UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACUDADE DE EDUCAÇÃO
Especialização em relações de gênero e sexualidades

DEUS, GÊNERO E SEXUALIDADE:

Análise Do Ethos Discursivo Das Representações De Gênero E
Sexualidade No Livro Didático De Ensino Religioso “Caminho Para
Deus”
Me. Paulo Victor Zaquieu Higino
E-mail: paulovictorzh@hotmail.com
Prof. Dr. Roney Polato de Castro (orientador)

1- INTRODUÇÃO As TIC vem favorecendo expressivamente na interação e

Uma vez que as discussões de gênero e sexualidade ganham
dinamicidade do processo de ensino/aprendizagem dos alunos, e em
mais notoriedade no ambiente escolar, muitos são os trabalhos que
especial aos alunos com NEE contribuindo significativamente, muita das
analisaram livros didáticos e práticas educacionais sob a perspectiva dos
vezes, para inclusão destes no contexto escolar.
estudos de gênero e sexualidade.
Para que a educação seja feita de forma abrangente e diversa,
Contudo, religiosas/os cristãs/os têm dificultado este debate nas aos governantes cabem o fortalecimento de políticas públicas que façam
escolas. Neste esteio, o Ensino Religioso, que para além das discussões da escola um lugar mais atrativo e inclusivo.
sobre sua legitimidade e legalidade no Estado laico, tornou-se mais um
espaço de reafirmação de vertentes fundamentalistas.

Ora, se as demais disciplinas podem ser instrumentalizadas para

a reafirmação da hegemonia heteronormativa, tanto mais o Ensino
Religioso, o qual, além de ser um espaço de formação das subjetividades,
pode ser ainda mais eficiente por se utilizar dos conteúdos religiosos, tão
enraizados no imaginário brasileiro, podendo reforçar uma moral
excludente pautada no Deus cristão.

Expressão desta interferência religiosa sobre a educação, a

Secretaria de Educação de Petrópolis, município fluminense, disponibiliza
em seu site oficial uma série de cadernos pedagógicos destinados ao
Imagem 1- Capa e páginas do Caderno Pedagógico que tratam a homossexualidade.
Ensino Religioso intitulados “Caminho para Deus”.
5- CONCLUSÃO
2 - OBJETIVOS
Para este trabalho, faremos análise do Caderno Pedagógico O contexto escolar deve ser um ambiente inclusivo, harmonioso e que
respeite as singularidades dos sujeitos. Ao pesquisarmos sobre o uso das
de Ensino. Religioso “Caminho para Deus” do 9ª ano, confeccionado pela
TIC no contexto escolar, buscamos demonstrar, mesmo que de forma
Secretaria de Educação da Prefeitura de Petrópolis e disponibilizado em
sucinta, como estas auxiliam para um ambiente inclusivo e possuem
seu site, buscando observar que representações de sexualidades e de
potencialidades educativas, desde que usadas pedagogicamente.
gêneros são apresentadas pelos autores desse material.
Embora as tecnologias se mostrem um mecanismo modificador,
3 – MATERIAL E MÉTODOS
Para o desenvolvimento desta pesquisa, optou-se pela Análise do observamos também que, ainda, elas precisam ser entendidas como
ferramentas pedagógicas, que auxiliam no processo de
Discurso de filiação francesa proposta por Maingueneau (1997) buscando
ensino/aprendizagem e não como mecanismos que irão substituir a
encontrar as ideologias que perpassam os discursos dos autores através
interação humana (aluno/professor).
de seu ethos discursivo a serviço de determinada visão religiosa acerca do
Em uma era marcada pela tecnologia e seus avanços, concluímos que é
gênero e sexualidade na sessão “Transformações” do Caderno Pedagógico
de suma importância à implementação de políticas públicas educacionais
destinado aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.
que faça com que tais mecanismos se encontrem cada vez mais
4- RESULTADOS PARCIAIS E DISCUSSÃO
Os autores destinaram aO assunto referente à inclusão de alunos presentes no contexto da educação.

com NEE no contexto escolar tem sido um dos temas mais debatidos em
nosso país nos últimos anos.
A inclusão de crianças com NEE no ensino regular possibilita uma
inteiração e valorização de todos enquanto sujeitos.
A escola, em muitos casos, tem se tornado um ambiente
acolhedor.
O uso das TIC, atualmente, vem sendo um mecanismo que, cada
vez mais, vem sendo discutido sobre seu uso na prática docente.
6 – REFERÊNCIAS BIOBLIOGRÁFICAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias um re-
pensar. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisas. 4. ed. 11. reimpr.
São Paulo: Atlas, 2010.