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Faculdade Estácio de Sá - FAL

Disciplina: Direito Processual Civil II


Docente: Ana Ketsia B. M. Pinheiro
Aula 9
Das Provas em Espécie – cont.
Provas em espécie

4 ) Prova Documental – cont.

Acerca dos Documentos públicos, em princípio, não


há dúvida da força probatória destes,
principalmente porque são confeccionados por
agentes públicos, tendo estes tem fé pública,
concedendo-lhes credibilidade pelo menos com
relação aos fatos ocorridos na presença do servidor
público.
Referente aos Documentos particulares, Marinoni e
Arenhart destacam que:

“Quanto ao documento particular, sua eficácia


probatória depende de sua autenticidade (autoria
certa). [...] Essa autenticidade, essencial portanto
para a eficácia do Documento, permite, por sua
importância, questionamento próprio, seja através
do incidente de verificação (art. 372 do CPC), seja
pelo incidente de falsidade documental (arts.
390/395 do CPC).”
 O art. 408 do NCPC salienta que, estando o
documento particular escrito e assinado,
presume-se verdadeiro em relação ao
signatário.

 Porém, para sua integral validade em juízo, deve


ser colhida a manifestação da parte contrária,
que, se concordar, convalidará sua autenticidade,
e, se não, poderá valer-se do incidente de
falsidade (NCPC, arts. 421 e 430).
Art. 427. Cessa a fé do documento público ou particular
sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.
Parágrafo único. A falsidade consiste em:
I - formar documento não verdadeiro;
II - alterar documento verdadeiro.

Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:


I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se
comprovar sua veracidade;
II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por
preenchimento abusivo.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que
recebeu documento assinado com texto não escrito no
todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou por
meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.

Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:


I - se tratar de falsidade de documento ou de
preenchimento abusivo, à parte que a arguir;
II - se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que
produziu o documento.
Da Arguição de Falsidade

Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação,


na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a
partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será
resolvida como questão incidental, salvo se a parte
requerer que o juiz a decida como questão principal, nos
termos do inciso II do art. 19.

Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos


em que funda a sua pretensão e os meios com que
provará o alegado.
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15
(quinze) dias, será realizado o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se
a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo.

Art. 433. A declaração sobre a falsidade do documento,


quando suscitada como questão principal, constará da
parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também
a autoridade da coisa julgada.
5 - DA PROVA TESTEMUNHAL
Conceito:
“Prova testemunhal é que se obtém com o
depoimento oral de Testemunhas, sobre fatos
constantes do litígio. Testemunha é a pessoa
chamada a depor sobre esses fatos, narrando suas
percepções sensoriais.” (Frederico Marques)

No mesmo sentido Marinoni e Arenhart: “Por meio


da Prova testemunhal obtém-se, através das
declarações de alguém estranho à relação
processual, determinada versão de como se
passaram certos fatos importantes para a definição
do litígio.”
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas
sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem
ser provados.

Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da


obrigação, é admissível a prova testemunhal quando
houver começo de prova por escrito, emanado da parte
contra a qual se pretende produzir a prova.
Art. 445. Também se admite a prova testemunhal quando
o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente,
obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de
parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem
em hotel ou em razão das práticas comerciais do local
onde contraída a obrigação.

Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas:


I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade
real e a vontade declarada;
II - nos contratos em geral, os vícios de consentimento.
Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as
pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou
suspeitas.

§ 1o São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento
mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia
discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está
habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender
dos sentidos que lhes faltam.
§ 2o São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o
descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro
grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou
afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou,
tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não
se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute
necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor,
o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o
advogado e outros que assistam ou tenham assistido as
partes.
§ 3o São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.

§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento


das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.

§ 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados


independentemente de compromisso, e o juiz lhes
atribuirá o valor que possam merecer.
Atenção!

Conforme se observou a Prova testemunhal de um


modo geral é sempre admissível no processo, à
exceção são os casos mencionados no art. 447 ora
descritos.

Porém, o art. 401 do CPC/73 disciplina que a prova


exclusivamente testemunhal só é admissível nos
contratos em que o valor não ultrapasse o décuplo
do maior salário mínimo que vige no nosso país, no
tempo em que o contrato foi celebrado.
Esta regra está presente no CC, art. 227. Salvo os
casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só
se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse
o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao
tempo em que foram celebrados.

Didier Jr. Já defendia que a regra dos arts. 401, CPC


e 227 do CC, servem de norte para o juiz, mas não
tornam impossível, que diante de um caso concreto,
se acaso outra prova não puder ser produzida, o juiz
aceite somente a Prova testemunhal.
Exemplo: o que ocorre nas relações trabalhistas,
onde em muitos casos se mostra impossível aplicar
a vedação do art. 401, pois outro meio de prova não
há.

O STJ, editou a súmula 149, a seguir descrita:


Súmula 149: A Prova exclusivamente testemunhal
não basta à comprovação da atividade rurícola, para
efeito da obtenção de benefício previdenciário.

O próprio STJ, no entanto, tem precedente que


excepcionam o enunciado, diante das
peculiaridades do caso concreto.
BRASIL – STJ - PREVIDENCIÁRIO. RURÍCOLA (BOIA-
FRIA). APOSENTADORIA POR VELHICE. PROVA
PURAMENTE TESTEMUNHAL. INTERPRETAÇÃO DE
LEI DE ACORDO COM O ART. 5. DA LICC, QUE TEM
FORO SUPRALEGAL. RECURSO ESPECIAL NÃO
CONHECIDO PELA ALÍNEA A DO AUTORIZATIVO
CONSTITUCIONAL.
I - O JUIZ - E EM SUAS ÁGUAS O TRIBUNAL A QUO -
JULGOU PROCEDENTE PEDIDO DA AUTORA, NÃO
OBSTANTE AUSÊNCIA DE PROVA OU PRINCÍPIO DE
PROVA MATERIAL (LEI N. 8.213/91, ART. 55, PAR. 3.).
II - A PREVIDENCIA, APÓS SUCUMBIR EM AMBAS AS
INSTÂNCIAS, RECORREU DE ESPECIAL (ALÍNEA A DO
ART. 105, III, DA CF).

III - O DISPOSITIVO INFRACONSTITUCIONAL QUE


NÃO ADMITE "PROVA EXCLUSIVAMENTE
TESTEMUNHAL" DEVE SER INTERPRETADO CUM
GRANO SALIS (LICC, ART. 5.). AO JUIZ, EM SUA
MAGNA ATIVIDADE DE JULGAR, CABERA VALORAR A
PROVA, INDEPENDENTEMENTE DE TARIFAÇÃO OU
DIRETIVAS INFRACONSTITUCIONAIS. ADEMAIS, O
DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL (ART., 202, I) PARA
O "BÓIA-FRIA“ SE TORNARIA PRATICAMENTE
INFACTÍVEL, POIS DIFICILMENTE ALGUÉM TERIA
COMO FAZER A EXIGIDA PROVA MATERIAL.
IV - RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO PELA
ALÍNEA A DO AUTORIZATIVO CONSTITUCIONAL.
Acórdão POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO
RECURSO. Processo REsp 46879 / SP RECURSO
ESPECIAL 1994/0010952-0 Relator(a) Ministro
ADHEMAR MACIEL (1099) Órgão Julgador T6 -
SEXTA TURMA Data do Julgamento 10/05/1994
Data da Publicação/Fonte DJ 20.06.1994 p. 16129
O art. 401 do CPC/73 não foi recepcionado pelo
NCPC.

O art. 444 do NCPC disciplina que se aceita a Prova


testemunhal, qualquer que seja o valor do contrato,
quando existir começo de Prova escrita.
Pela expressão “começo de prova por
escrito” deve-se entender qualquer
documento escrito provindo da parte que
litiga no pólo oposto, mesmo que não esteja
assinado, como, exemplo, temos: bilhetes,
anotações, gráficos, fac-símile, orçamentos,
etc
 Também se aceita a Prova testemunhal, qualquer
que seja o valor do contrato, quando não foi
possível ao credor aperceber-se de uma prova
escrita da obrigação assumida para com ele,
como nos depósitos necessários em caso de
incêndio, ruína, tumulto, naufrágio, e nos
documentos firmados por viajantes em
albergues em que se hospedem.
Observação!
As pessoas incapazes não poderiam depor em
hipótese alguma. Já os impedidos e suspeitos,
quando isso for estritamente necessário, podem
prestar depoimento, na condição de informantes,
sem, todavia, prestar compromisso de dizer a
verdade. (VER LEI 13.146/2015)
Da Produção da Prova testemunhal
“O momento adequado para requerer a Prova
testemunhal é a petição inicial, para o autor, ou a
contestação, para o réu, ou então na fase de
especificação de prova, durante as providências
preliminares (art. 348, NCPC).” (THEODORO JR).
Greco Filho, acrescenta que: “A Prova testemunhal
é requerida na inicial e na contestação e deferida na
fase de saneamento. O depoimento da
Testemunha é, em princípio, prestado na audiência
de instrução e julgamento.”

 Trata-se de requerimento genérico, não


sendo necessário que a parte apresente,
nesses momentos, o rol das
Testemunhas que deseja sejam ouvidas.
 Prevê o art. 450 do NCPC que o rol das
testemunhas deve conter o nome, profissão,
estado civil, idade, CPF, RG, endereço da
residência e do local de trabalho.

 Caso o juiz não mencione no despacho o prazo


para o depósito das Testemunhas, rol deverá ser
apresentando 15 (quinze) dias antes da
audiência. (NCPC, art. 357, § 4º)
 Não pode ser tomado o depoimento de
testemunhas cujo rol haja sido depositado sem
observância do prazo legal.
 Todavia, o juiz pode ouvir as testemunhas,
mesmo arroladas fora do prazo, quando se litigar
sobre direito indisponível.

Esclarece o § 6º do mesmo artigo que podem as


partes apresentar rol de no máximo dez
testemunhas; no entanto, quando qualquer das
partes apresentarem mais de três testemunhas
para cada fato, o juiz poderá não ouvir as restantes.
Substituição de Testemunha

Depois de apresentado o rol, só é possível nos casos


descritos no art. 451 do NCPC, ou seja:

I. se falecer;

I. se, por enfermidade, não estiver em


condições de depor;

I. se, tendo mudado de residência ou de local


de trabalho, não for encontrada.
Importante!

O momento do requerimento de oitiva das


testemunhas pelo autor é quando ingressa em juízo,
com a inicial, e para o réu, na contestação.

Já a apresentação do rol, será determinado pelo


juiz, quando este designar a data da audiência, e
caso silencie, o prazo para que as partes
protocolem o rol em cartório será de 15 dias antes
da data audiência.
Intimação, inquirição das testemunhas e
contradita

O comparecimento da testemunha à audiência


poderá se dar independente de intimação, ou
quando solicitado em petição, a intimação se fará
por oficial de justiça, ou por correio.

Importante ressaltar que se a testemunha deixar


de comparecer, sem motivo justificado, será
conduzido, devendo arcar com as despesas do
adiamento. (art. 455, § 5º do NCPC).
 A inquirição das Testemunhas se dá após o
Depoimento Pessoal das partes: primeiro são
ouvidas as testemunhas arroladas pelo autor e,
depois, as arroladas pelo réu.
 No atual sistema, não podem as partes fazer
perguntas diretamente à testemunha: é
indispensável a intervenção do magistrado. Com
o NCPC, art. 459: “As perguntas serão formuladas
pelas partes diretamente à testemunha, começando
pela que a arrolou não admitindo o juiz aquelas que
puderem induzir a resposta, não tiverem relação com
as questões de fato objeto da atividade probatória ou
importarem repetição de outra já respondida.”
Com relação a contradita da Testemunha explica
Marinoni:
Ao iniciar a colheita do depoimento, será a
testemunha qualificada, sendo essa a oportunidade
adequada para o oferecimento da chamada
contradita da testemunha – ou seja, para a
arguição da incapacidade, impedimento ou
suspeição da testemunha arrolada – acompanhada,
se necessário, de prova idônea da alegação (art.
457, § 1°, do NCPC). Também nessa oportunidade
pode a testemunha invocar em seu favor alguma
regra de privilégio, que a escuse de depor (art. 457,
§ 3°, combinado com o art. 448 do NCPC).
Misael Montenegro afirma que:
“Partindo da premissa de que a contradita objetiva
não seja tomado o depoimento da Testemunha,
defendemos a tese de que o momento da sua
apresentação é único, operando-se após a
qualificação da Testemunha [...], mas sempre antes
do início do depoimento.
Atenção! Se o juiz concorda com a contradita,
pode ouvir a testemunha como informante, caso
em que ela não prestará o “compromisso”.

OBS.: Na nossa prática forense aqui no RN,


costuma-se chamar o informante de declarante.
• Após ser qualificada, a testemunha deverá
prestar compromisso de dizer a verdade sobre os
fatos que está depondo em juízo, sendo
advertida pelo juiz que incorrerá no crime de
falso testemunho, sujeito à sanção penal, caso
não fale a verdade, se cale ou a oculte. (art. 458
do NCPC, caput e parágrafo único).

• Ato contínuo as partes passarão a inquirir a


testemunha sobre o litígio, sendo que o juiz
poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto
depois da inquirição feita pelas partes. (NCPC,
art. 459)
• O art. 459, § 2º, NCPC, dispõe que as
testemunhas devem ser tratadas com
urbanidade e não deverão ser feitas perguntas
impertinentes, capciosas ou vexatórias.
• Já o § 3º estatui que as perguntas
indeferidas pelo juiz serão transcritas no
termo de audiência, se a parte assim o
requerer.

• O termo de depoimento da testemunha deve


ser assinado pelo depoente, por seus
procuradores, e pelo juiz. (art. 460, § 1º do
NCPC)
Importante!

Além das testemunhas arroladas em tempo


oportuno, ainda poderão ser ouvidas aquelas que
são “referidas”, ou seja, são mencionadas:
a) pelas testemunhas arroladas que prestam
depoimento em juízo ou
b) pelas próprias partes e que saibam dos fatos,
que ajudarão no esclarecimento do litígio.
Disposições Finais

Novo CPC, art. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou


requerimento da parte:

I - a inquirição de testemunhas referidas nas declarações


da parte ou das testemunhas;

II - a acareação de duas ou mais testemunhas ou de


alguma delas com a parte, quando, sobre fato
determinado, que possa influir na decisão da causa,
divergirem as suas declarações.
Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o
pagamento da despesa que efetuou para
comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la
logo que arbitrada, ou depositá-la em cartório dentro
de 3 (três) dias.

Art. 463. O depoimento prestado em juízo é considerado


serviço público.
Parágrafo único. A testemunha, quando sujeita ao
regime da legislação trabalhista, não sofre, por
comparecer à audiência, perda de salário nem desconto
no tempo de serviço.

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