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Ética e profissões jurídicas

(revisão)

Mariana Fischer
(marianafisch@gmail.com)
Calendário

• 11/04 – Revisão

• 18/04 – Feriado

• 25/4 – Primeira avaliação


Textos
• Prefácio e a Primeira Seção
da Fundamentação da Metafísica dos
Costumes (Kant), p 103-118
• “A História do Declínio e Queda do
Eficientismo na Obra de Richard Posner
(Bruno Salama)
• Capitulo 5, "Acerca da Legitimação com Base
nos Direitos Humanos“, do livro A Constelação
Pós-Nacional (Habermas), p. 143-166
• E o filme “Hannah Arendt”
Uso dos vocábulos ética e moral
• Ética (origem grega)
- Ethos: 1) a morada dos homens e dos animais;
2) costumes, modo de vida
- Ethike – Aristóteles: 1) exercício das virtudes
morais; 2) reflexão sobre os costumes e virtudes
• Moral (origem latina)
- Mos ou mores (termo utilizado pelos romanos
para usado traduzir ethos) – 1) costumes
(coletivo); 2) caráter (individual)
Usos dos vocábulos ética e moral
na história da filosofia

• A ética de Aristóteles: prudência, equidade e


justiça no caso concreto (ética é contextual)
X
• Moral de Kant: lei moral universal (moral
independe de contextos)
Aristóteles
Três ramos do saber :
• Ciências teoréticas (o saber pelo saber) -
metafisica, física e matemática;
• Ciências praticas (o saber ligado a virtudes
práticas) - ética e politica;
• Ciencias poiéticas (tendem à produção de
determinadas coisas) – arte e técnica
Aristóteles
• Episteme - verdades universais (Ex. Metafísica
e a busca pelos princípios e causas primeiras)
• Techné (técnica, arte ou artesanto) – aplicação
do conhecimento voltada à fabricação de um
um produto
• Phrónesis –está dirigida à ação virtuosa
envolve a adaptação (a capacidade de aplicar,
de forma justa, a regra em cada caso)
Techné X phrónesis
“o homem não dispõe de si mesmo como o artesão
dispõe da matéria com que trabalha” (Gadamer)

• Na aplicação do direito ou na deliberação moral,


há sempre que se adaptar conceitos genéricos ao
caso.

• Aprende-se a phrónesis com a experiência


integral de vida, não pelo acúmulo de
informações ou desenvolvimento de uma
habilidade específica
Ética para Aristóteles

• O ser humano tem uma tendência (telos ou finalidade)


para a política, que se realiza em sua vida na
comunidade política (polis).

• Tal tendência (finalidade ou telos) pressupõe:


- Um fazer natural (physis ou movimento ligado à
essência política do ser humano)
+
- Um fazer artificial (o nomos) – criação de leis, que
completam o fazer natural
Liberdade política
• Formação (paideia) para a cidadania (cultivo de
virtudes cívicas) deve estar associado ao fazer do
legislador

“Para os gregos forçar alguém mediante violência,


ordenar ao invés de persuadir, eram modos pré-políticos
de lidar com as pessoas, típicos da vida fora da polis
característicos do lar e da vida em família, na qual o chefe
da casa imperava com poderes incontestes e despóticos,
ou da vida nos impérios bárbaros da Ásia, cujo
despotismo era frequentemente comparado à
organização familiar” (Hannah Arendt)
Ética para Aristóteles
• Cuidar da relação mútua entre seres humanos, na medida em
que isso seja possível por meio de leis, de modo ancorado em
uma finalidade: uma vida boa

• Ser humano realiza os seus mais altos fins na relação


indissociável com a comunidade (polis) na efetivação de um
bem comum

• “A identificação do meu bem, de como é melhor eu dirigir


minha vida, é inseparável da identificação do bem comum da
comunidade, de como é melhor para essa comunidade dirigir
a sua vida” (Macintyre)
Kant
• A estrutura da razão (que nos permite
conhecer) é inata, não depende da
experiência (a priori)
• Os conteúdos que a razão conhece dependem
da experiência (a posteriori)
• A razão fornece a forma (universal e
necessária) do conhecimento ; a experiência
fornece o seu conteúdo
Moral kantiana
• Ser X Dever ser (conhecer e agir).

• IMPERATIVOS (dever ser):


- Categóricos: prescrevem uma ação boa por si
mesma (contra o utilitarismo). Ex. “Você não
deve mentir”.
- Hipotéticos: ação visa certos fins. Ex. “Se você
quer evitar ser punido, não deve mentir”.
Imperativo categórico
Imperativo ( “dever ser”) categórico (ação boa
em si, sem fazer referência a qualquer fim):

“Age sempre de tal forma que os princípios que


norteiam a vontade possam se transformar na
base de uma lei universal”
Imperativo categórico
Imperativo ( “dever ser”) categórico (ação boa
em si, sem fazer referência a qualquer fim):

“Age sempre de tal forma que os princípios que


norteiam a vontade possam se transformar na
base de uma lei universal”
Kant e o direito
• O direito é a expressão da faculdade de agir
(razão prática)

• Direito deve se submeter à lei moral

• Age exteriormente, de modo que o livre uso


de teu arbítrio possa se conciliar com a
liberdade de todos, segundo uma lei
universal
Hannah Arendt
• Filosofia tradicional: mal é egocentrismo ou
ao sadismo

• Arendt: mal é superficialidade ou


incapacidade de pensar
O que é pensar?
• Absorver informações e calcular resultados

• Pensar os fins (diálogo interno): potência para


agir moralmente
Teorias da democracia
Democracia em sentido formal
- Institucionalização do sufrágio universal
- A democracia acontece em momentos específicos (eleições)

X
Democracia radical ou substancial
- Democracia é um problema prático (não se reduz à forma da lei)
- Cidadãos devem estar permanentemente envolvidos em esferas
públicas democráticas, as quais devem ser a fonte dos processos
de decisão política (a democracia acontece a todo tempo)
Teorias da democracia

• Republicanismo (autonomia pública) X


Liberalismo (autonomia privada)

• Procedimentalismo (Habermas)

• Democracia e direitos sociais (Honneth e


Fraser)
Habermas
• Modernização e aumento de complexidade

• Solidariedade (comunicativa) entre estranhos


que querem permanecer estranhos

• Teoria do Estado democrático de Direito


Situação discursiva ideal
Racionalidade se manifesta nas condições para o
acordo.
• Orientação para o entendimento (agir
comunicativo)
• Simetria entre os participantes
• Acesso universal (potencial)
• Sinceridade
Moral Procedimental
• O consenso que se alcança através do
PROCEDIMENTO (situação discursiva ideal) é
RACIONAL

• Universalizar as condições para a comunicação


e a participação
Estado Democrático de Direito

• Direito: força e legitimidade

• Pressupostos (Kant):
(i) o ser humano é um fim em si mesmo;
(ii) os destinatários das normas devem ser
também os seus autores
Direitos humanos
(Habermas)

• Direitos humanos X soberania do Estado


(oposição)

OU

• Direitos humanos + soberania popular


(complementariedade)
Direitos humanos + soberania popular
• Os destinatários das normas devem ser também
os seus autores (Kant)

• Só há soberania popular se houver participação


de todos em procedimentos de tomada de
decisão

• DHs institucionalizam as condições para a


formação de uma vontade política democrática
Direito e economia para Richard
Posner
• O direito dos EUA não apenas tem evoluído
historicamente no sentido da maximização da
riqueza, como também deve evoluir nesse
sentido

• Paradigma de maximização da riqueza


(recursos devem pertencer àqueles que mais
os valorizam) X Paradigma utilitarista da
maximização da felicidade
Jeremy Bentham
• O ser humano age a partir de um calculo que busca
maximizar o prazer e minimizar a dor (felicidade)

• Objetivo do direito: produzir a maior quantidade possível


de prazer para a maior quantidade possível de indivíduos

• Ser humano calcula o “preço” que terá que pagar se


cometer um crime. As sanções estatais devem garantir que
esse preço seja alto.

• Preço do crime : gravidade da punição e probabilidade de


que ela seja aplicada
Moral kantiana
• Prescreve uma ação boa por si mesma
(independentemente das consequencias)

• Normas categóricas: Ex. “Você não deve


mentir”.

• Fanatismo kantiano?
Críticas
• A maximização da riqueza gera
necessariamente sua justa redistribuição?

• Monstruosidade do utilitarismo: sacrifício de


direitos dos indivíduos com o objetivo de
maximizar a felicidade para o grupo
Críticas
• Sob a ótica eficientista, nada justifica que
indivíduos produtivos sustentem indivíduos
improdutivos (Posner aceita essa crítica).

• Por que não simplesmente eliminar (ou deixar


de cuidar) indivíduos improdutivos ?
Moral democrática X moral
eficientista
• Há princípios inegociáveis ?

• As pessoas não deveriam debater e decidir quais teses


acerca da felicidade ou acerca da
ampliação/redistribuição de riqueza as convencem?

• O eficientismo e o utilitarismo não consideram


suficientemente as diferenças entre os indivíduos
(Rawls) – liberalismo de mercado X liberalismos de
fórum

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