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Filosofia Clássica

Sócrates, Platão e Aristóteles


Prof.ª Neyha Guedes Dariva
Sócrates

• Sócrates foi um divisor de águas na filosofia:

Pré-Socráticos ------------ Pós-Socráticos

FILÓSOFOS DA PHYSIS NOVA TRADIÇÃO: NOMOS

(natureza) (divisão; que vem de costume; normas; leis)


Sócrates

• Nomos (normas): compreensão da problemática humana na relação do mundo. Envolve


questões existenciais. Ex. de onde viemos? Quem somos? O que é o conhecimento? O que é
ser sábio?
• Sócrates se destacou em relação à aqueles que vierem antes na medida em que reafirmou a
potência do nomos em relação à physis.
• Physis pode ser entendida como a natureza de um objeto, a essência de algo. Enquanto
nomos é a lei, o costume, a norma. Na Grécia Antiga os Sofistas colaboravam para uma
ideia de verdade que era atrelada a natureza aparente da coisa, aquilo que chega pelo
convencimento; enquanto Sócrates acreditava em uma lei que regia a verdade do mundo.
Quem eram os sofistas?
• “Os sofistas eram um grupo de narradores de diversas áreas. Na Grécia antiga, sobretudo
em Atenas, exerciam o ensino de forma profissional e remunerada. Muitos trabalhavam
como tutores e ensinavam aos jovens, encaminhando-os para a vida pública da cidade. Na
democracia já não era a principal virtude a aristocracia, nascer em uma família rica e
influente; agora a virtude primeira era a do cidadão, a capacidade de discutir e ajudar nas
decisões da cidade” (apostila Genius, p. 18)

• O ponto marcante e de profundo debate entre filósofos e sofistas era a preocupação com
o conteúdo da fala e a verdade da argumentação. A preocupação central dos sofistas era
vencer o debate. Importava mais convencer do que de fato se comprometer com a verdade
do que se discursava.

• Eram conhecidos pela arte da retórica*.


*Arte da boa argumentação. Convencimento através da fala.
Sócrates

• A verdade para Sócrates é fundamental. Tudo no mundo é regido por uma


lei, uma norma. A verdade não é relativa.
• Sócrates viveu no auge da democracia* Grega e se preocupou com o poder
da retórica como algo negativo.
*Lembre-se que a democracia deste período era plena. Todos aqueles que eram considerados
cidadãos (homens, livres nascidos em Atenas) participavam das decisões da cidade. Os cidadãos,
sempre que fosse preciso, se reuniam na ágora (praça central) para debater os assuntos pertinentes
e tomar as decisões cabíveis.
Sócrates

• Crítica aos sofistas: vivemos em mundo em que temos o poder da palavra,


mas a palavra não tem compromisso com a verdade.

• Sócrates criticou a própria democracia, alegando que a mesma estava


corrompida.
O método de Sócrates na busca de verdade

• Para chegar ao conhecimento Sócrates usava um método que chamou de


maiêutico, mas que também é conhecido por método socrático.
• Maiêutica significa “dar a luz”, “parir”. Para Sócrates a noção de conhecimento
estava conectada com esta ideia. Parimos o conhecimento através de um esforço
filosófico.
• O método consistia em, através do diálogo, questionar o interlocutor com o
objetivo de ir encontrando as contradições argumentativas e, assim, refinar o
conhecimento inicial.
• O interlocutor é conduzido a descobrir a verdade sobre algo.
Ironia e maiêutica

• O método socrático é dividido em duas etapas, a ironia e a maiêutica. A ironia se dá


quando são apresentadas as questões que confundem o conhecimento dogmático.
A maiêutica quando as respostas obtidas geram um conhecimento mais apurado e
completo:
1ª etapa: o interlocutor é conduzido, através de perguntas, a duvidar do
conhecimento que tinha como certeiro; o que se pensava mostra não estar imune à
contradições.
2ª etapa: duvidando das próprias convicções o interlocutor passa a refletir de forma
mais aberta sobre o tema, criando novas ideias sobre o assunto.
A condenação de Sócrates

• Sócrates causou muito fervor entre os cidadãos de Atenas. Suas ideias


incomodaram alguns poderosos que o acusaram de três crimes: (1)
corromper a juventude de Atenas; (2) desacreditar os deuses da cidade e (3)
ir contra a democracia.
• Foi condenado à morte. Teve oportunidade fugir mas preferiu morrer e
defender suas convicções até o fim.
Sócrates e a sabedoria

• Sabedoria para ele não é acumular conhecimento. Ser sábio é ser humilde
perante o conhecimento; é buscar a verdade mas sempre reconhecendo o
ser humano não é capaz de chegar a verdade absoluta.
“Só sei que nada sei”
“Uma vida irrefletida não vale a pena ser vivida”
“É preciso amar buscar a verdade, mas nunca defende-la”
Platão

• Platão foi um dos mais importantes filósofos do período clássico;

• Foi discípulo de Sócrates, porém foi além das ideias do mestre;

• Platão desenvolve sua visão política ao longo da vida, sendo que depois da
morte de Sócrates reitera que a democracia não é a forma de governo ideal.
Platão e a política
• Tanto Sócrates quanto Platão se opuseram aos sofistas. Para ambos a busca da
verdade é muito importante e este é o compromisso da filosofia;
• Segundo suas críticas os sofistas relativizavam as opiniões, garantindo que não
existia uma verdade plena.
• Cada pólis da Grécia antiga era um estado próprio, com suas regras autônomas.
Atenas, assim, tinha suas próprias leis e aí a democracia se constitui;
• Platão estava inconformado com a política ateniense. Para ele os sofistas estavam
dando o poder da retórica (do convencimento) para aqueles que não estavam de
fato comprometidos com a cidade, com o bem de todos.
• Para Platão as pessoas deveriam pensar no BEM COMUM, na JUSTIÇA e na
VERDADE. Coisas que os sofistas não estavam preocupados.
Platão e a política

• O filósofo é um grande mediador, a figura que poderia conduzir ao BEM COMUM


verdadeiro. Distinto do falso bem comum proposto pela democracia grega já
corrupta.

• O filósofo é aquele comprometido com a busca pela sabedoria, sendo o único


incorruptível, na visão de Platão, pela ilusão do poder.

• O projeto político de Platão nunca chegou a ser implementado. Logo após a sua
morte Atenas foi invadida pelos macedônios e a pólis deixa de ser poderosa como
era.
O método de Platão

• O método para a construção de um conhecimento seguro era, pra Platão a


dialética.
• Platão não acreditava no relativismo da verdade e considerava a opinião
(doxa) como o oposto do conhecimento (episteme). É preciso aprofundar o
conhecimento e alcançar a verdade.
• Seu método considerava a contradição como potência na busca pelo
conhecimento. É por meio de duas teses opostas que somos encorajados a
encontrar um superação, uma resposta nova e melhor.
Dialética

SÍNTESE LEIS

TESE ANTÍTESE LIBERDADE OPRESSÃO


Platão e a verdade

• Na época de Platão existia uma polaridade entre as ideias de dois filósofos


pré-socráticos: Parmênides e Heráclito.

• Parmênides: o movimento é uma ilusão. Essa ilusão nos mostra que os nossos sentidos
nos enganam e que através da lógica é possível notar que em essência nada muda.
Tudo é uno.
• Heráclito: tudo muda e da tensão dos opostos é que se explica o movimento. Essa é a
essência do universo. Tudo é fluido.
Platão e a verdade

• Platão foi o primeiro a dosar ambas as ideias, fazendo uma espécie de síntese entre
as teorias (aparentemente opostas).
• Porém, sua teoria tende a concordar mais com Parmênides com a noção de que a
essência é intocada.
• Platão disse, portanto, que tudo muda neste mundo que conhecemos e que
habitamos. Mas que em essência tudo é fixo e imutável, num mundo extraterreno
onde estariam todas as formas perfeitas do mundo.
• Assim nasce sua famosa teoria das ideias (ou das formas), representada pelo mito
da caverna.
A teoria das ideias
A teoria das ideias

• As ideias perfeitas do mundo suprassensível (metafísico) dão forma (são


modelos) às coisas matérias do mundo sensível (físico).
• Ex. Quando vemos uma cadeira estamos apenas experimentando sua forma
material. Mas qual é a essência da cadeira?

• No nível da experiência estamos apenas experimentando uma ideia comum de cadeira, no


mesmo nível da opinião.
• Mas quando refletimos sobre a cadeira somos capazes de sair da mera opinião e alcançar o
que define uma cadeira ( em todas as épocas, de todas as formas e em todos os lugares).
A teoria das ideias

• A ideia em si é a essência, que não se destrói com o tempo, que é única e


que permanece. Já a sombra das ideias (as cadeiras materiais) se destroem,
não permanecem.
• Para Platão o mundo físico não é o real. O mais real é o mundo da essência,
como exemplificado na alegoria da caverna.
O mito da caverna

• A teoria das ideais de Platão é representado pelo autor através do mito da caverna.
• Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ZBAyHVlzRV0
• Os prisioneiros de dentro da caverna acreditam nas sombras como sendo a
realidade. Ao sair da caverna, um dos prisioneiros percebe que o mundo real está
do lado de fora e retorna para avisar aos demais prisioneiros. Os demais não
acreditam, preferindo as sombras acostumados a ignorância.
• A alegoria representa a passagem do mundo das crenças e das opiniões (senso
comum) para a percepção do mundo da verdade (conhecimento).
O mito da caverna

• Dentro da caverna está o mundo material, o mundo das sensações, o mundo


individual. Esse mundo não constrói verdades, pois os sentidos enganam.
• A verdade, para Platão, só pode ser alcançada por meio da razão.
• As sombras, projetadas dentro da caverna, mudam o tempo todo. Porém
são ilusórias.
Alma – conhecimento – reminiscência – amor à
sabedoria
• Para Platão a filosofia não é somente uma questão intelectual, é também uma
questão de amor e de moralidade. É preciso amar buscar a verdade, como dizia
Sócrates. Essa busca é uma necessidade da alma, uma potência humana.
• Antes do nascimento nossa alma teve contato com o mundo inteligível (das formas
perfeitas) e por isso é possível, por meio da reflexão, rememorar essas ideias.
• Conhecer é o mesmo que reconhecer, relembrar. Conhecimento é, para ele,
reminiscência.
• O conhecimento já está na alma humana. O exercício é relembrá-lo e isso pode ser
feito através da filosofia.
• Filosofia é, portanto, a libertação da alma.
Aristóteles

• Aristóteles foi discípulo de Platão mas não concordava com sua teoria das
formas.
• A base de sua crítica está na divisão de Platão entre dois mundos (material e
sensível). Para Aristóteles não é possível separar essência e aparência.
•A experiência é para ele uma importante ferramenta na busca pelo
conhecimento. É possível conhecer a natureza e as leis que ordenam o todo
através da experiência e da reflexão filosófica.
• Aristóteles era muito interessado na natureza, é considerado o primeiro
biólogo, tendo catalogado e estudado muitas espécies animais.
Aristóteles

• Para ele o universo é um todo ordenado e, portanto, regido por leis. Para
entendermos essas leis é preciso filosofar sobre o ser e sobre a sabedoria. A
este estudo chamamos de metafísica.
• Tais leis não regem somente os fenômenos da natureza, mas também os
sociais e os morais. Por isso é tão importante compreende-las na sua
totalidade.
Aristóteles e o conhecimento

• Aristótelesinverte a lógica platônica e afirma que o começo do


conhecimento é acessível no mundo material.
• Para Platão o mundo material é o mundo das sombras e da ilusão. Para
Aristóteles não, o mundo material tem valor para o conhecimento. O
conhecimento começa com a sensação.
Etapas do conhecimento
A. Sensação: é sentindo que se aprende. Os sentidos são importantes para o
conhecimento inicial (ex. quando se põe a mão em uma panela quente);
B. Memória: a partir da sensação se cria um registro na memória. A memória forma
um registro para o conhecimento (ex. a panela queimou minha mão, registro feito
na memória);
C. Experiência: as memórias te trazem experiências sobre as coisas (já sabemos que
colocar a mão na panela quente queima);
D. Arte/Técnica (téknne): a partir disso se pode começar a fazer episteme. É possível
criar técnicas com base nos passos anteriores (ex. se pode, por exemplo, usar um
pegador ou um pano para pegar a panela sem queimar a mão);
E. Ciência (episteme): assim, a partir da sensação é possível atingir o objetivo
máximo da filosofia, o conhecimento verdadeiro.
O mundo material e o ser

• Para Aristóteles, portanto, é possível construir conhecimento através da


aparência (em contraposição à essência).
• Era então preciso descobrir as causas do aparecimento do ser: como o ser
nasce e como ele se transforma?
• O filósofo queria entender o mundo material e para isso estipulou 4 causas
básicas que influencia na formação do ser (tudo o que existe).
• Ele acreditava que entendo as coisas do mundo, entenderíamos como (as
leis) tais coisas estão ordenadas.
4 causas básicas da formação do ser

1. Causa material: a matéria da qual o ser é feito.


2. Causa formal: a forma física.
3. Causa eficiente ou causa motor: aquilo que deu origem a cada ente. Tudo
teve uma origem. Tudo foi gerado.
4. Causa final: a finalidade para qual cada ser está destinado. Seu uso. Aquilo
para qual cada coisa serve.
O mundo material e o ser: conhecimento

• Só é possível conhecer algo quando entendemos seu mecanismo de


conhecimento e o por que de sua existência.
• Sobre o ser (o ente) nos importa tanto saber do que são feitos, quanto sua
aparência, sua matéria e sua forma. Essência e aparência não são
desconectados. O conhecimento também não.
• Aparência e essência são intrínsecas. Todos os seres precisam tanto da
matéria quanto da forma para se revelarem no nosso mundo e para que
tenhamos contato com eles.
Aristóteles e a política

• Para Aristóteles “o homem é um animal político”.


• Isso quer dizer que não vivemos isolados. Precisamos viver em sociedade e por isso
estabelecemos relações e, assim, fazemos política (inter-relação).
• O homem, portanto, precisa pensar no bem comum e estabelecer relações
diplomáticas com os outros seres humanos.
• Aristóteles pensa a constituição do Estado (vários modelos) tendo em vista essa
noção de homem. Ao contrário de Platão, não formulou um plano de organização
política ideal. Acredita em vários modelos que poderiam funcionar, sendo que cada
sociedade deveria escolher aquele que melhor funcionar para si.
Estudo sobre as virtudes

• No livro “Ética a Nicômaco” Aristóteles discute a questão sobre a virtude e


chega a conclusão de que a virtude é o meio termo dos opostos.
• Os extremos não levam a algo bom. O meio termo é o melhor caminho. Ex.
entre comer pouco e ficar debilitado e comer muito e ficar doente, é melhor
escolher o caminho da moderação e ficar com um meio termo entre ambas
as opções.
• A virtude é, portanto, a justa medida.

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