Sunteți pe pagina 1din 30

LCE 306 – Meteorologia Agrícola

Prof. Paulo Cesar Sentelhas


Prof. Luiz Roberto Angelocci

Aula # 3

Climatologia / Classificação Climática

ESALQ/USP – 2005
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Clima
Definiu-se CLIMA como sendo uma descrição estática, que expressa as condições médias
do sequenciamento do tempo meteorológico. Portanto, mede-se primeiro as condições
instantâneas da atmosfera (Tempo) de um local por vários anos e, posteriormente, estima-
se qual deve ser a condição média (provável), ou seja, o CLIMA.

Piracicaba, SP
30 350
Chuva
25 Tmed 300

Temperatura média (oC)


250

Chuva (mm/mês)
20
200
15
150
10
100

5 50

0 0
J F M A M J J A S O N D
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Climas do Mundo
Essa condição média é que irá
condicionar a distribuição dos seres vivos
no globo. A distribuição da vegetação
natural nas diversas regiões da Terra
depende basicamente do clima.

Vegetação Natural

Assim, regiões com alta disponibilidade de


água e energia apresentam maior
biodiversidade, enquanto que nas regiões
frias ou secas somente alguns poucas
espécies ocorrem
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Diversos FATORES atuam para a formação das condições do TEMPO de um local e,


conseqüentemente, para a formação de seu CLIMA. Esses fatores são agentes causais
que condicionam os elementos. Como já foi visto na Aula#2, os fatores podem ser
classificados de acordo com a escala de estudo, ou seja, com efeitos no MACRO, TOPO e
MICROCLIMA.

Macroclima

Topoclima

Microclima
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Fatores do Macroclima
São aqueles que atuam em escala regional ou geográfica. São classificados como
permanentes (latitude, altitude/relevo, oceanidade/continetalidade, etc.) ou variáveis
(correntes oceânicas, centros semi-permanentes de alta e baixa pressão, massas de ar,
composição atmosférica, etc.).

Latitude
Esse fator está ligado às relações Terra-Sol, como tratado na Aula#2, que
envolve o movimento aparente do Sol no sentido N-S ao longo do ano, o qual é
consequência do movimento de translação e da inclinação do eixo terrestre
(23o27´) em relação à perpendicular ao plano da eclíptica. Com isso, ocorre
variação espacial e temporal do ângulo de incidência dos raios solares na
superfície (ângulo zenital) e do fotoperíodo, os quais por sua vez geram valores
diários de irradiância solar variáveis de acordo com a latitude e com o dia do
ano, resultando em diferenças nas condições térmicas.

> Latitude < Temp média anual


LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

FOTOPERÍODO x LATITUDE
16,0
Lat 10 S Lat 20 S

Fotoperíodo (horas)
Lat 30 S Lat 40S
14,0 Equador

12,0

10,0

8,0
J AN M AR M AI J UL S ET NOV
RADIAÇÃO SOLAR x LATITUDE
50,0
Meses
10S 20S
45,0 30S 40S
Equador
40,0
Qo (MJm-2 d-1 )

35,0

30,0 Variação da radiação solar no


25,0
topo da atmosfera (Qo) e do
fotoperíodo (N) com a LATITUDE
20,0

15,0

10,0
J AN FEV M AR ABR M AI J UN J UL AGO SET OUT NOV DEZ

Meses
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Altitude/Relevo
O aumento da altitude ocasiona diminuição da temperatura. Isso ocorre em
conseqüência da rarefação do ar e da diminuição da pressão atmosférica

Média  - 0,6oC / 100m


(esse valor depende da quantidade de vapor no ar)

-15 C

-10 C

10 C

25 C

Temp. média anual


-20 C -10 C 0C 10 C 25 C
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Além disso, a associação da altitude com o relevo pode condicionar o regime de


chuvas de uma região. As chuvas orográficas são um exemplo disso:

Total anual médio de chuva (cm)

Esse efeito ocorre também na região da Serra do Mar no Estado de São Paulo,
onde a chuva total anual é de 2.150 mm/ano em Santos, de 3.800 mm/ano no
alto da Serra e de 1.300 mm/ano na cidade de S. Paulo.
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Oceanidade / Continentalidade
Esses termos se referem, respectivamente, à proximidade ou distância do
oceano ou grandes massas de água. Oceanidade se refere ao efeito do oceâno
sobre o clima de uma região litorânea. A água do oceano atua como um
moderador térmico, ou seja, não permite que grandes variações de temperatura
ocorram. Isso se dá pelo fato da água ter maior calor específico do que o ar,
resfriando-se e aquecendo-se mais lentamente. A massa de água ao trocar calor
com o ar faz com que haja uma atenuação tanto do aquecimento do ar como de
seu resfriamento, reduzindo assim a amplitude térmica (Tmax – Tmin). A
continentalidade ocorre em locais situados no interior dos continentes, portanto
sem sofrer efeito dos oceanos. Nessa condição, as amplitudes térmicas são
maiores, tanto em termos diários como em termos anuais.

Cuiabá → Amplitude térmica mensal entre 8 e 17oC


Salvador → Amplitude térmica mensal entre 3 e 6oC
Numa escala geográfica maior, o poder moderador dos oceanos explica também
porque as amplitudes térmicas (verão – inverno) são maiores no HN e menores
do HS. Veja a figura a seguir e comprove isso...
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Amplitude térmica anual (diferença entre a Tmed do mês mais quente e do mês mais
frio) decorrente dos efeitos da continentalidade/oceanidade.

HN → Continente > Oceano → > Amplitude Térmica


HS → Continente < Oceano → < Amplitude Térmica
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Correntes Oceânicas
A movimentação contínua das águas oceânicas em função de diferenças de
densidade (causadas por dif. de temp. e salinidade e pela rotação da Terra) gera
correntes que se movem de maneira organizada, mantendo as suas
características físicas, as quais diferem das águas adjacentes. As correntes que
circulam dos Pólos para o Equador são FRIAS e as que circulam do Equador
para os Pólos são QUENTES.
A atmosfera em contato com essas massas de água entram em equilíbrio
térmico com a superfície. Por isso, as correntes tem grande efeito sobre o
regime térmico e hídrico (chuvas) na faixa litorânea dos continentes.

Correntes Frias → Condicionam clima ameno e seco


Correntes Quentes → Condicionam clima quente e úmido

Exemplo:
Salvador, BA, Brasil → Tanual = 24,9oC e Panual = 2.000 mm
Lima, Perú → Tanual = 19,4oC e Panual = 40 mm
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Anticiclones Semi-Permanentes, ZCIT, ZCET e


Circulação Geral da Atmosfera
A circulação geral da atmosfera gera os ventos predominantes, os quais por sua vez são
responsáveis pela formação das zonas de convergência intertropical (ZCIT) e extratropical
(ZCET), e também dos anticiclones semi-permanentes nas latitudes de cavalo.

Latitude de ZCET
cavalo

ZCIT

Latitude de
cavalo
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Na ZCIT os ventos alíseos de SE (HS) e de NE


(HN) se encontram formando áreas de baixa
pressão (L), que mostram a posição do Equador
Térmico, o que favorece a formação de nuvens e
chuvas. Na ZCET a convergência dos ventos de W
e de E forma as frentes frias, que posteriormente se
deslocam em direção ao equador provocando
chuvas. Já nas latitudes de cavalos ocorre a
subsidência de ar, formando as altas pressões (H)
que inibem os movimentos convectivos e
conseqüentemente, desfavorecem a formação de
nuvens e chuvas.

Anticiclones
L
Semi-Permanentes
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

As figuras a seguir mostram a posição média da ZCIT nos meses de Janeiro e Julho. É
possível notar que durante o verão no HS a ZCIT desloca-se para o sul, o que contribui
para o aumento das chuvas nas regiões N, CO e SE do Brasil.

ZCIT ZCIT
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

No mês de julho (inverno no HS), por outro lado, a ZCIT desloca-se para o norte, o que
contribui para a diminuição das chuvas nas regiões SE, CO e inclusive em parte da região
N do Brasil.

ZCIT

ZCIT
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Fatores do Topoclima
São aqueles que dependem do relevo local, especialmente da configuração dos terrenos e
da exposição desses em relação à radiação solar. Esses fatores devem ser levados em
consideração nas regiões S e SE do Brasil, quando da implantação de culturas susceptíveis
às geadas.

Configuração do terreno

Espigão
Face
Meia- voltada
encosta para o N
Baixada

Planaltos e baixadas favorecem o acúmulo de ar frio, criando topoclimas


diferentes das meia-encostas e espigões. As culturas susceptíveis às
geadas devem ser implantadas em área livres do acúmulo do ar frio
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Exposição do terreno

Nas regiões S e SE do Brasil, os terrenos com faces voltadas para o N


são, em média, mais ensolarados, secos e quentes do que as voltadas
para o S. Nas faces voltadas para o S, as temperaturas são menores
(maior risco de geadas) e a umidade será maior (favorecendo as doenças).
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Fatores do Microclima
São aqueles que modificam o clima em microescala, devido ao tipo de cobertura do terreno
ou prática agrícola, podendo assim ser modificado pelo homem. Muitas vezes, a alteração
do microclima é necessária para que se possa cultivar uma certa cultura, não apta ao
macroclima da região. Exemplos disso são os ambientes protegidos (estufas, telados, etc)
que tem por finalidade reduzir a incidência de radiação solar sobre as culturas, elevar as
temperaturas ou evitar a ação da chuva nas plantas. O sistema agro-florestal (SAF) é outro
exemplo, assim como a irrigação que ao fornecer água para a cultura provoca a redução da
temperatura e aumento da umidade. Apesar dos aspectos favoráveis, a alteração do
microclima se não for bem controlada pode levar a efeitos desfavoráveis, como é o que
ocorre quando se adensa demasiadamente as culturas ou se irriga com muita freqüência.
Nessas condições o microclima se torna extremamente favorável à ocorrência de doenças
fúngicas e bacterianas.

Estufa Telado SAF


LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Outro aspecto que pode ser desfavorável, apesar de ser uma prática vantajosa em termos
práticos, é o uso de cobertura morta nas entrelinhas (mulch). A cobertura do solo com
palhada ou vegetação rasteira acentua o resfriamento noturno, podendo agravar os efeitos
de uma eventual geada em épocas propícias à ocorrência desse evento meteorológico. Um
exemplo disso é o plantio direto e outro é a manutenção de mato nas entrelinhas de
culturas perenes.

Sistema
convencional,
solo exposto

Cafezal com mato na entrelinha


Sistema
plantio-direto,
solo coberto
com mulch
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Classificação Climática
A classificação climática objetiva caracterizar em uma grande área ou região zonas com
características climáticas homogêneas. A classificação do clima também pode ser feita para
localidades específicas, levando-se em conta tanto as características da paisagem natural
(vegetação zonal), baseando-se no fato da vegetação ser um integrador dos estímulos do
ambiente, como também os índices climáticos (baseados nas normais climatológicas).
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Classificação Climática de Köppen


A classificação climática de Köppen define 5 grandes grupos:

A – Megatérmico (tropical úmido) com Os climas B se subdividem em:


temp. média do mês mais frio > 18C Bw – deserto e Bs – estepe

B – Clima seco -Se chuva é de inverno


P < T → Bw T
< P < 2T → Bs
C – Mesotérmico (temperado quente)
com temp. média do mês mais frio - se não há predominância de
entre -3C e 18C estação chuvosa
P < (T+7) → Bw
D – Microtérmico (temperado frio) com (T+7) < P < (2(T+7)) → Bs
temp. média do mês mais frio < -3C e - se chuva é de verão
do mês mais quente > 10C P<(T+14) → Bw
(T+14) < P < (2(T+14)) → Bs
E – Polar, com todos os meses com
temp. média < 10C Obs: P = chuva anual, em cm,
e T = temp. média anual (oC)
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Sub-tipos da classificação climática de Köppen para o Brasil:

A
Af – com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e ausência de estação seca, como na Amazônia
ocidental e parte do litoral do SE
Am – com pequena estação seca, sob influência de monções, ocorre em boa parte da Amazônia oriental
Aw – denominado clima de savanas, com inverno seco e chuvas máximas no verão, presente nas regiões
N, CO e parte do SE
Aw´ - igual ao anterior, mas com chuvas máximas no outono
As – precipitações de outono-inverno, ocorre em parte do litoral do NE
B
Bsh – semi-árido quente, ocorre no sertão da região NE (h = Tmed anual > 18C)
C
Cwa – tropical de altitude, com inverno seco e temp. mês mais quente > 22C
Cwb – tropical de altitude, com temp. do mês mais quente < 22C
Csa – tropical de altitude, estiagem de verão, representando uma pequena região do NE
Cfa – sub-tropical, sem estação seca e temp. do mês mais quente >22C
Cfb – sub-tropical, sem estação seca e temp. do mês mais quente < 22C
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Macroclima do mundo – Classificação de Koppen


LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Mudança, Variabilidade e Anomalia Climática


Mudança climática: alterações globais das condições climáticas
Variabilidade climática: refere-se às flutuações em torno da média de
longo período
Apesar dessas definições, não há uma distinção absoluta entre esses
termos. O que pode parecer uma mudança climática na escala de
décadas ou séculos, poderia ser considerada apenas uma flutuação /
variabilidade na escala de dezenas de milhares de anos. A Figura a
seguir exemplifica isso, mostrando o desvio da temperatura em relação à
condição atual, representada pela linha pontilhada.
Os fatores que provocam as flutuações climáticas na escala de eras
geológicas são:
-Terrestres: modificações na composição da atmosfera, distribuição dos
oceanos e continentes, vulcanismo, tamanho das calotas polares
- Astronômicos: variação na excentricidade da órbita e
da inclinação do eixo terrestre
- Extraterrestre: variação da emissão de energia solar
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

800.000 600.000 400.000 200.000 0

10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0


Anos
Variação da temperatura global da Terra no último milhão de anos e nos últimos
10.000 anos em relação à condição atual, representada pela linha pontilhada.
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Concentração Global de CO2 na Atmosfera


LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Apesar das evidências apresentadas na figura anterior mostrando a


evolução da concentração de CO2 na atmosfera, é difícil confirmar se a
elevação da temperatura da Terra (Figura abaixo) é uma mudança
climática ou se é apenas uma tendência dentro da variabilidade natural,
apresentada anteriormente. Mesmo assim, não há como se ignorar o
incremento observado nos últimos anos e sua concordância com o
aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera.

Média annual Tendência p/ 2100:


0,6
Tendência
0,4 ↑ T entre 1 e 3oC
0,2 ↑ P entre 3 e 15%
0
-0,2
-0,4
-0,6

1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000


LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Anomalia climática: eventos meteorológicos com desvios muito acima do


padrão de variabilidade normalmente observada. As anomalias estão
associadas a fenômenos que ocorrem no globo terrestre e que provocam
conseqüência nas condições meteorológicas. Um exemplo é a ocorrência
do fenômeno El Niño e La Niña

Anomalia Climática Tendência

2100

1900
Chuva anual (mm)

1700

Variabilidade
Climática
1500

1300

1100

900

700

500
17
20
23
26
29
32
35
38
41
44
47
50
53
56
59
62
65
68
71
74
77
80
83
86
89
92
95
98
1
4
Ano

Normal Climatológica
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci

Teste rápido #3

Responda as questões abaixo e entregue as respostas ao


professor na próxima aula

1) Como a latitude e a altitude condicionam o macroclima?

2) Discuta as diferenças dos efeitos causados pela oceanidade e


pelas correntes marítimas sobre o macroclima.

3) Cite dois fatores do topo e do microclima.

S-ar putea să vă placă și