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INSTITUTO DE ENERGIA ELÉTRICA - IEE

Seminário 2 de Acompanhamento da
Pesquisa
Aluno: César Augusto Santana Castelo Branco

Orientador: Prof. Dr. Luiz Antonio de Souza Ribeiro

Coorientador: Osvaldo Ronald Saavedra


São Luís – MA, 04 de setembro de 2018
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO
1 – Introdução

1.1. Anteprojeto e cronograma 2018

1.2. Considerações do último seminário

2 – Projeto de Máquinas Elétricas

2.1. Projeto eletromagnético

2.2. Máquinas a imãs permanentes

3 – Método dos Elementos Finitos

4 – Demais tópicos estudados (JAN-AGO 2018)

5 – Atividades Futuras

Referências

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INTRODUÇÃO
 Título do Anteprojeto de Doutorado:
Projeto e Análise de um Gerador Linear para Geração
de Energia Elétrica a partir das Ondas Oceânicas
 Objetivos:
Projetar o gerador linear para conversão da energia das ondas;
Realizar um estudo comparativo (eficiência) com tecnologias
de conversão da energia das ondas com interfaces mecânicas.

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CRONOGRAMA DA PESQUISA
 Cronograma do Anteprojeto
(ano de 2018):

1. Pesquisa Bibliográfica:
Projeto de geradores lineares;

2. Pesquisa Bibliográfica:
Comportamento e potencial
energético das ondas oceânicas;

3. Pesquisa Bibliográfica:
Tecnologias de geração de energia
a partir das ondas oceânicas.

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ÚLTIMO SEMINÁRIO
 Data: 05/03/2018.
 Determinações de próximos passos da pesquisa:
Novas tecnologias de geradores lineares:
• Gerador de indução: não atende! (usa interfaces mecânicas) [1].

Método dos Elementos Finitos:


• Visto parte teórica e exemplo 2D no MATLAB;
• Softwares que podem ser usados: FEMM (gratuito) & ANSYS.

Projeto de máquinas elétricas:


• Em estudo no momento (projeto eletromagnético).

Modelagem e testes do gerador linear:


• Depende do projeto de máquinas.

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Projeto do Gerador Linear
 Literatura específica?
AINDA NÃO EXISTE?! (não encontrei ainda)

 Caminho alternativo?
SIM:
• Estudar o projeto de máquinas rotativas;
• Adaptar para o modo de funcionamento do gerador linear [2].

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Projeto de Máquinas Elétricas
 Compreende os seguintes aspectos [3]:
Elétrico:
• Tipo de conexão, enrolamentos, perdas ôhmicas, densidade de corrente
nas ranhuras, correntes de curto-circuito, etc.

Magnético:
• Fluxo no entreferro, saturação e perdas no núcleo, reatâncias de
magnetização e de dispersão, forma dos dentes e slots, etc.

Mecânico:
• Tensões de cisalhamento, velocidade, vibração, etc.

Térmico:
• Tipo de resfriamento, dutos de ventilação, cálculo de temperatura, etc.

Especificações da aplicação e/ou da rede.

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Projeto Eletromagnético de Máquinas Elétricas
 Circuitos Magnéticos:
Leis de Ampère, Faraday, equações de Maxwell;
Elementos: força magnetomotriz (FMM), permeâncias, relutâncias,
materiais magnéticos (núcleo, carcaça).

 Enrolamentos do estator (armadura):


FMM produzida e/ou FEM induzida;
Fatores de enrolamento;
Equivalente bifásica (qd).

 Fluxo principal (fundamental):


Distribuição de FMM ao longo do circuito magnético;
Cálculo da indutância de magnetização.

 Fluxo de dispersão (harmônicas)


Indutâncias de dispersão.

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Enrolamentos do Estator
 FMM em uma fase do estator [3]:
4 𝑁𝑡 𝑖𝑎 𝑘ℎ 𝑃
ℱ𝑎 = ෍ sen ℎ 𝜃
𝜋 𝐶𝑠 𝑃 ℎ 2
ℎ=1,3,5,…

𝑘ℎ → fator de enrolamento da h-ésima componente;


𝑁𝑡 → total de espiras;
𝑖𝑎 → corrente na fase “a”;
𝐶𝑠 → circuitos em paralelo;
𝑃 → número de polos;
ℎ → h-ésima componente harmônica;
𝜃 → posição angular (mecânica).

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Enrolamentos do Estator
 Fator de enrolamento
𝑘ℎ = 𝑘𝑝ℎ 𝑘𝑑ℎ 𝑘𝜒ℎ 𝑘𝑠ℎ

𝑘𝑝ℎ → fator de passo (pitch factor)

𝑘𝑑ℎ → fator de distribuição (distribution factor)

𝑘𝜒ℎ → fator de abertura do slot (slot openning factor)

𝑘𝑠ℎ → fator de inclinação (skew factor)

Exerce efeito sobre a forma da FMM;


Filtra e/ou reduz harmônicas da FMM;
Menores fins de espira.
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Efeito de 𝑘ℎ na FMM
 Enrolamento concentrado, com passo pleno, sem inclinação e
desconsiderando o efeito de abertura das ranhuras:
4 𝑁𝑡 𝑖𝑎 1 𝑃
ℱ𝑎 = ෍ sen ℎ 𝜃
𝜋 𝐶𝑠 𝑃 ℎ 2
ℎ=1,3,5,…

 Enrolamento distribuído, com passo fracionário, inclinação e


considerando o efeito de abertura das ranhuras:
4 𝑁𝑡 𝑖𝑎 𝑘ℎ 𝑃
ℱ𝑎 = ෍ sen ℎ 𝜃
𝜋 𝐶𝑠 𝑃 ℎ 2
ℎ=1,3,5,…

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ENROLAMENTO DE RANHURA FRACIONÁRIA
 Emprega-se:
não é possível obter-se um número inteiro de ranhuras/polo/fase, 𝑞;
para modelar a forma de onda da FEM induzida.
 Popular em máquinas a imã permanente [2];
 FEM das bobinas da fase não estão em fase.

Obs.: Nº de ranhuras deve ser múltiplo


do nº de fases (simetria de fase).

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Circuito Magnético Principal
 Apenas a componente fundamental da FMM realiza acoplamento
magnético;
 Lei de Ampère aplicada ao circuito principal da máquina:
0 = 2ℱ𝑠1 + 2ℱ𝑡𝑠 + 2ℱ𝑡𝑟 + 2ℱg + 2ℱ𝑐𝑠 + ℱ𝑐𝑟

FMM enrolamento estator dentes estator e rotor entreferro núcleos estator e rotor

ℛ𝑐𝑠

ℛ𝑡𝑠 ℛ𝑡𝑠
𝜙𝑚
ℱ𝑠1 𝜙𝑚 ℱ𝑠1
ℛg ℛg
ℛ𝑡𝑟 ℛ𝑡𝑟

MI 4 polos
ℛ𝑐𝑟
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Circuito Magnético Principal
 Para a máquina síncrona (MS) [3]:
estator

entreferro

FMM do campo

𝜔𝑒 𝐿df polo do
𝑉s(oc) rotor

jugo (yoke) do rotor


𝐼f
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Entreferro Efetivo, g 𝑒
 O entreferro, g, da máquina real não é constante;
 Direção circunferencial (𝜃):
 Variações abruptas entre as regiões das ranhuras e dos dentes (estator/rotor);

 Direção do eixo:
 Variações abruptas entre as regiões de ferro e os dutos de refrigeração;

 Equação convencional de relutância não é diretamente aplicável;


 Opta-se por um equivalente, g 𝑒 , que considere estas variações:
g𝑒
ℛ g𝑒 =
𝜇0 (𝜏𝑠 𝑙𝑒 )
𝜙
𝜏𝑠 → passo de ranhura
𝑙𝑒 → comprimento efetivo
de eixo. 𝑏𝑜
𝑏𝑜 → largura da ranhura.
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Entreferro Efetivo, g 𝑒
 Dado por:
𝑔𝑒 = 𝑘𝑐 g
onde 𝑘𝑐 é o fator de Carter, dado por:
𝜏𝑠
𝑘𝑐 = = 𝑘𝑐1
4g 𝜋 𝑏𝑜
𝜏𝑠 − 𝑏𝑜 + ln 1 +
𝜋 4 g
𝑏𝑜
ou, quando ≤ 10%, tem-se aproximadamente:
g
𝜏𝑠
𝑘𝑐 = = 𝑘𝑐2 .
𝑏𝑜2
𝜏𝑠 −
(5g + 𝑏𝑜 )

 Para máquinas com ranhuras no estator e no rotor, tem-se:


𝑘𝑐 = 𝑘𝑐1 𝑘𝑐2

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Comprimento Efetivo do Eixo, 𝑙𝑒
 Os dutos de ventilação exercem influência no comprimento
efetivo do eixo, 𝑙𝑒 :
 Caso #1:

𝑙𝑒 = 𝑙𝑖 + 2g ; 𝑙𝑖 = 𝑙𝑖𝑠 = 𝑙𝑖𝑟

 Caso #2:

𝑙𝑖𝑠 + 𝑙𝑖𝑟
𝑙𝑒 = ; 𝑙𝑖𝑠 ≠ 𝑙𝑖𝑟
2

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Comprimento Efetivo do Eixo, 𝑙𝑒
 Caso #3:
𝑙0𝑠 + 𝑙0𝑟 5 5
𝑙𝑒 = 𝑙𝑖 + 2g + 𝑛
2 𝑙0𝑠 𝑙
5+ 5 + 0𝑟
g g

𝑙𝑖 = 𝑙1 + 𝑙2 + ⋯ + 𝑙𝑛+1
𝑛 → número de dutos.

 Caso #4:
5
𝑙𝑒 = 𝑙𝑖 + 2𝑔 + 𝑛𝑙0𝑠
𝑙0𝑠
5+
g

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Relutância do Entreferro, ℛgs ou ℛgr
 Referida aos dentes do estator:
g𝑒
ℛgs = H −1
𝜇0 𝑙𝑒 𝜏s
𝜏s → passo de ranhura do estator.

 Referida aos dentes do rotor:


g𝑒
ℛgr = H −1
𝜇0 𝑙𝑒 𝜏r
𝜏r → passo de ranhura do rotor.

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Relutância dos Dentes, ℛ𝑡s e ℛ𝑡r
 Dentes são compostos de ferro (relutância não-linear);
 Sujeitos à saturação;
 Necessária determinação da densidade de fluxo no dente;
 Para um dente não totalmente saturado:
𝜙top = 𝜙g,ave
𝐵top 𝑘𝑖 𝑡𝑡 𝑙𝑖 = 𝐵g,ave 𝜏𝑠 𝑙𝑒

𝐵top → densidade de fluxo no topo do dente


𝐵g,ave → densidade de fluxo média no entreferro
𝑘𝑖 → fator da isolação entre as laminações (0,87 ~ 0,93)
𝑡𝑡 → largura do dente no topo
𝑙𝑖 → comprimento da região de ferro do eixo
𝜏𝑠 → passo de ranhura
𝑙𝑒 → comprimento efetivo do eixo

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Relutância dos Dentes, ℛ𝑡s e ℛ𝑡r
 Logo, tem-se:
𝜏𝑠 𝑙𝑒
𝐵top = 𝐵g,ave
𝑡𝑡 𝑘𝑖 𝑙𝑖
 Os dentes possuem largura variável;
 Então, define-se:
𝑡𝑡 𝐵root + 𝐵top 1 𝑡𝑡 + 𝑡𝑟
𝐵root = 𝐵top e 𝐵mid = = 𝐵top
𝑡𝑟 2 2 𝑡𝑟

𝐵top → densidade de fluxo no topo do dente;

𝐵mid → densidade de fluxo no centro do dente;

𝐵root → densidade de fluxo na base do dente.

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Relutância dos Dentes, ℛ𝑡s e ℛ𝑡r
 A partir de 𝐵root , 𝐵mid e 𝐵top , obtém-se:
1 𝑑𝑡
𝐻𝑡,ave = න 𝐻𝑡 (𝑥) 𝑑𝑥
𝑑𝑡 0
com o apoio da regra de Simpson [3]. Então, tem-se:
1 2 1
𝐻𝑡,ave = 𝐻top + 𝐻mid + 𝐻root
6 3 6
com 𝐻top , 𝐻mid e 𝐻root obtidas de 𝐵top , 𝐵mid e 𝐵root (curva B-H).

 Aplicando-se a lei de Ampère, tem-se:


ℱ𝑡,ave = 𝐻𝑡,ave 𝑑𝑡 .
ℱt,ave → FMM média no dente.

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Relutância dos Dentes, ℛ𝑡s e ℛ𝑡r
 A relutância do dente é então calculada por:
ℱ𝑡,ave
ℛ𝑡 =
𝜙𝑡
onde o fluxo no dente, 𝜙𝑡 , é:
𝜙𝑡 = 𝐵top 𝑘𝑖 𝑡𝑡 𝑙𝑖 = 𝐵root 𝑘𝑖 𝑡𝑟 𝑙𝑖 .

Obs.:
* O projeto deve-se iniciar do ponto do dente com maior 𝐵;
* Pode-se optar por 𝐵g1 (aproximado) ao invés de 𝐵g,ave ;
* Também pode-se estimar 𝐵top ou 𝐵root para depois obter 𝐵g,ave .

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Relutância do Núcleo, ℛcs e ℛcr
 Também parte da densidade de fluxo no entreferro;
 Núcleo: material ferromagnético não linear;
 Assume-se 𝐵g 𝜃 cossenoidal;
 𝐵𝑐 𝜃 é então senoidal.

= 𝐵g1 cos θe
𝐵g1

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Relutância do Núcleo, ℛcs e ℛcr
 Fluxo em uma região do núcleo por polo:
𝜃=(2Τ𝑃)𝜃𝑒
𝑃
𝜙c 𝜃𝑒 = න 𝑟𝑙𝑒 𝐵g1 cos 𝜃 d𝜃
2
0

𝑟 → raio da linha central do rotor para a linha central d núcleo.


 Ponto de fluxo máximo no núcleo:
2 𝜏p 2
𝜙c 90° = 𝑟𝑙𝑒 𝐵g1 = 𝑙𝑒 𝐵g1
𝑃 2 𝜋
 Densidade de fluxo no ponto de máximo:
𝜙c 90° 𝑙𝑒 𝜏p Τ2 2
𝐵c 90° = = 𝐵g1
𝑑𝑐 𝑘𝑖 𝑙𝑖 𝑑𝑐 𝑘𝑖 𝑙𝑖 𝜋

𝑑cs ou 𝑑cr → profundidade do núcleo (estator ou rotor).

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Relutância do Núcleo, ℛcs e ℛcr
 Considerações de saturação:
 O valor real de 𝐵g 0 difere de 𝐵g1 ;

 Escolhe-se:
3
𝐵g 30° ≅ 𝐵g1 cos 30° = 𝐵 .
2 g1

 Considerações de dispersão:
𝑙𝑒 𝜏p Τ2 2 1 + 𝐾p
𝐵cs 90° = 𝐵
𝑑cs 𝑘𝑖s 𝑙𝑖s 𝜋 g1 2𝐾p

𝑙𝑒 𝜏p Τ2 2 3𝐾p − 1
𝐵cr 90° = 𝐵
𝑑cr 𝑘𝑖r 𝑙𝑖r 𝜋 g1 2𝐾p

onde:
1,5𝑃
𝐾p = 1 −
100
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Relutância do Núcleo, ℛcs e ℛcr
 A partir de 𝐵c 90° , obtém-se:
3
𝐵c 60° = 𝐵c 90° cos 30° = 𝐵c 90°
2
1
𝐵c 30° = 𝐵c 90° cos 60° = 𝐵c 90° .
2

 Usa-se a curva B-H para obter-se 𝐻c 90° , 𝐻c 60° e 𝐻c 30° ;

 Determina-se (regra de Simpson):


1 2 1
𝐻c,avg = 𝐻c 30° + 𝐻c 60° + 𝐻c 90° .
6 3 6

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Relutância do Núcleo, ℛcs e ℛcr
 Então, tem-se:
2
ℱc,avg = 𝐻c,avg 𝑙c
3
 E:
ℱc,avg
ℛc = .
𝜙c

Obs.:
𝜋 𝐷is + 2𝑑ss + 𝑑cs
𝑙cs = (estator)
𝑃

𝜋 𝐷or − 2𝑑sr − 𝑑cr


𝑙cr = (rotor)
𝑃

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Circuito Magnético Principal
1 – Ponto de partida:
3
Estima-se 𝐵g1 e, consequentemente, 𝐵g1 30° = 𝐵
2 g1
2 – Determina-se:
𝐵g1 30°
ℱg 30° = 𝐻g1 30° × g 𝑒 = g𝑒
𝜇0
3 – Calcula-se:
ℱ𝑡s,ave , ℱ𝑡r,ave , ℱcs,ave e ℱcr,ave
4 – Encontra-se, pela lei de Ampère:
2ℱs1 30° = 2ℱg 30° + 2ℱ𝑡s,ave + 2ℱ𝑡r,ave + ℱcs,ave + ℱcr,ave

5 – Valor máximo da FMM por polo que produz 𝐵g1 :


ℱs1 30° 2
ℱp1 = = ℱs1 30° .
cos 30° 3

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Circuito Magnético Principal
 Exemplo: MI 250 HP, 𝑃 = 8, 𝐵g1 = 0,775 T.

 Obs.: não foi considerada a distribuição física dos enrolamentos nas


ranhuras do estator.
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Indutância de Magnetização
 Link entre 𝐵g estabelecida e a tensão nos terminais;
 Independe da quantidade de ranhuras do estator;
 Inversamente proporcional a 𝑃;
 Assume-se distribuição dos enrolamentos definida;
 Para a MI:
2
3 𝑘1 𝑁s 𝐷𝑖𝑠 𝑙𝑒
𝐿ms = 𝜇0
2 𝑃 g𝑒
𝑁s → espiras em série;
𝐷𝑖s → diâmetro interno do estator.

 Tensão nos terminais:


3
𝑉s = 𝜔s 𝐿ms 𝐼m
2
𝜔s → velocidade síncrona;
𝐼m → corrente de magnetização (≈ 𝐼s →corrente no estator).
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Indutância de Magnetização
 Para a máquina síncrona (MS):
 Eixo d:
12 𝑘12 𝑁s2 𝜏 p 𝑙𝑒 𝛼𝜋 + sen 𝛼𝜋
𝐿md = 2 𝜇0 𝑘 ; 𝑘d =
𝜋 𝑃 𝑔𝑒 d 𝜋
 Eixo q:
12 𝑘12 𝑁s2 𝜏 p 𝑙𝑒 𝛼𝜋 − sen 𝛼𝜋
𝐿md = 2 𝜇0 𝑘q ; 𝑘q =
𝜋 𝑃 𝑔𝑒 𝜋
 Campo (rotor):
8 𝑁f2 𝜏 p 𝑙𝑒 𝛼𝜋
𝐿mf = 2 𝜇0 𝑘 ; 𝑘f = sen
𝜋 𝑃 𝑔𝑒 f 2

𝜏p → passo polar;
𝑁f → espiras em série do campo.

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Indutância de Magnetização
 Tensão nos terminais da MS (circuito aberto):
𝑉s,(oc) = 𝜔s 𝐿df 𝐼f
onde:
12 𝑘1 𝑁s 𝑁f 𝜏p 𝑙 𝑒
𝐿df = 2 𝜇0
𝜋 𝑃 𝑔𝑒

𝐿df → indutância mútua de eixo “d” do campo;


𝐼f → corrente de campo.
𝜔𝑒 𝐿df
𝑉s(oc)

𝐼f
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Máquina a Imãs Permanentes
 Modelo do imã permanente:

𝜙 = 𝜙𝑟 + 𝑃𝑚 𝐹𝑚

𝜙𝑟 = 𝐵𝑟 𝐴𝑚
𝜇𝑚 𝐴𝑚
𝑃𝑚 =
𝑙𝑚

𝐵𝑚 = 𝐵𝑟 + 𝜇𝑚 𝐻𝑚

𝐵𝑟 → remanência (indução residual)


𝜙𝑟 → fluxo de remanência
𝐻𝑚 → campo aplicado ao imã
𝑃𝑚 → permeância (1/relutância) do imã
𝐹𝑚 → FMM (equivalente) no imã
𝜇𝑚 → permeabilidade do imã
𝐴𝑚 → área da seção transversal do imã
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Máquina a Imãs Permanentes
 Fluxo concatenado com imã permanente:
 O imã não possui 𝑁espiras ou 𝐿𝑚 associados;
 Para o circuito: o imã é apenas um material com uma dada 𝜇𝑅 .
𝑅𝑚
𝜆 = 𝐿𝑖 + 𝑁𝜙𝑚 ; 𝜙𝑚 = 𝜙
𝑅 + 𝑅𝑚 𝑟

ℱ = 𝜙𝑟 𝑅𝑚 = 𝑁mag 𝐼mag
S
N

Circuito com enrolamento e imã permanente Equivalente Thévenin imã

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Máquina a Imãs Permanentes
 Tensão induzida:
𝑑𝜆 𝑑 𝐿𝑖 + 𝑁𝜙𝑚 𝑑𝑖 𝑑𝜙𝑚
𝑒= = =𝐿 +𝑁
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝜙𝑚
𝑁 → movimento do imã em relação ao enrolamento.
𝑑𝑡

 Co-energia (campo magnético):


1 2 1 2 + 𝑁𝑖𝜙
𝑊c = 𝐿𝑖 + 𝑅 + 𝑅𝑚 𝜙𝑚 𝑚
2 2
1 2 → devido ao imã;
𝑅 + 𝑅𝑚 𝜙𝑚
2

𝑁𝑖𝜙𝑚 → devido ao fluxo mútuo.


S

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Máquina a Imãs Permanentes
 Fator de concentração de fluxo:
𝐴𝑚
𝐶𝜙 =
𝐴g
Relação entre as densidades de fluxo do imã e do entreferro;
𝐶𝜙 > 1 → 𝐵g > 𝐵𝑚 .

 Coeficiente de permeância:
𝑙𝑚 1 𝑉𝑜𝑙,𝑚 1
𝑃𝑐 = =
g 𝐶𝜙 𝑉𝑜𝑙,g 𝐶𝜙2
Influi na determinação de 𝐵g ;
𝑃𝑐 > 1 para operação segura do imã;
Recomenda-se que, variando 𝐶𝜙 no projeto, 𝑃𝑐 permaneça constante.
𝑉𝑜𝑙,𝑚 e 𝑉𝑜𝑙,g → volumes do imã e do entreferro.
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Circuito Magnético Equivalente


Máquina a Imãs de 4 polos

𝜙 → fluxo no entreferro
𝐾r → fator de relutância
𝑅g → relutância do entreferro
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Variações de Projeto

 Bobinas de passo
pleno ou fracionário: X

 Imãs de passo
pleno ou fracionário: X

 Passo de ranhura
pleno ou fracionário: X
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Método dos Elementos Finitos
 Oferece uma solução numérica para 𝑩;
 Independe de forma ou materiais da máquina;
 Simetria pode simplificar a aplicação;
 Cálculo do vetor potencial magnético, 𝑨:
𝜇0 𝑱
𝑨= ම 𝑑V
4𝜋 V 𝑅
𝑱 → densidade de corrente;
V → volume;
𝑅 → distância euclidiana (Lei de Biot-Savart).

 Obtém-se 𝑩 por:
𝑩=∇×𝑨
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Método dos Elementos Finitos
 Objetivo → minimizar o funcional 𝐹:
𝐵 𝐴

𝐹 = 𝑊mag + 𝑊ele = ම න 𝑯 ∙ 𝑑𝑩 𝑑V − ම න 𝑱 ∙ 𝑑𝑨 𝑑V
V V
0 0

𝑊mag → coenergia (campo magnético);


𝑊ele → energia (campo elétrico).

𝑊mag + 𝑊ele → balanço de energia do sistema.

 Para tal, realiza-se um mapeamento da região de interesse;

 Supõe-se 𝑨 como uma função com determinadas características.

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Método dos Elementos Finitos
 Exemplo – caso bidimensional:
𝐴𝑧 𝑥, 𝑦 = 𝛼1 + 𝛼2 𝑥 + 𝛼3 𝑦

elemento

nós

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Método dos Elementos Finitos
 Exemplo – caso bidimensional:

indutor com núcleo vazado

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Método dos Elementos Finitos
 A partir de 𝑩 = ∇ × 𝑨 e da minimização de 𝐹:
𝜕𝐹 𝜕𝐹 𝜕𝐹
=0 ; =0 ; =0
𝐴𝑖 𝐴𝑗 𝐴𝑘
obtém-se a equação matricial de cada elemento:
𝑆 ⋅ 𝐴 = 𝑇
𝑆 → matriz de relutividade;
𝐴 = 𝐴𝑖 𝐴𝑗 𝐴𝑘 𝑇 ;
𝑇 → relacionada às correntes contidas no elemento.

 Somam-se apropriadamente as equações de cada elemento para


obter-se 𝑆 ⋅ 𝐴 = 𝑇 geral.

Obs.: [𝑆] é esparsa, simétrica e positiva definida.

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Método dos Elementos Finitos
 Exemplo – caso bidimensional:

elementos nós

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Método dos Elementos Finitos
Condições de fronteira [2],[5]
 Condições de Dirichlet
Determinam o valor de 𝑨 em pontos específicos:
𝑨𝑖 = constante.
Obs.: 𝑨𝑖 = 0 restringe as linhas de fluxo dentro da região de interesse.

 Condições de Neumann (naturais)


Derivada normal de 𝑨 em qualquer ponto deve ser nula:
𝜕𝑨
=0
𝜕𝑛
Linhas de fluxo, 𝜙, e 𝑨 são normais às condições de Neumann;
Pontos de mesmo valor de 𝑨 formam linhas de fluxo.

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Método dos Elementos Finitos
Procedimento Iterativo
𝑘
1 – Realizar o mapeamento e definir condições iniciais (𝐵, 𝐻, 𝜈𝑖−1 = 𝐻/𝐵);
2 – Definir as condições de fronteira;
3 – Determinar 𝑆 e 𝑇 ;
4 – Determinar 𝐴 por: 𝑆 ⋅ 𝐴 = 𝑇;
5 – Determinar 𝐵 por: 𝑩 = ∇ × 𝑨;
𝑘
6 – Determinar a relutividade, 𝜈𝑖−1 calc , de cada elemento, 𝑘, por
𝑘 𝐻
𝜈𝑖−1 calc = ;
𝐵
7 – Atualizar 𝜈𝑖𝑘 por:
𝑘
𝑣𝑖𝑘 = 𝜈𝑖−1
𝑘
+ 𝜅a 𝜈𝑖−1 calc
𝑘
− 𝜈𝑖−1 ;
8 – Verificar se [𝐵] e [𝐴] convergiram.
8.1 – Se sim, ir para plot das linhas de fluxo;
8.2 – Se não, retornar ao passo 3.

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Método dos Elementos Finitos
 Exemplo – caso bidimensional:

Plot das linhas de fluxo:

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Demais Tópicos Estudados (Jan-Ago 2018)
 Tipos de enrolamentos [2] e [3];

 Projeto eletromagnético da MS com polos salientes [2];

 Componentes de reatância de dispersão [2] e [3];

 FEM induzida, conjugado e tensões de cisalhamento em máquinas


a imãs permanentes [3] e [5];

 Generalidades de núcleos de máquinas elétricas [4];

 Impacto da saturação no projeto de máquinas [2] e [4];

 Elementos Finitos com imãs permanentes [2] e [5].

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ATIVIDADES FUTURAS
 ANSYS;

 Projeto de máquinas a imãs permanentes (continuação);

 Aspectos construtivos de máquinas;

 Projeto de geradores lineares (continuação):


Dissertações IST, teses, artigos;
Levantamento de prós e contras.

 Ondas oceânicas:
Potencial energético;
Modelagem.

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REFERÊNCIAS
[1] J. Faiz, A. Nematsaberi, “Linear electrical generator topologies for
direct-drive marine wave energy conversion – an overview,” in IET
Renewable Power Generation, vol. 11, no. 9, pp.1163-1176, Jun. 2017.

[2] D. Hanselman, “Brushless Permanent Magnet Motor Design.” The


Writer’s Collective, Cranston, Rhode Island, 2003.

[3] T. A. Lipo, “Introduction to AC Machine Design.” IEEE Press &


Wiley, Hoboken, New Jersey, 2017.

[4] H. C. de Jong, “AC Motor Design”, Springer-Verlag, 1989.

[5] J. F. Gieras, “Permanent Magnet Motor Technology - Design and


Applications 3rd Ed”, CRC Press, 2009.

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