Grupo Espírita Recanto da Prece Eurípedes Barsanulfo
Palestrante: Candice Günther Dia 24.07.2018, às 19h30. R. Marechal Floriano,1.117, N.Bandeirantes, Campo Grande-MS “O Espiritismo tem como divisa Amor e Caridade, e todos os verdadeiros espíritas quererão, no futuro, conformar- se a esse sublime preceito ensinado pelo Cristo há dezoito séculos.”
Bispo de Argel – Revista Espírita de 1862
Preconceito “Não se instrui o homem batendo de frente os seus preconceitos, mas os contornando, modificando o mobiliário de seu espírito de maneira de tal modo graduada, que ele chegue, por si mesmo, a renunciar os erros pelos quais antes teria sacrificado a vida.”
Revista Espírita de novembro de 1868
Paciência “O Espiritismo não deve ser imposto. Vem-se a ele porque dele se necessita, e porque ele dá o que não dão as outras filosofias. Convém mesmo não entrar em explicações com os incrédulos obstinados, pois seria dar- lhes muita importância e levá-los a pensar que se depende deles. Os esforços que se façam para atraí-los afastam- nos, e, por amor próprio, eles resistem na sua oposição. Eis por que é inútil perder tempo com eles. Quando a necessidade se fizer sentir, virão por si mesmos.”
Kardec - Revista Espírita de novembro de 1861
Quem são os espíritas? “No Livro dos Médiuns (nº 28) traçamos o caráter das principais variedades de espíritas. Sendo tal distinção importante para o assunto que nos ocupa, julgamos dever lembrá-la. Pode-se pôr em primeira linha os que acreditam pura e simplesmente nas manifestações. Para eles o Espiritismo é apenas uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; a filosofia e a moral são acessórios de que pouco se ocupam e cujo alcance não os preocupa. Chamamo-los espíritas experimentadores.”
Kardec - Revista Espírita de novembro de 1861
Quem são os espíritas? “Vêm a seguir os que veem no Espiritismo algo além dos fatos. Compreendem o seu alcance filosófico; admiram a moral dele decorrente, mas não a praticam; extasiam-se ante as belas comunicações, como ante um sermão eloquente que ouvem, mas do qual não tiram proveito. A influência sobre o seu caráter é insignificante ou nula. Em nada mudam seus hábitos e não se privam de nenhum prazer: o avarento é sempre sovina, o orgulhoso sempre cheio de si, o invejoso e o ciumento sempre hostis. Para eles a caridade cristã é apenas uma bela máxima e os bens deste mundo prevalecem, em sua opinião, sobre os do futuro. São os espíritas imperfeitos.”
Kardec - Revista Espírita de novembro de 1861
Quem são os espíritas? “Ao lado destes há outros, mais numerosos do que se pensa, que não se limitam a admirar a moral espírita, mas que a praticam e a aceitam em todas as suas consequências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar estes curtos instantes para avançar na via do progresso, esforçando-se por fazer o bem e reprimir suas más inclinações. Suas relações são sempre seguras, porque a convicção os afasta de todo mau pensamento. Em tudo a caridade é sua regra de conduta. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.”
Kardec - Revista Espírita de novembro de 1861
Educação dos sentimentos “Há no indivíduo a educação do coração, como há a da inteligência. O mesmo se dá com a Humanidade. O Cristo é, pois, o grande educador. Sua ressurreição é o símbolo de sua fusão espiritual em todos, e essa fusão, essa expansão dele mesmo, apenas começais a sentir. O Cristo não vem mais fazer milagres. Ele vem falar ao coração diretamente, em vez de falar aos sentidos. Passava adiante daqueles que pediam um milagre no Céu e, poucos passos adiante, improvisava o seu magnífico sermão da montanha. Ora pois, aos que ainda pedem milagres, o Cristo responde por todos os Espíritos sábios e esclarecidos: “Credes mais nos vossos olhos, nos vossos ouvidos, nas vossas mãos do que no vosso coração? Minhas chagas atualmente estão fechadas; o Cordeiro foi sacrificado; a carne foi massacrada; o materialismo viu; agora é a vez do Espírito.”
Lamenais - Revista Espírita de novembro de 1862
A busca pela verdade “O Espiritismo encontra-se inteiramente na teogonia pagã, e a mitologia não passa de um quadro da vida espírita poetizada pela alegoria. Quem não reconheceria o mundo de Júpiter nos Campos Elíseos, com seus habitantes de corpos etéreos; os mundos inferiores no Tártaro; as almas errantes nos manes; os Espíritos protetores da família, nos lares e nos penates; no Lates, o esquecimento do passado, no momento da reencarnação; nas pitonisas, os nossos médiuns videntes e falantes; nos oráculos, as comunicações com o além-túmulo? A Arte necessariamente teve de inspirar-se nessa fonte tão fecunda para a imaginação, mas para elevar-se até o sublime do sentimento, faltava-lhe o sentimento por excelência: a caridade cristã.”
Kardec - Revista Espírita de novembro de 1860
O Espiritismo inclui, não exclui. “A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer- se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.”
Kardec – Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, item 8
As leis divinas são imutáveis. “A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. ”
Kardec – Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, item 8
A lei universal do Amor “O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.”