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Saúde mental na 3.

ª idade
Carga Horária: 25 horas

Enfermeiro: Nuno Almeida


Objetivos

 Identificar as questões relacionados com a saúde mental em geral e com a


saúde mental da pessoa idosa em particular.
 Enunciar as noções de psicopatologia da pessoa idosa.
 Diferenciar os recursos comunitários de apoio à pessoa idosa com doença
mental.
Conteúdos
 Saúde mental e recursos
 A saúde mental na 3.ª idade
 - Definição
 - Promoção
 - Saúde mental e comunidade
 Psicopatologia da pessoa idosa
 O normal e o patológico
 - Conceito de doença mental
 Envelhecimento normal e patológico
 Depressão na pessoa idosa
 Psicopatologia do delírio
 Perturbações sensoriais e delírio
 Recursos comunitários de apoio
 Respostas sociais à velhice
 - Saúde e comunidade
 - O hospital e o seu papel face à pessoa idosa
 - Outros recursos
 - família
 - apoio domiciliário
 - lares
No mundo

 Estima-se que mais de 650 milhões de pessoas em todo o mundo preencham


critérios diagnósticos de transtornos mentais.

 Cerca de ¾ deste número situa-se em países medianamente pobres ou pobres


No mundo

 Em todo o mundo os transtornos mentais, os neurológicos e o uso de


substâncias psicoactivas são os principais contribuintes para a morbilidade e
mortalidade prematura.
 Mais de 10% dos anos de vida saudáveis, que são perdidos, pode ser atribuída
a estas doenças.
 Quando os anos são vividos com incapacidades a proporção é superior a 20%
 O início ou a presença de um transtorno mental aumenta o risco de
desabilidades e mortalidade prematura por outras doenças crónicas (ex:
doenças cardiovasculares, diabetes, AIDS)
No mundo

 As taxas elevadas de uso de substâncias psicoactivas diminui a actividade


física, hábitos de dieta saudável e em muitos casos têm efeitos colaterais.
 Os transtornos mentais estão associados a altas taxas de desemprego e a um
fraco desempenho no trabalho.
 Estima-se que cumulativamente o impacto mundial dos transtornos mentais
em termos de perda de produção económica, ao longo dos próximos vinte
anos seja equivalente a mais de 1% do PIB dos EUA

World Health Organization (2013) Investing in mental health: evidence for action.
A população idosa

 Na Europa, em 2008 as pessoas com mais de 65 anos representavam 17% da


população.
 Prevê-se que em 2060 elas representem 30%
 Sendo que as pessoas com mais de 80 anos passam de 4% para 12%.

WORLD HEALTH ORGANIZATION REGIONAL OFFICE FOR EUROPE, 2012

 Portugal é já reconhecido como um dos países mais envelhecidos da europa


(19%).
População idosa

 As alterações da saúde mental são comuns entre os idosos.


 A demência afecta 5% destas pessoas em média, e 20% das pessoas acima de
80 anos
 Muitos desses problemas são subvalorizados
Envelhecimento demográfico
Enf. Nuno Almeida
Enf. Nuno Almeida
 Em 2016, observaram-se no país 3 691 mortes - representaram 3,3% da
mortalidade
 Em 2016, registaram-se no país 3 480 mortes devido a Demência (F00-F03).
 As mortes motivadas por esta causa representaram 3,1% da mortalidade no
país
 Em 2016, registaram-se no país 89 mortes – representaram 0,1% da
mortalidade
 Em 2016, registaram-se no país 844 mortes – representaram 0,8%
 Em 2016, observaram-se no país 1 692 mortes – representaram 1,5% da
mortalidade
Ciclo vital, velhice e aspetos sociais

Ciclo de Vida
Infância

Adolescência

Vida Adulta

Velhice
Idoso

Pré-Idosos (entre 55 e 64 anos);


Idosos jovens (entre os 65 e 79 anos);
Idosos de idade avançada (com mais de 80 anos)
Velhice
Características Morfológicas
Características Funcionais
Características Fisiológicas
Características Psicológicas/Sociais
Ciclo Vital e Envelhecimento
 Redução da agilidade e da força física – Característica Funcional

 Perda da força muscular - Característica Funcional

 Falta de firmeza nas mãos e nas pernas - Característica Funcional

 Pele enrugada, seca e escamosa – Característica Morfológica

 Cabelos grisalhos - Característica Morfológica

 Aparecimento de manchas escuras na pele - Característica Morfológica

 Cabelos finos - Característica Morfológica

 Baixa auto- estima – Característica Psicológica/Social


Ciclo vital e Envelhecimento
 Problemas de visão – Característica Fisiológica
 Fadiga durante o dia / insónia durante a noite - Característica
Fisiológica
 Perda de sensibilidade ao tato - Característica Fisiológica
 Diminuição da capacidade auditiva - Característica Fisiológica
 Alteração do olfato e do paladar -Característica Fisiológica
 Ansiedade - Característica Psicológica
 Perda de memória - Característica Psicológica e Fisiológica
 Redução da eficiência respiratória – Característica Fisiológica
 Mudanças no sistema nervoso - Característica Psicológica e Fisiológica
 Tempo de reação mais lento - Característica Fiuncional e Fisiológica
Ciclo vital e Envelhecimento
 Incapacidade de executar atividades diária – Característica
Funcional
 Cicatrização lenta – Característica Fisiológica e Morfológica
 Perda de força muscular e óssea - Característica Fisiológica
 Descalcificação óssea - Característica Fisiológica
 Debilitação do sistema imunitário - Característica Fisiológica
 Isolamento - Característica Psicológica/Social
 Depressao - Característica Psicológica/ Social
Mitos e Factos sobre a Velhice

 Estar velho, é estar dependente.

 As pessoas idosas geralmente não conseguem tomar decisões sobre a sua


vida.

 Burro velho não aprende línguas.

 As pessoas idosas não se apaixonam ou têm relações sexuais.

 O envelhecimento vem acompanhado de perda de memória.

 O reformado passou a uma fase de falta produtividade.

 O envelhecimento é uma etapa totalmente negativa.

 Os mais velhos são inflexíveis e incapazes de mudar e adaptar-se a novas


situações.
Mitos e Factos sobre a Velhice
• Criança para brincar, adulto para trabalhar e o velho para descansar.
"Não é para a senhora fazer nada, tem que descansar..."
• A memória e a inteligência diminuem com a idade. "Demente..."
• O velho não aprende, é desatento, não presta atenção a nada.
"Caduco..."
• Velho assexuado, perde o interesse e a capacidade sexual. "Velho
depravado / velha assanhada..."
• Velho não tem futuro. Já deu o que tinha que dar. "Isso não é mais para
mim..."
• Velho volta a ser criança. "Agora ela é que é a minha filha. É o meu
bebé..."
• O velho só deve conviver com velho.
Velhice Bem Sucedida

- A Velhice não é sinónimo de doença, inatividade.


- A Velhice é vivida de maneira variável, segundo o contexto social.
- As características fisícas, mentais e sociais não são as mesmas para
todos. Existem muitas variáveis que intereferem no modo como as
pessoas envelhecem.
- Uma velhice bem sucedida significa estar satisfeito com a vida atual
e ter expectativas em relação ao futuro.
- Depende: Atividade, saúde, apoio familiar, situação económica.
FAMÍLIA
Família do Passado/Família Atual

- Diminuição do número de filhos;


- Aumento das famílias que tem a mulher como chefe de família;
- Nascimento de filhos fora do casamento;
- Aumento de gravidez entre adolescentes;
- Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho;
- A família do passado tinha pouca formação académica,
atualmente precisa de estar sempre a fazer novos cursos e à
medida do possível passando novas informações para sua
família;
- Mudanças nos papéis tradicionais do homem na família
(cuidado com os filhos e tarefas domésticas);
- Novos modelos familiares: separações, famílias reconstituídas e
famílias homossexuais;
- Crescimento da violência doméstica e dos maus tratos contra os
idosos;
- Os próprios elementos de lazer das famílias sofreram
alterações. Na família moderna, ganhou espaço o papel da
televisão, em substituição do convivio saudável.
Conceito Família

- Designa-se por família o conjunto de pessoas ligadas por relações


de afecto e que possuem grau de parentesco entre si e vivem na
mesma casa formando um lar;

- Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, a família é o


elemento natural da sociedade e tem direito à proteção da própria
sociedade e do Estado;

- A palavra deriva do latino “famulus” que significa doméstico,


servidores ou escravos;
Conceito Família
- A família é considerada uma instituição responsável por
promover a educação dos filhos e influenciar o
comportamento dos mesmos no meio social.

- O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é


de fundamental importância. É no seio familiar que são
transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base
para o processo de socialização da criança, bem como as
tradições e os costumes perpetuados através de gerações.

- O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia,


afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na
resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros.
Tipos de Família

Família nuclear ou clássica


Composta por: pai e a mãe, além dos filhos, quer dizer, o
conceito de família tradicional de antigamente.

Família extensa ou tradicional


Composta por avós, tios, primos, etc.
Tipos de Família

Família monoparental
Composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe.
Os motivos que possibilitam essa estrutura são diversos. Englobam
causas circunstanciais (morte, abandono ou divórcio) ou ainda, a
decisão (na maior parte dos casos, uma decisão da mulher) de ter
um filho de forma independente.
Família arco-íris:
É constituída por um casal homossexual (ou pessoa sozinha
homossexual) que tenha uma ou mais crianças ao seu cargo.

Família contemporânea:
Caracterizada pela inversão dos papéis do homem e da mulher
na estrutura familiar passando a ser a mulher a chefe de
família. Abrange a família monoparental, constituída por mãe
solteira ou divorciada
ENVELHECIMENTO FISÍCO
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 1. Degenerescência do sistema tegumentar: adelgaçamento da pele


com perda da flexibilidade e elasticidade, surgindo as rugas.
 2. Degenerescência do Sistema Ósseo: diminuição da massa óssea,
acentua-se nas mulheres após a menopausa; perda de dentes e o
maxilar atrofia, diminuição da distância entre queixo e nariz
empurrando os dentes para traz.
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 3. Degenerescência do Sistema Articular: as articulações ficam mais


rígidas e há perda da amplitude de movimentos.
 4. Degenerescência do Sistema Neuromuscular: diminuição da
velocidade de resposta; perda de força e agilidade
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 5. Degenerescência do Sistema Sensorial:


 Paladar - perda das papilas gustativas com falta de apetite e
desnutrição.
 Olfato - indiferença e inapetência do idoso perante os alimentos e
aumento de pelos nas narinas.
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 Audição, limitação da capacidade para comunicar e


consequentemente as suas relações devido a:

 Aumento do pavilhão auricular;


 Espessamento do tímpano;
 Otosclerose;
 Degenerescência da fibra nervosa de audição;
 Atrofia do nervo auditivo;
 Presença de acufenos – sensações auditiva como campainhas,
estalinhos entre outro;
 Perda progressiva de audição
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 Tato – diminuição da capacidade para identificar e


discriminar a sensação dolorosa, em discriminar e valorizar
a temperatura dos estímulos.
 Visão – as perdas de visão ocorrem de forma progressiva
mais evidente entre os 40 e os 50 anos;
 Aumento da sensibilidade à ofuscação;
 Dificuldade de adaptação às mudanças de luz;
 Redução marcada de visão noturna;
 Maior dificuldade em focar;
 Perda da visão fina dos pormenores;
 Modificação da perceção das cores- capta mais facilmente cores
vivas;
 O campo visual diminui.
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 6. Degenerescência do Sistema Cardiovascular:


 Irregularidades de pulsação, arritmias, entre outros;
 Diminuição da força contrátil dos ventrículos;
 Aumento da pressão sistólica;
 Diminuição do fluxo sanguíneo;
 Diminuição da capacidade de ajuste cardiovascular ao
esforço físico.
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 7. Degenerescência do Sistema Respiratório:


enfraquecimento dos músculos respiratórios com
diminuição do oxigénio tecidular, aumento da fadiga dos
músculos respiratórios, menos eficácia no combate às
agressões, diminuição do reflexo da tosse e o aumento das
infeções respiratórias.
ENVELHECIMENTO FISÍCO

 8. Degenerescência do Sistema Digestivo:


comprometimento da assimilação dos nutrientes ingeridos e
pelo aparecimento de obstipação.
SAÚDE MENTAL

 Segundo a OMS a Saúde


Mental é “o estado de
completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas
a ausência de doença”.

 É sentirmo-nos bem connosco


próprios e na relação com os
outros. É sermos capazes de
lidar de forma positiva com as
adversidades. É termos
confiança e não temermos o
futuro.
Problemas de Saúde Mental Mais Frequentes
 Ansiedade

 Mal-estar psicológico ou stress continuado

 Depressão

 Dependência de álcool e outras drogas

 Perturbações psicóticas, como a esquizofrenia

 Atraso mental

 Demências
Falsos Conceitos sobre a Doença Mental

 As pessoas afectadas por problemas de saúde mental


são muitas vezes incompreendidas, estigmatizadas,
excluídas ou marginalizadas, devido a falsos conceitos,
que importa esclarecer e desmistificar, tais como:

 As doenças mentais são fruto da imaginação;

 As doenças mentais não têm cura;

 As pessoas com problemas mentais são pouco


inteligentes, preguiçosas, imprevisíveis ou perigosas.
Falsos Conceitos sobre a Doença Mental
 Estes mitos, a par do estigma e da discriminação associados
à doença mental, fazem com que muitas pessoas tenham
vergonha e medo de procurar apoio ou tratamento, ou não
queiram reconhecer os primeiros sinais ou sintomas de
doença.

 O tratamento deverá ser sempre procurado, uma vez que a


recuperação é tanto mais eficaz quanto precoce for o
tratamento.

 Mesmo nas doenças mais graves é possível controlar e


reduzir os sintomas e, através de medidas de reabilitação,
desenvolver capacidades e melhorar a qualidade de vida.
PROMOÇÃO DA SAÚDE

 DEFINIÇÃO: Processo de "capacitar" (enabling) as


pessoas para aumentarem o controlo sobre a sua saúde
e para a melhorar.
PROMOÇÃO DA SAÚDE

 O Working Group on Concepts and Principles of


Health Promotion (WGCPHP,1987) salienta dois
grandes objectivos principais para a promoção
da saúde:

 1) melhorar a saúde;

 2) dominar (por parte do cidadão) o processo


conducente à melhoria da saúde.
 Ao longo da vida, todos nós podemos ser afectados por
problemas de saúde mental, de maior ou menor gravidade.

 Algumas fases, como a entrada na escola, a adolescência, a


menopausa e o envelhecimento, ou acontecimentos e
dificuldades, tais como a perda de familiar próximo, o
divórcio, o desemprego, a reforma e a pobreza podem ser
causa de perturbações da saúde mental.

 Factores genéticos, infecciosos ou traumáticos podem


também estar na origem de doenças mentais graves.
SAÚDE MENTAL E COMUNIDADE

 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 30% da população


mundial sofre de alguma doença mental.

 Desse total, 154 milhões de indivíduos sofrem de depressão e 25 milhões de


esquizofrenia.

 Sensivelmente, 40 mil mortes são atribuídas às patologias psiquiátricas, como


depressão bipolar, esquizofrenia e stress pós-traumático.
SAÚDE MENTAL E COMUNIDADE

 De acordo com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental,


5% da população nacional já teve um episódio de depressão grave.

 A doença bipolar é a perturbação com maior incidência, em


Portugal, afectando cerca de 200 mil pessoas, seguida pela
esquizofrenia com 100 mil indivíduos.
PSICOPATOLOGIA DA PESSOA IDOSA
NORMAL E PATOLÓGICO

 A delimitação entre o normal e o patológico é, por


vezes, extremamente difícil de estabelecer.

 Esta delimitação baseia-se geralmente em critérios


estatísticos, considerando-se normal o
comportamento mais frequente e concordante com os
valores estabelecidos e aceites em determinada
sociedade.
NORMAL E PATOLÓGICO

 A avaliação de normalidade ou patologia tem pois de


ter em conta três aspectos fundamentais:

- Fase de desenvolvimento em que se encontra a pessoa

- O local e a cultura

- A época e a circunstância histórica em que ela se situa


CONCEITO DE DOENÇA MENTAL

 Popularmente há tendência para se julgar a sanidade da pessoa, de


acordo com o seu comportamento, com a sua adequação às
conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos
familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.

 Medicamente, a Doença Mental pode ser entendida como uma variação


mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na
performance global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal)
e/ou das pessoas com quem convive.
DOENÇA MENTAL

 De acordo com a NAMI (Aliança Nacional de Doenças Mentais


americana):

- As doenças mentais são distúrbios graves que causam alterações


biológicas no cérebro e são debilitantes em diferentes graus.

- Os sintomas de doenças mentais tipicamente começam a aparecer na


adolescência ou idade adulta jovem. A doença mental atinge cerca de
5% dos adultos e 9% das crianças e dos adolescentes nos Estados
Unidos.
DOENÇA MENTAL

- Há muitos equívocos a respeito das doenças mentais. Isto infelizmente


contribui para o facto de muitas pessoas não procurarem tratamento.

- Não tratada, a doença mental pode resultar em desemprego, abuso de


substâncias psicoactivas, deterioramento das relações interpessoais, e
nos casos mais graves , isolamento e suicídio.
DOENÇA MENTAL

- A fim de conquistar o estigma da doença mental, é importante compreender


que estas condições não estão relacionadas com o carácter, inteligência, ou
vontade.

- Doenças mentais são doenças como quaisquer outras, e com intervenções


modernas, são altamente tratáveis.
ENVELHECIMENTO NORMAL E PATOLÓGICO
 Existe alguma dificuldade natural na distinção do que são as
características próprias de um “envelhecimento normal” e
envelhecimento “patológico”.

 No entanto, podemos dizer que fazem parte:

 Lentificação motora;

 Diminuição da capacidade de retenção de informação nova;


ENVELHECIMENTO NORMAL E PATOLÓGICO

 Dificuldade para evocar nomes;

 Diminuição da flexibilidade mental;

 Manutenção da linguagem;

 Manutenção da memória remota.


ENVELHECIMENTO NORMAL E PATOLÓGICO

 Declínio das funções cognitivas em relação ao nível


anterior (alteração e deterioração da memória para
registar, armazenar e recuperar informação nova e perda
de conteúdos referentes à família e passado; alteração e
deterioração do pensamento e raciocínio com redução do
fluxo de ideias e problemáticas atencionais, etc.)
ENVELHECIMENTO NORMAL E PATOLÓGICO

 Défice significativo nas diversas áreas que permitem a execução de tarefas da


vida diária (vestir, comer, etc.);

 Alterações da linguagem;

 Alteração da “Consciência clara”;

 Sintomatologia presente durante pelo menos 6 meses.


PSICOPATOLOGIA DA PESSOA IDOSA
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO

O delírio é uma disfunção cerebral global


caracterizada por alterações da consciência
e cognitivas ao nível da atenção,
pensamento, memória, percepção,
discurso, emoções, comportamento
psicomotor e do ciclo sono-vigília.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO

 O delírio tem prevalência alta nos doentes


internados, o que contribui significativamente
para a morbilidade e a mortalidade.

 Aproximadamente 15 a 25% dos doentes com


cancro e 10 a 56% dos doentes idosos desenvolvem
delírio durante o internamento.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO

 Na maioria dos casos, o delírio é secundário a uma doença física


grave, intoxicação medicamentosa e abstinência a sedativos, álcool
ou outra droga de abuso.

 O delírio, muitas vezes, não é reconhecido ou é diagnosticado de


forma errada.

 Na maioria das vezes é confundido com depressão, demência ou


psicose.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO

 Diversos estudos mostram que 57 a 80% dos pacientes idosos com


distúrbios cognitivos não são diagnosticados pelos clínicos na admissão
hospitalar e, tratando-se de delírio, essa falha pode chegar a 70%.

 O delírio pode ser a única manifestação clínica consequente a um


enfarte agudo do miocárdio, pneumonia, septicemia, distúrbios
metabólicos e hidroeletrolíticos em idosos hospitalizados.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO

 O seu reconhecimento conduz à imediata


investigação, no sentido de se identificar
precocemente a causa básica, salvando vidas.

 De outra forma, desperdiça-se tempo, com aumento


nas taxas de morbilidade e mortalidade, nos custos
hospitalares e na utilização de serviços médicos e de
enfermagem.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 A primeira característica do delírio é o distúrbio da
consciência, que envolve alteração do nível de
percepção do ambiente e redução da capacidade para
se concentrar, manter ou mudar a atenção.

 O paciente idoso usualmente mostra-se desatento,


letárgico, sonolento, incapaz de obedecer a ordens
complexas ou manter raciocínio sequenciado,
distraindo-se com muita facilidade.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 Por norma o doente com delírio não apresenta hiperactividade,
agitação ou agressividade, excepto no delírio por abstinência ao
álcool, benzodiazepínicos ou anti-depressivos tricíclicos.

 O paciente não estabelece contacto com o olhar e parece ignorar o


ambiente e as pessoas, olha vagamente, sem direcção, e às vezes
dorme enquanto está a ser examinado.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 A segunda característica do delírio é a presença
de distúrbios cognitivos muito além do que se
poderia esperar de uma demência preexistente ou
em evolução.

 Neste caso, as manifestações vão da perda


evidente de memória, desorientação e
alucinações até distúrbios leves de linguagem e
percepção.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio

 Nos pacientes com delírio, a fala é arrastada e


desconexa, a compreensão falha e a escrita é
quase impraticável.

 A resposta à primeira pergunta geralmente é dada


à segunda ou terceira, denunciando a dificuldade
que esses pacientes apresentam para concentrar
e mudar a atenção.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio

 Podem ocorrer ilusões e alucinações, no entanto,


entre os idosos, são mais comuns erros de
interpretação e identificação (por exemplo, a
enfermeira que entra no quarto pode ser tomada
por um agressor potencial ou o cônjuge por um
impostor).
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio

 A terceira característica do delírio é a sua instalação


aguda e o seu curso flutuante.

 Desenvolve-se em horas ou dias, característica de grande


importância cronológica no diagnóstico diferencial com a
demência.

 Os sintomas do delírio tornam-se mais intensos durante a


noite.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio

 Num paciente com delírio são frequentes as oscilações.

 É possível que o médico ao retornar à enfermaria poucas horas, ou


mesmo minutos, após ter avaliado um paciente que se encontrava
relativamente sonolento e apático, deparar-se com o mesmo inquieto,
agitado, gritando, batendo, cuspindo, tentando sair do leito,
querendo ir para casa ou fugir de visões e alucinações, muitas vezes
aterrorizantes, em curso naquele momento.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 A quarta característica do delírio é a presença de uma ou mais
doenças clínicas ou de toxicidade medicamentosa.

 Os idosos são susceptíveis ao desenvolvimento de delírio como


consequência de uma grande variedade de factores orgânicos que
podem actuar isolados ou, com maior frequência, em associação (por
exemplo, no pós-operatório de fractura do fémur o delírio pode
dever-se a anemia e/ou toxicidade oriunda da medicação anestésica).
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio

 Os mais idosos e em particular os demenciados


têm maior tendência a desenvolverem delírio
como complicação de praticamente qualquer
doença física ou do uso de medicamentos comuns,
mesmo em doses terapêuticas.

 O delírio costuma ocorrer devido à retirada


brusca de medicação sedativa ou droga de abuso.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 Frequentemente, o delírio associa-se a um distúrbio
do ciclo sono-vigília.

 Alguns pacientes podem mostrar-se sonolentos


durante o dia e, à noite, ficarem agitados e com
dificuldade para dormir.

 Eventualmente, podemos observar completa reversão


do ciclo sono-vigília.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 As alterações do comportamento psicomotor podem
também estar presentes.

 Muitos pacientes ficam inquietos, tentam levantar-se


inoportunamente do leito, arrancando equipamento
endovenoso, cateteres, sondas etc.

 No entanto, é mais comum o paciente mostrar


redução da actividade psicomotora, com lentidão nas
respostas.
PSICOPATOLOGIA DO DELÍRIO
Aspectos clínicos do delírio
 Também se verificam distúrbios emocionais como ansiedade,
medo, depressão, irritabilidade, raiva, disforia ou apatia.

 Mudanças súbitas e imprevisíveis de um estado emocional para


outro podem ocorrer em alguns pacientes, enquanto outros se
mantêm estáveis.

 A maioria dos estudos mostra que em geral, durante a noite, os


sintomas emocionais e a actividade psicomotora são mais intensos
ou evidentes.
PROGNÓSTICO

 O curso do delírio é variável e dependente de diversos factores.

 A gravidade e a importância da causa determinante, as condições


de saúde, a idade e o estado mental prévio do paciente são
decisivos para o curso e prognóstico.

 O delírio é considerado por muitos autores como uma condição


transitória, entretanto, crescem evidências de que tenha um curso
mais grave em populações mais enfermas e idosas com elevada
mortalidade em curto prazo.
PROGNÓSTICO

 Os efeitos cognitivos do delírio desaparecem


lentamente ou perpetuam-se.

 Em alguns pacientes, após a resolução do delírio, a


demência torna-se evidente; discute-se se a
demência estava ou não presente antes da instalação
do delírio ou presente sem ter sido reconhecida.
Depressão

 A depressão é definida como o estado de humor


deprimido que persiste por mais de 2 semanas,
com tristeza e perda do interesse ou do prazer
nas atividades, podendo ser acompanhada de
sinais e sintomas como irritabilidade, insônia ou
excesso de sono, apatia, emagrecimento ou ganho
de peso, falta de energia ou dificuldade para se
concentrar.
Demência

 Demência é uma categoria genérica de doenças


cerebrais que gradualmente e a longo prazo
causam diminuição da capacidade de raciocínio
e memória, a tal ponto que interfere com a
função normal da pessoa. Outros sintomas comuns
são problemas emocionais, problemas de
linguagem e diminuição da motivação.
Esquizofrenia
 É, caracterizada como uma síndrome que provoca
distúrbios da linguagem, pensamento, percepção,
atividade social, afeto e vontade. Alguns dos
sinais e sintomas mais comuns são alucinações,
alterações do comportamento, delírios,
pensamento desorganizado, alterações do
movimento ou afeto superficial.
 Apesar de não se saber exatamente a causa da
esquizofrenia, sabe-se que está relacionada a
alterações genéticas que provocam defeitos nos
sistemas neurotransmissores do cérebro, e que
pode ser hereditária.
Doença bipolar

 O transtorno bipolar é a doença psiquiátrica que


provoca oscilações imprevisíveis no humor,
variando entre depressão, que consiste em
tristeza e desânimo, e mania, impulsividade e
característica excessivamente extrovertida.
Transtorno obsessivo compulsivo

 Também conhecido com o TOC, este transtorno


provoca pensamentos obsessivos e compulsivos
que prejudicam a atividade diária da pessoa,
como exagero em limpeza, obsessão por lavar as
mãos, necessidade de simetria ou impulsividade
por acumular objetos, por exemplo.
RESPOSTAS SOCIAIS AO IDOSO
O HOSPITAL

 Durante o internamento, a pessoa idosa passa a


estar ao cargo de uma equipa multidisciplinar de
saúde, que tudo faz para que esta atinja o mais
rapidamente possível, um estado máximo de
saúde.

 Quando um idoso é internado, surgem


frequentemente dúvidas e insegurança em todos
os membro da família.
HOSPITAL

 É um momento de tomada de decisões que podem ser


fáceis ou não.

 Para tentar ultrapassar este momento menos


favorável, as pessoas precisam de ajuda, apoio moral,
alguém com que possam esclarecer dúvidas.


HOSPITAL

 É importante existir uma boa relação entre a rede


familiar e os técnicos de saúde a fim de melhorar
quer o estado emocional da pessoa internada, quer
para aumentar a sua interacção no seu processo de
cura, bem como a integração da família neste
processo.

 O hospital desempenha assim um papel importante


na informação e preparação da doença, bem como a
melhor forma de lidar com a mesma.
AUTONOMIA

 Autonomia é um princípio que se caracteriza por uma


liberdade, vontade, possibilidade e desejo de decidir.

 Pode dizer-se que a autonomia se manifesta “por um


«poder fazer», mas sobretudo por um «poder ser»”,
pois não se expressa só no plano físico como também
no mental, emocional e social.
AUTONOMIA

 Uma pessoa por mais confusa e incompreensível que


esteja no plano verbal pode ainda manifestar a sua
vontade relativamente às actividades quotidianas e às
pessoas que a envolvem.

 Através de um simples olhar, através da expressão não


verbal pode assim demonstrar a sua autonomia não no
«poder fazer» mas no «poder ser».
AUTONOMIA

 Este é um dos pontos-chave da autonomia pois muitas


vezes os profissionais não conseguem distinguir entre
autonomia física e autonomia comportamental.

 No decorrer da hospitalização deve-se privilegiar


sempre a autonomia da pessoa, pois se ocorrer o
contrário a pessoa perde o controlo sobre as suas
decisões o que a torna dependente e retarda o
processo de retorno a casa.
FAMÍLIA

 Dentro da família a pessoa é vista como sendo ela


mesma, independentemente da utilidade económica,
política ou social, ela é única, sem máscaras, na sua
intimidade, faz parte da família sempre.

 O idoso é visto como o principal membro da


comunidade familiar, pois ele representa uma história
de vida, a história daquela família, como se
codificasse um gene, a biografia.
FAMÍLIA

 É na família que o idoso necessita de cuidados,


apresenta as suas manias e acaba por envolver a
família em torno de si, leva os mais jovens a olhar
não só para si como também para tudo à sua volta.

 É neste momento que observamos o carinho dos netos


ou mesmo de um filho para a sua avó querida.
FAMÍLIA

 A família pode vir a deparar-se com o idoso saudável


ou com o idoso doente, onde existe um
comprometimento de alguns órgão e que acabam por
levar o idoso a um grau de dependência , sendo o
apoio familiar de suma importância.

 É indispensável para a família saber tudo que se passa


com o idoso, nomeadamente se apresenta alguma
doença que leva à toma de medicação e produz
alteração nas actividades de vida diária.
FAMÍLIA

 É no seio familiar que é decidido como o idoso vai ser cuidado e quem
irá ser o responsável.

 É através do convívio familiar que muitas doenças são relatas,


quando bem observados os costumes e o dia-a-dia do idoso.

 Por ex. se o doente se apresenta confuso, com febre, devido a um


quadro de infecção urinária, não é o paciente que relata os sintomas,
mas sim o familiar.
FAMÍLIA

 Nem todos os idosos se adaptam facilmente a


mudanças no ambiente , onde as alterações podem
levar a uma incapacidade de aceitar a situação.

 Por ex: no caso de viuvez em que além das


alterações psíquicas, existem alterações financeiras.
Ao ir morar com um outro filho, perde a sua
individualidade e algumas vezes, surge o sentimento
de inutilidade e de peso para o familiar.
FAMÍLIA
 A reforma, as perdas funcionais e sociais levam muitas vezes o
idoso a desenvolver um quadro depressivo.

 Nem todas as famílias possuem estrutura imediata para receber um


idoso debilitado, nem todos tem uma família grande.

 Por vezes, encontramos idosos que vivem sozinhos, porque não têm
a quem recorrer, pois não tiveram filhos, ou estão zangados há
anos com a família, ou todos já se foram de sua vida.
FAMÍLIA

 Muitos idosos, têm capacidade e oportunidade e


conseguem formar novos elos.

 Os seus vizinhos e os seus amigos acabam por se


tornar cuidadores, dando carinho e apoio.

 Porém, a falta da estrutura familiar fica como uma


marca.
APOIO DOMICILIÁRIO

 O apoio domiciliário é importante, sobretudo para


idosos que mantém uma certa autonomia mas
necessitam de um determinado apoio, pois
encontram-se isolados, por vezes em zonas rurais, ou
mesmo em zonas urbanas.

 Eles necessitam de alguém que os acompanhe aos


serviços de saúde e aos serviços públicos e os apoie
na aquisição dos bens de primeira necessidade.
CENTROS DE DIA

 Os Centros de Dia são importantes pois poderão


integrar os doentes crónicos, tendo uma função
de protecção de dia em relação aos indivíduos
dependentes, e também um centro de actividades
que têm como finalidade manter senão mesmo
melhorar o estado destes utentes.
LAR
 A institucionalização dos idosos provoca receios para
o próprio idoso que, de repente, tem o sentimento de
ser abandonado pelos familiares e, muito
particularmente, pelos filhos que os levam para um
lugar desconhecido para eles.

 Estes receios podem provocar agressividade, o que é


culturalmente inaceitável, sobretudo se o idoso
começa a manifestar sinais de demência que podem
ser interpretados como a extremização do mau
carácter do familiar e não como uma doença que se
instala, por vezes lentamente.
LAR

 Para evitar desgastes desnecessários, programas de informação sobre


esta doença degenerativa deveriam ser implementados de uma forma
sistemática, assim como reuniões entre os familiares para eles
poderem identificar-se também com as vivências dos outros
intervenientes.

 Isto evita sentimentos de culpabilidade nos próprios filhos e eventuais


desgastes em termos de saúde, sobretudo para aquele que se ocupa
do doente.

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