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Controle de

constitucionalidade (parte II)


Prof. Camila P. B. Gomes
Procedimento da ADI

Informações
Manifestação
dos órgãos dos
Petição inicial do Advogado
quais emanou
Geral da União
a lei

Manifestação do
Procurador Geral Decisão
da República
Requisitos da petição inicial

Deve ser proposta por um dos legitimados do art.103 da CF

Deve indicar o dispositivo da norma impugnado, os fundamentos


jurídicos do questionamento e o pedido

Quando subscrita por advogado, a petição deve ser acompanhada de


procuração
STF: apenas partidos políticos com representação no
Congresso, confederação sindical e entidade de classe de
âmbito nacional, necessitam de advogado para a
propositura de ações de controle pela via abstrata.

Os demais teriam capacidade postulatória para praticar atos


privativos de advogado

Doutrina: muitos discordam do posicionamento do STF, e


entendem necessária a representação por advogado de todos
os legitimados, exceto o Procurador Geral da República
O STF está vinculado ao pedido do autor, e só pode declarar a
inconstitucionalidade do dispositivo solicitado, mesmo que por
outros fundamentos

A vinculação ao pedido não afasta o reconhecimento da


inconstitucionalidade por arrastamento, que surge quando
há relação de dependência entre um ato normativo e outro,
mesmo que o pedido incida somente sobre um deles
O pedido é vinculado mas a causa de pedir é aberta, ou seja,
o STF é livre para declarar a inconstitucionalidade do
dispositivo impugnado com base em fundamento diverso do
apontado pelo autor

Pedida a inconstitucionalidade do art.48 da Lei X com base na violação do


princípio da igualdade, o STF pode reconhecer a inconstitucionalidade com
base em outro fundamento, como violação a liberdade de expressão

Por ter causa de pedir aberta, a ADI não admite ação


rescisória, de modo que o STF, ao analisar a
constitucionalidade de uma lei, analisa a CF inteira, e não
apenas o fundamento do autor
Não há prazo prescricional
para a propositura de ação
direta de inconstitucionalidade

Por ser um processo objetivo,


uma vez proposta a ADI, não
se admite a desistência
(art.5º, Lei 9868/99)
Interposta petição
inicial

Liminarmente Admitida a
indeferida pelo relator ação

Pedido de
Cabe agravo
informações
Art. 4° da Lei 9868/99: A petição inicial inepta, não
fundamentada e manifestamente improcedente será
liminarmente indeferida pelo relator.

A inicial é considerada inepta quando falta o pedido ou a causa


de pedir ou quando dos fatos narrados não decorre a conclusão

A corte considera manifestamente improcedente ADI que verse


sobre norma cuja constitucionalidade já foi reconhecida pelo
Plenário da Corte, mesmo que em recurso extraordinário
Do indeferimento liminar da inicial, cabe agravo interno para
o Pleno, no prazo de 15 dias úteis (novo CPC)

Não sendo caso de indeferimento, o relator pedirá


informações aos órgãos ou às autoridades das quais
emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

As informações devem ser prestadas no prazo de 30 dias a


contar do recebimento do pedido
Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos,
sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-
Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no
prazo de quinze dias.
ADVOGADO GERAL DA UNIÃO

Nos termos do art.103,§3° CF, sua função é defender o


texto impugnado

A jurisprudência atual do STF entende que o Advogado


Geral da União defenderá o ato impugnado quando
possível, quando viável, o que lhe assegura autonomia
para se manifestar
PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA

Nos termos do art.103,§1° CF, deve ser ouvido, podendo


opinar pela procedência ou pela improcedência da ação

STF: mesmo quando o autor da ação é o Procurador Geral


da República, está preservado o direito de se manifestar

Pode, inclusive, se manifestar contra a


inconstitucionalidade que ele mesmo levantou
O relator, considerando a relevância da matéria e a
representatividade dos postulantes, poderá admitir a
manifestação de outros órgãos ou entidades (amicus curiae -
art. 7°, §2° da Lei 9868/99)

Em caso de necessidade de esclarecimentos ou de notória


insuficiência das informações, poderá o relator requisitar
informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos
para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em
audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com
experiência e autoridade na matéria.
Amicus curiae

Art. 7ºLei 9868/99: não admite intervenção de terceiros em ADI

Isso porque essas formas de intervenção foram idealizadas para processos com
interesses subjetivos e são incompatíveis com processos objetivos

Na ADI, não será cabível nenhuma das formas de intervenção de terceiros


previstas no CPC. No entanto, é admissível a figura do amicus curiae
Considerado um colaborador informal da Corte, o amicus
curiae não é parte da ação, mas tem legítimo interesse no
resultado

Sua participação é voluntária

A admissão de sua participação cabe ao relator presentes


os requisitos da relevância da matéria e representatividade
dos postulantes

Segundo a lei, a decisão do relator sobre o ingresso do


amicus curiae é irrecorrível, entendimento confirmado pelo
STF em 2018
O amicus curiae só pode requerer a sua intervenção no
processo até a data em que o relator liberar este para entrada
em pauta de julgamento

A participação do amicus curiae é considerada fator de legitimação


das decisões do STF, pois visa “...pluralizar o debate constitucional,
permitindo que o Tribunal venha a tomar conhecimento, sempre
que julgar relevante, dos elementos informativos e das razões
constitucionais daqueles que, embora não tenham legitimidade
para deflagrar o processo, serão destinatários diretos da decisão a
ser proferida”. (BINEMBOJM, 2005)
O amicus curiae pode
apresentar memoriais,
fornecer as informações
que lhe sejam solicitadas
e apresentar sustentação
oral

Por não ser parte, não


está legitimado a recorrer
das decisões
Em geral, o STF não admite o ingresso de pessoa física como
amicus curiae, por entender que falta o requisito da
representatividade adequada

Art. 138 CPC: O juiz ou o relator, considerando a relevância


da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda
ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por
decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes
ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada,
no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
Audiência Pública

Deriva da impossibilidade dos juízes decidirem, em sede


constitucional, com segurança e certeza, sobre matérias sobre
as quais pouco ou nada conhecem (pressupõem conhecimento
médico, antropológico, científico)

Não se destina a discutir teses jurídicas, mas a apresentar


argumentos de outras áreas de conhecimento
A participação dos “experts” é provocada pelo juízo

Amplia o debate constitucional


Sociedade dos intérpretes da Constituição
Maior legitimidade para as decisões constitucionais
Exercício de cidadania democrática e participativa

A primeira audiência pública do STF ocorreu em 2007, na


ADI 3501, que discutiu a constitucionalidade das
pesquisas com células-tronco perante o direito
fundamental à vida

Considerando que há condições para o julgamento, o


relator deve pedir data para que este ocorra
JULGAMENTO DA ADI

Uma vez julgada, a decisão tem natureza dúplice, pois produz


efeitos qualquer que seja o resultado
Provimento: declara a inconstitucionalidade
Improvimento: declara a constitucionalidade

Art. 22 da Lei 9868/99: A decisão sobre a


constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou
do ato normativo somente será tomada se presentes na
sessão pelo menos oito Ministros.
É necessário o voto da maioria absoluta (seis) dos
Ministros para a declaração da inconstitucionalidade
ou da constitucionalidade

Para instaurar a sessão de votação devem estar presentes 8


Ministros, mas para declarar a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade exige-se a maioria absoluta, ou seja, o
voto de, no mínimo, 6 Ministros
A decisão do STF é irrecorrível, ressalvada apenas a possibilidade
de interposição de embargos de declaração

Começa a produzir efeitos a partir da publicação, no Diário da


Justiça da União, da ata de julgamento do pedido
Efeitos da decisão

Eficácia contra todos (“erga omnes”)

Efeitos retroativos (“ex tunc”)

A decisão da ADI não tem força para desfazer os atos concretos consolidados durante a
vigência da lei declarada inconstitucional. A parte interessada passará, no entanto, a ter
condições de pleitear, judicialmente, o desfazimento desses atos se não ocorreu prescrição.
Excepcionalmente, é permitida a modulação de efeitos, com a
concessão de efeitos “ex nunc”

Art. 27 da Lei 9868/99: Ao declarar a inconstitucionalidade de


lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo
Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros,
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado.
Exemplo de modulação
• Na ADI 1.241/RN, julgada em 2016, foi reconhecida a
inconstitucionalidade da lei 6697/94, do Rio Grande do Norte, que
possibilitava a permanência de servidores admitidos em caráter
temporário, entre o período de janeiro de 1987 e junho de 1993, sem
prévia aprovação em concurso público. Violação do disposto no artigo 37, II
CF, e vício de iniciativa reconhecidos. Por maioria, determinou-se a
modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, que só
valerão a partir de doze meses, contados da data da publicação da ata de
julgamento. Nesse período, haverá tempo hábil para a realização de
concurso público, nomeação e posse de novos servidores, evitando-se,
assim, prejuízo à prestação do serviço público (STF, ADI 1.241/RN,
julgamento 22/09/2016)

Efeito vinculante com relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à Administração Pública (art.102,§2º CF)

Caso haja desrespeito à decisão proferida em ADI, cabe reclamação


perante o STF, para que garanta a autoridade de sua decisão

O efeito vinculante não alcança o próprio STF, que pode modificar seu
entendimento

Não se estende ao Poder Legislativo para evitar a fossilização da


Constituição
Efeito repristinatório com relação à legislação anterior: é
como se a lei que foi revogada pela lei que foi declarada
inconstitucional jamais tivesse perdido sua vigência

Se a Lei A for revogada pela Lei B, em 1º de janeiro, sendo esta,


posteriormente, declarada inconstitucional pelo STF em 30 de julho,
não haverá solução de continuidade na vigência da Lei A, que
manterá sua vigência inclusive no período compreendido entre 1º de
janeiro e 30 de julho, em virtude dos efeitos “ex tunc” da declaração
de inconstitucionalidade. (exemplo dado por Alexandre de Moraes)
Medida cautelar em ADI

Havendo plausibilidade da tese exposta (fumus boni iuris) e possibilidade de


prejuízo com a demora na decisão (periculum in mora), poderá ser concedida
medida cautelar em ADI

A cautelar deve ser votada por maioria absoluta (6 votos) dos membros do
Tribunal, devendo estar presentes na sessão pelo menos 8 ministros
No caso de deferimento, a cautelar produzirá os seguintes
efeitos:

Erga omnes e vinculantes


Uma vez deferida, afasta-se a vigência da norma até o
julgamento do mérito, sendo que a decisão vincula todos os
órgãos do Judiciário e da Administração Pública

Ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deve lhe atribuir


eficácia retroativa
Repristinatório
Torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa
manifestação em sentido contrário.

Fenômeno da repristinação provisória de eventual norma revogada

O STF pode evitar a repristinação se manifestando de forma expressa


em sentido contrário (art.11,§2º Lei 9868/99)
A cautelar não possui caráter dúplice, de modo que não
produz efeitos quando julgada improcedente
Cautelar contra obrigações previstas no Estatuto da Pessoa com
Deficiência é negada

O ministro Edson Fachin, do STF, indeferiu medida


cautelar em ADIn ajuizada pela Confederação Nacional
dos Estabelecimentos de Ensino contra dispositivos do
Estatuto da Pessoa com Deficiência que tratam de
obrigações dirigidas às escolas particulares. A
Confederação requeria a suspensão da eficácia do
parágrafo primeiro do artigo 28 e caput do artigo 30 da
norma, que estabelecem a obrigatoriedade de as escolas
privadas promoverem a inserção de pessoas com
deficiência no ensino regular e prover as medidas de
adaptação necessárias sem que ônus financeiro seja
repassado às mensalidades, anuidades e matrículas
(2015).

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