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Prematuro
DR A A N A CL AUDI A ZI M M ERM ANN
G I N ECOLOGISTA E OBST E TRA
HOS P I TAL R EG IONA L DE A R A R A NGUA
IMPORTÂNCIA
IMPORTÂNCIA
Principais causas de prematuridade:
◦ Trabalho de parto prematuro: 40-45%
◦ Rupreme: 30%
◦ Indicações médicas (nascimentos eletivos): 15-20%
Fatores socioeconômicos influenciam nas taxas de prematuridade, nações mais pobres tendem
a ter mais partos prematuros.
◦ Países subdesenvolvidos: 12% dos recém-nascidos são prematuros
◦ Nações ricas: 9%.
OBJETIVO DO PROTOCOLO
IDENTIFICAR AS PACIENTES EM RISCO DE
PARTO PREMATURO
Classificação:
EQU/UROCULTURA
AVALIAÇAO BEM
ESTAR FETAL
US OBSTÉTRICA*
CONDUTAS
1. Cuidados gerais
2. Tocólise
3. Corticosteroide
4. Neuroproteção fetal
5. Antibióticos
6. Seguimento
7. Prevenção do TPP
TOCÓLISE
Período de latência do TP (dilatação cervical Morte/Sofrimento fetal
<3cm)
MF incompatíveis com a vida
Esvaecimento não pronunciado
CIUR
IG: 22* - 34 semanas
RUPREME
Ausência de contraindicações
Corioamnionite
OMS E ACOG:
O uso da tocólise por 48 horas somente estará indicado em situações onde o atraso no parto
proporcionará a chance de promover maturação pulmonar e neuroproteção fetal, ou então, a
possibilidade de transporte para unidade terciária, trazendo, assim, benefício para o recém-
nascido (Nível A).
CONDUTAS
Tocólise – Medicações:
1ª ESCOLHA (MS): NIFEDIPINA
◦ Dose de ataque: 30mg, via oral.
◦ Dose de manutenção: 20mg, 6/6h. Limite inferior: ACOG e Society for Maternal-Fetal
◦ Suspensão: em 48 horas. Medicine (SMFM) recomendam não administrar
Contraindicações: hipotensão materna (PA < 90/50 mmHg), tocólise antes de 24 semanas, mas, considerar seu uso
insuficiência aórtica e bloqueio AV. entre 23-24 semanas baseado em circunstâncias
ALTERNATIVA: SALBUTAMOL individuais.
◦ Solução com 5 mg (10 ampolas) em 500ml solução Limite superior: O ACOG e SMFM definem 34 semanas
glicosilada 5% (0,01mg/ml).
de gestação como o limite no qual a morbidade e a
◦ Iniciar com 10µg (60ml/h). Aumentar 10µg a cada 20 mortalidade perinatal são baixas o suficiente para
minutos, até inibição das contrações ou efeitos
colaterais. justificar o não uso da tocólise.
◦ Manter por 60 minutos e após reduzir até a menor dose
efetiva. Suspensão: em 12 horas.
CONDUTAS
Corticosteroide
É a principal estratégia para redução da morbimortalidade perinatal associada à prematuridade, tais
como redução da síndrome da membrana hialina, hemorragia intraventricular e enterocolite necrotizante
(Nível A).
Efeito máximo ocorre se o parto ocorrer entre 24 horas e 7 dias após a última dose.
Contraindicações: evidência clínica de infecção materna.
CONDUTAS
Corticoesteróide
Está formalmente indicado em pacientes com idade gestacional entre 24-34 semanas. Pode ser
considerado em gestantes com mais de 23 semanas, se a previsão de parto estiver dentro de 7 dias.
“Repique”: As evidências atuais ainda são conflitantes em relação ao uso rotineiro de doses repetidas de
corticosteroides no manejo do TPP. O benefício a curto prazo é evidente para doses repetidas, mas ainda
há dúvidas em relação às consequências a longo prazo.
ACOG: Sugere-se repetição da dose (“repique”) se a paciente apresentar novo episódio de risco de
parto prematuro antes de 32 semanas de gestação e após 14 dias da dose de ataque inicial, com
um máximo de 3 doses (nesse caso, betametasona) (Nível B)
CONDUTAS
Corticoesteróide – 34-365 semanas
-Tema controverso. Benefícios evidentes a curto prazo. Incertezas a longo prazo.
Dois grupos:
- Betametasona (2 doses)
- Placebo
*Não foi administrado tocólise
Desfechos:
- Composto de tratamento respiratório (CPAP
ou cânula nasal, O2 suplementar, ventilação mecânica)
- Morte fetal
- Morte neonatal (3 primeiros dias)
CONDUTAS
Corticoesteróide – 34-365 semanas
RESULTADOS:
Desfecho primário foi significativamente menor no grupo tratado com betametasona (165-11,6% vs. 202-14,5% -
RR 0,80 [CI 95%] 0.66-0,97; P=0,02)
Complicações respiratórias severas como taquipnéia transitória, uso de surfactante e displasia broncopulmonar.
Não houve diferenças na incidência de corioamnionite e sepse neonatal entre os grupos.
Hipoglicemia neonatal foi mais comum no grupo tratamento (24.0% vs. 15.0%; RR : 1.60 [CI 95%] 1.37-1.87;
P<0.001).
Conclusão: Administração de betametasona para mulheres de risco de parto prematuro tardio reduziu
significativamente a taxa de complicações respiratórias neonatais.
CONDUTAS
Corticoesteróide – 34-365 semanas
ACOG recomenda que o uso de betametasona pode ser considerado em mulheres com gestações únicas
entre 34 -365 semanas com risco de parto prematuro dentro de 7 dias, desde que:
- Não haja suspeita de corioamnionite.
- Tocólise não seja administrada para retardar o nascimento.
- Paciente já não tenha recebido curso de corticóide anteriormente.
- RN seja monitorado para hipoglicemia.
SMFM recomenda duas doses de betametasona em mulheres com gestações únicas entre 34 -365
semanas com alto risco de parto dentro de 7 dias, com os critérios:
- Sintomas de TPP, dilatação cervical ≥3 cm ou apagamento ≥75 percent
- Tocólise não pode ser administrada para retardar o nascimento
CONDUTAS
Antibióticos
O objetivo do uso de antibióticos é a prevenção da sepse neonatal pelo estreptococo grupo B em pacientes em TPP ou
rupreme antes de 37 semanas de gestação com risco iminente de parto prematuro que tenham cultura positiva para GBS
ou não tenham cultura.
Gestantes com cultura negativa para GBS não necessitam recebem profilaxia em nenhuma situação.
- Deve ser mantido até a inibição efetiva do trabalho de parto ou até o nascimento.
CONDUTAS
SEGUIMENTO
o ALTA HOSPITALAR
24 – 48horas sem contrações
Sem evidência de infecção
Assegurado bem estar materno-fetal