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Agrupamento

de Escolas
João de Deus

Reunião de Trabalho
sobre Educação Especial

Estoril, 7 de Maio de 2008


Agrupamento
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Enquadramento Legal da
Educação Especial
Decreto Lei nº3/2008, de 7 Janeiro
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OBJECTIVOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL João de Deus
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DESTINATÁRIOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL João de Deus

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

 decorrentes de alterações funcionais e


estruturais, de carácter permanente;
 que resultam em limitações continuadas; ao nível
da comunicação, da aprendizagem, da
mobilidade, da autonomia, do relacionamento
interpessoal e da participação social.
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ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL João de Deus

DESPACHO MINISTERIAL

 escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos


 escolas de referência para alunos cegos e com baixa visão

DESPACHO DO DIRECTOR REGIONAL

 unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do


espectro do autismo
 unidades de apoio especializado para alunos com multideficiência
e surdocegueira congénita

(as propostas de criação surgem do Conselho Executivo da Escola


ou Agrupamento, consultado o Conselho Pedagógico)
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ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL João de Deus

INTERVENÇÃO PRECOCE

foram colocados os docentes em Agrupamentos de Escolas de


referência

A Intervenção Precoce exige uma cooperação entre os serviços da


educação, da saúde e da segurança social.
Para isso, os agrupamentos de referência assegurarão a articulação
do trabalho dos docentes com as IPSS e as equipas técnicas
financiadas pela segurança social.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

REFERENCIAÇÃO

 Consiste na comunicação/informação de situações que possam


indiciar a existência de necessidades educativas especiais de
carácter permanente.
 Deve ocorrer o mais precocemente possível, espelhando o
máximo de aspectos que suportam a preocupação relativa à
criança referenciada.
 A referenciação pode ser feita por qualquer adulto que tenha
conhecimento da situação da criança.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

REFERENCIAÇÃO

A quem e como deve ser feita a referenciação

 Ao órgão de gestão da escola ou agrupamento de escolas da área


de residência
 Através do preenchimento de um formulário disponibilizado pela
escola, no qual se registam o motivo, as informações existentes
sobre a criança e se anexa toda a documentação importante para
o processo de avaliação
 Após a referenciação, compete ao órgão de gestão solicitar ao
grupo de Educação Especial e aos serviços técnico pedagógicos
de apoio aos alunos a avaliação dos casos e a elaboração do
respectivo relatório
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

AVALIAÇÃO

Nesta fase recolhe-se a informação que permita:

verificar se a situação se enquadra na educação especial


A (necessidades educativas especiais de carácter permanente)

Caso se considere, analisada a informação disponível, que o aluno


não se enquadra nos perfis definidos para a Educação Especial, este
será encaminhado para os apoios adequados disponibilizados pela
escola ou agrupamento, o que será registado no relatório técnico-
pedagógico.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

AVALIAÇÃO

Nesta fase recolhe-se a informação que permita:

Produzir orientações para a elaboração do Programa Educativo


B Individual (PEI), identificando os recursos a disponibilizar

Caso se considere a necessidade de uma avaliação especializada, o


órgão de gestão poderá solicitar a intervenção de outros técnicos ou
serviços (saúde, centros de recursos, escolas ou unidades) para que,
em conjunto com os encarregados de educação, se constitua uma
equipa pluridisciplinar que avalie as necessidades específicas de cada
aluno.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

AVALIAÇÃO

 Uma vez constituída a equipa, a primeira etapa consiste na


análise da informação disponível para se decidir o que é
necessário avaliar, quem vai avaliar (as diferentes categorias) e
como se avalia (que instrumentos utilizar).
 A avaliação, tendo a CIF-CJ como quadro de referência, deve
contemplar vários factores (componentes de funcionalidade e
factores contextuais) e as interacções que se estabelecem entre
eles.
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AVALIAÇÃO

RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO

 Depois de uma análise conjunta dos dados da avaliação, com a


ajuda da checklist, é elaborado um relatório técnico-pedagógico,
onde se identifica o perfil de funcionalidade do aluno, tendo em
conta a actividade e participação, as funções e estruturas do
corpo e a descrição dos facilitadores e barreiras, que a nível dos
factores ambientais influenciam essa mesma funcionalidade.
 O relatório deverá ainda explicar as razões que determinam as
necessidades educativas, a sua tipologia, bem como as respostas
educativas a adoptar, que servirão de base à elaboração do
Programa Educativo Individual (PEI)
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FASES DE REFERENCIAÇÃO E AVALIAÇÃO

REFERENCIAÇÃO
A referenciação é feita aos órgãos de gestão da escola da área de residência
sempre que se suspeite da existência de necessidades educativas de carácter permanente.

AVALIAÇÃO
O grupo de educação especial e o serviço técnico-pedagógico de apoio aos alunos analisam
a informação disponível e decidem sobre a necessidade de uma avaliação especializada.

O aluno NÃO NECESSITA O aluno NECESSITA


de uma avaliação especializada
de uma avaliação especializada por referência à CIF-CJ

O aluno NÃO NECESSITA de respostas O aluno NECESSITA de respostas


educativas no âmbito da Ed. Especial educativas no âmbito da Ed. Especial

APOIOS ESCOLARES ELABORAÇÃO do PEI


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RESPOSTAS EDUCATIVAS

ALUNOS COM DIFICULDADES DE ALUNOS COM NECESSIDADES


APRENDIZAGEM OU INTEGRAÇÃO EDUCATIVAS ESPECIAIS

 medidas previstas no Despacho


normativo 50/2005
 PEI / PIT
 inserção em turmas com  Medidas Educativas
Percurso Curricular Alternativo  Modalidades específicas
 inserção em Cursos de Educação
(unidades especializadas)
Formação
 parceria com outros serviços
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PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL (PEI)

 é o documento que garante o direito à equidade


educativa;
 responsabiliza a escola e os encarregados de educação;
 é um instrumento de trabalho dinâmico;
responsáveis pela sua implementação são, de acordo com o nível de
ensino, o educador de infância, o docente do 1.º CEB ou o director de
turma.
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Deste deve obrigatoriamente constar:


PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL (PEI)

 Identificação do aluno;
 Resumo da história escolar e antecedentes relevantes;
 Indicadores de funcionalidade e factores ambientais facilitadores ou
dificultadores da participação e aprendizagem;
 Definição das medidas educativas a implementar;
 Especificação dos conteúdos, objectivos gerais e específicos a atingir,
estratégias, recursos humanos e materiais a utilizar;
 Nível de participação do aluno nas actividades educativas da escola;
 Distribuição horária das diferentes actividades previstas;
 Identificação dos profissionais intervenientes;
 Definição do processo de avaliação da implementação do PEI;
 Data e assinatura dos participantes na sua elaboração e responsáveis pela
implementação do mesmo.
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PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL (PEI)

Processo dinâmico de elaboração e implementação do PEI


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PROGRAMA INDIVIDUAL DE TRANSIÇÃO (PIT)

Os alunos com NEE que as impeçam de adquirir as aprendizagens e


competências definidas no currículo comum devem beneficiar da
elaboração de um PIT.

 Três anos antes da idade limite da escolaridade obrigatória, o PEI


deve ser complementado com o PIT.
 Este consubstancia o projecto de vida do aluno para uma vida em
sociedade, perspectiva um processo a curto, médio e longo prazo
e deve responder às expectativas dos pais e do jovem.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

MEDIDAS EDUCATIVAS
As medidas educativas integram a adequação do processo de ensino e de
aprendizagem aos alunos com NEE, possibilitando o acesso ao currículo, à
participação social e à vida autónoma destas crianças e jovens.

 Adequações no processo de matrícula


 Apoio Pedagógico personalizado
 Adequações curriculares individuais
 Adequações no processo de avaliação
 Currículo específico individual
 Tecnologias de apoio
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MEDIDAS EDUCATIVAS

Adequação no processo de matrícula

 frequência do jardim de infância ou escola independentemente


da área de residência, em escolas de referência, em escolas com
unidades de apoio especializado ou com unidades de ensino
estruturado;
 adiamento para o 1.º ano do EB, não renovável;
 matrícula por disciplinas nos 2.º e 3.º CEB.
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MEDIDAS EDUCATIVAS

Apoio pedagógico personalizado

 reforço de estratégias de grupo ou turma aos níveis da


organização, do espaço e das actividades;
 estímulo e reforço de competências envolvidas na aprendizagem;
 antecipação e reforço da aprendizagem de conteúdos
leccionados no grupo ou turma;
 reforço e desenvolvimento de competências específicas.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

MEDIDAS EDUCATIVAS

Adequações curriculares individuais

 introdução de áreas curriculares específicas;


 introdução de objectivos e conteúdos intermédios;
 dispensa de actividades, desde que se revelem de muito difícil
execução face à incapacidade do aluno (após uso de tecnologias
de apoio)
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MEDIDAS EDUCATIVAS

Adequações no processo de avaliação

 do tipo de provas;
 dos instrumentos de avaliação e certificação;
 das condições de avaliação;
 critérios específicos de avaliação para os alunos com currículo
específico individual.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

MEDIDAS EDUCATIVAS

Currículo específico individual

 pressupõe alterações significativas no currículo comum;


 introdução, substituição ou eliminação de objectivos e
conteúdos;
 cariz funcional;
 realização em contextos reais;
 aplicabilidade nos diferentes contextos de vida do aluno;
 idade cronológica e interesses do aluno como referentes.
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PROCESSO DE INTERVENÇÃO João de Deus

MEDIDAS EDUCATIVAS

Tecnologias de apoio

 livros e manuais adaptados;


 brinquedos educativos adaptados;
 equipamentos informáticos e programas específicos;
 equipamento para mobilidade, comunicação e vida diária;
 adaptações de mobiliário e espaço físico.
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ASPECTOS FINAIS João de Deus

MANUAL DE APOIO À PRÁTICA

Para além da exposição clara e resumida dos aspectos principais da lei e de


outros documentos de referência, contém os Modelos dos diversos
Procedimentos e Documentos necessários para uma boa prática no trabalho
com as crianças com necessidades educativas especiais de carácter
prolongado.

SÍTIO DE CONSULTA NA NET


http://sitio.dgidc.min-edu.pt/especial/Paginas/default.aspx

ARTIGO 31º. Não cumprimento do princípio da não discriminação


A. Ensino público – Instauração de procedimento disciplinar.
B. Ensino particular e cooperativo – Retirada do paralelismo pedagógico e
cessação de qualquer participação financeira por parte da administração
educativa.
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FAQ'S SOBRE DECRETO-LEI N.º 3/2008 João de Deus

QUESTÃO 1

Com a publicação do Decreto-Lei n.º 3/2008 será necessário reavaliar as respostas educativas
definidas para todos os alunos abrangidos pelo anterior diploma (Decreto-Lei n.º319/91)?

RESPOSTA 1

Sim. Todos os programas educativos carecem de uma reavaliação, a realizar gradualmente até ao
final do ano lectivo. Relativamente aos alunos que são referenciados pela primeira vez serão
avaliados, desde já, de acordo com o processo definido no Decreto-Lei n.º3/2008.
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QUESTÃO 2

Quais as respostas educativas para os alunos que estavam abrangidos pelo Decreto-Lei n.º319 e que
não se enquadram no grupo-alvo definido no Decreto-Lei n.º3/2008?

RESPOSTA 2

Conforme o estipulado no artigo 6º do Decreto-Lei n.º3/2008, cabe ao departamento de educação


especial e aos serviços de psicologia o encaminhamento para os apoios disponibilizados pela
escola, consubstanciados no Projecto Educativo, que mais se adeqúem a cada situação
específica. As escolas podem implementar e desenvolver um conjunto de respostas, que visam
a promoção do sucesso escolar dos seus alunos, nomeadamente a criação de cursos de
educação e formação (Despacho conjunto n.º453/2004), a constituição de turmas de percursos
curriculares alternativos (Despacho normativo n.º1/2006), a elaboração de planos de
recuperação, de acompanhamento e de desenvolvimento (Despacho normativo n.º50/2005),
entre outras.
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FAQ'S SOBRE DECRETO-LEI N.º 3/2008 João de Deus

QUESTÃO 3

Os alunos com dislexia são abrangidos pelo Decreto-Lei n.º3/2008? E os alunos com
hiperactividade?

RESPOSTA 3

Os serviços responsáveis pelo processo de avaliação devem certificar-se, relativamente a cada


aluno, se existe de facto uma situação de verdadeira dislexia ou se as dificuldades do aluno
decorrem de outros factores, nomeadamente de natureza sociocultural. Confirmada a
existência de alterações funcionais de carácter permanente, inerentes à dislexia, caso os alunos
apresentem limitações significativas ao nível da actividade e da participação, nomeadamente na
comunicação ou na aprendizagem, enquadram-se no grupo-alvo do Decreto-Lei n.º3.
O mesmo procedimento deverá ser desencadeado no que se refere aos alunos com
hiperactividade.
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QUESTÃO 4

A quem cabe a responsabilidade da elaboração e acompanhamento do Plano Individual de


Transição?

RESPOSTA 4

Dado que o PIT faz parte integrante do PEI, a responsabilidade pela sua elaboração cabe ao docente
responsável pela turma ou director de turma, ao docente de educação especial e ao
encarregado de educação. O acompanhamento é da responsabilidade do docente responsável
pela turma ou director de turma.
.
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QUESTÃO 5

A que se refere a actividade não docente referida no art. 7.º nº 1?

RESPOSTA 5

Dado que a actividade dos professores é a docência, a actividade não docente a que se refere o nº 1
do artigo 7.º diz respeito a outros profissionais que estejam envolvidos no processo de
referenciação e avaliação.
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QUESTÃO 6

A utilização da CIF no âmbito da identificação das necessidades educativas especiais não significa
um retorno ao modelo médico?

RESPOSTA 6

Contrariamente a outras classificações da OMS, destinadas a ser utilizadas apenas pelo sector da
saúde, a CIF é uma classificação passível de ser utilizada em diferentes domínios sectoriais,
directa ou indirectamente relacionados com a funcionalidade e a incapacidade. A CIF não
classifica pessoas nem tem como objectivo o diagnóstico de doenças ou perturbações, mas sim
a descrição da situação de cada pessoa dentro de uma gama de domínios, permitindo
identificar o seu perfil de funcionalidade.
.
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RESPOSTA 6 (CONT.)

A CIF encontra-se ancorada no modelo biopsicossocial, o qual pressupõe uma abordagem sistémica,
ecológica e interdisciplinar na compreensão do funcionamento humano, permitindo descrever
o nível de funcionalidade e incapacidade dos alunos, bem como identificar os factores
ambientais que constituem barreiras ou facilitadores à funcionalidade. Pode dizer-se,
resumidamente, que a CIF representa um progresso quer em relação aos modelos que se
focalizam apenas em aspectos individuais e nas incapacidades (os chamados modelos
biopsicológicos ou médico- psicológicos) quer em relação aos modelos sociais que colocam
todo o foco no funcionamento das estruturas e instituições sociais.
O modelo biopsicossocial considera em simultâneo as incapacidades e potencialidades dos
indivíduos e as barreiras existentes no meio, enquadrando estratégias e intervenção destinadas
a desenvolver as capacidades das pessoas e a acessibilidade as recursos, de modo na promover
a participação e autonomia.
Na educação um dos domínios de aplicação explicitamente referidos na CIF, a utilização deste
quadro de referência permite uma avaliação compreensiva do funcionamento dos alunos e,
consequentemente, a introdução das necessárias adequações no processo de
ensino/aprendizagem direccionadas quer para o desenvolvimento das capacidades do aluno,
quer para a introdução de alterações nos seus contextos de vida incluindo o contexto escolar.
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QUESTÃO 7

O Decreto-Lei n.º3/2008 tem como grupo-alvo apenas os alunos com perturbações do espectro do
autismo, com multideficiência, problemas de visão ou de audição

RESPOSTA 7

Não. O Decreto-Lei n.º3/2008 tem como grupo-alvo todos e cada um dos alunos que apresentam
limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios de
vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de carácter permanente, definindo um
conjunto de medidas educativas (Capítulo IV do Decreto-Lei n.º3/2008) de âmbito curricular,
que visam a adequação do processo educativo às necessidades destes alunos.

Além destas, para os alunos com perturbações do espectro do autismo, com multideficiência,
problemas de visão ou de audição existe ainda a possibilidade de beneficiarem de adequações
de carácter organizativo, traduzidas em modalidades específicas de educação (Capítulo V do
Decreto-Lei n.º3/2008)..
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QUESTÃO 8

De acordo com o Decreto-Lei n.º3/2008 é possível reduzir o número de alunos das turmas que
integram alunos com necessidades educativas de carácter permanente?

RESPOSTA 8

Não. O Decreto-Lei n.º3/2008 não prevê a redução do número de alunos das turmas..
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QUESTÃO 9

Qual o futuro das escolas de educação especial?

RESPOSTA 9
As escolas de educação especial iniciaram já um processo de reorientação para Centros de Recursos para a Inclusão (CRI).
Estes centros de recursos têm como objectivo apoiar a inclusão das crianças e jovens com deficiências e incapacidade, em parceria com as
estruturas da comunidade, através da facilitação do acesso ao ensino, à formação, ao trabalho, ao lazer, à participação social e à vida autónoma,
promovendo o máximo potencial de cada indivíduo.

O funcionamento dos CRI assenta na lógica do trabalho em parceria com os agrupamentos de escola. Para responder às necessidades
identificadas mobiliza os seus próprios recursos e, se necessário, outros recursos da comunidade imprescindíveis ao desenvolvimento de um
trabalho em rede e em parceria.

Deve porém notar-se que o processo de reorientação será progressivo, prevendo-se que possa durar até 2013 e que a participação dos pais será
sempre assegurada. A transição dos alunos das escolas especiais para as escolas regulares só se processará desde que estejam garantidas as
devidas condições, conforme consta da Declaração de Lisboa (http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.dgidc.min-edu.pt/).
Os CRI são peças-chave para que essas condições possam ser alcançadas.
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QUESTÃO 10

Para usufruírem da medida “currículo específico individual” os alunos necessitam de ter um


relatório médico que comprove a existência de uma deficiência?

RESPOSTA 10

Para que um aluno possa ser abrangido por qualquer uma das medidas previstas no Decreto-Lei
n.º3/2008 é necessário que da avaliação efectuada se comprove a existência de limitações
significativas, ao nível da actividade e da participação, decorrentes de alterações funcionais ou
estruturais de carácter permanente.

Muitas destas situações deveriam ser avaliadas o mais precocemente possível, antes da entrada
na educação pré-escolar ou no ensino básico. Nos casos em que tal não acontece, a avaliação
cabe ao departamento de educação especial e aos serviços técnico-pedagógicos dos
agrupamentos, podendo ser solicitados os contributos de outros profissionais que exercem a
sua intervenção na escola ou noutros serviços da comunidade, designadamente nos Centros de
Recursos para a Inclusão.
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QUESTÃO 11

O Plano Individual de Transição (PIT) só pode ser aplicado a alunos que usufruam de um currículo
específico individual?

RESPOSTA 11

Sim, uma vez que o PIT se destina a alunos com necessidades educativas que os impeçam de
adquirir as aprendizagens e competências definidas no currículo comum.
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QUESTÃO 12

Um aluno sobredotado é elegível para usufruir das medidas educativas previstas no Decreto-Lei
n.º3/2008?

RESPOSTA 12

Não, os alunos sobredotados não se enquadram no grupo-alvo definido no Decreto-Lei n.º3/2008.


Estes alunos podem beneficiar de outros apoios disponibilizados pela escola, nomeadamente os
referidos no artigo 5º do Despacho Normativo n.º50/2005 (Planos de Desenvolvimento).
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QUESTÃO 13

As tecnologias de apoio previstas no Decreto-Lei n.º3/2008 incluem materiais didácticos


adaptados?

RESPOSTA 13

Sim. Como tecnologias de apoio consideram-se todos os dispositivos facilitadores, incluindo


equipamentos e materiais pedagógicos adaptados ou especialmente concebidos para melhorar
a funcionalidade dos alunos e a facilitar a sua aprendizagem e autonomia.
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QUESTÃO 14

A certificação dos alunos que beneficiaram de um PEI permite-lhes prosseguir estudos?

RESPOSTA 14

Sim, desde que as medidas aplicadas não coloquem em causa a aquisição das competências
terminais de ciclo ou das disciplinas. Neste sentido, a existência de um PEI não implica que um
aluno não possa prosseguir estudos, excepto quando é aplicada a medida “currículo específico
individual”.

Os instrumentos de certificação legalmente fixados para o sistema de ensino devem explicitar,


no caso dos alunos que beneficiaram de um PEI, as adequações do processo de ensino
aprendizagem que tenham sido aplicadas. .
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QUESTÃO 15

A CIF é um instrumento de avaliação?

RESPOSTA 15

A CIF é um sistema de classificação que permite enquadrar a recolha de informação relevante para
a descrição da natureza e extensão das limitações funcionais da pessoa, bem como das
características do meio circundante. Permite ainda organizar essa informação de maneira
integrada e facilmente acessível.
A utilização da CIF, como quadro de referência para a avaliação de NEE, pressupõe a utilização
de instrumentos de avaliação direccionados para a avaliação funcional dos alunos, com especial
enfoque nas actividades e participação e nos factores ambientais. Mais informação, de carácter
teórico e prático, pode ser encontrada em: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento
Curricular (2008). Educação Especial, Manual de Apoio à Prática. Lisboa: ME

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