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TEORIA GERAL DA PROVA –

Elias Marques de Medeiros Neto


Doutor e Mestre em Direito Processual Civil – PUC-SP
Pós Doutorado em Direito Processual Civil na Universidade de Lisboa/Portugal
MBA em Gestão Empresarial pela FGV
Especialista em Direito da Economia e da Empresa – FGV
Pós Graduação no Program on Negotiation da Harvard Law School
Especializações em Direito Processual Civil e em Direito dos Contratos pelo IICS/ Centro de
Extensão Universitária – CEU/SP
Pós Graduação em Direito de Energia pelo IBDE
Pós Graduação em Direito da Regulação e Infraestrutura pelo IBDE
Bacharel em Direito pela USP
Advogado – Diretor Jurídico do Grupo Cosan / Divisão de Contencioso
Presidente da Comissão de Direito Processual Civil da OAB/SP, Pinheiros
Presidente da Comissão Efetiva de Estudos de Energia do IASP
Membro fundador e Diretor do Ceapro – Centro de Estudos Avançados de Processo
Membro da Comissão de Estudos do Judiciário do IASP
Membro do IBDP / Associado Efetivo do IASP
Autor de livros e artigos no ramo do Direito Processual Civil
Professor de Direito Processual Civil (Unimar, PUC-SP, Mackenzie e EPD).
Prova: O que é?

 “À demonstração dos fatos (ou melhor, das alegações


dos fatos) é que se dá o nome de prova... o vocábulo
prova provém do latim probatio, com o significado de
verificação, exame, inspeção. De acordo com os
dicionaristas, quer dizer ‘aquilo que mostra a verdade
de uma proposição ou realidade de um fato’. Na
linguagem jurídica, o termo é empregado como
sinônimo de demonstração (dos fatos alegados no
processo). É a chamada prova judiciária.” (Lopes,
João Batista. A prova no direito processual civil. São
Paulo: RT, 3ª. Edição. 2006. p.25).
Prova: O que é?
 Prisma objetivo: elementos que
permitem o juiz chegar ao
conhecimento da verdade - meios de
prova;

 Prisma subjetivo: a própria convicção


do juiz perante as provas produzidas
no processo.
Prova: finalidade e destinatário
 Finalidade: formação da convicção de
alguém quanto ao que se pretende provar -
demonstrar e convencer.

 Destinatário: juiz, partes. O processo em


si.
Classificação
 Quanto ao objeto: diretas / indiretas

 Quanto ao sujeito: pessoal / real

 Quanto à forma: oral/escrita/ material

 Provas simples x preconstituídas.


Objeto da Prova - O que precisa
ser provado?
 A) só se provam fatos relevantes, pertinentes,
controversos e precisos.
 Fatos relevantes são os acontecimentos que
influenciam no julgamento da lide;
 Fatos pertinentes são os que tem ligação direta ou
indireta com a lide;
 Fatos controversos são os que, alegados por uma
das partes, venham a ser impugnados pela outra;
 Fatos precisos são os que determinam
circunstâncias importantes para a causa (alegações
genéricas não comportam prova).
Objeto da Prova – O que
precisa ser provado?

 B) Não precisam ser provados os


fatos notórios;

 C) Não precisam ser provados os


fatos submetidos à presunção legal;
Meios de Prova

 Meios de prova: os elementos ou


instrumentos idôneos e aptos à
formação da convicção do
magistrado.
Provas Típicas / Atípicas

 Depoimento pessoal / confissão /


exibição de coisa e/ou documento /
documental / testemunhal / pericial /
inspeção judicial / ata notarial.

 Outros meios moralmente legítimos -


lícitos
Prova Emprestada
 Por prova emprestada se entende
aquela que foi produzida em outro
processo, cujos efeitos a parte pretende
que sejam apreciados e considerados
válidos por magistrado que preside um
determinado processo diverso

 Fundamental: observância do
contraditório. Licitude da prova
emprestada.
Princípios da Prova
 Ampla defesa – direito à prova – 5, xxxv e liv/lv da
CF;
 Princípio da proibição da prova ilícita;
 Princípio dispositivo;
 Oralidade;
 Imediatidade;
 Identidade física do juiz;
 Aquisição processual – a prova pertence ao
processo;
 Convencimento motivado.
Momento
 A) inicial;
 B) contestação;
 C) especificação de provas / saneador e
fase de instrução;
 D) juntada de documentos novos;
 E) produção antecipada;
 F) prova determinada de ofício – princípio
inquisitivo.
Ônus da prova

 Teoria de Leo Rosenberg:


a) Prisma objetivo: o juiz não se exime de julgar;
b) Prisma subjetivo: quem deve provar?

Teoria de Micheli: o ônus da prova é regra prática


de julgamento, ou seja, traça do norte que o juiz
deve seguir para medir/julgar de acordo com a
existência / inexistência de provas quanto aos fatos
alegados.
Ônus da prova

 Regra de instrução: forma de dirigir /


gerir o contencioso instalado quanto
às provas;

 Buzaid: Aspecto subjetivo do ônus da


prova --- quem deve suportar o risco
da prova frustrada?
Ônus da prova

 Quem alega prova:


 O autor quanto aos fatos constitutivos
do seu direito;
 O réu quanto aos fatos extintivos,
modificativos ou impeditivos;
Inversão do Ônus da Prova –
Só CDC?
“PROCESSUAL CIVIL E AMBIENTAL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – DANO AMBIENTAL
– ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS PELO PARQUET – MATÉRIA
PREJUDICADA – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – ART. 6º, VIII, DA LEI
8.078/1990 C/C O ART. 21 DA LEI 7.347/1985 – PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO.
(...)
2. O ônus probatório não se confunde com o dever de o Ministério Público arcar com
os honorários periciais nas provas por ele requeridas, em ação civil pública. São
questões distintas e juridicamente independentes.
3. Justifica-se a inversão do ônus da prova, transferindo para o empreendedor
da atividade potencialmente perigosa o ônus de demonstrar a segurança do
empreendimento, a partir da interpretação do art. 6º, VIII, da Lei 8.078/1990 c/c o
art. 21 da Lei 7.347/1985, conjugado ao Princípio Ambiental da Precaução.
4. Recurso especial parcialmente provido.”
(REsp 972902/RS, 2ª Turma, Rel. Ministra Eliana Calmon, DJe 14.09.2009)
Inversão do Ônus da Prova –
Momento?
“RECURSO ESPECIAL. GRAVIDEZ ALEGADAMENTE DECORRENTE DE CONSUMO DE
PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS SEM PRINCÍPIO ATIVO ("PÍLULAS DE FARINHA").
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. ENCARGO IMPOSSÍVEL. ADEMAIS, MOMENTO
PROCESSUAL INADEQUADO. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE A GRAVIDEZ E O
AGIR CULPOSO DA RECORRENTE.
1. O Tribunal a quo, muito embora reconhecendo ser a prova "franciscana", entendeu que
bastava à condenação o fato de ser a autora consumidora do anticoncepcional "Microvlar"
e ter esta apresentado cartelas que diziam respeito a período posterior à concepção, cujo
medicamento continha o princípio ativo contraceptivo.
(...)
5. De outra sorte, é de se ressaltar que a distribuição do ônus da prova, em realidade,
determina o agir processual de cada parte, de sorte que nenhuma delas pode ser
surpreendida com a inovação de um ônus que, antes de uma decisão judicial
fundamentada, não lhe era imputado. Por isso que não poderia o Tribunal a quo
inverter o ônus da prova, com surpresa para as partes, quando do julgamento da
apelação.
6. Recurso especial parcialmente conhecido e, na extensão, provido.”
(REsp 720930/RS, 4ª Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe 09.11.2009)
Inversão do Ônus da prova –
Momento?
“RECURSO ESPECIAL. DIREITO DO CONSUMIDOR. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
MOMENTO. SENTENÇA. POSSIBILIDADE. REGRA DE JULGAMENTO. OFENSA AO
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO. INEXISTÊNCIA.
1. A jurisprudência do STJ não se pacificou quanto à possibilidade de o juízo inverter
o ônus da prova no momento de proferir a sentença numa ação que discuta relação
de consumo.
(...)
5. Inexiste surpresa na inversão do ônus da prova apenas no julgamento da ação
consumerista. Essa possibilidade está presente desde o ajuizamento da ação e
nenhuma das partes pode alegar desconhecimento quanto à sua existência.
6. A exigência de uma postura ativa de cada uma das partes na instrução do processo não
implica obrigá-las a produzir prova contra si mesmas. Cada parte deve produzir todas as
provas favorável de que dispõe, mas não se pode alegar que há violação de direito algum
na hipótese em que, não demonstrado o direito, decida o juiz pela inversão do ônus da
prova na sentença.
7. Recurso especial conhecido e improvido.”
(REsp 1125621/MG, 3ª Turma, Rel. Ministra Nancy Andrighi, DJe 07.02.2011)
Inversão do Ônus da Prova –
Vedação da prova diabólica
“CIVIL E PROCESSUAL. RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO. DANO MATERIAL.
ANTICONCEPCIONAL SEM PRINCÍPIO ATIVO. PLACEBO. GRAVIDEZ NÃO
PROGRAMADA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. MOMENTO PROCESSUAL.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356 DO STF).
COMPROVAÇÃO DO NEXO CAUSAL. AUSÊNCIA. PRECEDENTE.
(...).
II. Consoante jurisprudência desta Corte Superior "ainda que se trate de relação regida pelo
CDC, não se concebe inverter-se o ônus da prova para, retirando tal incumbência de quem
poderia fazê-lo mais facilmente, atribuí-la a quem, por impossibilidade lógica e natural, não
o conseguiria. Assim, diante da não-comprovação da ingestão dos aludidos placebos
pela autora - quando lhe era, em tese, possível provar -, bem como levando em conta
a inviabilidade de a ré produzir prova impossível, a celeuma deve se resolver com a
improcedência do pedido" (REsp 720930/RS, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, DJe
09/11/2009).
III. Indemonstrado o nexo de causalidade, com a comprovação da utilização de pílulas
oriundas dos lotes de placebo indevidamente enviados ao mercado, incabível a
indenização.”
(REsp 844969/SP, 4ª Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJe 11.11.2010)
Poderes instrutórios

 A) princípio dispositivo x princípio


inquisitivo – ativismo judicial;

 B) nova perícia, acareação, inspeção


judicial.
Poderes Instrutórios
“(...) 2. Em que pese o art. 333, I do Código de Processo Civil determinar que
compete ao autor o ônus da prova, quanto ao fato constitutivo do seu direito,
o art. 130 do Código de Processo Civil possibilita também ao juiz a iniciativa
probatória, mesmo quando a parte tenha tido a oportunidade de
requerer a produção da prova e, no entanto, quedou-se inerte.
3. De acordo com a prestigiada doutrina processualística contemporânea,
admite-se uma atuação protagonista do julgador que, ao invés de mero fiscal
da aplicação das leis, passa a agir intensivamente para a maior efetividade
do processo, especialmente quando se tratar de relação processual
desproporcional, a exemplo das demandas previdenciárias.
4. Recurso especial do INSS improvido”.
(STJ  REsp n. 964.649/RS, 5ª Turma, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
j. 23.08.2007, v.u., DJ, de 10.09.2007, p. 308)
Poderes Instrutórios
“Processual civil. Benefício acidentário. Perícia médica.
Determinação ex officio pelo juiz. Possibilidade. Em se
tratando de ação para a concessão de benefício acidentário, é
possível ao juiz determinar ex officio a realização de
perícia médica, tendo em vista a sua importância para a
solução da lide, ainda que o segurado, motivado pelo
deferimento do benefício no âmbito administrativo, tenha
requerido o julgamento conforme o estado do processo,
por entender desnecessária a prova técnica. Recurso não
conhecido.”
(STJ  REsp n. 285.872/PR, 5ª Turma, rel. Min. Felix Fischer,
j. 20.03.2001, v.u., DJ, de 09.04.2001, p. 378.)
NCPC – Incentivo à Solução
Consensual

Art. 3º. § 1º É permitida a arbitragem, na


forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, sempre que
possível, a solução consensual dos
conflitos.
§ 3º A conciliação, a mediação e outros
métodos de solução consensual de
conflitos deverão ser estimulados por
juízes, advogados, defensores públicos e
membros do Ministério Público, inclusive
no curso do processo judicial.
NCPC - Efetividade

 Art. 4º As partes têm o direito de obter em


prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.

 Art. 7º É assegurada às partes paridade de


tratamento em relação ao exercício de direitos
e faculdades processuais, aos meios de
defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, competindo ao juiz zelar
pelo efetivo contraditório.
NCPC - Cooperação

Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem


cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e
efetiva.
NCPC – Contraditório e participação

 Art. 9º Não se proferirá decisão


contra uma das partes sem que ela
seja previamente ouvida.
 Art. 10. O juiz não pode decidir, em
grau algum de jurisdição, com base
em fundamento a respeito do qual
não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar,
ainda que se trate de matéria sobre
a qual deva decidir de ofício.
NCPC – Deveres do juiz

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições


deste Código, incumbindo-lhe:
I – assegurar às partes igualdade de tratamento;
II – velar pela duração razoável do processo;
III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à
dignidade da justiça e indeferir postulações meramente
protelatórias;
V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição,
preferencialmente com auxílio de conciliadores e
mediadores judiciais;
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de
produção dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;
NCPC – Negócio processual

 Art. 190. Versando o processo sobre direitos que


admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no
procedimento para ajustá-lo às especificidades
da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais,
antes ou durante o processo.
 Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o
juiz controlará a validade das convenções
previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação
somente nos casos de nulidade ou de inserção
abusiva em contrato de adesão ou em que
alguma parte se encontre em manifesta situação
de vulnerabilidade.
NCPC – Active Case
Management
 Art. 191. De comum acordo, o juiz e as
partes podem fixar calendário para a
prática dos atos processuais, quando for o
caso.
 § 1º O calendário vincula as partes e o
juiz, e os prazos nele previstos somente
serão modificados em casos excepcionais,
devidamente justificados.
 § 2º Dispensa-se a intimação das partes
para a prática de ato processual ou a
realização de audiência cujas datas
tiverem sido designadas no calendário.
NCPC – cooperação /
diálogo
 Art. 321. O juiz, ao verificar que a
petição inicial não preenche os
requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades
capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no
prazo de 15 (quinze) dias, a emende
ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido
ou completado.
NCPC – O novo “saneador”.

Art. 357. Não ocorrendo qualquer das hipóteses deste Capítulo,


deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do
processo:
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a
atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
III – definir a distribuição do ônus da prova, observado o
art. 373;
IV – delimitar as questões de direito relevantes para a decisão
do mérito;
V – designar, se necessário, audiência de instrução e
julgamento.
NCPC – o novo “saneador” ; acordo
procedimental ; saneamento compartilhado

 § 2º As partes podem apresentar ao juiz, para


homologação, delimitação consensual das questões de
fato e de direito a que se referem os incisos II e IV; se
homologada, a delimitação vincula as partes e o juiz.
 § 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de
fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para
que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes. Nesta oportunidade, o juiz, se for o caso,
convidará as partes a integrar ou esclarecer suas
alegações.
 § 4º Caso tenha sido determinada a produção de prova
testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a
quinze dias para que as partes apresentem rol de
testemunhas.
 § 5º Na hipótese do § 3º, as partes já devem trazer, para
a audiência ali prevista, o respectivo rol de testemunhas.
 § 6º O número de testemunhas arroladas não pode ser
superior a dez, sendo três, no máximo, para a prova de
cada fato.
NCPC – Cargas dinâmicas

Art. 370. O ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da
causa, relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade
de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade
de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o
ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada. Neste caso, o juiz deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode
ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou
NCPC – poderes instrutórios
e convencimento motivado
 Art. 369. As partes têm o direito de empregar
todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados neste
Código, para provar a verdade dos fatos em que se
funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na
convicção do juiz.
 Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito.
 Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão
fundamentada, as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.
 Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos
autos, independentemente do sujeito que a tiver
promovido, e indicará na decisão as razões da
formação de seu convencimento.
NCPC – Prova emprestada

 Art. 372. O juiz poderá admitir a


utilização de prova produzida em
outro processo, atribuindo-lhe o valor
que considerar adequado, observado
o contraditório.
NCPC – produção antecipada sem
urgência
 Art. 381. A produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que:
 I – haja fundado receio de que venha a tornar-
se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;
 II – a prova a ser produzida seja suscetível de
viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
 III – o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
NCPC – ata notarial
 Art. 384. A existência e o modo de
existir de algum fato podem ser
atestados ou documentados, a
requerimento do interessado,
mediante ata lavrada por tabelião.
 Parágrafo único. Dados representados
por imagem ou som gravados em
arquivos eletrônicos poderão constar
da ata notarial.
NCPC – depoimento pessoal por
video
 Art. 385.
 § 3º O depoimento pessoal da parte
que residir em comarca, seção ou
subseção judiciária diversa daquela
onde tramita o processo poderá ser
colhido por meio de videoconferência
ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em
tempo real, o que poderá ocorrer,
inclusive, durante a realização da
audiência de instrução e julgamento.
NCPC – documentos novos
 Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo,
juntar aos autos documentos novos, quando
destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois
dos articulados ou para contrapô-los aos que foram
produzidos nos autos.
 Parágrafo único. Admite-se também a juntada
posterior de documentos formados após a
petição inicial ou a contestação, bem como
dos que se tornaram conhecidos, acessíveis
ou disponíveis após esses atos, cabendo à
parte que os produzir comprovar o motivo que
a impediu de juntá-los anteriormente e
incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar
a conduta da parte de acordo com o art. 5º.
NCPC - contraditório
 Art. 437.
 § 1º Sempre que uma das partes requerer a
juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá,
a seu respeito, a outra parte, que disporá do
prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer
das posturas indicadas no art. 436.
 § 2º Poderá o juiz, a requerimento da
parte, dilatar o prazo para manifestação
sobre a prova documental produzida,
levando em consideração a quantidade e a
complexidade da documentação.
NCPC – arguição de
falsidade

 Art. 430. A falsidade deve ser


suscitada na contestação, na réplica
ou no prazo de 15 (quinze) dias,
contado a partir da intimação da
juntada do documento aos autos.
NCPC – documentos
eletrônicos
 Art. 439. A utilização de documentos
eletrônicos no processo convencional
dependerá de sua conversão à forma impressa
e da verificação de sua autenticidade, na forma
da lei.
 Art. 440. O juiz apreciará o valor probante do
documento eletrônico não convertido,
assegurado às partes o acesso ao seu teor.
 Art. 441. Serão admitidos documentos
eletrônicos produzidos e conservados com a
observância da legislação específica.
NCPC – prova testemunhal
por video
 Art. 453.
 § 1º A oitiva de testemunha que residir em
comarca, seção ou subseção judiciária diversa
daquela onde tramita o processo poderá ser
realizada por meio de videoconferência ou
outro recurso tecnológico de transmissão e
recepção de sons e imagens em tempo real, o
que poderá ocorrer, inclusive, durante a
audiência de instrução e julgamento.
 § 2º Os juízos deverão manter equipamento para a
transmissão e recepção de sons e imagens a que se
refere o § 1º.
NCPC – intimação pelo advogado
 Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou
intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora
e do local da audiência designada, dispensando-se a
intimação do juízo.
 § 1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso
de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos,
com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da
audiência, cópia da correspondência de intimação e do
comprovante de recebimento.
 § 2º A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à
audiência, independentemente da intimação de que trata o
§ 1º, presumindo-se, caso a testemunha não compareça,
que a parte desistiu de sua inquirição.
 § 3º A inércia na realização da intimação a que se refere o
§ 1º importa desistência da inquirição da testemunha.
NCPC – perguntas diretas
 Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas
partes diretamente à testemunha, começando pela
que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que
puderem induzir a resposta, não tiverem relação
com as questões de fato objeto da atividade
probatória ou importarem repetição de outra já
respondida.
 § 1º O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes
quanto depois da inquirição feita pelas partes.
 § 2º As testemunhas devem ser tratadas com
urbanidade, não se lhes fazendo perguntas ou
considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias.
 § 3º As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas
no termo, se a parte o requerer.
NCPC – Testemunha

 Exclusão da limitação do art. 401 do


CPC/73: Art. 401. A prova
exclusivamente testemunhal só
se admite nos contratos cujo
valor não exceda o décuplo do
maior salário mínimo vigente no
país, ao tempo em que foram
celebrados.
NCPC – Testemunha – Ordem
de oitiva
 Art. 456. O juiz inquirirá as
testemunhas separada e
sucessivamente, primeiro as do
autor e depois as do réu, e
providenciará para que uma não
ouça o depoimento das outras.
 Parágrafo único. O juiz poderá
alterar a ordem estabelecida no
caput se as partes concordarem.
NCPC – prova técnica
simplificada
 Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou
avaliação.
 § 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz
poderá, em substituição à perícia, determinar a
produção de prova técnica simplificada, quando o ponto
controvertido for de menor complexidade.
 § 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na
inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto
controvertido da causa que demande especial
conhecimento científico ou técnico.
 § 4º Durante a arguição, o especialista, que deverá ter
formação acadêmica específica na área objeto de seu
depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim
de esclarecer os pontos controvertidos da causa.
NCPC – a nomeação do perito
 Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e
fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.
 § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da
intimação do despacho de nomeação do perito:
 I – arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o
caso;
 II – indicar assistente técnico;
 III – apresentar quesitos.
 § 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco)
dias:
 I – proposta de honorários;
 II – currículo, com comprovação de especialização;
 III – contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico,
para onde serão dirigidas as intimações pessoais.
 § 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para,
querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias,
após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para
os fins do art. 95.
NCPC – perícia /
participação
 Art. 466. O perito cumprirá
escrupulosamente o encargo que lhe
foi cometido, independentemente de
termo de compromisso.
 § 2º O perito deve assegurar aos
assistentes das partes o acesso e o
acompanhamento das diligências e dos
exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos,
com antecedência mínima de 5 (cinco)
dias.
NCPC – perícia / técnica
 Art. 468. O perito pode ser substituído
quando:
 I – faltar-lhe conhecimento técnico ou
científico;
 II – sem motivo legítimo, deixar de
cumprir o encargo no prazo que lhe foi
assinado.
 § 1º No caso previsto no inciso II, o juiz
comunicará a ocorrência à corporação
profissional respectiva, podendo, ainda, impor
multa ao perito, fixada tendo em vista o valor
da causa e o possível prejuízo decorrente do
atraso no processo.
NCPC – perícia consensual
 Art. 471. As partes podem, de comum acordo,
escolher o perito, indicando-o mediante
requerimento, desde que:
 I – sejam plenamente capazes;
 II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
 § 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os
respectivos assistentes técnicos para acompanhar a
realização da perícia, que se realizará em data e local
previamente anunciados.
 § 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar,
respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo
juiz.
 § 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a
que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
NCPC – perícia / dever de
“fundamentar”
 Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
 I – a exposição do objeto da perícia;
 II – a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
 III – a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e
demonstrando ser predominantemente aceito pelos
especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
 IV – resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados
pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
 § 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação
em linguagem simples e com coerência lógica, indicando
como alcançou suas conclusões.
 § 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua
designação, bem como emitir opiniões pessoais que
excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
NCPC – perícia / ônus

 Art. 95. Cada parte adiantará a


remuneração do assistente técnico
que houver indicado, sendo a do
perito adiantada pela parte que
houver requerido a perícia ou rateada
quando a perícia for determinada de
ofício ou requerida por ambas as
partes.
 Obrigado!

 Elias Marques de Medeiros Neto

 Elias.marques@cosan.com

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