Sunteți pe pagina 1din 44

Microbiologia e Imunologia

Morfocitologia
Bacteriana

Prof. Dr. Tarcizio José dos Santos Filho

2019.1
Eucariotos x Procariotos

EUCARIOTOS PROCARIOTOS
Cromossomo separado do citoplasma Cromossomo difuso no citoplasma
Constituintes comuns: nuclear
pela membrana Membrana citoplasmática, ribossomos, material genético
Citoplasma compartimentalizado Ausência de organelas
Respiração celular realizada em Respiração é realizada por enzimas da
mitocôndrias membrana citoplasmática
Presença de citoesqueleto Ausência de citoesqueleto
Genoma com íntrons Ausência de íntrons
Tradução independente da transcrição Transcrição acoplada à tradução
Classificação dos Microrganismos

Sistema dos 5 Reinos


• Whittaker, 1969
• Classificação baseada na
estrutura e metabolismo

Procariotos

Reino Monera = Bactérias


Classificação dos Microrganismos

• Carl Woese, 1991


• Baseado na sequência do rRNA 16S
• 3 domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya
Domínio Archaea
• Unicelulares com características morfológicas
semelhantes às das bactérias

• Habitam ambientes extremos

- Termófilas e Hipertermófilas

- Psicrófilas
Archaea
- Halófilas
- Metanogênicas

• Possuem adaptações estruturais e


metabólicas que permitem a vida em
condições extremas
Domínio Archaea

Carcaterística Bactérias Arquéas


Ligação dos lipídeos de Glicerol-éster Glicerol-éter
membrana
Estrutura dos lipídeos Cadeias de ácidos Cadeias de isoprenos
graxos
Estrutura da camada de lipídeos Bicamada de Camada única de
fosfolipídeos fosfolipídeos
Parede celular Peptideoglicano Camada S

Ácidos graxos isoprenos

Bicamada lipídica Monocamada lipídica


Domínio Bacteria
• Bactérias Gram Positivas
• Proteobactérias (Gram Negativas)
• Espiroquetas
• Clamídias
• Cianobactérias
• Deinococcus
• Deferribacter e Nitrospira
• Verrucomicrobios
• Cytophaga
• Flavobactérias
• Bactérias verdes sulfurosas e não-sulfurosas

Grande diversidade morfológica e metabólica!


• Procariotos unicelulares
• Pequenos (em geral de 0,5 a 5µm)
– Quando o citoplasma é muito volumoso, a
superfície celular, por onde entram água e
nutrientes e por onde saem os
metabólitos, não consegue realizar todas
as trocas necessárias.

Epulopiscium fishelsoni (700µm) Thiomargarita namibiensis (800µm)


Morfologia
Cocos: células esféricas, pequenas, de até 1 µm, que estabelecem
diferentes arranjos

Streptococcus
pyogenes

Neisseria
Staphylococcus
gonorrhoeae
aureus
• Bacilos: ou bastonetes. São cilíndricos, medem cerca de 3µm,
podendo ser curtos ou alongados

Bacillus cereus
• Vibriões: bacilos curvos, em • Espirilos: células curvas, espessas,
forma de “vírgula” que se movem através de flagelos
externos, dando voltas espirais em
torno do próprio eixo

Vibrio cholerae

Campylobacter jejunii

• Espiroquetas: células muito finas e longas, em formato espiral, que se


movem através de flagelos internos, dando voltas ao redor do próprio eixo

Treponema pallidum
Borrelia burgdorferi
Leptospira interrogans
Estruturas da Célula Bacteriana

Envelope
- Membrana citoplasmática
- Parede celular
- Membrana externa
Citoplasma
- Nucleóide e plasmídeos
- Ribossomos
- Grânulos de reserva
Apêndices bacterianos
- Flagelos
- Pili e fímbrias
Estruturas de resistência
- Esporos
Citoplasma bacteriano
• Porção fluida, preenche o interior da célula bacteriana
• Constituído por água, proteínas e aminoácidos, nucleóide, ribossomos, e
materiais de reserva

1) Nucleóide
• Molécula de DNA cromossômico condensado, associado a proteínas.
Essencial para a célula
• De 500 mil a 10 milhões de pares de base
• Em geral único e circular
2) Plasmídeos
• Molécula de DNA circular, com 5 a 100 genes
• Replicação autônoma
• Função acessória
• Vantagens: carreia genes de virulência, resistência, capacidade
metabólica, etc.
• Utilização na engenharia genética: produção de proteínas para
pesquisa ou uso clínico → clonagem
2) Ribossomos
• Organelas formadas por proteínas e RNA
• Realizam a síntese de proteínas
– Sítio para tradução do RNA mensageiro
• Ribossomos 70S com 2 subunidades (50S e 30S)
• E. coli: cerca de 15 mil ribossomos → 25% da massa da célula
• Alvo para antimicrobianos

Subunidade
maior (50S)
Unidade S (Svedberg): unidade de
medida da taxa de sedimentação na
ultracentrifugação

Subunidade
maior (30S)
3) Materiais de Reserva e Vesículas de Gás
• Materiais de reserva: armazenam moléculas que podem ser utilizadas
em situações desfavoráveis, como glicogênio, lipídeos, enxofre.

• Vesículas de gás: estruturas


protéicas ocas, impermeáveis
à água e solutos, permeáveis
Vesículas
somente a gases que de gás
favorecem a flutuabilidade.
4) Endósporo
• Estrutura de resistência formada por alguns gêneros bacterianos
como Clostridium spp. e Bacillus spp.

Clostridium botulinum
• Produzidos em situações ambientais desfavoráveis, resistem no
ambiente por muitos anos e germinam rapidamente

Estruturas

Capa e exospório: camadas de proteína


semelhantes à queratina que
impermeabilizam o endósporo

Córtex: camada espessa de peptideoglicano,

Core: equivalente ao citoplasma, é


desidratado e mineralizado. Contém:
▪ dipicolinato de cálcio que atua na
desidratação e protege o DNA.
▪ proteínas SASP: associam-se ao DNA e
mudam sua forma de B para A (+
resistente)
Envelope bacteriano
1) Membrana citoplasmática
Bicamada de fosfolipídios, de cerca de 8nm de espessura, nas quais as
porções hidrofóbicas se unem no interior da membrana e as porções
hidrofílicas ficam expostas.
- fosfolipídios: glicerol + fosfato ligados a 2 ácidos graxos de 16 a 18
carbonos

Colina
Glicerol
Cabeça
hidrofílica
Fosfato

Ácidos graxos
Cauda
hidrofóbica
• Contém proteínas imersas que se movem livremente entre os
fosfolipídios → modelo do mosaico fluido
Proteínas
transmembranas
Bicamada de
fosfolipídios

• Não contém esteróis (exceto micoplasmas)


• Estabilizada por pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas e cátions
Ca2+ e Mg2+
• Alvo para antimicrobianos → polimixina e daptomicina
a) Controla o tráfego de moléculas → barreira de permeabilidade seletiva

Impermeável a moléculas carregadas positivamente (inclusive


prótons) e hidrofílicas e permeável a substâncias hidrofóbicas

Necessidade de transporte através de proteínas transmembrana

Transporte passivo → sem gasto de energia

- Difusão facilitada: proteínas


- Difusão passiva: moléculas transmembranas permeases
atravessam os fosfolipídeos carreiam a molécula
Transporte ativo → com gasto de energia

As moléculas se movem contra o gradiente de concentração e


utilizam proteínas carreadoras que transportam a molécula

Uniporte Simporte Antiporte

As proteínas carreadoras são altamente específicas, tendo afinidade com


um tipo de molécula ou classe química e são sintetizadas de acordo com
a necessidade do microrganismo
b) Ancoragem de proteínas

c) Síntese e conservação de energia


Quebra de compostos orgânicos ou inorgânicos
• Elétrons: enviados para a cadeia de transporte de elétrons

• Prótons: enviados para o meio extracelular, tornando a parte externa


da membrana positivamente carregada e o interior negativamente
carregado

Gradiente de prótons
Confere energia para
Célula bacteriana movimento do flagelo,
transporte ativo e síntese de
ATP
2) Parede Celular
• Confere rigidez à célula bacteriana, protegendo contra choques
mecânicos e, principalmente, contra a pressão osmótica
• Arcabouço rígido formado por moléculas com uma porção protéica
associada a um dissacarídeo → peptideoglicano ou mureína

Peptideoglicano
Dissacararídeo:
- Ác. N-acetil glicosamina (NAG)
- Ác. N-acetil murâmico (NAM)

Peptídeo:
- Cadeias de 4 ou 5 aminoácidos
(alanina, lisina, glutamato e ácido
diaminopimélico [DAP])
Ligações entre as moléculas de peptideoglicano:
- Glicosídica: entre NAG/NAM → frágil
- Peptídica: entre os aminoácidos de duas cadeias de peptideoglicano →
essencial para manter a rigidez da parede → LIGAÇÕES CRUZADAS
Gram Positivo
• Mais de 90% da parede é composta de peptideoglicano
• Presença de ácidos teicóicos e lipoteicóicos → virulência
• Moléculas formadas por ribitol-fofato ligado a D-alanina
• Carregadas negativamente, que atuam na adesão e transporte
• Presença de pontes interpeptídicas

Ácido teicóico Ácido lipoteicóico


Peptideoglicano

Parede
celular

Membrana
citoplasmática
Gram Negativo A maior parte da
PC é a
• Cerca de 10% parede é composta de peptideoglicano
membrana
• A porção peptídica não contém L-lisina e sim DAP externa
• Ausência de pontes interpeptídicas
– ligação direta entre D-alanina e DAP

Membrana
externa Parede
Celular

Peptideoglicano

Membrana
citoplasmática
Membrana Externa
• Segunda bicamada lipídica, externa ao pepetideoglicano
-Porção externa: lipopolissacarídeos (LPS)
-Porção interna: fosfolipídeos e lipoproteínas
- Presença de Proteínas da Membrana Externa (OMPs)

Membrana
externa
→ Lipopolissacarídeo (LPS)
• Lipídio + carboidrato →exclusivo de G-
• Endotoxina: liga-se a TLR4 e LBPs,
podendo levar ao choque séptico

o Dividido em 3 porções:

Polissacarídeo O: região Polissacarídeo Interno ou do Lipídeo A: ácidos


variável com sequências Core: região não variável graxos ligados à
longas de carboidratos não composta por diferentes glicosamino-
usuais e hexoses carboidratos fofatos → porção
tóxica
Antígeno O → varia de acordo com a
bactéria e tem ramificações laterais
Útil para sorotipagem

Core → Invariável, carboidratos comuns


Periplasma
• Espaço entre as membranas citoplasmática e externa
• Concentração de enzimas envolvidas em transporte, quimiotaxia,
construção da parede, etc.
Gram Positivo x Gram Negativo
Gram Positivo e Gram Negativo
As bactérias podem ser divididas em dois grupos
de acordo com as características da sua parede
celular

Gram + Gram -
Hans Christian
Gram, 1884

Microscopia eletrônica → 1950


Gram Positivo x Gram Negativo

Coloração de Gram
Gram Positivo x Gram Negativo
3) Glicocálice
• Estrutura em geral de natureza polissacarídica que reveste as
células bacterianas

• Podem ser construídos de vários tipos de carboidratos,


principalmente ácido D-glucurônico, glicose e ácido siálico → Uma
exceção é B. anthracis que tem cápsula de natureza protéica (ácido
D-glutâmico)

• Quando está firmemente aderido à célula e exclui corantes é


denominado CÁPSULA; quando a matriz é mais frouxa e permite
corantes é chamado CAMADA LIMOSA
Funções do glicocálice
Adesão
• conferem carga negativa à superfície celular

Virulência → cápsulas
• recobrem os antígenos bacterianos
• cápsulas de ácido siálico podem regular negativamente o sistema
complemento
• principal fator de virulência para S. pneumoniae e N. meningitidis
• Sorotipagem → Em E. coli → Ag K
Apêndices bacterianos
1) Flagelos
• Apêndices que conferem motilidade à célula bacteriana
Polar ou
monotríquio

Lofotríquio

Anfitríquio

Peritríquio
• Filamento: longo, oco, diâmetro Flagelos como estrutura antigênica
constante, formado por flagelina
- Antígeno H em enterobactérias
disposta helicoidalmente - Sofre variação de fase → evasão da
resposta imune
• Gancho: largo, formado por
FlgE, prende o filamento no
corpo basal

• Corpo basal: conjunto de anéis


Filamento
sucessivos que ancoram o flagelo

→ O flagelo se move muito Gancho


rapidamente, através da força Corpo basal
próton-motiva e segue sinais de
quimiotaxia
Endoflagelos Motilidade por deslizamento
• Presente em espiroquetas • Característico do grupo
Cytophaga–Flavobacterium
• Percorrem todo o corpo da
bactéria pelo periplasma e • Proteínas da membrana
prendem-se pelos ganchos nas citoplasmática impulsionam
extremidades proteínas da membrana
externa ao longo de trilhos
• Quando giram, conferem o
movimento espiralado

Endoflagelo

Gancho Anéis
2) Píli e Fímbrias
• Apêndices protéicos não-flagelares (pilina)
• Mais curtos e numerosos que os flagelos

Fímbrias: mais numerosas, envolvidas em processos de adesão


Pili: um ou dois por célula, envolvidos em processos de conjugação

Pílus Fímbrias Flagelo


Fímbrias

Virulência: as fímbrias podem sofrer variação de fase e variação antigênica

S-ar putea să vă placă și