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Prof.

Tédney
Moreira da Silva Aula 1
O que é a Filosofia?
Filosofia do Direito

À prática de busca pelo conhecimento


verdadeiro e pela condução da vida com
retidão e felicidade dá-se o nome de
Filosofia.

A palavra, de origem grega, provém da


junção de outras duas: philía e sophía,
significando, assim, o amor ao saber, a
amizade pela sabedoria.

Atribui-se a criação da palavra Filosofia ao


pensador Pitágoras de Samos (570-496
a.C.), que dizia ser a sabedoria plena um
privilégio dos deuses, cabendo aos homens
apenas desejá-la e amá-la.
Filosofia do Direito

O saber corresponde, assim, tanto ao conjunto de


conhecimentos que um homem é capaz de obter
(erudição), quanto à própria prática do bem (virtude).

Aquele que conhece muito sobre si mesmo e sobre a


realidade e que sabe conduzir-se com retidão deve ser
considerado verdadeiro sábio, dotado, portanto, de
sabedoria.

A Filosofia, portanto, é um caminho, um meio prático


que busca o saber pleno, tornando seus praticantes
sábios, e que nasce em fins do século VII a.C., nas
colônias gregas da Ásia Menor, particularmente em
Mileto, sendo o primeiro filósofo chamado Tales.
Filosofia do Direito

Para Tales de Mileto, o princípio universal de todos os seres, vivos e


inanimados, é a água. Tudo a contém e o que não a possui, perece.

A água está presente na umidificação do ar, nas sementes das


plantas, nos oceanos, em nossos corpos, na putrefação de
cadáveres. Deste modo, Tales encara-a como o elemento
representativo de toda a existência e que, certamente, explica a
origem do Todo. Tales de Mileto

Os primeiros filósofos (chamados pela historiografia da Filosofia


antiga de “pré-socráticos”) são denominados fisicistas e buscavam a
explicação do cosmos pela busca de um princípio originário.
Filosofia do Direito

Mas, afinal, por que nasceu a Filosofia? Quais os fatores históricos que influenciaram os gregos na Antiguidade
a filosofar? Como os gregos obtinham conhecimento antes da Filosofia? A Filosofia é uma criação apenas da
Grécia Antiga?
Filosofia do Direito

Para a compreensão do surgimento da Filosofia, é necessário traçar os períodos nos quais divide-se a história da
Grécia Antiga.

Período homérico (entre 1.200 a 800 a.C.)

Período narrado por Homero nas obras Ilíada e Odisséia,


quanto à conquista de Micenas, Tróia e Creta pelos jônios,
aqueus e dórios. Sistema econômico predominantemente
agropastoril e doméstico.

Período da Grécia arcaica (fins do século VIII a século V)

Construção de pequenas cidades (pólis) às margens do Mar


Egeu: Atenas, Tebas, Megara, Esparta, Corinto, Mileto e Éfeso,
passando a um sistema econômico comercial.
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A Filosofia inicial, com feições gregas, substitui todo o arcabouço explicativo mitológico sobre as
origens do mundo e dos homens
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Na Grécia de ambos os períodos mencionados, o conhecimento provinha exclusivamente da Mitologia. O


universo, os seres, a existência, isto é, o Todo (kosmos) – era explicado pela narrativa de geração dos
deuses, cabendo aos homens apenas reverenciá-los se quisessem ter acesso à Verdade e ao bem viver.
Dizemos, assim, que a Grécia desse contexto conhecia o mundo a partir da Cosmogonia, isto é, da geração
dos deuses responsáveis pela ordenação do Cosmos.
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Vemos que a Filosofia


surge em meados da
Grécia Arcaica, na qual
renovam-se os modos de
produção econômica,
com maior autonomia
dos homens.

O conhecimento passa a ser algo desejado


pelo homem, que não parte mais da
narrativa dos mitos para conquistar a
sabedoria, mas de sua própria capacidade
intelectiva e reflexiva.
Filosofia do Direito

Período clássico (entre século V e IV a.C.)


Ascensão de Atenas no cenário político, com
desenvolvimento do sistema democrático e o
apogeu da vida intelectual, urbana e artística.
Em fins desse período, ocorre a Guerra do
Peloponeso, com batalhas entre Atenas e
Esparta para a tomada do poder central.

Período helenístico (século IV)


Com o enfraquecimento das pólis, o império
da Macedônia apodera-se dos espaços
públicos, assimila grande parte da cultura
grega desenvolvida e, sob o comando de
Alexandre, o Grande, expande-se para o
posterior Império Romano.
Filosofia do Direito
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Definidas as circunstâncias de surgimento da Filosofia,


resta saber se ela é algo exclusivamente de origem grega
ou se pode ser encontrada em outros povos também.

Para o poeta alemão Goethe, a Filosofia representa um


verdadeiro “milagre grego”, pois somente os gregos foram
capazes de atingir o sublime estado de conciliação entre o
pensamento reflexivo e a vida harmoniosa.

Nietzsche, por sua vez, identifica o movimento apolíneo


da Filosofia grega à vida dionisíaca por eles vivida, de
forma que a Filosofia não seria um espelho da plena
harmonia da Grécia Antiga, mas, antes, uma tentativa de
se opor às instabilidades cotidianas. Em ambos os
pensadores, porém, fica clara a vinculação da Filosofia ao
modo de pensar realizado pelos gregos, somente.
Filosofia do Direito
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A Filosofia nasce como Cosmologia (kosmos + logos)


Filosofia do Direito

A Cosmologia surge no contexto citadino da pólis e busca ser uma explicação


racional do princípio das causas, afastando-se, assim das teogonias e
cosmogonias, que explicavam o surgimento do mundo e de todos os seres a
partir das relações sexuais dos deuses primordiais, desde Uranos até Zeus.

Embora alimentando-se dessa mitologia precedente, a Filosofia propunha-se a


ser uma explicação racional acerca da natureza (phýsis) das coisas, de seu
princípio (arkhé) e de sua mutabilidade (kinesis).
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Algumas figuras públicas do período arcaico são também essenciais


para o surgimento da Filosofia:

O poeta canta os feitos de seus antepassados, tornando o passado


um presente;

O adivinho diz os feitos de deuses e homens, anunciando o futuro.

O rei-de-justiça afirma que a ordem do mundo é boa e perene,


instaurando a justiça (díke).

A palavra desses três é considerada sagrada na Grécia arcaica,


porque trazem aos homens a Verdade (Alétheia – “o não-
esquecido”). A palavra oracular é racionalizada pelos primeiros
filósofos, que buscam as causas imemoriais do ser.
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A democracia também influenciou a geração da atitude


filosófica. Ao lado da palavra oracular dos poetas,
adivinhos e reis-de-justiça, havia agora a palavra dos
guerreiros, que reunidos em praça pública,
expressavam suas opiniões (dóxa) nas assembleias.
Essa palavra, de caráter mais leigo e humano,
destinava-se a tomar decisões práticas e corriqueiras,
como divisão do espólio de guerras, atos de gestão da
comunidade e novos planos de expansão. Todos
tinham direito a palavra (isonomía), ressaltando a
capacidade de todos valerem-se de suas experiências
para chegar a uma conclusão racional.
Ao longo da história da Filosofia grega, os filósofos vão
pender mais à alétheia ou a dóxa; isto é, à busca dos
princípios imemoriais ou às questões políticas e éticas
do comportamento humano.
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Em resumo, eis as principais características da Filosofia nascente:

 é uma cosmologia (explicação racional sobre a ordem presente ou atual do mundo);

 seu pressuposto básico é o de que nada vem do nada; ou seja, deve ser possível investigar a origem das
coisas pela descoberta de um princípio universal e atemporal;

 o fundo imortal do qual tudo brota e para onde tudo se encaminha é a phýsis

 a preocupação central dos filósofos neste período é entender como é


possível que de um único princípio ou causa (a phýsis) surja toda a diversidade
de seres? E como a multiplicidade de seres pode tornar-se novamente o uno,
quando perecem?

 Os filósofos centram suas reflexões no kíneses, ísto é, no devir ou vir a ser


de todos os seres. Perguntam-se: se todos os seres se transformam, como é
possível que tenham sido originados de um único princípio (a phýsis)?
Filosofia do Direito

Como vimos, os primeiros filósofos são chamados de fisicistas, pois


buscavam a explicação do cosmos pela busca de um princípio
originário, material. Foi assim que Tales de Mileto afirmou que o
princípio de todas as coisas é a água.

Para Anaxímenes de Mileto, o princípio (phýsis) de todas as coisas


é o Ar. Já Heráclito de Éfeso, preocupado com o constante devir
dos seres (kíneses), afirma que tudo tem origem no Fogo.

Outros filósofos fisicistas, contudo, não buscaram o princípio do


cosmos na matéria orgânica. Pitágoras de Samos, por exemplo,
considerava o número como a phýsis que justificava a ordem do
mundo e de todos os seres.
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Para os pitagóricos (seguidores de Pitágoras), a descoberta do número


como a causa explicadora do cosmos provém de nossa percepção da
harmonia e ordenação propiciadas pela música.

Música e matemática têm muito em comum. Ao tocar a lira de quatro


cordas (principal instrumento musical da época), Pitágoras notou que
havia uma relação direta entre o comprimento das cordas e a
frequência produzida por sua vibração. O tom de uma corda soada na
metade de seu comprimento é uma oitava acima do som da corda
livre. Quando a corda é soada em 2/3 do comprimento, o som é uma
quinta mais alto e assim sucessivamente.

Se a música é produzida por relações matemáticas e é tão agradável e


harmônica a quem a escuta, certamente, então, o Universo é
constituído por relações matemáticas e, deste modo, o princípio do
Todo só pode ser o número.
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Triângulo equilátero
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Outro dos primeiros filósofos (Anaximandro de Mileto) afirmava que a phýsis também não poderia ser uma
matéria, mas, sim, uma causa única, ainda que imprecisa ou indefinida, por ele chamada de ápeiron, isto é,
aquilo que é eterno, imortal e imperecível, do qual tudo pode provir e para onde tudo retornará.

Mesmo sem definir o elemento, Anaximandro de Mileto diferenciou-se dos demais fisicistas pelo fato de afirmar
que todos os seres provém de uma causa, surgindo aqui uma das primeiras menções ao que mais tarde seria
chamado de princípio da causalidade. Para ele, aliás, todos os seres são gestados porque se desapegam desta
substância indefinida inicial e, por uma questão de justiça (díke) devem perecer para restabelecer a ordem
inicial.

Em Anaximandro de Mileto, explica-se a origem do mundo por um processo de


injustiça e necessária reparação. Há uma guerra incessante dos elementos que
formam o ápeiron e, da luta dos contrários, surge a diversidade dos seres.

Caberá ao tempo reparar a injustiça, obrigando todas as coisas delimitadas e


definidas a retornarem ao ilimitado e indefinido (apeiron).
Filosofia do Direito

Anaximandro via as oposições do mundo: o fogo


é consumido pela água, contida pela terra seca,
que pode ser combatida pela ação do fogo e da
água também. A água, evaporada, condensa-se e
retorna ao mundo como chuva. Também os
homens e os animais diferem entre si, vivendo
em constantes guerras e oposições.

As ideias de Anaximandro, principalmente


quanto ao aspecto da Justiça, serão mais tarde
retomadas por Aristóteles, que via na reparação
uma base inicial para a discussão do conceito de
justo.

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