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Crítica da razão pura

• Na época de Kant era tido como certo que a


geometria euclidiana era inatacável e que as leis da
mecânica newtoniana eram VERDADES ÚLTIMAS
descobertas pela física.
• Mas juízos empíricos, ou seja, juízos sintéticos não
podem ter a sua universalidade garantida!
• Por conseguinte, o filósofo empirista não é capaz de
fundamentar nem as matemáticas nem a física, como
um cético como Hume teria sabido admitir.
• O empirismo funda a noção de verdade nos
fatos, o racionalismo funda a verdade na
razão, mas nem uma escola nem outra, é
capaz de fundamentar o conhecimento
empírico
• O sujeito só pode oferecer universalidade e o
objeto só pode oferecer novidade. Donde o
racionalismo reduz o conhecimento a
universalidade sem novidade e o empirismo
o reduz à novidade sem universalidade...
A tese de Kant

• A SOLUÇÃO KANTIANA
• Ela consiste em propor que a ciência (matemáticas e física) não
se fundamenta nem nos juízos SINTÉTICOS nem nos juízos
ANALÍTICOS, mas que
• ela se funda em algo novo que ele chamou de JUÍZOS
SINTÉTICOS A PRIORI, que é aquele em que o conceito do
predicado não está contido no conceito do sujeito (portanto é
sintético) e também é a priori, pois independe da experiência.

• )
Exemplos de Kant:
• “7 + 5 = 12”,
• “A reta é a distância mais curta entre dois
pontos”,
• “Todo evento tem uma causa”.
• Nesses exemplos o predicado não está contido
no conceito do sujeito e ao mesmo tempo eles
são para Kant ampliadores do conhecimento.
Daí as características do juízo sintético a priori. Ele é:

• 1) é AMPLIADOR DO CONHECIMENTO,

• 2) é NECESSÁRIO E UNIVERSAL

• SENDO POR ISSO CAPAZ DE FUNDAMENTAR A


CIÊNCIA.

• Ao propor fundamentar o conhecimento por meio de juízos


sintéticos a priori Kant opera o que chamou de sua
REVOLUÇÃO COPERNICANA
A REVOLUÇÃO COPERNICANA:
• O conhecimento não resulta nem do SUJEITO nem do
OBJETO, mas da AÇÃO COMBINADA DE AMBOS: o
sujeito dá a FORMA, o objeto dá a MATÉRIA, e o
CONHECIMENTO empírico resulta de um elemento A
PRIORI (vindo do sujeito) e outro A POSTERIORI (vindo
do objeto).
• O conhecimento não é mais reprodução passiva do objeto,
mas
• CONSTRUÇÃO ATIVA DO OBJETO PELO SUJEITO.
Ou, na metáfora kantiana:
A metáfora da revolução copernicana:
• “Copérnico, não podendo mais admitir que todo o exército
dos astros se move em torno do espectador, julgou admitir
que o observador gira e que os astros estão parados.
• Assim também na metafísica...
• Julgamos dever admitir que é o espectador, o sujeito, que se
move...
• Pois se a intuição deve se conformar à natureza dos objetos,
não vejo como se possa saber algo deles a priori.
• Mas se o objeto deve se conformar à natureza de nossa
faculdade intuitiva, posso muito bem mostrar essa
possibilidade.”
• Com a admissão dos juízos sintéticos a priori a aritmética, a
geometria e a física tornam-se capazes de serem
demonstradas universalmente válidas, pois sua verdade se
constata a priori.
• A finalidade da Crítica da razão pura é mostrar como isso
acontece.
• Para tal é preciso fazer a razão voltar-se para si mesma e se
considerar criticamente, justificando assim a existência de
juízos sintéticos a priori, e com isso os limites do que pode ser
legitimamente pensado.
• Para isso ele precisa começar investigando as operações da
mente, que são:
• APREENSÃO, JUÍZO E RACIOCÍNIO.
• O pano de fundo da discussão é a disputa sobre a
natureza do espaço entre NEWTON (defendido por
Clarke) e LEIBNIZ
• Newton: concepção absoluta: ESPAÇO E TEMPO
SÃO ÚNICOS, ABSOLUTOS E IMUTÁVEIS, dentro
deles se encontrando os corpos físicos. Como um
grande caixote!
• Leibniz: concepção relacional. ESPAÇO E TEMPO
SÃO CONSTITUÍDOS através das RELAÇÕES
ENTRE OS CORPOS FÍSICOS,
• Exs:
• em cima, embaixo, ao lado de de...
• antes, depois, no mesmo momento...
• Kant discorda de ambos:

• Ambos pressupõem a REALIDADE OBJETIVA


DO ESPAÇO e TEMPO.
• Mas se o espaço e tempo são objetivos, a
matemática e a geometria, que dependem do
espaço e tempo para se constituírem, não podem
ter a sua universalidade e necessidade garantidas,
pois devem ser sintéticas a posteriori, ou seja,
dependentes da experiência (pois não são
analíticas!
• Por isso espaço e tempo NÃO PODEM SER
OBJETIVOS.
• 1) TRANSCENDENTE = AQUILO QUE
ULTRAPASSA TODA A EXPERIÊNCIA
• ( metafísica pré-kantiana)

• 2) TRANSCENDENTAL = AS CONDIÇÕES
SUPREMAS PARA QUALQUER TIPO DE
CONHECIMENTO
• (espaço e tempo, categorias, as idéias da razão)
• A ESTÉTICA TRANSCENDENTAL (
Para Kant a matemática e a geometria são conhecimento universal
de caráter intuitivo, a geometria requer espaço (e tempo) e a
matemática requer o tempo.

Elas são universais porque ESPAÇO e TEMPO não pertencem ao


mundo externo em si mesmo, mas à própria mente.

Eles são FORMAS A PRIORI DA INTUIÇÃO SENSÍVEL, dotadas de


universalidade e intuitividade, residindo na mente!

Por se encontrarem na mente, as matemáticas são a priori,


independentes da experiência, pois AS FORMAS A PRIORI DA
INTUIÇÃO SE LHES SOBREPÕEM...
• Mas por que espaço e tempo são condições a priori de toda a
experiência e não são resultados da experiência? Argumentos:
1) Qualquer sensação de coisas externas PRESSUPÕE a intuição do
ESPAÇO, e o TEMPO está presente em todas as intuições.
2) Se você pensa em RELAÇÕES, como acima, ao lado de, você já
as situa no espaço. Se X está ao lado de Y, você JÁ ASSUME A
IDÉIA de espaço. O mesmo com o antes e o depois no tempo.
3) Você não pode imaginar objetos sem espaço.
4) Além disso ESPAÇO E TEMPO SÃO ÚNICOS E ILIMITADOS,
não podendo ser abrangidos por CONCEITOS.
• Para Kant esses argumentos mostram que

ESPAÇO E TEMPO não são


NEM PRODUTOS DA EXPERIÊNCIA
NEM CONCEITOS.

Logo:
eles só podem ser FORMAS A PRIORI DE NOSSA
MENTE,
ESQUEMAS VAZIOS que se tornam perceptíveis no ato de
formação de conteúdos empíricos.
• Da SÍNTESE da MATÉRIA constituída
pelos DADOS SENSORIAIS sob a
FORMA do ESPAÇO E TEMPO resulta
o FENÔMENO.
• (A intuição humana é só sensível)
REVISANDO O QUE FOI DITO ATÉ
AQUI:
O conhecimento se inicia com a
experiência, mas não se desenvolve
com a experiência.

Mente transcendental
• O problema da natureza do mundo foi
deslocado da percepção objetiva do
sujeito, para a mente “transcendental”
humana e seus limites.
• A mente ordena a percepção de objetos
no tempo e no espaço.
• A mente percebe os objetos dentro das
dimensões de tempo e espaço porque é
única forma pela qual o sujeito, a mente
humana, pode perceber os objetos.
• O mundo percebido:
– Percepção sensorial do objeto
– Formas apriorísticas da mente
• Categorias racionais inerentes à mente:
não derivam da experiência, são
conceitos puros, formas apriorísticas de
percepção e raciocínio.
• Fenômenos são percebidos através do
funcionamento da mente e modelados
pelos elementos cognoscíveis.
Analítica Transcendental

Com a sua analítica transcendental Kant quer estudar a


FACULDADE DO ENTENDIMENTO como uma maneira de
investigar os conceitos a priori.
Para Kant a SENSAÇÃO produz INTUIÇÕES,
enquanto
O ENTENDIMENTO produz os CONCEITOS.
Mas não há conhecimento sem o intercâmbio entre ambas:
“CONCEITOS SEM INTUIÇÕES SÃO VAZIOS E INTUIÇÕES
SEM CONCEITOS SÃO CEGAS.”
Como podemos saber que o campo da experiência está
submetido à LEI UNIVERSAL E NECESSÁRIA?
Como são possíveis leis da física como:

G = M1 x M2

• Ora, para Kant elas só são possíveis se o
INTELECTO IMPÕE ESSAS LEIS À
NATUREZA.

• O sujeito que as dita ÀS IMPÕE - não à natureza


em si mesma - mas à NATUREZA COMO ELA
NOS APARECE, À NATUREZA FENOMÊNICA.

• Só por serem provenientes do SUJEITO que as


LEIS DA NATUREZA TEM CARÁTER
UNIVERSAL E NECESSÁRIO.
Para entender como Kant torna esse ponto plausível precisamos
percorrer seu longo caminho argumentativo.
Para Kant o ENTENDIMENTO funciona aplicandoas
CATEGORIAS aos DADOS DA INTUIÇÃO.
Para entendermos o que é uma categoria é bom voltar por um
momento a Aristóteles...
Aristóteles entendia como categorias os “os gêneros supremos do
ser”, produzindo uma tábua de conceitos que se aplicavam a tudo o
que é dado. Ele tinha uma lista de oito, por vezes dez categorias oria
é bom voltar por um momento a Aristóteles...

Eis as categorias de Aristóteles:
Substância ou essência, Qualidade, Quantidade,
Relação, Agir, Sofrer a ação, Lugar (espaço),
Quando (tempo).
Assim, uma substância, esse livro, tem qualidade, é
verde, tem quantidade, certo peso, está relacionada
aos outros objetos da mesa, age ao indicar uma
significação textual e ocupa certo lugar e dura um
certo tempo.
• Como veem, elas parecem ser conceitos
fundamentais!
Kant não estava satisfeito com a tábua das categorias de
Aristóteles, pois as considerava obtidas aleatoriamente.

Ele considera que conceitos são sempre predicados de


JUÍZOS e que o entendimento também consiste na
FACULDADE DE JULGAR, DE FORMAR JUÍZOS.
Com base nisso ele teve a idéia de construir a sua
própria lista de categorias, usando como fio condutor A
CLASSIFICAÇÃO LÓGICA DOS JUÍZOS, de modo
que de cada espécie de juízo ele possa abstrair um
conceito máximo, uma categoria, produzindo assim a sua
própria tábua de categorias!
• Kant produz uma tábua com 12 tipos de juízo segundo qualidade,
quantidade, relação e modalidade, retirando daí 12 categorias:
• ESQUEMA: JUÍZO: CATEGORIA:
• QUANTIDADE singulares totalidade .
particulares multiplicidade .
universais unidade
• QUALIDADE afirmativos ser .
negativos não-ser .
indefinidos limitação
• RELAÇÃO categóricos substância-inerência .
hipotéticos causalidade-dependência .
disjuntivos comunhão-reciprocidade
• MODALIDADE problemáticos possibilidade-impossibilidade .
Assertóricos realidade-irrealidade .
Apodíticos necessidade e contingência
Quanto à QUANTIDADE os juízos se dividem em:
1)UNIVERSAL: Ex: todos os homens são mortais.
2) PARTICULAR: Ex: alguns homens são calvos.
3) SINGULAR: Ex: Sócrates é mortal.
Desses três momentos ou subclasses de juízos se
deduzem respectivamente três categorias:
1)UNIDADE
2)PLURALIDADE
3)TOTALIDADE
Quanto à QUALIDADE os juízos podem ser:

• 1) AFIRMATIVO (ex: A alma é mortal)


• 2) NEGATIVO (ex: A alma não é mortal)
• 3) INFINITO (ex: A alma é não-mortal)
(É infinito porque o sujeito é asserido como pertencendo a uma classe
infinita de coisas que não incluem o conceito de ser mortal.)

Dessas momentos se deduzem respectivamente as categorias de:

1) REALIDADE
2) NEGAÇÃO
3) LIMITAÇÃO
• Quanto à RELAÇÃO:
1) CATEGÓRICO: Afirma relação S-P entre 2 conceitos, ex: “Os
maus serão punidos”.
2) HIPOTÉTICO: Afirma relação de consequência entre dois
juízos, ex: “Se há justiça, os maus serão punidos.”
3) DISJUNTIVO: Afirma disjunção entre dois ou mais juízos, ex:
“O mundo existe ou por acaso ou por necessidade ou por uma
causa externa”.
• Daí se deduzindo respectivamente as categorias de:
1) INERÊNCIA E SUBSISTÊNCIA
2) CAUSALIDADE E DEPENDÊNCIA
3) COMUNIDADE (reciprocidade entre agente e paciente)
• Quanto à MODALIDADE:

• 1) PROBLEMÁTICO (ex: “O gato pode estar no tapete”)


• 2) ASSERTÓRICO (ex: “O gato está no tapete”)
• 3) APODÍTICO (ex: “O gato deve estar em algum lugar”)

• Desses momentos se deduzindo respectivamente as


categorias de:

1) POSSIBILIDADE-IMPOSSIBILIDADE
2) EXISTÊNCIA-INEXISTÊNCIA
3) NECESSIDADE-CONTINGÊNCIA
Segundo Kant o juízo dá-se quando superpomos categorias à
associação do predicado ao sujeito, por exemplo:
Ex.1:
• “Essa rosa é vermelha”, categorias aplicadas: totalidade, ser,
substância e inerência, realidade.
• O intelecto pode agora realizar juízos universais ao impor
categorias à experiência!
• Ex.2:
• “Se um metal é aquecido ele se expande”: unidade, ser,
causalidade, realidade.

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