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FIGURAS DE RETÓRICA:

Uma caraterística do texto literário é a maior ou menor


frequência de desvios da linguagem corrente. Estes
desvios literários são designados por figuras de retórica,
expressão que vem da Antiguidade, e têm como finalidade
tornar a linguagem mais expressiva. Estas figuras de
retórica podem situar-se a nível sintático, semântico ou
fónico.
Adjetivação:
Consiste na utilização de vários adjetivos para
caraterizar a mesma realidade.
Ex: “O menino, molengão e tristonho, não se
descolava das saias da titi…” (Eça de Queirós)

Alegoria:
Concretização de uma realidade abstrata, muitas
vezes conseguida através de um jogo de metáforas e
de comparações.
Ex: “O povo, com aquele seu capelo na cabeça, parece
um monge.” (Padre António Vieira)
Aliteração:
Consiste na repetição insistente do mesmo fonema ou de
fonemas semelhantes.
Ex: “Na messe que enlourece, estremece a quermesse.”
(Eugénio de Castro)

Anacoluto:
Alteração brusca de sequência lógica de uma frase, pela
quebra de construção gramatical.
Ex: “Por ele a ti rogando, choro e bramo”. (Luís de Camões)
Anáfora:
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão no
início de diferentes versos (frases, ou períodos). Pela
insistência, põe-se em destaque o que se repete.
Ex: “Inútil definir este animal aflito, / Nem palavras,/
nem cinzéis, / nem acordes, / nem pincéis, / são
gargantas deste grito”. (António Gedeão).

Anástrofe:
Breve inversão da ordem natural das palavras.
Ex: “À espada em tuas mãos achada”. (Fernando
Pessoa).
Antítese:
Consiste na utilização de termos contrários, aproximando-os e pondo-os
em destaque.
Ex: “E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada,
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder…para me encontrar.” (Florbela Espanca)

Apóstrofe:
Interrupção do discurso para a invocação de alguém ou de alguma coisa
(pessoas ausentes ou mortas, entes reais ou imaginários, coisas
inanimadas), sob forma exclamativa.
Ex: “Estavas linda Inês posta em sossego”
“E tu, nobre Lisboa, que no mundo…” (Luís de Camões)
Assíndeto:
Processo de encadeamento do enunciado, com supressão de
elementos de ligação e, particularmente, de conjunções
copulativas.
Ex: “É que o vento às vezes falha, vem dos vales, forma
redemoinhos, atira com a embarcação sobre os areais.” (Raul
Brandão)

Comparação:
Aproximação entre dois conceitos distintos, pondo em destaque as
semelhanças que os unem. Utilização da partícula “como” ou um
dos seus substitutos.
Ex: “Entre a casa e a cidade longínqua estendem-se as dunas
como um jardim deserto, inculto e transparente onde o vento que
curva as ervas altas, secas e finas faz voar em frente dos olhos o
loiro dos cabelos.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)
Enumeração:
Consiste na apresentação sucessiva de vários
elementos da mesma natureza.
Ex: “Mas na maré vazia as rochas apareciam cobertas
de limo, de brízios, de anémonas, de lapas, de algas e
de ouriços.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)

Eufemismo:
Expressão que atenua ou apresenta com delicadeza
uma ideia desagradável.
Ex: “Tirar Inês ao mundo determina.” (Luís de Camões)
Gradação:
O pensamento é apresentado em ordem ascendente ou descendente.
Ex: “Corre célere, voa.” (Gonçalves Crespo)

Hipálage:
Consiste na deslocação lógica da qualidade atribuída a um objeto para
outro que de algum modo lhe está próximo.
Ex: “Fumando um pensativo cigarro.” (Eça de Queirós)

Hipérbole:
Consiste em dar relevo a uma ideia pelo emprego de uma expressão
que exagera o pensamento.
Ex: “Se aquele mar foi criado num só dia, eu era capaz de o escoar
numa só hora.” (Agustina Bessa-Luís).
Imagem:
Surge frequentemente da combinação da comparação, da metáfora e da
animização. É nela caraterística a visão emocionada da realidade,
através do apelo ao sensível.
Ex: “Os teus olhos são dois lagos encantados onde o céu se mira como
num espelho.” (Érico Veríssimo)

Ironia:
Emprego de uma palavra com o sentido da sua antónima.
Ex: Bonito resultado!

Metáfora:
Consiste na transposição de uma palavra para um campo semântico
diferente, atribuindo-lhe carateristicas diferentes do seu habitual.
Ex: “A boca pintada era um selo de silêncio atado pela contrariedade.”
(Lídia Jorge)
Metonímia:
Processo em que se designa uma realidade ou conceito através de uma
outra realidade próxima da primeira.
Ex: “Cesse tudo o que a Musa antiga canta”. (Luís de Camões)

Oxímoro:
Aproximação de termos que mutuamente se excluem, numa intensificação
do processo de antítese. Exprime um paradoxo e implica uma nova visão
das coisas.
Ex: “O mito é o nada que é tudo”. (Fernando Pessoa)

Paralelismo:
Repetição de uma frase ou de uma ideia em frases paralelas sucessivas.
Ex: “A tua linda voz de água corrente (…)
Foi ritmo nos meus versos de paixão,
Foi graça no meu peito de descrente.” (Florbela Espanca)
Perífrase:
Consiste em exprimir por diversas palavras o que poderia exprimir-se por
uma única.
Ex: O pulmão do mundo está sofrendo com o desmatamento desenfreado.
(Amazónia)

Personificação:
Atribuição de propriedades humanas a animais irracionais e a seres
inanimados.
Ex: “Nada mais que de ver cativo o meu pião, que rodopiava, fungava,
adormecia, uma vez lançado ao terreiro com jeito maneirinho.” (Aquilino
Ribeiro)

Pleonasmo:
Repetição de uma palavra ou ideia, para realçar um pensamento.
Ex: “Se lá dos Céus não vem celeste aviso” (Luís de Camões)
Polissíndeto:
É o emprego insistente de conjunções coordenativas.
Ex: “Nada se me punha pela frente, nem a noite, nem as invernias, nem os
ladrões das estradas, qual o quê.” (Aquilino Ribeiro)

Quiasmo:
Disposição de um período em quatro membros, que se cruzam,
correspondendo o 1.º ao 4.º e o 2.º ao 3.º.
Ex: Melhor é merecê-los [1] sem os ter [2]
Que possuí-los [3] sem os merecer. [4] (Os Lusíadas)

Sinédoque:
Processo em que se designa a parte pelo todo ou o todo pela parte.
Ex: “que da Ocidental praia lusitana”. (Luís de Camões)

Sinestesia:
Resulta da junção de percepções relativas a diferentes sentidos.
Ex: “Horas cor de silêncios e angústias.” (Álvaro de Campos)

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