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Giorgio Agamben

O que é um dispositivo?
• Graduado em Direito, ele nasce em Roma em 1942.
• Editor na Itália da obra do filósofo alemão Walter Benjamin.
• Atuou como visiting professor na Universidade de Verona e na
New York University, antes de se insurgir contra a linha de
segurança adotada pela gestão do Presidente George Bush,
recusando-se assim a cruzar as fronteiras norte-americanas.
• Em sua obra ele exercita essencialmente a interação entre a
filosofia, a literatura, a poesia e principalmente a política. Este
filósofo vem, ao longo do tempo, elaborando uma vasta obra,
com a qual ele pretende tecer reflexões sobre o comportamento
político do homem contemporâneo.
• (http://www.infoescola.com/biografias/giorgio-agamben/)
• Inicia o desenvolvimento do seu projeto filosófico a partir dos
anos 70 do século XX, com ênfase no debate em torno da
estética e da obra de arte. Porém, assume um discurso
filosófico e político com maior intensidade a partir dos anos
90.

• Critica os pressupostos ontológicos sobre os quais a vida é


concebida e articulada moral e politicamente na
contemporaneidade: A vida torna-se objeto de uma
racionalidade pautada na gestão econômica, política e jurídica,
num círculo violento e vicioso de produção e consumo de si
mesma.

• Variadas influências conceituais, como Heidegger, há Foucault,


Deleuze, entre outros.
Crítica à metafísica ocidental
• Pressuposto de que o projeto filosófico de Agamben desenvolve-
se na perspectiva de uma inversão do “cogito” cartesiano que
funda a modernidade filosófica, afirmando a primazia do
postulado ontológico, político e ético: “Cogito, ergo sum” (Penso,
logo existo.)
• Agamben encontra-se alinhado à perspectiva heideggeriana que
questiona a primazia da dimensão epistemológica sobre a
dimensão ontológica: questionamento da dualidade cartesiana
estabelecida entre res cogitans e res extensa, entre sujeito e
objeto.
• Materialismo imanente: pensar o lócus da unidade indissolúvel
entre ser e devir, entre forma e matéria, entre ato e potência.
Reconhecer o ser humano em sua realidade existencial
desprovido de fundamentos transcendentes, sejam eles de fundo
epistemológico ou judaico-cristão.
• (BAZZANELLA. Extrato da tese doutorado)
• Agamben pretende fazer uma ontologia da vida, ou seja,
buscando escapar da perda de autonomia da filosofia, frente à
primazia da ciência e da técnica que se impõe na
contemporaneidade, transformando-a em um discurso de
justificação analítica dos cânones da ciência e da pragmática da
técnica.
• Agamben critica as formas-de-vida que se apresentam na
contemporaneidade, que têm como ponto de partida a vida
aprisionada em sua materialidade, em sua biologicidade,
vinculando materialismo e espiritualismo, vida nua e forma-de-
vida qualificada. Busca um materialismo que revele em cada
momento a forma como os seres humanos concebem a vida e se
posicionam diante dela conferindo-lhe forma, sentido e
finalidade.
A Biopolítica
• O materialismo imanente de Agamben, vinculado à
ontologia da potência, remete a pensar a política
para além da violência biopolítica que lhe é
constitutiva na contemporaneidade.
• Debruça-se sobre questões jurídicas e teológicas
que constituem o núcleo irradiador da política
ocidental.
• No campo da discussão conceitual em torno da
biopolítica, a influência decisiva é de Michel
Foucault que, a partir de suas pesquisas e cursos
desenvolvidos no Collège de France em meados da
década de 70, toma o conceito de biopolítica de
escritos de economia e estatística dos séculos XVIII e
XIX e o insere no contexto da dinâmica política
moderna e contemporânea.
• Para Foucault, a biopolítica é um fenômeno relacionado
ao nascimento do Estado Moderno e de uma
racionalidade técnico-administrativa da população e do
território que o compõem, reconhecendo as influências
constitutivas do poder pastoral, características do
exercício do poder eclesiástico presente no mundo
judaico-cristão medieval.
• Para Agamben, a biopolítica é um fenômeno que se
encontra na origem da condição política dos seres
humanos, é constitutiva da dinâmica civilizatória em suas
relações de poder, o que a caracteriza em sua dimensão
ontológica.
• Outro aspecto conceitual vinculante entre o pensamento
de Foucault e de Agamben se estabelece em relação ao
conceito de dispositivo como elemento central em seus
métodos reflexivos e analíticos.
O que é um dispositivo
• Aponta para filósofos em que o trabalho de definição
terminológica é determinante no entendimento de
seu pensamento, enquanto para outros as questões
terminológicas de seu arcabouço teórico não se
evidenciam em primeiro plano, o que não significa
dizer que não tenham centralidade na estrutura
filosófica colocada em ação. Agamben situa Foucault
na tradição dos segundos, sobretudo no que se
refere ao conceito de dispositivo.
• Hipótese: o dispositivo é um termo técnico decisivo
na estratégia de pensamento de Foucault, mas não
tem uma definição.
Foucault se se aproxima de algo como uma
definição numa entrevista de 1977:
• “Aquilo que procuro individualizar com este nome é, antes de tudo, um
conjunto absolutamente heterogêneo que implica discursos,
instituições, estruturas arquitetônicas, decisões regulamentares, leis,
medidas administrativas, enunciados científicos, proposições
filosóficas, morais e filantrópicas, em resumo: tanto o dito como o não
dito, eis os elementos do dispositivo.
• O dispositivo é a rede que se estabelece entre estes elementos (...) com
o termo dispositivo, compreendo uma espécie - por assim dizer – de
formação que num certo momento histórico teve como função
essencial responder a uma urgência. O dispositivo tem, portanto, uma
função eminentemente estratégica (...).
• Dizer que o dispositivo tem natureza essencialmente estratégica, que
se trata, como consequência, de uma certa manipulação de relações de
força, de uma intervenção racional e combinada das relações de força,
seja para orientá-las em certa direção, seja para bloqueá-las ou para
fixá-las e utilizá-las..[xii]”.
o conceito de dispositivo pode assumir três acepções:
• 1º. Momento: uma rede de relações que se estabelecem entre um
conjunto heterogêneo de situações e instituições, abrangendo desde
discursos, edifícios, leis, medidas de polícia, proposições filosóficas,
entre outras. Enfim, o fazer e o pensar humano em sua totalidade de
articulações e relações.
• 2º. Momento: possui uma condição estratégica na concretude das
intrincadas relações de poder que se estabelecem entre os seres
humanos na constituição de sua condição no mundo.
• 3º. Momento: como decorrência dos dois momentos anteriores, o
dispositivo é revelador de uma episteme que é inerente à uma
racionalidade que se tornou hegemônica e fundamento dos critérios de
valoração e definição do conhecimento humano científico e não
científico. Portanto, os dispositivos são aspectos constitutivos e
reveladores de uma determinada cosmovisão e, sob esta perspectiva,
submetidos à análise genealógica e arqueológica, permitem a
compreensão de aspectos determinantes nas relações de poder sob as
REFERÊNCIAS
• BAZZANELLA. Extrato da tese doutorado.
http://www.agambenbrasil.com.br/index.php
/2-uncategorised/17-quem-e-giorgio-
agamben

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