Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
DECOLONIAIS
Nossa proposta
Apresentar e contextualizar decolonialidade e pós-colonialidade
As teorias pós-coloniais surgiram nas últimas décadas em “zonas periféricas”.
Tomando como referências o estruturalismo e pós-estruturalismo,
tem como objetivo questionar a narrativa ocidental e colocar o/a subalterno/a
[Spivak] no centro da experiência histórica da modernidade.
Tese: a narrativa hegemônica da modernidade colocou a Europa no centro
discursivo das ciências humanas até depois de finalizado o período colonial, o que
dá continuidade à suposição da superioridade da cultura europeia
sobre as culturas da África, da Ásia e a nossa, latino-americana e ameríndia
Movimento teóricos de “desconstrução de essencialismos” - desconstruir a
fronteira cultural histórica produzida pela colonização que reproduz
a relação dicotômica e hierárquica entre 1º e 3° Mundos
Stuart Hall: a pós-colonialidade é um marco histórico do reescrever os relatos
hegemônicos de maneira descentrada e diaspórica por conexões culturais,
atravessamento do nacional e interrelação local-global;
e do revelar aspectos híbridos e sincréticos do processo colonial escondidos
pelas narrações duais/binárias entre 1° e 3° Mundo (Homi Bhabha)
Homi Bhabha: a perspectiva pós-colonial rejeita sociologias do
subdesenvolvimento e os discursos ideológicos modernos com o
“testemunho colonial” de “minorias” que se opõem às
dualidades geopolíticas e culturais do tipo Leste-Oeste e Norte-Sul.
A fala de quem foi silenciado pela dominação, a exploração e o
preconceito coloniais revelam antinomias e ambivalências
ocultas no paradigma da modernidade.
Como? Os pós-coloniais relatam suas próprias experiências romper
fronteiras culturais coloniais que persistem até hoje
Este texto
Teorias pós-coloniais e decoloniais;
= e diferenças entre “provincializar a Europa” x “giro decolonial”
Provincializar a Europa, do historiador indiano Dipesh Chakrabarty, 2000
Grupo de Estudos Subalternos sul-asiáticos (Ranajit Guha, 1970).
Questão: como conceitualizar o histórico em contexto de participação e
mobilização política dos colonizados sem atribuir atraso e incompletude?
Democratizar a história escrita da Índia com referências nos grupos
sociais subalternos em confronto com a tradição historiográfica marxista
(fundamentos: história do capitalismo e lógica política que vê nos
camponeses apenas anacronismo)
Subalternos/as a produzir seu próprio destino assumindo suas
experiências e práticas de vida como constitutivas da modernidade (na
Índia) para destacar a FALA DO COLONIZADO
Provincializar a Europa
Ler a história a partir de experiências ausentes nas narrativas europeias
sem universalizar conceitos herdados da história do Estado nação.
O pesquisador colonizado deve repensar e contextualizar categorias da
tradição intelectual europeia e revelar sua insuficiência para interpretar
histórias de países em desenvolvimento; mas, as histórias nacionais não-
ocidentais ainda se referem à “figura hiperreal da Europa”, seus conceitos
estão incorporados nos hábitos de pensamento coloniais
paradoxo da subalternidade: Pos/ex-colonizados referem-se à história
europeia, mas não vice-versa, teorias europeias são adotadas por não-
europeus para compreender suas próprias práticas numa contradição que
naturaliza a história europeia como única fonte de teoria para estudar
outras sociedades, que são meros objetos de investigação empírica.