UniversidadedeBrasília–UnB
InstitutodePsicologia–IP
DepartamentodePsicologiaEscolaredoDesenvolvimento–PED
ProgramadePós-GraduaçãoemProcessosdeDesenvolvimentoHumanoeSaúdePG-PDS
CursodeEspecializaçãoemDesenvolvimentoHumano,EducaçãoeInclusãoEscolar-EsDH
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DA REDE MUNICIPAL DE IPATINGA:
uma análise da estrutura e funcionamento
PALAVRAS-CHAVE: Sala de Recursos Multifuncionais,
Atendimento Educacional Especializado, Desenvolvimento
humano, Inclusão escolar, Educação Especial.
APRESENTAÇÃO
Esta pesquisa analisa a estrutura e funcionamento da Sala de
Recursos Multifuncionais (SRMs) da rede municipal de Ipatinga,
enquanto parte das políticas públicas do governo federal, onde é
ofertado o Atendimento Educacional Especializado (AEE) com a
utilização de recursos e de apoio pedagógico para o
atendimento às especificidades dos educandos público-alvo da
educação especial matriculados no ensino regular.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva propõe um ensino pautado na diversidade,
embasado no princípio do direito à educação, tendo como
pressuposto a inclusão escolar, assegurando as condições de
acesso, permanência, participação e aprendizagem de todos os
educandos nas escolas regulares, em igualdade de condições. É
fundamental conhecer o desenvolvimento humano e suas
relações com o processo de ensino aprendizagem, considerando
as especificidades de cada um e para isso adotar currículos e
metodologias flexíveis, respeitando o ritmo e valorizando as
potencialidades.
A pesquisa foi embasada em diversos teóricos, dentre eles
destaca-se MANTOAN (2006), ALVES (2009) e vários
documentos elaborados pelo MEC como forma de regulamentar a
implantação e o Atendimento Educacional Especializado ofertado
na Sala de Recursos Multifuncionais.
OBJETIVOS
Geral
Analisar a estrutura e funcionamento das Salas de Recursos
Multifuncionais na rede municipal de Ipatinga.
Específicos
-Compreender a organização do trabalho realizado na sala de
recursos multifuncionais;
- Identificar os fatores que apresentam como entraves, no
cotidiano, para o estudante e o profissional no AEE;
- Propor alternativas que minimizem ou eliminem os
impedimentos para superação dos aspectos que se apresentam
como dificultadores para o pleno funcionamento da sala de
recursos multifuncionais; e
- Identificar as atribuições dos professores que atuam nas salas
de recursos multifuncionais e os documentos de registros de sua
atuação pedagógica e da escrituração de vida escolar dos
educandos.
METODOLOGIA
A pesquisa teve como instrumental a abordagem qualitativa.
Contou com a participação de quatro professores que atuam nas
SRMs na rede municipal de Ipatinga. O procedimento adotado foi
a entrevista estruturada, gravada na forma de áudio e
organizadas por análise de categorias com base nos objetivos.
Aluna: Eudenice Glauce Viana
Orientadora: Mª Tereza Viana Barros
Cidade: Ipatinga/ Minas Gerais
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio da análise de categoria baseada nas entrevistas
realizadas pode-se afirmar que vários recursos pedagógicos
têm sido utilizados de forma a promover com maior eficácia
as intervenções realizadas. Atendimento organizado de forma
individualizada ou em grupo, respeitando as diferenças
individuais.
Fatores facilitadores: apoio da equipe gestora e dos
professores regentes, matriciamento, possibilidade de
flexibilizar o atendimento de acordo com a necessidade do
educando e com a interação da família.
Fatores dificultadores: falta de acompanhamento de
determinadas famílias, acesso ao tratamento clínico
especializado, infrequência ao atendimento no contraturno,
ausências às consultas agendadas pelo professor da SRMs,
a descontinuidade do atendimento, falta de articulação de
uma rede de apoio, na área da saúde para os casos mais
complexos,distância entre a residência do educando e a
escola e a burocracia para compra de material necessário.
Observa-se que a articulação pedagógica entre o professor
da SRMs e os professores regentes tem sido possível com os
de 1º ao 5º anos, o que não ocorre em relação aos
professores que atuam de 6º ao 9º anos do Ensino
Fundamental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar o contexto atual das SRMs na rede municipal de
Ipatinga foi possível perceber que é preciso criar condições
favoráveis para que os fatores que apresentam como
entraves no cotidiano da escola, para o estudante e o
profissional, sejam minimizados ou eliminados e que as
alternativas propostas sejam viabilizadas para superação dos
mesmos e obtenção dos resultados significativos que
contribuem com o processo inclusivo do educando público-
alvo da educação especial. Entretanto, mesmo com alguns
dificultadores, os educandos atendidos tem apresentado bom
desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, sendo possível
respeitar o desenvolvimento humano dos mesmos e
promover sua inclusão escolar.
REFERÊNCIAS
BRASIL.Ministério da Educação. Portaria Normativa n.º 13,
de 24 de abril de 2007, Dispõe sobre a criação do "Programa
de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais". Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF 26
abr. 2007. Disponível em:
<http://www.abmes.org.br/abmes/legislacoes/visualizar/id/235
>. Acesso em: 10 Out. 2015.
MANTOAN, Maria Tereza Egler; Inclusão escolar: O que é?
Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.
ALVES, Fátima. Inclusão: muitos olhares, vários caminhos e
um grande desafio. Rio de Janeiro: Wak, 2009.