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A CRÍTICA SOCIAL PRESENTE

NO RAP “PSEUDOSOCIAL”:
UM VIÉS DIALÓGICO
Ivan Silva e Fernanda Richter
Graduandos do curso de Letras Português pela Universidade Federal do Rio grande (FURG). E-mail:
Ivanosilva9@gmail.com e Fernandarichter@gmail.com
Objetivo

 Analisar as diferentes vozes sociais presentes na música “pseudosocial”, do


cantor Froid, por um viés dialógico da linguagem. Explicitar essas diversas
vozes que se tencionam no discurso de Froid e possibilitam a crítica social.

 Observar a crítica social proposta pelo locutor

 Questão norteadora: de que forma a crítica se constrói no discurso verbal


e não verbal? A crítica é construída no discurso por meio de afirmações
impactantes, para alertar os interlocutores que o assunto abordado não é
banalizado.
Metodologia proposta por M.Bakhtin em “Marxismo
e filosofia da linguagem” (Bakhtin/Volochinov
[1929] 2010, p.45)
 Não separar a ideologia da realidade material do signo (colocando-a no campo da
“consciência” ou em qualquer outra esfera fugida e indefinível);

 Não dissociar o signo das formas concretas da comunicação social (entendendo-se que
o signo não tem existência fora deste sistema, a não ser como objeto físico);

 Não dissociar a comunicação e suas formas de sua base material (infraestrutura).


Procedimentos metodológicos

 Análise dos signos, constituintes do discurso artístico e midiático.

 Análise dos signos, constituintes do gênero musical; Rap. Tendo em mente


que nas letras de rap, geralmente, os cantores objetivam passar uma
mensagem, a respeito da sua visão de mundo.

 Análise dos signos, constituintes do discurso vivo, e como os signos


refletem e refratam no contexto discursivo da música, criado por Froid.
Contextualização do Rap

 Rap -> Rhytm and poetry (ritmo e poesia);

 Surgiu na Jamaica, por volta de 1960 e depois levado para os Estados


Unidos, mais especificamente para os bairros pobres de Nova Iorque.

 No Brasil, teve inicio nas galerias de São Paulo. Encontrou resistência por
parte da população, pois, era considerado como estilo musical violento e
tipicamente de periferia.

 Tem como principal objetivo retratar as dificuldades que os moradores das


periferias passam e servir como veículo de liberdade de expressão; Dar voz
aos que não têm.
O que é signo ideológico?
 “Objetos Materiais do mundo recebem função no conjunto da vida social, advindos de
um grupo organizado no decorrer de suas relações sociais, e passam a significar além de
suas próprias particularidades materiais”. (MIOTELLO, 2005, p.171)

 Particularidades físico-material + Sentidos construídos sócio historicamente (refração)+


Ponto de vista = Signo ideológico
Palavra enquanto signo ideológico por
excelência
 “A palavra é o modo mais puro e sensível de relação social” (Bakhtin/Volochinov [1929] 2010,
p.36);

 “A palavra funciona como elemento essencial que acompanha toda criação ideológica, seja
ela qual for. A palavra acompanha e comenta todo ato ideológico” (Bakhtin/Volochinov
[1929] 2010, p.38);

 Palavra “casamento”: Pode suscitar o sentido de união estável entre uma pessoa do sexo
feminino e uma pessoa do sexo masculino; um homem e um homem; uma mulher e uma
mulher.

 Palavra “trabalho” : Pode causar o sentido de atividade insuportável; fonte de renda;


atividade agradável que tem como bônus o recebimento de pagamento; algo difícil de se
achar.
 Palavra “casa”: Pode causar o sentido de um lugar confortável, de repouso; um lugar que se
deseja muito ter; lugar desagradável, que causa estresse.
Análise dos enunciados
 “Vocês são a podridão, estão precisando me ouvir, apoiaram a escravidão
e elegeram Sarkozy”;

 Distanciamento do enunciador, a partir do enunciado “Vocês são”. O cantor faz uma


crítica direcionada aos europeus, os quais além de quase esgotarem nossas riquezas,
ainda escravizaram nosso povo;

 Signo ideológico: “Podridão”, o signo ideológico reflete o estado de podre da


humanidade e refrata a impossibilidade de redenção, graças as atrocidades que
apoiamos. O signo também refrata a capacidade do ser humano de corromper os que
estão à volta;

 Chamada de atenção, “estão” e não “estamos”, Froid possui uma informação relevante,
e pede atenção dos interlocutores.

 Problemas caídos no esquecimento como o apoio à escravidão por parte dos Europeus e
o descontentamento com o político polêmico.
Análise dos enunciados
 “Fizeram da religião muros com cacos de vidro”

 Verbo na terceira pessoa “Fizeram”, indicando que a religião não é o problema, mas
o que está sendo feito com ela;

 “Religião” no sentido de instituição, não no sentido de relação entre o sujeito e Deus,


afinal, segundo o cantor, o problema está justamente nos fiéis.

 Signo ideológico; “muros com cacos de vidro”, refle a ideia de separação entre o
meio social religioso e os alheios à religião. Além de refratar, no contexto da música,
a ideia de intolerância e violência que muitas religiões apregoam. Se tentarmos
ultrapassar as barreiras dos “muros com cacos de vidro” nos machucamos, assim
como, se tentarmos apresentar alguma maneira diferente de ver o mundo para os
fiéis de determinadas religiões.

 Muros fechados, com suas próprias regras: Troca entre dinheiro e felicidade.
Análise dos enunciados
 “vamos aos trabalhos sela nos cavalos, samba nos cavacos, servos e
vassalos”;

 “Só não trabalha quem não quer” ou “esqueça a crise, vai trabalhar”, esses discursos
são produtos ideológicos de superestruturas relativamente estáveis que apregoam o
acobertamento de problemas sociais;

 Sentidos refletidos e refratados por meio dos signos ideológicos “sela nos cavalos”. A
sela é uma peça em couro, colocada sobre o lombo do cavalo, é utilizada para o
cavalheiro se equilibrar. É refratado, a partir do enunciado, a dominação exercida pelo
Estado sobre a população, afinal, a população é “os cavalos”. A sela é empregada no
enunciado para provocar indagações a respeito das ferramentas usadas pelo Estado
que possibilitam à dominação. Entretenimento?

 “Samba nos cavacos”: Reflete a dança popular brasileira. Além de refratar a ideia de
alienação da população e o descaso com problemas sociais. Enquanto problemas
sociais se fazem presente na contemporaneidade, determinada parte da sociedade,
prefere se adaptar ao invés de resolver os problemas.
Análise dos signos visuais
 Que sentido reflete e refrata a partir do copo do Mc Donalds? Os sentidos
refletidos remetem à empresa de fast-food. A ideia refratada diz respeito
ao consumo desenfreado de produtos industrializados.

 Ao não consumir o conteúdo do copo, Froid nega o capitalismo e passa a


mensagem que ele está no controle do produto e não o contrário.
Análise dos signos visuais
 O energético foi apresentado no clipe, no momento do enunciado
“vamos ao trabalhos cela nos cavalos, samba nos cavacos”. Sendo assim,
o energético, nesse contexto, representa a necessidade de energia extra,
por estarmos a todo momento ocupados.
Considerações finais

 A análise nos possibilitou explicitar a crítica social presente na música, por


meio da análise dos signos ideológicos;

 As vozes sociais que surgiram e que permitiram a crítica;

 A influência que o rap exerce nos jovens.


Agradecimentos

 O presente trabalho não poderia ter sido concluído sem a ajuda das
discussões, e sem dúvida, da amizade e do companheirismo dos
integrantes, do projeto de pesquisa Discursos das mídias (e)m análise
dialógica: caminhos teóricos e metodológicos, orientado pela Profª. Dra.
Kelli da Rosa Ribeiro.

 Portanto, dedico este, humilde, trabalho aos colegas: Daniel Ramires,


Kamaia Cezar, Fernanda Richter e por último, mas não menos importante,
a nossa digníssima Kelli Ribeiro.
Referências

 Bakhtin, M, e Volochinov, N, V. (1929). Marxismo e Filosofia da Linguagem.


14. Ed. Edição, Hucitec, São Paulo, Brasil.
 Faraco, A, C. (2009) Linguagem e Diálogo : As ideias linguísticas do Circulo
de Bakhtin. 1. Ed. Parábola, São Paulo, Brasil.
 Brait, B. (2005). Bakhtin: conceitos-chave. 5. Ed. Editora Contexto, São
Paulo.
 Bakhtin, M. M. (1997). Estética da criação verbal. 2. Ed. Livraria Martins
Fontes, São Paulo.

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