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Reforma da

Previdência
PEC 287
Desmonte da previdência social
Considerado o maior ataque aos
direitos da classe trabalhadora em
décadas, representa o fim do Sistema
de Seguridade Social Brasileiro
garantido pela Constituição de 1988 e
reconhecido como um dos sistemas
mais avançados do mundo e
referência para vários países.
Reforma ampla, profunda e prejudicial

Atinge à todos!!
Atuais e futuros contribuintes de todos os
tipos de benefícios dos dois regimes
previdenciários - Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) e Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS).
Retarda o início da aposentadoria e reduz
os valores dos benefícios.
- O salário mínimo deixa de ser o piso
da Previdência e da Assistência, sendo
desvinculado dos valores de pensões e
do Benefício de Prestação Continuada
(BPC).
- Propõe progressão da idade mínima
de aposentadoria de acordo com a
evolução da longevidade da população.
- Estímulos à previdência privada.
Crítica aos fundamentos da
reforma: A questão do déficit
ART. 194 da Constituição Federal 1988
A seguridade social compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos relativos
à saúde, à previdência e à assistência
social.
Financiamento da Seguridade Social
ART. 195 da Constituição Federal 1988
A seguridade social é financiada por toda a
sociedade, com recursos da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
 Sobre a folha de pagamento;
 Sobre a receita, faturamento ou lucro das
empresas (COFINS) e CSLL;
 Concurso de prognósticos (Loterias e apostas
de qualquer natureza);
 Das importações de bens ou serviços.
(In)Justificativa da Reforma
- Necessidade de Ajuste Fiscal que
estabelece, para os próximos 20 anos, teto
dos gastos públicos primários (exceto
despesas financeiras).
- Considera política de Previdência e
Assistência como despesas, que agravam
o desequilíbrio financeiro e oneram o
orçamento do Estado
Desconsiderações da Reforma
- Não analisa os impactos do
envelhecimento sobre a Seguridade junto
com outras dimensões sociais e econômicas.
- Não propõe o reforço da fiscalização sobre
as relações de trabalho.
- Desconsidera que os valores de
aposentadoria e de pensão são baixos para a
maioria dos beneficiários. Em setembro de
2016, 2/3 dos benefícios têm valor igual ou
menor que o salário mínimo.
Desconsiderações da Reforma

- O governo não lança qualquer medida


para reduzir a profunda injustiça tributária
que existe no país.
- Desconsidera o peso dos gastos com
juros fruto de uma transferência maciça de
recursos da população para pessoas físicas
e jurídicas que dispõem de aplicações em
títulos da dívida brasileira.
Como é hoje a aposentadoria:
- Aposentadoria hoje é por tempo de
contriuição (proporcional ou fator); por
invalidez e por idade.
- Mulheres 60 anos e Homens 65 anos
- No caso dos Rurais: Mulheres 55 anos
e Homens 60 anos.
- Ter no mínimo 15 anos de
contribuição.
Como ficará com a PEC 287:
- Aposentadoria será por incapacidade
permanente para o trabalho e por idade.
- Mulher, Homens, Rurais, Urbanos,
Professores da educação básica e
demais trabalhadores, poderão se
aposentar com 65 anos.
- Ter no mínimo 25 anos de contribuição.
Cálculo do valor do benefício será:
O valor mínimo do benefício será de 51%
+ 25% = 76% da média de todas as
contribuições (desde julho de 1994). Mais
1% para cada ano de contribuição
completo.
Nas regras atuais: o valor mínimo é 70%
+ 15% = 85% e o cálculo do benefício
considera a média dos 80% maiores
salários de contribuição.
O novo cálculo puxa a média para
baixo, reduzindo o benefício.

Se o benefício representar a média de


contribuição dos últimos 25 anos, isso
significa uma queda brutal no valor das
aposentadorias, principalmente diante
dos períodos de crise econômica com
redução da média salarial e reajustes
abaixo da inflação.
Para conseguir receber o valor integral,
o(a) trabalhador(a) deverá contribuir pelo
menos 49 anos para a previdência.
Para chegar aos 65 anos de idade e
com 49 anos de contribuição, deverão
ter iniciado a vida laboral formal aos 16
anos e nunca interrompê-la.
Quem entra no mercado de trabalho aos 16
anos? Jovens, pobres, negros, homens e
mulheres de periferia e sem formação suficiente
para empregos mais protegidos e qualificados.
Regras de transição

Mulheres com 45 ou mais e


Homens com 50 anos ou mais
deverão pagar pedágio de 50%
adicionais no tempo de contribuição
necessário para se aposentar por
idade ou por tempo de contribuição
A regra de transição é só para acesso ao
benefício e não para o cálculo do valor.
Aposentadoria por invalidez
- Passará a ser chamada de aposentaria por
“Incapacidade permanente para o trabalho”.
- A intenção é promover a “reabilitação
profissional” e dificultar o acesso ao
benefício.
- Quanto ao valor, só será de 100% para a
incapacidade total para trabalho. Doenças e
outros tipos de acidentes geram benefícios
calculados pela regra geral.
Pensões
- Serão desvinculadas do salário
mínimo, sendo 60% do SM (R$ 562,20).
- Cotas: Familiar: 50% e 10% adicionais
para cada dependente (cônjuge e filho(a)
menor de 21 anos e equiparados).
- Para cônjuge depende da idade,
tempo de união e tempo de contribuição.
PROIBIÇÃO de acumulação de benefícios
- Será proibido ter mais de uma
aposentadoria por regime; mais de uma
pensão e ter pensão e aposentadoria.
EXCEÇÕES:
- Trabalhadores na saúde e na
educação podem duas aposentadorias
de RPPS.
- Filhos(as): podem ter duas pensões.
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)
- Todos os(as) servidores(as) entram na
regra do Regime Geral e perdem a
INTEGRALIDADE e a PARIDADE.
- Exceto quem está na regra de transição e
entrou no serviço público antes de 2003.
- Previdência complementar (que pode ser
aberta).
- Lei de Responsabilidade da Gestão
Previdenciária.
Aposentadoria Especial:
- só por prejuízo à saúde (cai a “por risco”)
- redução máxima de 10 anos na idade e
5 anos no tempo de contribuição (isto
é, idade mínima de 55 anos e tempo de
contribuição de 20 anos).
- O que é “ameaça à saúde” e gradação da
pessoa com deficiência (PCD) será definido
em lei complementar.
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Sem piso de 1 Salário Mínimo.
- Idade de acesso de 65 para 70 anos.
- Vários itens (pobreza, família,
gravidade da deficiência) a definir em
lei complementar.
Contribuições Trabalhadores(as) da
Agricultura Familiar
- Alíquota a ser definida em lei
complementar.
IMPACTOS DA PEC 287
REGRA RÍGIDA E IGUAL PARA UMA
SOCIEDADE MUITO DESIGUAL : A PEC 287
agrava a desigualdade social do país
- Muitos não vão conseguir se aposentar
(vão contribuir sem usufruir da aposentadoria
e outros benefícios).
- Grupos mais atingidos (por rotatividade,
sazonalidade, ilegalidade, baixa renda):
rurais, trabalhadores na construção civil e
limpeza, empregadas domésticas.
IMPACTOS DA PEC 287
AUMENTO DA POBREZA
- Muitos sem acesso à aposentadoria e
com benefício assistencial mais distante e
de menor valor;
- Muitos municípios e economias regionais
vão sofrer com a redução dos valores
repassados pela Previdência;
- Estímulo ainda maior ao êxodo rural e a
quebra da produção de alimentos para a
população brasileira.
IMPACTOS DA PEC 287
MERCADO DE TRABALHO
“ATRAVANCADO” E DESREGULADO
- Permanência de mais velhos por mais
tempo no mercado de trabalho;
- Simultaneamente dificuldade de
reemprego de pessoas mais velhas
desempregadas;
- Dificuldade de ingresso das pessoas mais
jovens em posições protegidas (com
Previdência).
IMPACTOS DA PEC 287
RISCOS ADICIONAIS PARA A SUSTENTAÇÃO
DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA
- Corrosão da confiança na Previdência: Risco
de quebra do pacto entre gerações e do caráter
solidário e distributivista.
- Sobrecarga da mulher (nos cuidados com
crianças e com idosos) e sem políticas públicas
pode gerar redução da fecundidade.
- Mercado de trabalho mais desestruturado e
com redução do padrão salarial ameaça
evolução das contribuições previdenciárias.
IMPACTOS para as mulheres
O projeto de desmonte tem caráter
regressista para a classe
trabalhadora como um todo, mas é
ainda mais perverso quando se trata
das trabalhadoras urbanas, rurais,
professoras, negras e idosas ao
desprezar os diferenciais de gênero,
raça e desigualdades regionais.
IMPACTOS para as mulheres
- Para as mulheres negras as desigualdades são
ainda mais destacadas, por ocuparem os
trabalhos mais precários: Em 2014 eram 51% das
trabalhadoras ocupadas, sendo 54% sem registro;
66% no trabalho sem rendimentos e 66% em
emprego doméstico sem carteira.
- Para as trabalhadoras rurais as mudanças
serão ainda mais perversas, uma vez que 70%
começa a trabalhar antes dos 14 anos e se
ocupam de várias tarefas ao longo do dia (plantio
na roça, quintal, processamento de alimentos e os
cuidados).
Mulheres têm mais dificuldade de
acumular 25 anos de contribuição por:

- Enfrentarem piores condições no mercado


de trabalho: sofrendo discriminação, sendo
preteridas para as melhores ocupações,
mesmo com nível de instrução superior e
recebem em média salários 25% menores.
- Serem as principais responsáveis pelas
tarefas domésticas e de cuidados, impondo
a elas a dupla jornada de trabalho.
(In)Justificativa para igualar as
idades de homens e mulheres
O projeto se justifica em mentiras, ao
dizer que:
- As mulheres já atingiram igualdade
de participação no mercado de trabalho;
- As diferenças salarias entre mulheres
e homens diminuíram;
- As tarefas domésticas se reduziram
para as mulheres; e
- A expectativa de vida delas é maior.
Desmascarando as mentiras
Quanto à diferença de expectativa de
vida das mulheres em relação aos homens
de aprox. 7 anos.
- Dados mostram que esta diferença vem
se reduzindo desde a década de 1990.
- O projeto também não leva em conta as
diferenças regionais, sendo que em alguns
estados a expectativa de vida dos homens
é superior ou igual a das mulheres.
Desmascarando as mentiras
Quanto à “igualdade” no mercado de
trabalho:
- A taxa de desemprego para as mulheres
é sempre maior;
- A informalidade e o trabalho sem
remuneração fazem parte das experiências
profissionais da maior parte das mulheres;
- São elas que se afastam do mercado de
trabalho na maternidade e por causa da
ausência de creches públicas.
Desmascarando as mentiras
Quanto ao trabalho doméstico, ele segue
sendo responsabilidade das mulheres:
- A jornada de trabalhos domésticos segue
praticamente intacta na última década, para
os homens em torno de 10 horas semanais,
e para as mulheres oscila em torno de 21
horas semanais, mas dependendo da
atividade em que estiver inserida pode
ampliar para 30 horas, a exemplo das
trabalhadoras da agricultura e da pesca.
IMPACTOS para as mulheres
As proibições da PEC 287 de
acumular aposentadoria e pensão, ou
2 pensões / aposentadorias, atinge as
mulheres idosas cuja renda é
essencial para sustentar as famílias.
Atualmente 2,4 milhões de beneficiários
acumulam aposentadoria e pensão, sendo que
93,4% das pessoas beneficiadas tem 60 anos ou
mais e a maioria são mulheres que recebem no
máximo um salário mínimo de cada benefício.
Apresentação
Regina Perpetua Cruz
Presidenta da CUT Paraná
mulheresvigilantes@gmail.com

Fontes e dados:
DIESSE PR e
Marilane Oliveira Teixeira (Economista, pesquisadora e
assessora sindical)

Adaptação: Juliana Souza (Assessora da


Secretaria de Formação da CUT PR).

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