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ESTIGMAS E INCLUSÃO

MANOEL ALVES DO NASCIMENTO

manoel.ed..fisica.especial@gmail.com

1
Ervin Goffman
(1922- 1982)

Estigma:
Notas sobre a
manipulação da
identidade
deteriorada
Goffman trabalhou basicamente com o tema das
“interações face à face”. O que lhe interessa são as dinâmicas
que presidem as relações entre as pessoas quando elas se
encontram no espaço público.

Microssociologia onde a "expressão" de si se faz


"impressão" para o outro e pode ser manipulada para
"desinformar" o interlocutor, que irá se comportar de maneira
idêntica. Toda interação é, assim, um jogo constante de
simulação (de si) e exame (do outro).
Goffman (1988) nos explica que o termo estigma
foi criado pelos gregos para se referir a sinais corporais
com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de
extraordinário ou mal sobre o status moral de quem os
apresentava.

Assim os ladrões, escravos e traidores eram


identificados em locais públicos pelas marcas feitas
com fogo e mantidos à distância das pessoas
moralmente aceitas pela sociedade.
Quando estamos diante de alguém em que sua aparência é
diferente ou seu modo de ser nos choca, provoca-nos um sentimento de
distanciamento e reprovação, muitas vezes surgindo atitudes de
preconceito e desprezo de nossa parte em direção ao diferente, colocando-
o fora da norma social e criando para eles uma categoria de desviante e
estigmatizado.
Ao longo do tempo muitos deficientes foram excluídos,
perseguidos ou sacrificados pelos ditos “normais”, porque esse grupo se
achava superior, categorizando os estigmatizados de incapazes ou
improdutivos.
Isso ocorre devido ao estigma criado pela representação social dos
ditos “normais’, que acreditava que os deficientes eram seres sem alma,
demoníacos, seres incapazes, imperfeitos e às vezes até classificados como
uma “não pessoa”, excluídas do contexto social e da comunidade escolar.
Sendo assim, Goffman define estigma desta forma:

Num caso extremo, uma pessoa completamente má,


perigosa ou fraca. Assim deixamos de considerá-la criatura
comum e total, reduzindo-o a uma pessoa estragada e
diminuída. Tal característica é um estigma, especialmente
quando o seu efeito de descrédito é muito grande; algumas
vezes ele também é considerado um defeito, uma fraqueza,
uma desvantagem e constitui uma discrepância entre a
identidade social real e a virtual (1988, p.12).
Quando estamos diante de um estranho e notamos que
ele não possui as características que imaginávamos; ou seja:
quando ele se afasta do estereótipo e nos oferece um atributo
tido como indesejável, ou condenável, o reduzimos à condição
de uma pessoa “estragada” e “diminuída”´. Isto é o Estigma .
O estigmatizado será uma pessoa desacreditada, mas
aquele que possui característica potencialmente
estigmatizadora ainda não conhecida será uma pessoa
desacreditável.
Acreditamos que alguém com estigma não seja completamente
humano. Com base nisso, fazemos vários tipos de discriminações,
através das quais efetivamente, e muitas vezes sem pensar, reduzimos
suas chances de vida.

Construímos uma teoria do estigma, uma ideologia para


explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa,
racionalizando algumas vezes uma animosidade baseada em outras
diferenças, tais como as de classe social.

Utilizamos termos específicos de estigma como aleijado,


bastardo, retardado, em nosso discurso diário como fonte de metáfora
e representação, de maneira característica sem pensar no seu
significado original (Goffman, 1980, p. 34).
Goffman entende que há, basicamente, três tipos de estigma:
1- As abominações do corpo – defeitos físicos, deficiências, feiúras,
incapacidades, sintomas, doenças, etc.

Stephen Hawking
2- As culpas de caráter individual – atos moralmente
condenáveis praticados, preferências não aceitas, condutas
vergonhosas, etc.
3 - Os estigmas tribais – de raça, nação, religião, etc.

Todos nós, salvo os que morrerem cedo, sofreremos pelo menos um


estigma: o da velhice.
A família, por não entender o estigma do filho e por
medo da sociedade discriminá-los, coloca-os em uma cápsula
protetora restrita ao convívio familiar afastando-o dos ditos
“normais”.
As pessoas que possuem um estigma são tratadas como
incapazes dentro da escola e o estigma incorporado pelo
ambiente social não é superado, a escola, por sua vez,
representa um cenário dramatúrgico, de interações;
desconhecendo o termo estigma e a sua influência na
aprendizagem dos sujeitos.

Esta, muitas vezes reforça as marcas negativas nos


alunos com deficiências, mascarando assim seus sofrimentos e
colocando a política de Inclusão como uma fachada político-
econômica, uma vez que estabelece leis e normas para a
entrada dos ‘excluídos’, mas não promove ações que garantam
sua permanência com dignidade e com os recursos necessários
para seu desenvolvimento pleno.
As cenas selecionadas apresentam os atores envolvidos, o
cenário, e o enredo das interações.

Identificando as mecanismos do estigma incorporado pelos


alunos com deficiência, mostrando como as pessoas com deficiência
manipulam seu estigma, acreditando que as pessoas “normais’ tem
a mesma percepção da que foi apresentada pelo estigmatizado,
mostra como o acobertamento do estigma é uma estratégia para
esconder a vergonha ou ser aceito por um grupo.

Por fim, pontua como os alunos com deficiência tentam superar seu
estigma, superando desafios do cotidiano escolar.
Incorporação

O Richard é um aluno travado, ele põe bloqueio, se esforça


para não participar, é resistente; tento convencê-lo, não quer se
locomover sozinho, alguém precisa empurrar o Richard, tem que
tratar ele diferente da Bianca.
Atividade que depende da locomoção ele diz, não vou fazer,
não vou fazer, ele não aceita, não sabe lidar”.( relato de uma
professora)
Manipulação
O professor quer atenção de todos, então pede para que
Jonathan venha para frente para participar da aula e ele se recusa.
Então o professor conversa com ele sem obter sua atenção,
pois ele fica brincando com os objetos se recusando a participar.
Então o professor pega a caixa com o material dourado e
coloca no armário, Jonathan fica triste e com raiva, os alunos
intervêm a favor de Jonathan dizendo que a professora deixou
Jonathan brincando, o professor explica a atitude dizendo, que
Jonathan tem de participar da aula junto como os amigos, e que
será cobrado igualmente.
Superação

“A Bianca possui uma vontade imensa, ela é altamente


participativa, tudo que se propõe a fazer ela topa fazer,
prático, teórico, possui dificuldades, mas sempre está com
sorriso no rosto”
Portanto, Goffman com seu olhar refinado nos permite
enxergar as opressões que acontecem no micro mundo das ações
sociais, ou seja, é nos contatos face- a- face, nas conversações
cotidianas, que as pessoas “normais”, marcam aqueles que se
desviam do padrão social, essas marcas são tão sutis, que sem um
olhar criterioso, as pessoas acreditam que essa exclusão, os
preconceitos e separação, surgem com naturalidade, e devem ser
aceitas sem questioná-las, provocando um processo interacional de
exclusão que marca os indivíduos negativamente como seres
incapazes.
.
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência,


incluindo os do Brasil, debateram o nome pelo qual elas
desejam ser chamadas. Mundialmente, já fecharam a questão:
querem ser chamadas de “pessoas com deficiência” em todos
os idiomas.

Esse termo faz parte do texto da Convenção sobre os


Direitos das Pessoas com Deficiência, adotado pela ONU em
13/12/06 e a ser ratificado posteriormente através de lei
nacional de todos os Países-Membros, sendo o Brasil um deles.
Atitudinal: preconceitos, estigmas, estereótipos e
discriminações que marginalizam e excluem as pessoas com
deficiência; Nem sempre são intencionais ou percebidas. Por assim
dizer, o maior problema das barreiras atitudinais está em não as
removermos, assim que são detectadas.
Exemplos de algumas dessas barreiras atitudinais são a
utilização de rótulos, de adjetivações, de substantivação da pessoa
com deficiência
como um todo deficiente, entre outras.
Quais são as principais barreiras?

Acessibilidade e ATITUDINAL
tecnologias Preconceito e
superproteção

Equidade X PEDÁGOGICAS
privilégio

COMUNICACIONAIS
VOCES SAO
ESPECIAL
Portanto, quando enxergamos o sujeito e não a
deficiência e buscamos conhecê-lo aceitando suas
limitações e sua aparência, como ele é, podemos promover
situações que os indivíduos enfrentem seus desafios e
consiga ter autonomia, força de vontade e até sonhos,
conseguindo melhorar um pouco as situações de
aprendizagem. .
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