


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
3.2 - EMPREGADOS ADMITIDOS APÓS 17 DE JANEIRO - SALÁRIO FIXO

Salário em dezembro: R$1.800,00

ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO FIXO

Empregado faz jus a: 3/12 avos 12/3


Admissão: 20/08
Salário em outubro: R$ 1.800,00
Cálculo 1.800,00 / 12 x 3: R$ 450,00 (Setembro a Novembro)

R$ 450,00 / 2: R$ 225,00
1º parcela R$ 225,00
FGTS R$ 18,00 (R$ 225,00 x 8%)

12:04 CAPÍTULO V 298


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

13º SALÁRIO – 2ª PARCELA - DEZEMBRO

13º Salário: 4/12 R$ 600,00


INSS – 8% R$ 48,00
IRRF R$ 0,00
Adiantamento 1ª Parcela R$ 225,00
Valor do 13º Salário R$ 327,00 (R$ 600,00 – R$ 48,00 – R$ 225,00)
FGTS R$ 30,00 (R$ 600,00 – R$ 225,00) x 8%

12:04 CAPÍTULO V 299


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
b) SALÁRIO COMISSÃO:

ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO COMISSÃO


Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ OUTUBRO
Média: R$ 980,00 + R$ 196,00 = R$ 1.176,00

Empregado faz jus a: 11/12


Média Comissão R$ 1.078,00 (R$ 1.176,00 ÷ 12 x 11)
1ª Parcela - Adiantamento R$ 539,00 (R$ 1.078,00 ÷ 2)
1º parcela R$ 539,00
FGTS R$ 43,12 (R$ 539,00 x 8%)

12:04 CAPÍTULO V 300


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

13º SALÁRIO – 2ª PARCELA – DEZEMBRO


Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ NOVEMBRO
Média: R$ 1.100,00 + R$ 220,00 = R$ 1.320,00

Empregado faz jus a: 12/12


Média Comissão R$ 1.320,00
2ª Parcela – 13º Salário R$ 1.320,00
INSS – 9% R$ 118,80
Adiantamento 1ª Parcela R$ 539,00
Valor do 13º Salário R$ 662,20
FGTS R$ 62,48 (R$ 1.320,00 – R$ 539,00) x 8%

12:04 CAPÍTULO V 301


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
13º SALÁRIO – AJUSTE – JANEIRO
Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ DEZEMBRO
Média: R$ 1.400,00 + R$ 280,00 = R$ 1.680,00

Empregado faz jus a: 12/12


Média Comissão R$ 1.680,00
Ajuste R$ 360,00 (1.680,00 – 1.320,00)
Diferença INSS R$ 32,40 ( R$ 1.680,00 x 9% = R$ 151,20 -
INSS Devido – INSS Pago R$ 118,80 = R$ 32,40
Ajuste do 13º Salário R$ 327,60
Ajuste do FGTS R$ 28,80 (R$ 360,00 x 8%)

12:04 CAPÍTULO V 302


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
b.1 - PRAZOS:
PAGAMENTO DO AJUSTE

O prazo para o pagamento do ajuste do 13º salário é até 10 de janeiro que foi estabelecido
pelo Decreto 57.155/1965, artigo 2, parágrafo único. Entretanto, há entendimento no
sentido de que a diferença deverá ser paga até o 5o dia útil de janeiro, conforme
disposição do artigo 459 da CLT.

RECOLHIMENTO – INSS
Havendo ajuste do valor do décimo terceiro salário em função de aumento de salário ou
de média de variáveis, o recolhimento da contribuição decorrente de eventual diferença
deverá ser efetuado juntamente com o INSS da folha de pagamento de dezembro, ou seja,
na GPS normal a ser recolhida no início do mês seguinte.
12:04 CAPÍTULO V 303
CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO

RECOLHIMENTO FGTS – GFIP

Ao confeccionar a SEFIP da competência dezembro, deve-se observar se estão


sendo somados os valores devidos à Previdência Social da competência mês 12
(folha de pagamento) assim como os valores devidos referentes ao décimo
terceiro salário (competência 13/ano), inclusive de eventuais diferenças de quem
recebe salário variável.
Base Legal: Instrução Normativa 971/2009; Art. 216, §§ 1º e 25 do Decreto
3.048/99 e os citados no texto.

12:04 CAPÍTULO V 304


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
13 – EXERCÍCIO

c) SALÁRIO COMISSÃO:

ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO COMISSÃO


Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ OUTUBRO
Média: R$ 840,00 + R$ 168,00 = R$ _________________
13º SALÁRIO – 2ª PARCELA – DEZEMBRO
Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ NOVEMBRO
Média: R$ 990,00 + R$ 198,00 = R$ ___________________
13º SALÁRIO – AJUSTE – JANEIRO
Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ DEZEMBRO
Média: R$ 1.200,00 + R$ 240,00 = R$ _________________

12:04 CAPÍTULO V 305


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO - SALÁRIO COMISSÃO
Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ OUTUBRO
MD COMISSÃO MD DSR VALOR BASE
R$ 840,00 R$ 168,00 R$ 1.008,00
Empregado faz jus a: 11/12
Média Comissão R$ 924,00 (R$ 1.008,00 ÷ 12 x 11)
1ª Parcela - Adiantamento R$ 462,00 (R$ 924,00 ÷ 2)
1º parcela R$ 462,00
FGTS (R$ 462,00 x 8%) R$ 36,96

12:04 CAPÍTULO V 306


CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
13º SALÁRIO – 2ª PARCELA – DEZEMBRO
Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ NOVEMBRO
MD COMISSÃO MD DSR VALOR BASE
R$ 990,00 R$ 198,00 R$ 1.188,00

Empregado faz jus a: 12/12


Média Comissão R$ 1.188,00
2ª Parcela – 13º Salário R$ 1.188,00
INSS – 8% R$ 95,04 8%
Adiantamento 1ª Parcela R$ 462,00
Valor do 13º Salário R$ 630,96 (1.188,00 - 95,04 - 462,00)
FGTS R$ 58,08 (R$ 1.188,00 – R$ 462,00) x 8%
12:04 CAPÍTULO V 307
CÁLCULOS TRABALHISTAS
13º SALÁRIO
13º SALÁRIO – AJUSTE – JANEIRO
Média sobre Comissão e DSR auferida de JANEIRO ATÉ DEZEMBRO
MD COMISSÃO MD DSR VALOR BASE
R$ 1.200,00 R$ 240,00 R$ 1.440,00

Empregado faz jus a: 12/12


Média Comissão R$ 1.440,00
Ajuste R$ 252,00 (1.440,00 – 1.188,00)
( R$ 1.440,00 x 9% = R$ 129,60 -
Diferença INSS R$ 34,56 INSS Devido – INSS Pago R$ 95,04 =
R$ 34,56
Ajuste do 13º Salário R$ 217,44 (252,00 - 34,56)
Ajuste do FGTS R$ 20,16 (R$ 252,00 x 8%)
12:04 308
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS
1 - CONCEITO

Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado


após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses,
período este denominado "aquisitivo".

Art. 129 - “Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de


férias, sem prejuízo da remuneração”. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535,
de 13.4.1977)
As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição
do direito, período este chamado de "concessivo".

12:04 CAPÍTULO VI 309


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

2 - DIREITO ÀS FÉRIAS
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração, computando-se este período inclusive como tempo de
serviço, na seguinte proporção:

Art. 130 - “Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de


trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:” (Redação
dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

12:04 CAPÍTULO VI 310


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS
Férias Até 5 6 a 14 15 a 23 24 a 32
proporcionais faltas faltas faltas faltas
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias

1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia


2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias
3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias
4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias
5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias
6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias
7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias
8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias
9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias
10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias
11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias
12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 311
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

3 - ADIANTAMENTO DA 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO


4 - DOMÉSTICOS
5 - FALTAS JUSTIFICADAS
5.1 - FALTAS ADMISSÍVEIS
7 - PERDA DO DIREITO

12:04 CAPÍTULO VI 312


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

7 - PERDA DO DIREITO
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença
por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos;
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social;
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento
de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
§ 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do
Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da
paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos
termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos
respectivos locais de trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.016, de 30.3.1995).

12:04 CAPÍTULO VI 313


12:04 Palestrante: Carlos Alberto Lopes - Curso: Cálculos Trabalhista – SENAC - GO 314
CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

8 - ÉPOCA DA CONCESSÃO - PERÍODO CONCESSIVO


Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período,
nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o
direito.
8.1 - FRACIONAMENTO DO PERÍODO
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois)
períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de
idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

12:04 CAPÍTULO VI 315


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

8.2 - FORMALIDADES PARA A CONCESSÃO

Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará
recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de 9.12.1985).

O início das férias não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de
compensação de repouso semanal, conforme Precedente Normativo TST 100,
adiante reproduzido:

12:04 CAPÍTULO VI 316


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

8.3 - CANCELAMENTO OU ADIANTAMENTO DE FÉRIAS


O início das férias só poderá ser cancelado ou modificado pelo empregador,
desde que ocorra necessidade imperiosa, e ainda haja o ressarcimento ao
empregado dos prejuízos financeiros por ele comprovados, conforme Precedente
Normativo TST 116

9.1 - DATA DO PAGAMENTO


Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono
referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
período. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977).

12:04 CAPÍTULO VI 317


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

9.2 - PAGAMENTO EM DOBRO

Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art.
134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. (Redação dada
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

12:04 CAPÍTULO VI 318


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS
• 9.3 - PAGAMENTO PARTE FIXA
• 9.4 - PAGAMENTO POR HORA
• 9.5 - PAGAMENTO POR TAREFA
• 9.6 - PAGAMENTO POR COMISSÕES
• 9.7 - ADICIONAIS
9.8 - ABONO PECUNIÁRIO
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver
direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977).
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período
aquisitivo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977).

12:04 CAPÍTULO VI 319


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS
10 - PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DURANTE O PERÍODO DE FÉRIAS

Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador,
salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente
mantido com aquele. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977).

11 - SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Durante o período de afastamento para o serviço militar obrigatório não será computado o
tempo para efeito de férias. Será computado o período anterior ao afastamento, desde que
o empregado compareça à empresa dentro de 90 dias contados da respectiva baixa.

12:04 CAPÍTULO VI 320


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

12 - FÉRIAS E PARTO
13 - FÉRIAS E DOENÇA
14 - FÉRIAS E AVISO PRÉVIO
17 - PRESCRIÇÃO

12:04 CAPÍTULO VI 321


CÁLCULOS TRABALHISTAS
FÉRIAS

14 – EXERCÍCIO - FÉRIAS

Empregado com salário de R$ 770,00, trabalha em ambiente perigoso, fez (33)


trinta e três horas extras MÉDIA no período aquisitivo de: 05/02/2013 a
04/02/2014, e neste mesmo período faltou 7 dias.

Calcular férias de 30 dias


Calcular férias com abono pecuniário
FÉRIAS NORMAIS - 24 DIAS
Salário R$ 770,00
Ad. Per. R$ 231,00

Md NR Extra 33
Valor Extra R$ 225,23 (((R$ 770,00 + R$ 231,00) ÷ 220) + 50%) x 33h
DSR R$ 37,54 (R$ 225,23 ÷ 6)
Valor Total R$ 1.263,76 (R$ 770,00 + R$ 231,00 + R$ 225,23 + R$ 37,54)

FÉRIAS R$ 1.011,01 (R$ 1.263,76 ÷ 30 x 24dias) - 7 faltas


1/3 sob Férias R$ 337,00
Total Férias R$ 1.348,01
INSS 9% R$ 121,32 9%
A RECEBER R$ 1.226,69 (R$ 1.348,01 - R$ 121,32)
FÉRIAS ABONO PECUNIÁRIO
Salário R$ 770,00
Ad. Per. R$ 231,00

Md NR Extra 33
Valor Extra R$ 225,23 (((R$ 770,00 + R$ 231,00) ÷ 220) + 50%) x 33h
DSR R$ 37,54 (R$ 225,23 ÷ 6)
Valor Total R$ 1.263,76 (R$ 770,00 + R$ 231,00 + R$ 225,23 + R$ 37,54)

FÉRIAS R$ 674,01 (R$ 1.263,76 ÷ 30 x 16dias) - 7 faltas


1/3 sob Férias R$ 224,67
Total Férias R$ 898,68
Abono R$ 337,00 (R$ 1.263,76 ÷ 30 x 8dias)
1/3 sob abono R$ 112,33 (R$ 337,00 ÷ 3
Total Abono R$ 449,34 (R$ 337,00 + R$ 112,33)
INSS R$ 71,89 (R$ 898,68 x 8%)
A RECEBER R$ 1.276,12 (R$ 877,46 + R$ 438,73 - R$ 70,20)
OBRIGADO

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