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Análise Fílmica

“O Substituto”
Retrato do professor no filme o
Substituto
O enredo
• Henry Barthes (Adrien Brody) é professor de liceu
e possui uma facilidade para criar empatia com
jovens. Porém, decidido a não criar vínculos com
nenhum deles, optou por uma carreira de
substituição, orientando, por curtos períodos,
turmas que por algum motivo ficaram sem
docente. Chega um dia, contudo, em que ele é
colocado em uma problemática escola pública,
no qual o corpo de professores se debatem com
alunos desmotivados e violentos.
• Ao descobrir uma ligação improvável entre
novos alunos, com uma professora da escola e
uma jovem problemática que recolhe das
ruas, Henry apercebe-se que lecionar pode
realmente fazer diferença na vida de algumas
pessoas e que vale a pena o envolvimento.

• Realizado por Tony Kaye, 2012.


Proposta do trabalho
• Analisar como o professor desenvolve uma
crise ao lecionar em uma escola cheia de
problemas e ao lidar com todo o seu corpo
escolar (diretor, alunos, pais e representantes
de educação);
Justificativa
• É um filme significativo para mostrar a figura
do professor diante dos desafios que a escola
e seus agentes lhes coloca nos dias de hoje.
Além de revelar uma imagem mais frágil
desses profissionais.
Professor x Diretora

“Ensine o que está no currículo. É o mais importante”

Logo que o professor Henry Barthes entra no colégio, ele recebe alguns instruções da
diretora Carol Dearden.
Professor x Diretora

“Achará muitos dos seus alunos


com nível abaixo do esperado”. “E sua tarefa será elevar este nível”.

A capacidade de compreensão e absorção dos conteúdos é medida em termos quantitativos, e


não qualitativos, onde o “esperado”, corresponderia a padrões muitas vezes inalcançáveis,
inatingíveis e/ou mesmo impossíveis. Sob este viés os professores assumem a “tarefa” de elevar
este nível, sem muitas vezes terem a noção de como alcançar estes resultados.
Professor x Aluno(a)

“Sabe aquela mala? Ela não tem


sentimentos. Eu também não tenho
sentimentos que você possa ferir” ...
Eu sou a única pessoa aqui que
“Vou passar o dvd”. “Sentem-se, olha realmente se importa com você.
o dvd”. Agora senta lá e dê o seu melhor”.
Um outro desafio dos professores é a relação com os alunos. No filme Mrs. Wiatt sente
dificuldade em controlar a classe ao colocar um vídeo para os seus alunos assistirem. Seus
gritos são em vão.
O Sociólogo François Dubet nos
elucida que:

“Os alunos são adolescentes


completamente tomados pelos seus
problemas de adolescentes e a
comunidade dos alunos é ‘por
natureza’ hostil ao mundo dos
adultos, hostil aos professores
(DUBET, 1997, p. 225)
Professor x Aluno
“Você se mandar antes que eu te “Sou uma das poucas pessoas aqui
detone, seu merda” que tenta te dar uma oportunidade”
“ (...) disciplinar-se é aceitar as
exigências que os objetos nos
impõe e que se manifestam à
nossa consciência como normas.”
(GUIMARÃES, 1982, P. 34)

“ Em Platão, a sabedoria não só


exige uma disciplina intelectual,
(...) como também uma disciplina
moral, conquistada através da
prudência, da temperança e da
fortaleza: o sábio é o homem
completamente disciplinado; é
aquele que alcançou a harmonia
do ser (...)” (ibidem, p. 35)
Drª Parker
Drª Parker conversa com uma
aluna sobre as suas notas e seu
futuro. A conselheira se exaspera
com a falta de vontade, de
ambição da jovem.

“Sem notas, você vai disputar


com 80 milhões de pessoas de
mão de obra sem qualificação por
um salário mínimo e depois vai
ser substituída por uma
máquina”.

“Todos os dias eu vejo vocês de


negligenciando”.

“Você não vai ser modelo e nem


tão pouco musa de rock, porque
você não tem ambição”.
Estudiosos como Azanha e Tardiff
afirmam que:

“(...) o professor, na sua atividade criativa


de ensinar, é um solitário, que por isso
mesmo não deve esperar socorro
definitivo de nenhum modelo ou método
de ensino, por mais avançadas e
sofisticadas que sejam as teorias que
supostamente os fundamentam.”
(AZANHA, 1985, p. 77)

“ O conhecimento profissional possui


também dimensões éticas (valores, senso
comum, saberes cotidianos, julgamentos
práticos, interesses sociais, etc) inerentes à
prática profissional especialmente quando
esta se aplica a seres humanos: pacientes,
prisioneiros, alunos, usuários dos serviços
sociais, etc (TARDIFF, 2000, P. 8)
Professor Charles Seaboit
Cenas irônicas do professor agindo
com o aluno após ser desrespeitado. Professor Charles
• “Eu vou “desfoder” sua
merda irado, seu filho da
mãe!”
• “Deveria encenar isso no
palco. Faria sucesso
sozinho!”
• “Eu vou desfoder sua
bunda, irado, seu filho da
mãe!”
No exemplo anterior, observa-se uma
conduta diferente pelo professor, na
qual ele faz uso do humor e da ironia
para ir de encontro com a afronta dos
alunos. Um método, na acepção de
conjunto de regras, para abordar
determinadas atitudes dos alunos
muitas vezes não se mostra presente,
fazendo com que o professor
simplesmente saiba como deve ser
feito, sob qual perspectiva ele deve
agir. No caso anterior, através do
cinismo: “a atividade de ensinar
parece mais um exemplo de saber
como do que saber que.” (AZANHA,
1985, P. 30)
Ellen, posso Veja, isso é o Não quer que
ver seus problema, tem que tratem com
mamilos? usar sutiã na respeito?
escola.
Prof° Charles

Prof. agindo ironicamente


com uma aluna após
adverti-la sobre as suas
roupas.
Professor (a) x Pais
“Você é a vadia que expulsou o
meu bebê? E para quê?”

“Vadia racista! Vou te


processar!”
- Por favor, senhoras!

“Chamarei meus mano e vou


mandar eles te estuprar!”
O papel da família apresenta
grande influencia no
desempenho do estudante,
influencia esta que pode ser
tanto boa quanto má. No
caso anterior, o papel da
professora como educadora
interessada no
desenvolvimento intelectual
e social do aluno, é ignorado
tanto pela aluna, quanto por
sua mãe, fazendo com que a
professora se torne vítima de
um sistema de julgamento
errôneo e injusto, sendo
criminalizada e ameaçada.
Um pai que liga para Drª Parker
alegando que seu filho tem déficit
de atenção, enquanto na verdade
ele tem distúrbio comportamental
e agride outros colegas.

“Meu filho tem TDAH e chequei


isso online e é o que ele tem!”

“O problema dele é
comportamental”.
Reuniões de Pais

“Só não consigo entender onde estão todos os


pais?”

“Estava na sala por duas horas e só vi um.”


Como afirmado anteriormente, o
envolvimento dos pais nas questões
escolares dos filhos está
intrinsicamente ligado ao processo
de aprendizagem, mas muitos pais
veem essa questão mais como uma
burocracia dispensável, fazendo com
que os professores fiquem de mão
atadas ao tentar manter um vínculo
com essa esfera da vida dos alunos.
A falta de envolvimento faz com que
o trabalho dos professores fique
gradativamente mais árduo e menos
reconhecido.
Professor x Representante da
Educação
• Outro momento relevante é a reunião entre
os professores e o representante da educação,
no qual o representante relaciona “má fama”
da escola com a queda do mercado imobiliário
na região, embora no inicio da sua fala tenha
feito um elogio a profissão dos professores.
Novamente nos deparamos com as
questões as variáveis quantitativas
de uma escola, e não qualitativas,
que influenciam a região onde a
escola se encontra. Na cena
apresentada, a escola é apontada
como culpada pelo não
desenvolvimento econômico e
imobiliário da região, fazendo com
que peçam aos professores um
maior rendimento quantitativo na
escola, de modo que a região possa
ser valorizada no mercado
imobiliário.
Conclusão Parcial
• “Um único elemento que parece desempenhar
um papel é o efeito pigmaleão, isto é, os
professores mais eficientes são em geral aqueles
que acreditam que os alunos podem progredir,
aqueles que têm confiança nos alunos. Os mais
eficientes são também aqueles que veem os
alunos como eles são e não como eles deveriam
ser. Ou seja, são aqueles que partem do nível
onde os alunos estão e não aqueles que não
param de medir a diferença entre o aluno ideal e
o aluno de sua sala.
• Mas evidentemente, na sua atitudes
particulares, entram também orientações
culturais gerais, interesses sociais, tipos de
recrutamento e formação. Não são apenas
problemas psicológicos” (DUBET, 1997, p. 231)
Referência Bibliográfica
• AZANHA, José Mario Pires. Uma reflexão sobre
a didática. 3° seminário A didática em
questão. Atas, v. 1, 1985, p. 24-32.
• DUBET, François. Quando o sociólogo quer
saber o que é ser professor. Revista brasileira
de educação, n. 5-6, p. 222-231, maio –
dez/1997. Entrevista concedida a Angelina
Teixeira Peralva e Marília Pontes Sposito.
• GUIMARÃES, Carlos Eduardo. A disciplina no processo
de ensino-aprendizagem. Didática, São Paulo, 18, p. 33-
39, 1992.
• O SUBSTITUTO. Direção de Tony kaye. Estados Unidos:
Paper Street Films, 2011.
• TARDIF, Maurice. Saberes profissionais dos professores
e conhecimentos universitários: elementos para uma
epistemologia da prática profissional dos professores e
suas consequências com relação a sua formação do
magistério. Revista brasileira de educação, n.13, p. 5-
24, jan – mar. 2000.
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