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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MUNICÍPIO: CAXIAS – MA PERÍODO: 2019.2

As Novas Relações entre América


Latina e Estados Unidos: a Guerra
Fria no Hemisfério

Prof. Marcus Pierre de Carvalho


Baptista

Caxias (MA), Setembro de 2019.


INTRODUÇÃO

O que significou a Guerra Fria?

Quando teve início?

Como esta marcou as relações


existentes entre as nações do
continente americano?
Perspectiva do governo norte-
americano – Luta contra a
subversão comunista teve início
antes mesmo da Guerra Fria.

Guerra Fria – Período marcado


por uma visão maniqueísta
(Bem vs Mal) na perspectiva
norte-americana – Tentativa de
garantir sua própria segurança
no hemisfério ocidental.
Instabilidade na América Latina –
Ameaça indireta aos EUA – Poderia
permitir a intervenção de uma
potência estrangeira.

Segunda Guerra Mundial – Medo de


ataques diretos de outras nações –
Ameaça também por agentes
inimigos que pudessem subverter o
governo a favor de uma nação
estrangeira.
A medida que a Guerra Fria se
intensifica aumenta-se a
preocupação com o conceito de
subversão tanto na América
Latina como nos EUA.

Questiona-se: O que seria essa


subversão? Quem poderia
determinar quem é subversivo?
Como isso ameaçaria os EUA?
Caça política nos EUA e na
Europa Ocidental por
“subversivos”.

Indiferença ou tolerância ao
Partido Comunista e agentes da
Internacional Comunista na
América Latina – Motivo de
preocupação para os EUA.
O que era a subversão? Poucas
ações referentes a esta na primeira
metade do século XX.

A subversão não era algo concreto


similar a navios de guerra ou tropas
estrangeiras.

A política externa norte-americana


buscava reduzir suas intervenções
diretas no fim da primeira metade
do século XX.
A URSS, nesse momento,
também não era um inimigo
declarado dos EUA.

Guerras mundiais – Agentes de


subversão das potências inimigas
identificadas e atacadas em
qualquer país que aparecesse.
A subversão no período de
guerras tornou-se a justificativa
para que os EUA intervissem nos
assuntos internos de outras
nações da América.

Outra conjuntura durante a


Guerra Fria – Aumento das
tensões com as nações latino-
americanas.
Enfraquecimento das relações
estabelecidas com a luta
compartilhada contra o Eixo.

Guerra Fria – Anticomunismo e


luta contra a subversão
tornaram-se a principal
preocupação da ambição
hegemônica dos EUA.
Superação de fatores como a
“democracia” ou do
desenvolvimento econômico.

Guerra Fria - Debates:


Compartilhamento dos valores
centrais dos EUA: Respeito pelos
direitos humanos e pela
democracia vs a ameaça
comunista.
O respeito pelos “valores norte-
americanos” não poderiam ser
usados como justificativa para
permitir a instalação do
comunismo.

Não bastava que a América


Latina se declarasse democrata –
Precisavam provar que eram
anticomunistas.
Precisavam provar que poderiam
se proteger da subversão
comunista e que esta não
ameaçaria os EUA.

Não existiram sujeitos que


defendiam a democracia durante
esse período na América?
Vozes abafadas pelos que
denunciavam a subversão.

No caso dos EUA criaram-se


programas para fortalecer as
democracias, embora era
preferível programas de
treinamento militar e de
policiais.
Ao fim da Segunda Guerra
Mundial – EUA – Exército “mais
poderoso” do mundo, maior
potência econômica e crescimento
da importância do dólar.

Relegou a segundo plano diálogos


referentes a desenvolvimento,
governos democráticos e direitos
humanos.
Provas de subversão – política
externa voltada para evitar estas
questões.

Sacrificava-se questões relativas a


governos democráticos, direitos
humanos, direitos civis e direitos
políticos – Momento que estas
questões ganhavam mais
importância para a América Latina.
Forças Armadas de diversos
países adotaram a ideologia do
anticomunismo – Criação de
Estados de segurança nacional –
Assassinato de milhares de
cidadãos sob essa justificativa.

Avanço do Estado Democrático de


Direito interrompido em alguns
casos por décadas.
Os EUA, por alguns, passaram a
ser vistos enquanto inimigos da
democracia, do desenvolvimento
e do progresso social.

Nos locais onde o Exército não


tomou o poder, as oligarquias
locais lutaram contra os próprios
conterrâneos – Justificativa no
anticomunismo.
E com relação a América Latina?
Quais suas perspectivas para a
comunidade americana com o fim
da Segunda Guerra Mundial?
Otimismo com a nova postura
hegemônica tomada pelos EUA –
Consolidação de suas democracias e
trabalhar juntamente aos EUA para
buscar o desenvolvimento
econômico.

Reconhecimento pela ONU de


organizações regionais –
Substituição da União Pan-
Americana pela Organização dos
Estados Americanos (OEA) – 1948.
A OEA teria por objetivo
fortalecer os países da América –
Serviria para alcançar metas
nacionais e da comunidade,
principalmente econômicas.

Também era o único mecanismo


que possibilitaria esses países a
exercerem algum tipo de pressão
aos EUA.
No período de Guerra Fria os
EUA enfraqueceram
politicamente a OEA,
principalmente enquanto um
instrumento do protagonismo
latino-americano.

Criação de um acordo regional


para proteger a América de um
ataque comunista – 1947.
O caso da Colômbia e da
Guatemala – Tentativas de
reformas sociais e econômicas
percebidas enquanto guinadas a
Esquerda.

Essas reformas deveriam ser


apoiadas pela OEA – O efeito
terminou sendo o oposto.
Colômbia: Assassinato de Jorge
Eliécer Gaitán – Surgimento das
FARC.

Guatemala: Eleição em 1945 de


Juan José Arévalo.

Governo apoiado pelo movimento


operário e por uma classe média
urbana – Conflito com a United
Fruit.
Promessas de reforma agrárias e
proteção dos direitos dos
indígenas e dos mestiços.

Sucessão por Jacobo Arbenz –


Combate a United Fruit –
Governo de Einhower (1953 –
1961) combate ao governo
guatemalteca.
1954 – Financiamento dos EUA
para um golpe de estado na
Guatemala.

Interferência direta na OEA e


evidenciou que reformistas
progressistas estavam sujeitos a
ataques da Direita – Esses
governos eram um pretexto para
a subversão comunista.
Intolerância dos EUA perante
países que buscassem promover
reformas em sociedades desiguais
e sem liberdade.

O episódio da Guatemala –
Simbolismo com relação aos
argumentos contrários ao EUA
enquanto defensores da
democracia e direitos humanos.
Década seguinte a OEA –
Protagonismo latino-americano –
Pressão para um programa de
ajuda econômica similar ao Plano
Marshall – Fundo Fiduciário de
Progresso Socia.

Crítica a apoio forçado a uma


defesa na América contra a
“subversão”.
Nova tentativa dos EUA de promover a
“segurança” na América – Promoção da
democracia com apoio financeiro.

Compreensão de que a fome e o


subdesenvolvimento provocavam
instabilidade social e poderiam levar ao
comunismo – Desenvolvimento
econômico evitaria isso.
Mesmo com essas reformas a tendência
era um hegemonia coercitiva sob a
justificativa de garantir a segurança no
hemisfério.

EUA não reconheciam a diferença


entre reformistas sociais e radicais
subversivos – Os governos deveriam
reduzir os espaços para contestações,
reprimir organizações que buscavam
justiça social e fechar instituições que
promovessem dissidênciais.
Política nas três primeiras
décadas da Guerra Fria marcada
pela instabilidade e polarização.

Surgimento de Estados
autoritários e de segurança
nacional – Forças Armadas e
aliados civis tomavam o poder
contra o comunismo e a favor da
nação e da segurança.
Principal preocupação dos EUA
nesse período: segurança
hemisférica.

Qual era a principal preocupação


de vários países da América
Latina?
O desejo pelo desenvolvimento
econômico – Amarga experiência da
Grande Depressão – Controle maior dos
recursos nacionais e aumento da
produção interna – Redução da
vulnerabilidade do país.

Série de políticas seguidas por governos


civis e militares, progressistas e
conservadores – Nacionalismo e Papel
privilegiado do Estado para o
crescimento da Nação.
Criação da OPEP (1960) – Exemplo do
protagonismo de um país latino-
americano (Venezuela) na defesa de
seus interesses e de influência do preço
de seu produto principal de exportação
– Criação da Companhia Nacional de
Petróleo.

Combate a imposição internacional do


preço do petróleo pelas multinacionais
que dominavam o mercado – Controle
de seu destino econômico.
A atuação do Exército na América
Latina neste momento – Facções
mais desenvolvimentistas.

Utilização do Estado para


proteger os recursos nacionais –
Deveriam ser utilizados para o
desenvolvimento da nação.
O caso do Peru – Regime Militar
(1968) “progressista” – Políticas
de desenvolvimento nacional e de
melhorias sociais.

Expropriação de companhias de
petróleo – Conflito com os EUA.
O caso do Brasil – Protagonismo na
América do Sul – Políticas para
promover o desenvolvimento
nacional.

O caso da Argentina – Preocupação


com as pretensões hegemônicas do
Brasil na América do Sul.
Brasil e Argentina na década de 70 –
Exceções na política externa – Os
Estados de Segurança Nacional deste
momento abriram mão de buscar uma
política externa autônoma.

Preocupação voltada para uma aliança


de poder aberta com os EUA e de
eliminação de qualquer tipo de
subversão.
Período marcado pelo
enfraquecimento das instituições
democráticas ou eliminação destas –
Liberdade de imprensa reduzida –
Políticas de desenvolvimento que
incluíssem diversidade e mobilidade
social eram deixadas de lado.
Nos EUA a preocupação da política
externa focava-se na segurança
nacional – A
compreensão/incompreensão frente
as formas repressivas de garantir
essa segurança variava de acordo
com o partido que estivesse no poder
– Mudança de postura nos anos
1970 com Jimmy Carter (1977 –
1981)
Final dos anos 1970 e início dos
anos 1980 – Conflitos civis na
América Central – Tentativa de
resolução sem provocar um avanço
da militarização – Ação coletiva dos
países latino-americanos –
Manifestação de protagonismo
destes países.
Criação do grupo de Lima – Apoio aos
país centro-americanos na busca de
soluções pacíficas para os conflitos
civis – Protagonismo da comunidade.

EUA – Governo de Reagan – Mudança


na “Guerra” com a URSS – Nova
postura norte-americana – Apoio a
democracia e aos direitos humanos.
Oposição do congresso norte-
americano a ações unilaterais do
executivo – Restabelecimento das
relações com as nações americanas.

Anos 80 – Transição para


democracias na América Latina –
Chile tendo sido a exceção – Pressão
para o fim do regime à medida que a
crise da URSS se aprofundava.
O dilema dos novos governos
democráticos da América Latina:

Se alinhavam com os EUA em função


de sua declaração de apoio aos direitos
humanos e civis e a democracia.

Ao mesmo tempo buscavam expandir


sua autonomia em detrimento aos
EUA.
O fim da Guerra Fria também gerou
um ambiente de segurança maior na
região.

As nações latino-americanas passam a


poder buscar o seu protagonismo e
reformular suas relações com os EUA -
Os EUA, por sua vez, têm dificuldades
para definir seus interesses de
segurança na região.
Concluindo: No decorrer da Guerra
Fria – Diversas políticas e tentativas de
libertar-se das amarras da política
bipolar mundial.

As ditaduras militares e o vínculo


destas com o intervencionismo dos EUA
provocou o aumento de um sentimento
de antiamericanismo na região.
Os EUA, por sua vez, deixam de ser
percebidos enquanto uma
democracia de valores progressistas
para os grupos mais progressistas.

Para as Direitas deixam de ser


vistos enquanto a nação com uma
economia modernizante e capaz de
garantir o bem-estar da população.
O papel da memória no
antiamericanismo.

Os vários golpes na região e


intervenções financiadas pelos EUA.

O caso da Revolução Cubana – Símbolo


de rejeição a hegemonia norte-
americana por uma nação latino-
americana e exemplo de protagonismo
na política mundial – Apoio das nações
latino-americanas.
No Pós-Guerra Fria à medida que as
nações faziam suas transições
democráticas passavam a perceber-se
cada vez mais enquanto parte da Nova
Ordem Mundial.

Novos desafios: Como exercer um


protagonismo que não significasse
apenas uma rejeição simbólica aos
EUA? Como exercer esse protagonismo
potencializando os interesses
nacionais?
Para os EUA: Como estabelecer
relações com países que possuíam
governos democráticos respeitando o
seu papel na comunidade global?

Seria possível estabelecer essa


relação sem a imposição de uma
hegemonia?
Seria possível estabelecer uma
política de boa vizinhança e de
confiança com os EUA enquanto as
nações latino-americanas buscavam
uma definição de seus papeis nessa
Nova Ordem Mundial?
Próxima aula – 1ª avaliação

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