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BIOGRAFIA DAS IDEIAS DE L. S.

VIGOTSKI - 1896-1934
Prof. Dra. Denise Kloeckner Sbardelotto
“Que é o homem? Para Hegel é um sujeito
lógico. Para Pavlov, é um soma, um
organismo. Para nós, o homem é uma
pessoa social = um agregado de relações
sociais incorporadas num indivíduo”
(VYGOTSKY, 2000, p. 3).
Aspectos históricos da formação
intelectual de Vygotsky
• Lev Semionovicht Vygotsky nasceu em 1896 (falece em 1934,
aos 37 anos), em Gomel, na Bielorussia, coincidentemente no
mesmo ano de Winnicott e Piaget.
• Oriundo de família judia, segundo de oito irmãos, teve uma
educação de qualidade, pois seus pais (mãe professora
formada mas não exercia e pai chefe de depart. de banco e
repres. Cia de seguros) eram eruditos e amantes da poesia
(VALSINER, 1991). Também contou com um tutor, Salomon
Ashpiz, que o apresentou à filosofia de Espinosa (também
judeu) e tinha como princípio educativo a autonomia do
educando.
• Além deste, Vygotsky teve na figura do primo David Vygotsky,
um mentor intelectual que se interessava pelos estudos de
filologia e linguística, chegando a publicar algumas obras em
parceria com o jovem Vygotsky, principalmente sobre teatro.
• Primeiramente optou pela medicina, por pressão do pai, mas
depois de 30 dias de aulas se matriculou na faculdade de
Direito. Lá, desenvolveu estudos sobre filosofia, história,
literatura e filologia (conjunto de conhecimentos necessários
para se interpretar um texto). Formou-se em 1917. Depois,
retornaria à medicina (Moscou e Kharkov) da década de
1930. Frequentou ao mesmo tempo a Univ. Popular de
Shanyavskii, onde aprofundou estudos de história e filosofia.

• Depois de concluir seu ensaio sobre Hamlet em 1917,


retoma e amplia suas discussões em 1925 escrevendo a obra
“Psicologia da Arte”, onde contextualiza a produção
psicológica sobre o assunto e inicia a tentativa de
compreender o impacto psicológico da arte e seu potencial
transformador da realidade.

• Em meio a este ambiente instigador, Vygotsky foi


desenvolvendo seu senso crítico e filosófico, impulsionado
pela versatilidade de idiomas que conhecia, muito graças a
sua mãe, fluente em alemão e francês.
• Nos anos que seguiram à conclusão do curso de Direito
(1917-1924), Vygotsky regressou a Gomel, ali
permanecendo por sete anos e se tornando professor de
Literatura e Psicologia no curso de magistério. Criou um
laboratório de psicologia na escola de formação de
professores de Gomel.
• Em Gomel, Vygotsky mantinha intensa vida intelectual,
fazendo parte de vários grupos de estudos, fundando uma
editora e uma revista literária, coordenando o setor de
teatro do Dep. De Gomel e editando a seção de teatro do
jornal local (Maiakovski/Eisenstein).
• Desenvolveu pesquisas sobre ensino e aprendizagem e a
partir de 1924, começa a diversificar seus interesses
metodológicos: integra o Instituto de Psicologia de
Moscou, na direção do Dep. de Educação das crianças
cegas, surdas-mudas e com retardo mental.
• Vigotsky era profundo conhecedor da história da filosofia
ocidental, além de leitor de obras de Durkhéim, Sapir, Levi-
Bruhl e Taylor, pioneiros das ciências sociais. Fez várias
pesquisas sobre a constituição cultural do ser humano,
interessando-se pela relação entre filogênese e
ontogênese.
• Como professor de literatura, interessava-o a integração
entre emoção, personalidade, pensamento e linguagem.
Este interesse como crítico literário e autor o levou à
Psicologia.
• Contexto: A URSS era um país com sérios atrasos
estruturais e uma das missões assumidas pelos
pesquisadores revolucionários, era a de estruturar um
sistema educacional amplo e eficiente: Revolução de 1917:
“nova sociedade” = “nova psicologia” = Teoria Sócio
Histórica.
• De um lado “Psicologia como ciência natural”: explica
processos elementares sensoriais e reflexos, homem como
corpo. Psicologia (positivista): aproxima seus métodos de
outras ciências (física, química etc), quantificação dos
fenômenos observáreis; subdivisão em partes menores;
funcionalista; Dewey; adaptação ao meio.
• Outro lado “Psicologia como ciência mental”: propriedades
dos processos psicológicos superiores, homem como mente,
consciência e espírito. Psicologia mentalista: filosofia e
ciências humanas, descritiva, subjetiva, fenômenos globais.
• Síntese = nova psicologia : “Enquanto a psicologia de tipo
experimental deixava de abordar funções psicológicas mais
complexas do ser humano, a psicologia mentalista não
chegava a produzir descrições desses processos complexos
em termos aceitáveis para a ciência.” (OLIVEIRA, p. 23).
• Vygotsky: morre cedo e sua teoria prossegue com Luria e
Leontiev, restrita à URSS (vasta obra/+200 trabalhos científicos)
• Chega ao Ocidente a partir da década de 1960 (EUA-1962
“Pensamento e Linguagem”/Brasil: 1980). - Bock, p. 88-89
• Finalizando o tema da arte na sua biografia das ideias, vemos um
Vygotsky bastante preocupado em construir uma forma de
compreensão do impacto psicológico da obra de arte, tanto na
construção do personagem quanto no impacto da obra no
espectador ou leitor da mesma. Escreveu aprox. 200 trabalhos
científicos, da neuropsicologia à crítica literária, passando por
deficiência, linguagem, psicologia, educação e e questões teórico-
metodológicas.
• Abordagem Histórico-cultural: “troika” – Vygotsky, Leont’ev e Lurija
(além de outros colaboradores/admiradores). Sujeito como processo,
indissolubilidade da relação sujeito individual e sociedade que o
contém. Vygotsky: brilhante orador/”gênio”.
O problema das traduções
• Vygotsky escreveu em russo, que possui um sistema
baseado no vocabulário cirílico, muitas das suas
obras chegaram tardiamente ao ocidente e com
traduções enviesadas epistemologicamente. Em
1936 suas obras foram proibidas na URSS por conta
do decreto de extinção da pedologia (psicologia
infantil ou educacional baseada no estudo do meio).
• Em 1956, Luria e Leontiev voltam a publicar artigos
de Vygotsky e em 1962 o psicólogo Jerome Bruner
faz uma tradução da obra Pensamento e Linguagem
para o inglês. Devido à Guerra Fria, Bruner retira
trechos importantes do texto que se referiam à
filiação epistemológica de Vygotsky ao marxismo.
• Também na década de 1960, Piaget toma
conhecimento da obra de Vygotsky, graças a sua
boa relação com Luria e escreve um artigo
respondendo às críticas que sofreu. Devido ao
espírito conciliador de Piaget (ele fizera a
mesma coisa com Wallon), a obra de Vygotsky
ficou conhecida no ocidente como
interacionista ou sócio-interacionista.
Entretanto, autores contemporâneos colocaram
em xeque este rótulo, retomando a dimensão
dialética em oposição à funcionalista, que
remete à noção de interação.
• Para um aprofundamento na questão da
tradução, é importantíssima leitura da tese de
Zoia Prestes (2010), além de outros
comentadores (TULESKI, 2003; REY, 2003,
SHUARE, 1988; DUARTE, 2002; TOASSA, 2012).
Implicações de seu pensamento para a
Psicologia Contemporânea
• Inúmeras alternativas se abrem para a formação
dx psicólogx fundamentada na perspectiva
vigotskiana. Na psicologia comunitária (SAWAIA,
1987; 1995; LANE, 1995) do desenvolvimento
(PINO, 2003) do escolar (TULESKI, FACCI, SHIMA,
2013; DUARTE, 1998) jurídica (CONSTANTINO,
1999) na pesquisa conceitual e básica (ALVES,
2013; LAZARETTI, 2011; TOASSA, 2012) na
neuropsicologia (TULESKI, 2007), do esporte
(RUBIO, 1999) na saúde (MELLO, 2001) e até
mesmo na clínica (CLOT, 1996, REY, 2003).
Obras de Vigotski disponíveis em
português e comentadores
• VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1984.
• VYGOTSKY, L. S Psicologia da arte. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo:
Martins Fontes, 1998
• ______________Teoria e método em Psicologia: São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
• ______________A construção do pensamento e da linguagem. Trad
Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
• ______________ & LURIA, A. R. Psicologia e pedagogia. São Paulo:
Martins Fontes, 2008. (Trabalho original publicado em 1926).
• ______________ Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática,
2009.
• ______________ A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca. São
Paulo: Martins Fontes, 1999.
• VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem,
desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1996.
• VIGOTSKI, L. S. Desenvolvimento psicológico na
infância. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
• ______________ & LURIA, A. R. Estudos sobre a
história do comportamento: o macaco, o
primitivo e a criança. Porto Alegre: ARTMED,
1997.
• Em espanhol: Obras Escogidas, 5 vol.
• LEONTIEV, A. N. O desenvolvimento do
psiquismo. São Paulo: Centauro, 1996.
• LURIA, A. R. Curso de Psicologia Geral. 4 vol.
Conceitos importantes
• Vygotsky era conhecedor de todos os sistemas psicológicos de sua
época. Assim, travou debates com o behaviorismo, psicanálise, gestalt,
fenomenologia, estruturalismo, associacionismo, psicologia funcional e
o jovem Piaget.
• Como seu projeto de psicologia geral era amplo (não fragmentado),
desenvolveu seus conceitos e métodos através da crítica dialética dos
sistemas acima, muitas vezes incorporando por contradição suas
contribuições.
• Interdisciplinaridade da Teoria Histórico-Cultural (paradigma além da
psicologia): riqueza e diversidade – encontro de diferentes áreas:
neuropsicologia (substrato material do desenv. Da espécie: cérebro),
crítica literária, deficiências (lesões cerebrais), linguagem, arte,
psicologia da parte, semiótica do cinema, pedagogia e psicologia.
• Preocupação em produzir uma ciência de relevância para a educação e
prática médica de reabilitação – ciência: solução dos problemas sociais e
econômicos do povo russo.
• Autores: confrontados com uma mudança total da sociedade, que, a partir
dos grandes problemas sociais, precisava de uma ressignificação do
sujeito.
• Tentando avançar na discussão metodológica,
Vigotski enxergava na Psicologia a ciência do
novo homem, postulando à ela três condições: a
primeira é que ela visasse a processos e não a
objetos; segundo é que ela seja explicativa e não
meramente descritiva; O terceiro é que os
processos psicológicos fossilizados,
automatizados ou mecanizados após um longo
processo histórico de desenvolvimento, devem
ser analisados nas suas origens. (Vygotsky, 1996).
Vygotsky: abordagem alternativa, síntese*
da experimental e mentalista
• Pilares básicos do pensamento de Vygotsky:
• 1) as funções psicológicas têm um suporte biológico pois
são produtos da atividade cerebral (substrato material, plasticidade
cerebral).
• 2) o funcionamento psicológico fundamenta-se nas
relações sociais entre o indivíduo e o mundo exterior, as
quais desenvolvem-se num processo histórico (o homem não
está presente no nascimento, é uma construção social resultado da interação
dialética sujeito-meio; interações com os outros: fundamentais, visto que esses
são portadores de mensagens da própria cultura – “Mogli – O menino lobo”).
• 3) a relação homem/mundo é uma relação mediada por
sistemas simbólicos: a relação do indivíduo com o mundo não é
direta, mas MEDIADA por sistemas simbólicos – ambiente sócio-cultural.
* Síntese: não soma e justaposição; algo novo; anteriormente inexistente; tornado
possível pela interação de elementos.
• A palavra símbolo vem do grego “sum-ballo”, ou “symballo” e
significa pôr junto ou colocar junto. Ou seja, tem relação com
a palavra comunicar, que tem raiz latina e também significa
“em comum”.
• O simbolismo tem uma função social de comunicação e de
representação de algo que foi vivenciado. O homem é um
animal simbólico e constrói símbolos continuamente, como
na arte e na linguagem. Um exemplo são as gírias, que não
expressam a realidade, mas simbolizam algo, como no caso
das palavras “jóia” e “firmeza”.
• Os sistemas simbólicos funcionam como elementos
mediadores, que permitem a comunicação entre indivíduos,
o estabelecimento de significados compartilhados por
determinado grupo cultural, a percepção e interpretação dos
objetos, eventos e situações do mundo circundante.
• Os processos de funcionamento mental do homem (FPS) são
fornecidos pela cultura, através da mediação simbólica. O
mesmo acontece com a comunicação, feita de símbolos e
representações.
• SÍMBOLO (SIGNOS):

INSTRUMENTO
- COMUNICAÇÃO/INTERAÇÃO – FPS dela depende;
contato com a história de sua cultura, antepassados,
presente, passado... Indivíduo não-passivo, ativo, modifica.
- APREENSÃO DO MUNDO
- TUDO O QUE É INTERNO, UM DIA FOI
EXTERNO.
Linhas de desenvolvimento do sujeito:
• Processo da filogênese: evolução da espécie humana.
No grego: Phylo = raça e genetikos = relativo à génese =
origem. Darwin: teoria da evolução da espécie.
• Processo da ontogênese: evolução de cada indivíduo
(embrião à velhice). No grego: ὄντος, ontos "ser"
, genesis "criação” (Piaget e seus estágios de
desenvolvimento).
• Processo histórico-cultural: Processos
interrelacionados: cada processo prepara
dialeticamente o processo seguinte e se transforma
num novo tipo de desenvolvimento. Desenvolvimento:
movimento em si mesmo – diálogo do sujeito com o
futuro/passado: meio.
• “Para Vygotsky, o desenvolvimento nunca
apresenta um processo linear, uma acumulação
lenta de mudanças unitárias, mas sim, segundo
suas palavras, de um processo complexo
dialético (salto de des./cça regride),
caracterizado pela periodicidade, irregularidade
no desenvolvimento das funções diferentes
(bebê: emoções; cça: percepção e memória),
metamorfose ou transformação qualitativa de
uma forma em outra, entrelaçamento de fatores
externos e internos e processos adaptativos.”
(Fichtner, p. 6).
• “a cultura torna-se parte da natureza humana
num processo histórico que, ao longo do
desenvolvimento da espécie e do indivíduo,
constrói o funcionamento psicológico do
homem. Ele pode ser compreendido como
resultado de um processo histórico-cultural,
em cujo centro está o uso social dos
instrumentos e meios.” (Fichtner, p. 5-6).
• FILME: “A invenção da Infância” - Sulzback
Estrutura teórica marxista para a
Psicologia – Bock, p. 87.
• Todos os fenômenos devem ser estudados como processos em
permanente movimento e transformação (eu hoje/amanhã).
• O homem constitui-se e se transforma ao atuar sobre a natureza com
sua atividade e seus instrumentos .
• Não se pode construir qualquer conhecimento a partir do aparente, pois
não se captam as determinações que são constitutivas do objeto. Ao
contrário, é preciso rastrear a evolução dos fenômenos, pois estão em
sua gênese e em seu movimento as explicações para sua aparência atual
(o homem só é explicado pela sua história).
• A mudança individual tem sua raiz nas condições sociais de vida
(consciência de um camponês difere de um comerciante, etc). Assim,
não é a consciência do homem que determina as formas de vida, mas é
a vida que se tem que determina a consciência (primeiro o ser é, depois
ele pensa; consciência: produto da vivência/experiência.
• Necessidade de compreender o homem e seu mundo
psíquico como uma CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL DA
HUMANIDADE (o hoje nem sempre foi assim...).
• Princípios da teoria (Bock, p. 87):
– A compreensão das funções superiores do homem não pode
ser alcançada pela psicologia animal, pois os animais não
tem vida social e cultural.
– As funções superiores do homem não podem ser vistas
apenas como resultado da maturação de um organismo que
já possui, em potencial, tais capacidades.
– A linguagem e o pensamento humano têm origem social. A
cultura faz parte do desenvolvimento humano e deve ser
integrada ao estudo e à explicação das funções superiores.
– A consciência e o comportamento são aspectos integrados
de uma unidade, não podendo ser isolados pela Psicologia.
Orientação Epistemológica
• Materialismo Dialético – Todo fenômeno tem uma história,
que se modifica quantitativa e qualitativamente e essa
mudança pode explicar a evolução dos processos psicológicos
elementares em processos complexos.
• Materialismo histórico – mudanças na sociedade produzem
mudanças no ser humano. Vigotski desenvolveu a teoria de
que a sociedade afeta diretamente a evolução dos processos
psicológicos superiores do homem.
• Os processos psíquicos e as funções psíquicas do homem
somente podem ser compreendidos quando analisados no
seu desenvolvimento (movimento histórico/não linear/cíclico
ou rítmico).
• "o pensamento se abre num movimento em que três
elementos também em movimento passam a protagonizar o
desenvolvimento humano": o meio, o mediador e a criança.
Preocupação Central de Vygotsky: funções
psicológicas superiores (tipicamente humanas)
• Controle consciente do comportamento (ações racionais possíveis
de descrever pelo indivíduo: necessariamente verbal.
• Atenção e memória voluntárias (social)/memorização ativa
(independência em relação às características do momento e espaço
presente).
• Pensamento abstrato (livre de exemplos concretos)
• Raciocínio dedutivo (a partir de generalizações você entende sua
experiência – leis/normais gerais... “O ser humano é mortal. João é homem.
Logo, João é mortal.”).
• Capacidade de planejamento: planejar o futuro
– São o que distingue os seres humanos dos animais, estes apresentam
apenas funções psicológicas elementares (reações automáticas,
comportamento é controlado e determinado pelo meio, relacionado com o
modelo estímulo-resposta, ações reflexas e associações simples – origem
biológica).
• Ao nascer, o ser humano possui apenas as funções
psicológicas elementares. Na convivência com o
meio social e cultural a criança vai aprendendo e,
consequentemente, desenvolvendo as funções
psicológicas superiores.

• Características das FPS:


– Obedecem a uma auto-regulação
– São mais complexos genética e funcionalmente
– Acontecem a partir de uma auto-estimulação, criada
pela nova situação em que o sujeito se encontra
– Ocorrem de forma voluntária e consciente
– INTELECTUALIZAÇÃO
• Processos psicológicos elementares:
controlados pelo meio, relacionado com o
modelo estímulo-resposta; comportamento
determinado pela estimulação do meio.

• Objetivo de Vygotsky: constatar como as


funções psicológicas evoluem de sua forma
primária, ou elementar, para processos
psicológicos superiores.

• O desenvolvimento natural se transforma em


desenvolvimento social.
O desenvolvimento é dialético, não
linear, cíclico, rítmico.
NOÇÕES BÁSICAS DA PSICOLOGIA SÓCIO-
HISTÓRICA NO BRASIL – Bock p. 88...
• Brasil: Vygotsky: alternativa a uma Psicologia liberal
(consultório/naturalização das características humanas/indivíduo
“livre” para ser – responsável pelo sucesso/fracasso; “basta querer”;
destino religioso... “ideologias que legitimam o retraimento do
sujeito sobre si mesmo”, útil aos esquemas de controle
social/ocultamento das condições sociais que determinam as
individualidades).
• Não existe NATUREZA humana: não existe uma essência inata,
eterna, universal e imutável. Indivíduo é construído ao longo da vida
a partir de sua intervenção no meio e relação com outros homens.
• Existe a CONDIÇÃO humana: o homem é um ser ativo, social e
histórico; constrói sua existência a partir da ação sobre a realidade –
necessidades (biológicas e moldadas socialmente/hábito de vestir,
alimentar, vida sexual, etc... São biológicos mas tbém sociais).
• Necessidades – satisfação através da atividade: TRABALHO:
transformação da natureza para a produção da existência
humana:
• Diferente do trabalho/instrumentos animal: uso futuro,
não preservam para transmitir.
• Através do trabalho é possível a construção de signos.
– A atividade de TRABALHO individual é determinada pela
forma como a sociedade se organiza (Náufrago).
– Relação com a natureza e com outros homens: o
TRABALHO só pode ser entendido dentro das relações
sociais determinadas (tribo, cidade...etc).
– O TRABALHO é HISTÓRICO: sempre o homem o fará, mas
de formas diferentes.
– Transformação da natureza transforma o próprio
homem; produz necessidades (glúten, lactose,
despertador, celular/hábitos, poluição...).
• O homem é criado pelo homem: as aptidões/vocações não
são inatas, mas construídas (boneca/carrinho); aptidão do
homem está em poder desenvolver várias aptidões.
• Os objetos criados pelo homem já trazem limites que são
impostos ao homem, direcionando-os quanto ao seu uso e
significado (lápis, roupas, instrumentos, conhecimento etc).
• Homem, ao nascer: candidato à humanidade/converte
mundo externo em mundo interno, desenvolvendo sua
singularidade/individualidade.
• “através da mediação das relações sociais e das atividades
que desenvolve, o homem se individualiza, torna-se homem,
desenvolve suas possibilidade e significa seu mundo.” (Bock,
p. 91). (homem isolado ).
• LINGUAGEM: instrumento fundamental nesse processo e,
como instrumento, também é produzida social e historicam.
• LINGUAGEM (Bock, p. 91)
– Capacidade de representar a realidade (pensamento):
materializa o mundo das significações (sociais e históricas).
– O pensamento objetiva-se: permite a comunicação das
significações.
– Pensamento: mais complexo na medida em que as relações
humanas se complexificam.
– Pensamento transforma-se em consciência (mundo
interno/psicológico).
– Linguagem: “instrumento” - fundamental na construção da
consciência (mundo interno); permite representar a realidade
imediata e as mediações do homem com essa realidade
(intenções, hipóteses etc).
– Se apropriar da linguagem é se apropriar do instrumento para
acessar os significados, como mediação para se apropriar de
outros instrumentos e novos significados (alfabetização).
• Homem concreto: objeto de estudo da Psicologia

– A psicologia deve compreender o indivíduo a partir de


seu momento histórico e relações/vínculos sociais.
– Consciência humana: revela as determinações sociais
e históricas do homem (papel da mulher).
– A psicologia deve partir do geral para o particular
(mulher/criança na história – mulher/cça real).
– Entender o singular em seu movimento como parte
do movimento geral (mulher hoje é resultado da
história de como as mulheres viveram).
• Subjetividade social e subjetividade
individual:
– A subjetividade: sistema integrador do interno e do
externo, na dimensão social quanto individual.
“A subjetividade individual representa a constituição
da história de relações sociais do sujeito concreto
dentro de um sistema individual. O indivíduo, ao
viver relações sociais determinadas e experiências
determinadas em sua cultura que tem ideias e
valores próprios [subj. Social], vai se constituindo, ou
seja, vai construindo sentido para as experiências
que vivencia. Este espaço pessoal dos sentidos que
atribuímos ao mundo se configura como a
subjetividade individual.” (Bock, p. 93).
• Para a Psicologia Sócio-Histórica:
– Não há como conhecer o indivíduo sem conhecer
seu mundo/tempo.
– Os fenômenos do mundo psíquico não são naturais
do mundo psíquico, mas fenômenos sociais e
históricos (subj. Social).

– Exercício: 1) pensar sua própria história, valores,


limites, crenças, vontades, impulsos, regras sociais,
que você internalizou e as reforça diariamente . 2)
entrevistar jovens e idosos sobre temas como a
tecnologia, casamento etc).

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