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Os Lusíadas

Influências literárias

Homem culto, a quem não faltava, como diz no Canto X, 154, 5, ≪honesto
estudo≫, Camões leu o que a informação histórica e a tradição literária
tinham para lhe oferecer para a construção de Os Lusíadas.
Os Lusíadas

Fontes históricas – pág. 231

 Crónicas de cronistas como Fernão Lopes, Rui de Pina, Gomes Eanes de


Zurara, João de Barros, entre outros → para se documentar sobre a
história de Portugal, tanto de Portugal continental como do império
ultramarino;

 Roteiro da Primeira Viagem de Vasco da Gama, o diário da viagem escrito


por Álvaro Velho → para se documentar sobre a viagem de descoberta do
caminho marítimo para a Índia;

 Folhetos de cordel que circulavam relativos a naufrágios → para se


documentar sobre estes desastres.
Os Lusíadas

Fontes literárias – pág. 231

 Autores latinos: a Eneida de Virgílio e as Metamorfoses de Ovídio;

 Autores italianos: Orlando Furioso, de Ariosto, além de Petrarca e


Boccacio;

 Autores portugueses:
1. Para o episódio de Inês de Castro: as Trovas à Morte de Inês de Castro
de Garcia de Resende;

2. para outros episódios: João de Barros e Jorge Ferreira de Vasconcelos.


Os Lusíadas

Poema épico – epopeia – pág. 230

Género narrativo em verso destinado a celebrar feitos grandiosos de heróis


reais ou lendários, com interesse universal, em estilo elevado.

São poemas épicos a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Eneida de Vergílio, Os


Lusíadas de Luís de Camões.
Os Lusíadas

Estrutura interna – pág. 232

O poema divide-se em quatro partes, seguindo, de modo geral, os modelos


das epopeias da Antiguidade Clássica e das renascentistas:

Proposição O Poeta indica o assunto que vai cantar: «o peito


I, 1 a 3 ilustre Lusitano», 3, v. 5, isto é, os heróis portugueses.

Invocação O Poeta pede inspiração a musas nacionais, as Tágides,


I, 4 a 5 ninfas do Tejo, para cantar os feitos dos portugueses.

Dedicatória O Poeta dedica o poema a D. Sebastião, que reinava


I, 6 a 18 em Portugal no ano da sua publicação – 1572.
Narração Inicia-se in medias res, no meio da viagem, quando a
I, 19 e seg. armada se encontrava já no Oceano Índico.
Os Lusíadas

Estrutura externa – pág. 231

 A obra está dividida em dez cantos;

 As estâncias são oitavas, apresentando o esquema rimático abababcc,


rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos;

 Os versos são decassílabos.


Os Lusíadas

Planos temáticos – pág. 233

•Plano da viagem
Narração da viagem de Lisboa a Calecute. A narração inicia-se no Canto I, 19,
quando os portugueses se encontram já no Oceano Índico, na costa de
Moçambique – inicia-se, deste modo, in medias res, de acordo com o que
sucedia nas epopeias da Antiguidade.
Este plano constitui a ação principal da narrativa.
Ex.: Episódio da Tempestade, VI, 70 a 79.

•Plano dos Deuses / Plano do Maravilhoso / Plano da Mitologia


Nas epopeias da Antiguidade clássica a intervenção dos deuses nas ações
humanas era uma constante. Do mesmo modo, em Os Lusíadas, os deuses
interferem na viagem dos portugueses, ajudando-os ou prejudicando-os. O
avanço da ação depende das intrigas dos deuses.
Este plano articula-se com o plano da viagem por alternância.
Ex.: Primeiro Consílio dos Deuses, I, 19 a 41.
Os Lusíadas

•Plano da História de Portugal


Chegado a Melinde, a norte de Moçambique, Vasco da Gama narra ao rei
desta cidade a história de Portugal. Mas há outro narrador, Paulo da Gama,
seu irmão, que conta a nossa história ao Samorim, já em Calecute. A história
do nosso país é ainda contada através de profecias, quando se trata de
acontecimentos que ocorreram depois de 1498.
Este plano constitui a ação secundária, ligado a ação principal por encaixe.
Ex.: Episódio de Inês de Castro, III, 120 a 135.

•Plano das considerações/ reflexões do poeta / Plano do Poeta


É frequente Camões, principalmente no final dos cantos, apresentar
opiniões ou reflexões sobre a condição humana, sobre a situação política de
Portugal, sobre as injustiças de que se sente alvo, etc…
Ex.: Lamentações sobre a sua sorte e reflexões pessimistas sobre os
portugueses, X, 145 e 146.
Os Lusíadas

Episódios – pág. 230


Episódios são narrativas curtas de factos reais ou imaginários que ocorrem
durante a narração. Podem dividir-se em:
São os que narram acontecimentos da História de Portugal, por
Históricos exemplo, o episódio da Batalha de Aljubarrota, no Canto IV.

São os que narram acontecimentos relativos a vida dos deuses da


Mitológicos mitologia greco-romana, por exemplo, o primeiro Consílio dos
Deuses, no Canto I.
São aqueles nos quais predomina a referência a sentimentos como o
Líricos amor, por exemplo, o episódio de Inês de Castro, no canto III, ou as
Despedidas de Belém, no canto IV.
São os que contêm um simbolismo, como, por exemplo, o episódio do
Simbólicos Adamastor, que simboliza os perigos que o homem enfrenta perante
a natureza.
São os que descrevem fenómenos naturais, como ocorre no episódio
Naturalistas da Tempestade Marítima, no canto V.
Os Lusíadas

Mitologia – pág. 230

 A presença dos deuses nas epopeias da Antiguidade, em contínua


interação com os humanos, era uma constante em epopeias como a
Ilíada, a Odisseia ou a Eneida.

 Esta relação está bem presente em Os Lusíadas, pois, imediatamente a


seguir ao início da narração (I, 19) já os deuses se reúnem para decidir
sobre a viagem dos portugueses (I, 19 a 41 – primeiro Consílio dos
Deuses no Olimpo).
Breve quadro da
mitologia de Os Lusíadas

Figura
Caracterização
Mitológica
Júpiter O pai dos deuses. Preside ao Conselho (concílio) dos deuses, no
(pág. 175) qual decide apoiar a viagem dos portugueses.
Em Os Lusíadas aparece também com os nomes de Padre (I; 22,
38, 40 e 41) e Tonante (I; 20. VI; 78).
Vénus Deusa da beleza e do amor, mulher de Vulcano. No concílio dos
(pág. 177) deuses apoia os portugueses na sua viagem ao Oriente. Em Os
Lusíadas aparece também com o nome de Citereia (I;34), entre
outros.
Marte Deus da guerra. Estava apaixonado por Vénus. Também apoia os
(pág. 178) portugueses na sua viagem ao Oriente. Aparece ainda, em Os
Lusíadas, com o nome de Mavorte (I; 41).
Baco Deus do vinho, pai de Luso. Inimigo dos portugueses, representa
(pág. 176) o conjunto de interesses que no Oriente se lhes opõe.
Apolo Deus da medicina, da poesia, da música e das artes. Era o chefe
das nove musas.
Breve quadro da
mitologia de Os Lusíadas

Figura
Caracterização
Mitológica
Vulcano Deus do fogo. Conhecido pela sua fealdade, casou, no entanto,
(pág. 175) com Vénus. Fabricava os raios para Júpiter.
Mercúrio Deus da eloquência, do comércio e dos ladrões. Era o
(pág. 178) mensageiro dos deuses.
Neptuno Deus do mar. Representa-se normalmente com um tridente na
mão.
Tétis Divindade marinha que habita na superfície das águas. É a mais
(Thetis) famosa de todas as Nereidas, filha de Nereu e de Dóris.
Tétis Divindade marinha que personifica a fecundidade feminina do
(Thethys) mar. Filha de Urano e de Gaia, esposa do Oceano (Neptuno).

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