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A Educação Estatal

de Esparta

Prof. Jorge Miklos


Curso: Licenciatura Plena em História
Disciplina: História Antiga Roma-Grécia
Primeiro Semestre/2015
ESPARTA

• Esparta é um exemplo de regime oligárquico na


Grécia antiga. Situada no Peloponeso, tinha a
economia baseada na agricultura e no pastoreio.
Fundada pelos dórios, sua sociedade apresentava as
seguintes categorias sociais:
Esparta
• espartanos ou esparciatas: elite militar, detentora do
poder político; eram os cidadãos de Esparta, únicos
com participação na vida política e que ocupavam os
cargos religiosos e administrativos;
periecos:

• grupo intermediário entre a elite e a massa da


população; viviam nos arredores da cidade,
praticando uma agricultura rudimentar; não
tinham direitos políticos, apesar de estarem
obrigados, em caso de necessidade, a prestar
serviço militar;
hilotas:

• categoria subalterna, encarregada


das atividades rurais; eram servos
do Estado espartano e não tinham
acesso à cidadania.
• O Estado espartano zelava pela
manutenção dos privilégios da
elite que representava. Assim,
todas as revoltas e manifestações
eram reprimidas com violência.
Eram as seguintes as
instituições políticas de Esparta:

Diarquia:
governo exercido por dois reis
Ápela:
assembleia
dos cidadãos,
formada
pelos
homens de
mais de 30
anos de
idade; era
responsável
pela eleição
dos gerontes
e pela
aprovação
das leis;
Eforato: fonte do poder em Esparta; constituído
por 5 membros, escolhidos pela Gerúsia, a
quem cabia fiscalizar a vida dos cidadãos.
Licurgo

• As leis que regiam a


cidade e que garantiam o
controle político da elite
esparciata foram
atribuídas a Licurgo, cuja
existência não foi
confirmada.
Nessa sociedade, militarista e conservadora, a educação
tinha papel importante na manutenção da ordem
vigente, visando garantir a imobilidade social
O objetivo dessa educação era
preparar o indivíduo para a
carreira das armas,
desprezando a formação
intelectual.
• “Quando uma criança nascia, o pai não tinha
o direito de criá-la: devia levá-la a um lugar
chamado lesche. (...)”
• (...) Lá assentavam-se os Anciãos
da tribo.
Eles examinavam o bebê. Se o achavam bem encorpado
e robusto, eles o deixavam viver. Se era mal nascido e
defeituoso, jogavam-no no que se chama os Apotetos,
um abismo ao pé do Taigeto.
Julgavam que era melhor, para ele mesmo e para a
cidade, não deixar viver um ente que, desde o
nascimento, não estava destinado a ser forte e
saudável...

Eugenia
Quando os meninos completavam sete anos, ele
próprio [Licurgo] os tomava sob sua direção,
arregimentava-os em tropas, submetia-os a um
regulamento e a um regime comunitário para
acostumá-los a brincar e trabalhar juntos.
Na chefia, a tropa punha aquele cuja
inteligência sobressaía e que se batia
com mais arrojo. Este era seguido com
os olhos, suas ordens eram ouvidas e
punia sem contestação. Assim sendo, a
educação era um aprendizado da
obediência.
Os anciãos vigiavam os jogos das
crianças.
Laconismo
Aprendiam a utilizar respostas curtas e
diretas. Quando Filipe da Macedônia
tentou submeter toda Grécia disse ao
embaixador de Esparta: “Se eu entrar
em Esparta não deixarei pedra sob
pedra.” “Sim” respondeu o
embaixador, “Se...” (GRIMBERG, 1989,
p.7-8)
• Não perdiam uma ocasião para suscitar entre eles brigas e
rivalidades. Tinham assim meios de escutar, em cada um, as
disposições naturais para a audácia e a intrepidez na luta.
Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente
necessário. O resto da educação visava acostumá-los à
obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los vencer
no combate...” (PLUTARCO, A vida de Licurgo)
Batalha de
Termópilas
• Heródoto nasceu por volta do
ano de 484 a.C. em
Halicarnasso na Caria, situada
na região da Ásia Menor, hoje
conhecida como Bodrum, na
Turquia.
• Viveu até o ano de 425 a.C.,
desempenhou o papel de
geógrafo e historiador grego
• A ele é atribuído o titulo de Pai
da Historia
Heródoto
Escreveu a
obra Historia,
em que narra
as Guerras
Médicas,
batalhas
travadas
pelos gregos e
persas.
• Dividida em nove
livros sendo a cada
um atribuído o
nome das Musas
filhas de Zeus e
Mnemósina, sendo
elas: Clio, Euterpe
Thalia,
Melpomene,
Terpsícore, Érato,
Polímnia, Urânia e
Calíope.
• A obra de Heródoto
narra, nos primeiros seis
livros, a expansão do
império Persa e finaliza
com a derrota dos persas
na Batalha de Maratona,
travada no ano de 490
a.C., tendo os persas
como imperador Dario I.
• Os três últimos livros
descrevem como Xerxes
I tentou subjugar a
Grécia à Pérsia, sendo
derrotado na Batalha de
Plateias.
• O sétimo livro,
denominado Polímnia
descreve da morte de
Dario I à Batalha de
Termópilas.
• Os espartanos, que se lamentavam por
não terem participado da grandiosa
vitória em Maratona, se
comprometeram a defender o restante
das cidades gregas e marcharam ao
encontro do exército persa. Leônidas,
um dos dois reis espartanos, com sua
guarda pessoal composta por 300
homens, e com o apoio de mais de 6 mil
gregos, aguardava os persas numa
situação geográfica que lhes dava ampla
vantagem: no meio do desfiladeiro de
Termópilas o pequeno número de
gregos poderia suportar o imenso
exército persa.
• Xerxes esperou quatro
dias pela chegada da
cavalaria e da infantaria
pesada da Pérsia. Nesse
meio tempo enviou um
mensageiro para
convencer o general
Leônidas a entregar suas
armas. A resposta do
espartano foi: "Venham
buscá-las".
Leônidas colocou
cerca de trezentos
soldados espartanos e
mais mil de outras
regiões. Xerxes enviou
uma mensagem de
aviso: "Entregue-se,
espartano, minhas
flechas serão tão
numerosas que
cobrirão o sol."
Leônidas então
respondeu: "Ótimo,
então lutaremos na
sombra"
No quinto ou sexto dia,
Xerxes ordenou o ataque.
Acredita-se que 10 mil
soldados da Pérsia
morreram no primeiro dia
de combate, sem causar
danos substanciais aos
gregos. Até que um traidor
grego, Efialtes, ensinou aos
persas um caminho através
das montanhas que levaria
até o outro lado do
desfiladeiro.
Informado sobre essa
manobra, Leônidas ordenou
que a maior parte dos gregos
voltasse para um lugar
seguro, enquanto ele, seus
300 espartanos e mais um
grupo selecionado de aliados,
totalizando em torno de 2 mil
homens, ficaram para
enfrentar o exército inimigo.
Leônidas teria dito antes de
iniciar a batalha final:
"Almoçamos aqui, jantamos
no Elíseos" (Elíseos é a terra
dos heróis na cultura grega).
A batalha de Termópilas (agosto
de 480 a.C.) foi a única derrota
grega durante as Guerras
Médicas, que transformou seus
bravos soldados em lenda para
toda a história.
Os persas exterminaram até o último
grego e
decapitaram Leônidas.
Tal resistência dos espartanos resultou
em inúmeros benefícios para a Grécia:
Temístocles, arconte ateniense,
mobilizou rapidamente a marinha grega
e ordenou a evacuação de Atenas.
UTILIZANDO O FILME “300” EM
SALA DE AULA
HISTÓRIA E CINEMA

• O professor não precisa ser um critico profissional


ou cinéfilo para utilizar um filme em suas aulas.
• Mas precisa “exercitar o olhar”, ver elementos
subliminares que transmitem determinado “espírito
de uma época”.
• Um filme comercial, mesmo histórico, não tem a obrigação
ou a finalidade de fidelidade histórica.
• Também o lazer como representação vinculada ao cinema
não deve ser suprimida, desde que permaneça o objetivo
de tornar o aluno um consumidor mais crítico, exigente e
articulado.
O FILME “300” EM SALA DE AULA
• Em vista das polêmicas que o filme “300”
gerou e da disseminação da discussão em
torno de suas ideologias e estereótipos, vê-se
que a maioria das pessoas não está mais
simplesmente aceitando tudo o que recebe de
maneira passiva, mas que se tem procurado
analisar e concluir de onde os discursos
provêm e a quem querem atingir e/ou
convencer.
O FILME “300” EM SALA DE AULA
• O objetivo é relacionar o passado com temas
do presente através do filme 300 ,
selecionando alguns temas como conceitos
históricos:
– Ideologia
– Etnocetrismo
– Orientalismo
O FILME “300” EM SALA DE AULA

• Etnocentrismo - a visão preconceituosa que se


tem sobre a outra cultura, o estrangeiro, o
estranho, tomando a si próprio e/ou a sua
própria cultura como referência de melhor,
mais correto, superior.
O FILME “300” EM SALA DE AULA

• Orientalismo – noção do Ocidente


construída historicamente para
pesquisar, olhar, entender, perceber,
refletir, analisar, justificar ou mesmo
subjugar o Oriente
• Em relação ao filme “300” o povo do Oriente é
retratado como bárbaro, “do mal”, inferior.
Seria uma luta do Oriente versus Ocidente,
tanto no âmbito concreto como das ideias.
• O filme fortalece a imagem de
uma Esparta forte, hegemônica e
honrada, que se vê obrigada a
lutar com bárbaros para garantir
a liberdade.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• Da maneira com que as duas partes são
apresentadas durante o filme, parece possível
construirmos, baseando-nos no retrato de 480
a.C., o cenário atual, preenchendo o lugar de
Esparta com os Estados Unidos que, assim
como o primeiro, lutam incessantemente
contra um Oriente lotado de bárbaros seja por
liberdade, petróleo, “democracia” ou por
qualquer outro motivo.
Orientalismo/ Etnocentrismo

• Se ontem o alvo eram os


persas, hoje ele é iraniano,
ou iraquiano...
Orientalismo/ Etnocentrismo
• Além disso, no filme, o Ocidente parece muito
mais desenvolvido e honrado que o Oriente,
cujo exército de bestas e animais grotescos
parece só conseguir ganhar a batalha por
contar com a ajuda de um traidor, Elfialtes,
que revela aos persas um caminho secreto
que os conduziria à retaguarda de Termópilas
e à consequente emboscada dos soldados
espartanos.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• Essa imagem de bons moços defensores da
liberdade e da paz da qual os EUA parecem
fantasiar-se é difundida mais e mais na TV, nas
revistas e jornais, mas parece atingir
proporções gigantescas no cinema, pois a
distribuição de filmes americanos abrange o
mundo todo. E consequentemente sua
ideologia também.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• O embaixador da República Islâmica no Brasil
afirma que “os produtores do filme,
comprometendo e abusando da história, tem
a finalidade de promover a ideia do conflito
entre civilizações e vai ao encontro das
políticas bélicas dos governantes neoliberais
dos Estados Unidos da América” e ainda que
“Hollywood, ao produzir esse filme, mostrou,
mais uma vez, que está sob o domínio total do
governo norte-americano”.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• Hollywood parece mesmo querer
levar a ideologia do país ao mundo
todo e fazer com que esse mundo
lembre-se do que é a civilização
americana e de que poder ela
dispõe.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• Além da disputa eterna entre Oriente e
Ocidente, podemos identificar um discurso de
banalização da violência.
• Grande parte do filme é traduzido em cenas
sanguinolentas da batalha e, em uma delas, os
espartanos chegam até mesmo a formar uma
parede com os corpos dos inimigos mortos e
riem ao acabar com frações do exército persa.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• Alternativamente ao repetitivo paralelo entre nação
espartana e americana, George W. Bush acabou sendo
comparado tanto a Xerxes quanto a Leônidas.
• Um jornalista observou semelhanças do presidente com o
personagem Xerxes, pois assim como ele, Bush parece ter
reunido seu exército a fim de terminar o trabalho que seu pai
havia deixado inacabado.
• E outro ainda defende que Bush seja parecido com Leônidas,
pois parece defender a liberdade a qualquer custo.
Orientalismo/ Etnocentrismo
• A Embaixada da República Islâmica do Irã
condenou a exibição do filme “300”
considerando-o uma tentativa, de distorcer e
ofender a rica cultura iraniana.
Papel da Educação

• Cabe ao professor de História


propor uma reflexão crítica
acerca da transposição dos fatos
históricos para o cinema
comercial.
O Filme 300 é a construção e disseminação de
um discurso ideológico que cria o....

• mascaramento da realidade
que permite a legitimação da
exploração e da dominação.
Como destruir isso?
– Desmontar o senso comum social
– Desmontar a aparência de realidade e
verdade
– Reinterpretar a realidade, revelar seus
fundamento secretos e suas operações
invisíveis;
– Criar uma nova fala capaz de exprimir a
crítica das ideias e práticas existentes
Referências:

AUMONT, Jacques; MARIE, Michael. A Análise do Filme. Lisboa Edições


Texto & Grafia Ltda, 2009
BURNS, Edward Mcnall. História da Civilização Ocidental: Do homem
das cavernas até a bomba atômica. vol. 1. São Paulo: Editora Globo,
s/d.
FERRO, M. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2006.
GARDIES, René. (Org). Compreender o Cinema e as Imagens. Lisboa
Edições Texto & Grafia Ltda, 2009.
PINSKY, Jaime;.100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto,
1992.
ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense,
1998.
SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção
do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
WERNER, Jaeger. A Educação Estatal de Esparta. In: Paidéia: A
Formação do Homem Grego. São Paulo: Martins Fontes. 1995. p. 106-
129.

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