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acidente de consumo
TÓP I COS E M DI R E I TO DO CON S U M I DOR
P ROFA . TA I SA M A R I A M ACE NA DE L I M A
A LU N A : A N N A CR I ST INA R E T TORE
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/infografico-2015.asp
André Santos, chefe da Divisão de
Orientação e Incentivo à Qualidade
do Inmetro:
o Resolução 39/248 da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a defesa do consumidor.
Direito do Consumidor: 1988 - 1990
o Constituição de 1988:
o Consumidor: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final
o Consumidor standard x bystander (art. 2°, p.u.; art. 17 CDC) >>>
Quando é aplicável o CDC?
Elementos da relação jurídica de consumo
o Consumidor equiparado
ACIDENTE DE CONSUMO.
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL.
EXPLOSÃO DE BUEIRO. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. NÃO
CABIMENTO. HIPÓTESE NÃO RESTRITA À RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO. ACIDENTE DE CONSUMO. ARTS. 12
E 14 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
1. Ainda que não tenham participado diretamente da relação de consumo, as vítimas de
evento danoso dela decorrente sujeitam-se à proteção do Código de Defesa do
Consumidor.
(...) 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 589.798/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA
TURMA, julgado em 20/09/2016, DJe 23/09/2016)
Quando é aplicável o CDC?
Elementos da relação jurídica de consumo
o Consumidor equiparado
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DE CHEQUE E DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CHEQUE FALSIFICADO DADO EM PAGAMENTO. ACIDENTE DE CONSUMO (CDC, ART. 17).
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO OU BYSTANDARD. COMPETÊNCIA DO FORO DO DOMICÍLIO DO
CONSUMIDOR.
1. Cuida-se de suposto uso de cheque falsificado para pagamento de estadia em hotel, provocando a inscrição do
consumidor em serviços de proteção ao crédito e a emergência de danos morais.
2. Configura-se, em tese, acidente de consumo em virtude da suposta falta de segurança na prestação do serviço por parte
do estabelecimento hoteleiro que, alegadamente, poderia ter identificado a fraude mediante simples conferência de
assinatura na cédula de identidade do portador do cheque.
3. Equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do acidente de consumo (CDC, art. 17).
4. Conflito conhecido para declarar competente o foro do domicílio do consumidor. (CC 128.079/MT, Rel. Ministro RAUL
ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/03/2014, DJe 09/04/2014)
Quando é aplicável o CDC?
Elementos da relação jurídica de consumo
o Elementos objetivos
o Produto: art. 3°, §1°: Qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial;
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO MÉDICO. ART. 14 DO CDC. CIRURGIA PLÁSTICA. OBRIGAÇÃO
DE RESULTADO. CASO FORTUITO. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. 1. Os procedimentos cirúrgicos de fins
meramente estéticos caracterizam verdadeira obrigação de resultado, pois neles o cirurgião assume verdadeiro
compromisso pelo efeito embelezador prometido. 2. Nas obrigações de resultado, a responsabilidade do
profissional da medicina permanece subjetiva. Cumpre ao médico, contudo, demonstrar que os eventos danosos
decorreram de fatores externos e alheios à sua atuação durante a cirurgia. (...) RECURSO ESPECIAL A QUE SE
NEGA PROVIMENTO. (REsp 1180815/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
19/08/2010, DJe 26/08/2010)
Vício x Fato
o Vício do produto ou do serviço;
o Vício x defeito?
o Gênero: Vício (=defeito) DE QUALIDADE
o Espécies: Vício (=defeito) DE ADEQUAÇÃO E DE SEGURANÇA
Art. 14. (...) § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
Fato do produto e fato do serviço:
solidariedade passiva como regra
Art. 7°. (...) Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão
solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo;
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou
importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis;
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de
regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento
danoso. >>>
Fato do produto:
solidariedade passiva x subsidiariedade
“A Drogaria Araújo alegou que não poderia ser responsabilizada, nos termos do art. 13
do CDC, mas deixou de considerar que o debate estava focado na questão do
armazenamento do produto, circunstância que a envolve inteiramente, segundo o inciso
III dessa regra ("não conservar adequadamente os produtos perecíveis").
Enfim, há prova suficiente de que foi comercializado produto impróprio para o consumo
e que a fabricante, em duas ocasiões, fez a troca do alimento, mas os defeitos
perduraram, tanto que houve o registro de uma ocorrência policial (fls. 26/27).
A responsabilidade, na forma dos artigos 12 e 13 do CDC, in casu, é solidária entre as
empresas que fabricam e comercializam o alimento deteriorado”. (AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL Nº 276.625 - MG (2012/0273184-2), RELATOR : MINISTRO SIDNEI
BENETI, publicado em 28/02/2013)
Fato do serviço:
solidariedade passiva
Art. 14. (...) § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Excludentes de responsabilidade
o Culpa concorrente?
o Autores do anteprojeto dizem que mesmo se houver culpa concorrente a
responsabilidade do fornecedor será integral
o O STJ, no entanto, atenua a indenização:
Art. 12. § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele
legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias
relevantes, entre as quais:
(...) III - a época em que foi colocado em circulação.
Excludentes de responsabilidade:
risco do desenvolvimento
DEVE ILIDIR RESPONSABILIDADE: NÃO ILIDE RESPONSABILIDADE
o Desestímulo ao progresso; o Argumento ad terrorem
o Direito fundamental individual x avanço
o Diretiva 374/85 CEE exclui; o A Diretiva permite derrogação
o Não subverte legítima expectativa; o Consumidor hipossuficiente incapaz de
prever risco
o Art. 12 §1° III: Inexiste defeito
o Análise de dever é análise de culpa
o Não há descumprimento de dever o Defeito de concepção
Vetos na seção sobre responsabilidade
por fato do produto ou serviço
Vetos na seção sobre responsabilidade
por fato do produto ou serviço
Prescrição (e decadência)
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados
por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-
se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
o STJ: Súm. 101 e [AgRg no REsp 1359609/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/12/2013, DJe 14/02/2014]
Questões processuais:
Competência
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem
prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes
normas:
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
Contato:
annacristina@teixeiraemirandaadvogados.com.br
annacriscr@gmail.com